Mocidade Negra lança enredo 2022 em homenagem a São Paulo

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A Mocidade Negra divulgou o seu enredo para o Carnaval Virtual 2022. Buscando o título de campeã do Grupo Especial, a verde e preto da Ilha do Governador/RJ homenageará Mário de Andrade através do enredo “São Paulo de Andrade”, de autoria de Murilo Polato, a ser desenvolvido pelo carnavalesco Fernando dos Santos. Confira abaixo a […]

POR Carnaval Virtual13/04/2022|4 min de leitura

Mocidade Negra lança enredo 2022 em homenagem a São Paulo

Logo oficial do enredo

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Pavilhão oficial da agremiação

A Mocidade Negra divulgou o seu enredo para o Carnaval Virtual 2022. Buscando o título de campeã do Grupo Especial, a verde e preto da Ilha do Governador/RJ homenageará Mário de Andrade através do enredo “São Paulo de Andrade”, de autoria de Murilo Polato, a ser desenvolvido pelo carnavalesco Fernando dos Santos.

Confira abaixo a justificativa e a sinopse do enredo:

Justificativa:

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual e de Maquete Mocidade Negra festejará em 2022 a vida de Mário de Andrade e seu amor por sua cidade, São Paulo. Andrade faz de sua vida um retrato dos diversos cenários paulistanos. Lembrar de Andrade, é recordar de uma São Paulo onde o bonde passa rápido, que conduzia – e não é conduzido – por seus habitantes, mas que sempre tem um tempinho para tomar um café ao fim da tarde. Inevitável sensação de suas esquinas contaminadas por sua paixão.

Sinopse:

“No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos”.

Mário de Andrade – Quando eu morrer

Morri.
É isso mesmo que vocês estão lendo, eu morri.
Em mês de carnaval os deixei
A ironia de um Arlequim, que tem na cidade seu espelho.
Voltei aqui para ver se fizeram o que lhes pedi.
Meu pedido inusitado foi bem simples:
Pedi para estar enterrado e entranhado,
Com cada esquina desse grande emaranhado,
Que pertence a todos – assim como a mim mesmo
Um lugar que nos acostumamos por chamar de São Paulo.

Nessa terra cresci, desenvolvi e desfaleci
Fiz morada, profissão e poesia.
Não fui salvo, muito menos condecorado.
Mas para que fazer a política posição,
Se nessa não há a afeição?

De ti, minha cidade, tentaram separar.
E o Rio de Janeiro eu fui encontrar.
Bela cidade, mas não há igual a ti.
Por mais que tentasse, não havia quem me desvencilhasse.
Enquanto em Rio, lembrei do teu
Tietê, oleosas águas do imenso breu,
Que faz seu fundo, enquanto segue seu rumo.
Não adianta, fui arrebatado por você de amor.
E saibam, tentaram com verdadeiro primor.

Logo oficial do enredo

A cultura de ti, tentei ao máximo preservar
E isso passou a incomodar.
O passado é lição para meditar, não reproduzir.
Mesmo a contragosto, falei do folclore, que por todo país colore.
Trouxe música para seu povo ouvir
E parques a se construir.
Um problema de quem ama,
E a ti com carinho e afeto dedica,
Mas a política, contraindica.

Contei um pouquinho dos vários Brasis que vi.
Como anti-herói que sou, criei o mais famoso deles.
Coloquei dedo na ferida, de uma hipócrita burguesia,
Que pensa que amar é um verbo intransitivo
O que para mim não faz muito sentido.
Mostrei ao meu povo paulistano e brasileiro.
Que precisamos entender que somos mais que um país hospitaleiro.
Somos nação, temos cultura e história.
E em cinco – ou mais – fizemos de uma semana
A arte revolução que a tantos emana.
Ó Pauliceia desvairada,
Chegou a hora de realizar o Brasil.

Em juventude vi a música me despontar, e como estudo realizar.
Já ali percebi, que a arte corria em mim.
Como estava correndo em ti também, minha cidade.
Vi muito de sua ambiguidade
Uma cidade que o bonde passa rápido e não dá para perder
Mas que para um cafezinho, vai se render.
Que não é conduzida, mas sim conduz
Em economia, política e vida
E em arte também, como supus.
A Aurora de um nono dia me viu nascer,
Com um destino de brilhar.
São Paulo és a comoção do que foi minha vida
Em cada losango de um novelo que te convida
A conhecer e se apaixonar.
Mesmo sem pretensão de servir de exemplo
Hoje e sempre sou lição.
Meu nome é Mario de Andrade,
E passarei, mesmo que isso desagrade.

Pavilhão oficial da agremiação

A Mocidade Negra divulgou o seu enredo para o Carnaval Virtual 2022. Buscando o título de campeã do Grupo Especial, a verde e preto da Ilha do Governador/RJ homenageará Mário de Andrade através do enredo “São Paulo de Andrade”, de autoria de Murilo Polato, a ser desenvolvido pelo carnavalesco Fernando dos Santos.

Confira abaixo a justificativa e a sinopse do enredo:

Justificativa:

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual e de Maquete Mocidade Negra festejará em 2022 a vida de Mário de Andrade e seu amor por sua cidade, São Paulo. Andrade faz de sua vida um retrato dos diversos cenários paulistanos. Lembrar de Andrade, é recordar de uma São Paulo onde o bonde passa rápido, que conduzia – e não é conduzido – por seus habitantes, mas que sempre tem um tempinho para tomar um café ao fim da tarde. Inevitável sensação de suas esquinas contaminadas por sua paixão.

Sinopse:

“No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos”.

Mário de Andrade – Quando eu morrer

Morri.
É isso mesmo que vocês estão lendo, eu morri.
Em mês de carnaval os deixei
A ironia de um Arlequim, que tem na cidade seu espelho.
Voltei aqui para ver se fizeram o que lhes pedi.
Meu pedido inusitado foi bem simples:
Pedi para estar enterrado e entranhado,
Com cada esquina desse grande emaranhado,
Que pertence a todos – assim como a mim mesmo
Um lugar que nos acostumamos por chamar de São Paulo.

Nessa terra cresci, desenvolvi e desfaleci
Fiz morada, profissão e poesia.
Não fui salvo, muito menos condecorado.
Mas para que fazer a política posição,
Se nessa não há a afeição?

De ti, minha cidade, tentaram separar.
E o Rio de Janeiro eu fui encontrar.
Bela cidade, mas não há igual a ti.
Por mais que tentasse, não havia quem me desvencilhasse.
Enquanto em Rio, lembrei do teu
Tietê, oleosas águas do imenso breu,
Que faz seu fundo, enquanto segue seu rumo.
Não adianta, fui arrebatado por você de amor.
E saibam, tentaram com verdadeiro primor.

Logo oficial do enredo

A cultura de ti, tentei ao máximo preservar
E isso passou a incomodar.
O passado é lição para meditar, não reproduzir.
Mesmo a contragosto, falei do folclore, que por todo país colore.
Trouxe música para seu povo ouvir
E parques a se construir.
Um problema de quem ama,
E a ti com carinho e afeto dedica,
Mas a política, contraindica.

Contei um pouquinho dos vários Brasis que vi.
Como anti-herói que sou, criei o mais famoso deles.
Coloquei dedo na ferida, de uma hipócrita burguesia,
Que pensa que amar é um verbo intransitivo
O que para mim não faz muito sentido.
Mostrei ao meu povo paulistano e brasileiro.
Que precisamos entender que somos mais que um país hospitaleiro.
Somos nação, temos cultura e história.
E em cinco – ou mais – fizemos de uma semana
A arte revolução que a tantos emana.
Ó Pauliceia desvairada,
Chegou a hora de realizar o Brasil.

Em juventude vi a música me despontar, e como estudo realizar.
Já ali percebi, que a arte corria em mim.
Como estava correndo em ti também, minha cidade.
Vi muito de sua ambiguidade
Uma cidade que o bonde passa rápido e não dá para perder
Mas que para um cafezinho, vai se render.
Que não é conduzida, mas sim conduz
Em economia, política e vida
E em arte também, como supus.
A Aurora de um nono dia me viu nascer,
Com um destino de brilhar.
São Paulo és a comoção do que foi minha vida
Em cada losango de um novelo que te convida
A conhecer e se apaixonar.
Mesmo sem pretensão de servir de exemplo
Hoje e sempre sou lição.
Meu nome é Mario de Andrade,
E passarei, mesmo que isso desagrade.

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