Unidos de Vila São Luiz trará Boi Caprichoso para o carnaval 2023

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Estreante no Carnaval Virtual, o GRESV Unidos de Vila São Luiz fará uma homenagem ao Boi-Bumbá Caprichoso e sua história. A laranja, branco e azul, de Duque de Caxias/RJ, irá trazer o enredo “Criação de muitas mãos: Feito de pano e espuma, suor, veludo e cetim – O brinquedo é real e ganha vida nesse chão… […]

POR Carnaval Virtual06/05/2023|9 min de leitura

Unidos de Vila São Luiz trará Boi Caprichoso para o carnaval 2023

Logo oficial do enredo

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Estreante no Carnaval Virtual, o GRESV Unidos de Vila São Luiz fará uma homenagem ao Boi-Bumbá Caprichoso e sua história.

Pavilhão oficial da agremiação

A laranja, branco e azul, de Duque de Caxias/RJ, irá trazer o enredo “Criação de muitas mãos: Feito de pano e espuma, suor, veludo e cetim – O brinquedo é real e ganha vida nesse chão… Meu boi é mais que um ser do folclore é a chama eterna de 110 anos de uma paixão”, de autoria de Berg Santana.

Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela escola:

“Criação de muitas mãos: Feito de pano e espuma, suor, veludo e cetim – O brinquedo é real e ganha vida nesse chão… Meu boi é mais que um ser do folclore é a chama eterna de 110 anos de uma paixão”.

Criação de muitas mãos
Num terreiro, sob a luz do luar, ribeirinhos parintinenses, eis que surgem feito de pano, espuma lutas, suor, veludo e cetim: O Boi Bumbá Caprichoso, que reverencia as muitas mãos que o criaram. De todas essas mãos, três personalidades importantes vêm se apresentar e narrar em versos de toada a história do nosso touro negro.

O primeiro que vem chegando é Roque Cid, o próprio fundador.

“Eu vim de longe, bem longe
Sem sabe para onde ia
Andei no lombo do jumento
Como Jesus fez um dia
Vim do nordeste sonhando
Seguindo uma estrela guia
No barco para o Amazonas
A saudade me seguia”

Cid assim versa para nos contar o quanto vagou pelo nordeste, buscando melhores condições de vida pega o barco rumo ao Amazonas para prosperar. Lembrando também quando trabalhou na floresta como seringueiro no período da Belle Époque, ele versa:

“Na força da borracha se ergueu
O Amazonas, meu Amazonas
O esplendor da Belle Époque
Atraiu o mundo pro Amazonas
Nas marcas perdidas no tempo
Vem meu seringueiro
E retira da hévea a seiva
Que escorre nas entranhas das árvores
Teu suor construiu a nobreza
E ergueu monumentos
Meu teatro dos sonhos”

Em mais um verso, Cid conta que ao prosperar na cidade, cumpre com sua promessa feita à São João Batista e assim funda o Boi Caprichoso para brincar as lindas noites de Junho:

“Da estrela fiz minha sorte
Mulher e fama ganhei
Criei o boi Caprichoso
Que ao nosso santo ofertei
1913 em Parintins eu cheguei
Roque Cid o primeiro
E o Caprichoso é o Rei”

Assim, Roque Cid dá vez ao segundo par de mãos ilustre para contar sua história…

O brinquedo é real e ganha vida nesse chão

Chega assim, Seu Luiz Gonzaga, que foi dono do boi Caprichoso por vinte anos. Ele se apresenta como um humilde pescador que brincou e amou o boi e se apresenta neste verso:

“O rio manso a murmurar
Numa rima de Sol e luar
Lá vai Santarém, Porrotó
Luiz Gonzaga, Pamim, Zé Caiá
Heróis do rio e do igapó
Histórias do meu boi-bumbá
Calafeta a canoa
Olha o arreio
Da vela não vai descuidar
Trabalhar dia e noite é bonito
O Pirralho precisa estudar
Chegou São João, vem brincar
Joga a rede que peixe vai dar
É junho, é festa, é boi-bumbá
Veste a fantasia de novo
O azul e branco é do povo”

Gonzaga nos apresenta como o Boi Caprichoso se tornou símbolo da cultura de Parintins, e nesse verso traz como era a brincadeira de boi, o que hoje conhecemos como Boi de Rua:

“Lá vem meu boi
Pelas ruas de Parintins
Lá vem meu boi
Pelas ruas de Parintins
Na batida da Marujada,
No balanço da toada
Vim trazer meu boi pra ti
Seja lua cheia ou minguante
Hoje a rua é dos brincantes
Do boi mais boi daqui”

“O meu amo tira verso
Em homenagem a São João
Acende a poronga para fazer alumiação
Ao ver Pai Francisco, Catirina saracoteou
A fogueira vai queimar
Foi Santo Antonio quem mandou
Brincando de casa em casa,
Eu chego a catedral
Nossa Senhora, livrai-me do mal
Lamparineiro Lioca odernou:
Fora contrário! Pra lá!
É o Boi Caprichoso
Que veio para rua brincar”

Logo oficial do enredo

Falando na catedral, ele diz aos presentes que o festival como conhecemos hoje nasce a partir da necessidade de arrecadar fundos para construção da catedral em homenagem à Nossa Senhora do Carmo, padroeira da Ilha. Com os olhos marejados,ele tira seu chapéu, se ajoelha e começa a entoar a oração em forma de toada:

“Feita de barro como Adão
Feita de sonho e devoção
Barro do lago, barro no chão
Parede larga, vitral no vão
Campanário marcando horário
Sino chamando os fiéis
(Nossa Senhora do Carmo)
Receba a gratidão
Construção a muitas mãos
Arte d’italia, braços de nossa gente
Irmão Miguel ilustrou
Padre Augusto folcloreou
Festival de Parintins foi aqui que começou!
Cada ingresso, um tijolo
Cada diária doada, uma fiada acabada
No terreno velho, a dança
Pro alicerce novo a crença
Ergue o sagrado “
Do lendário à padroeira
Salve, salve a Catedral
Salve, salve a Catedral
Salve, salve a Catedral”

Quando de longe ele avista uma pessoa se aproximando de vermelho, ele versa lembrando a rivalidade que pulsa no local:

“Se manque, contrário
Onde tu te meteste?
Ao ver o Caprichoso
Pra onde correste?
Parou o coração E a contrariada?
Tá calada do lado de lá”

Exaltar o Boi Caprichoso é exaltar também a Ilha Tupinambarana, com muito orgulho e pavulagem que seu Luiz Gonzaga grita “Viva Parintins” e canta a toada:

“Azul é povo, é caprichoso
É dança, andança de boi
Na frente da minha ilha passa o rio mais porreta
Meu boi já está falado em quase todo o planeta
Mas manque a pavulagem do parintinense!
Olha já!
Nossa gente é mistura cabocla
Do negro e do índio
De arco e flecha que gosta da festa do boi
De pele morena do Sol
Vem pra cá, ver o povo na rua andando e cantando
Enfeitando a casa de azul e branco
Que o boi vai chegar!”

Com muito orgulho dentro do seu peito, ele chama mais uma figura importante nessa história vitoriosa.

Feito Para ser do povo: A Paixão de uma nação
No meio do povo, escuta-se um voz inconfundível, que canta da seguinte forma:

“O vento norte
Que seduz minha razão
Assobia, e me banha de emoção
O amor errante
Paixão distante
Azul é sempre cor de navegante”

Arlindo Jr, ou o Pop Selva, é o dono daquela voz que encanta aos presentes. Ele mostra em versos com seu belo canto que ele é e sempre será caprichoso:

“Nessa brincadeira de boi
Eu já fui vaqueiro, toquei tambor
Eu também fui um marujeiro
Fiquei na fila da galera pra subir na arquibancada
Já fui da raça azulada, da rapaziada do galpão
Já fui artista, fui brincante do boi campeão
Ah! Eu amo esse boi!
Eu empurrei alegoria pra brincar de boi
Pintei a cara, virei índio pra dançar
Na tribo do meu boi, na tribo do meu boi, na tribo do meu boi
Andei nas ruas da cidade junto com meu boi
Emprestei até camisa azul pra ir no ensaio do meu boi
Na festa do meu boi, da vitória do meu boi”

Muito emocionado e feliz com seu povo que se abraça e que os ouve atento, ele continua:

“Recortei estrelas, bandeirolas
Eu sou cantor
Fui um pouco de tudo isso
Sei um pouco de tudo que for”

Esses versos remetem na memória de cada um da nação azulada pessoas importantes nestes 110 anos de Boi Caprichoso: Levantadores de toada, Sinhazinhas, Cunhãs, Porta Estandarte, Amos, tripas, marujeiros entre outros.

Encerrando a noite, todos se abraçam e vão seguindo pelas ruas da cidade, cantando e festejando sob o comando de Arlindo, todos seguem cantando

“Sou o suor que balança esse povo
No mês de junho tocando tambor
Batendo palminhas renasço de novo
Ninguém gosta mais desse boi do que eu
Ninguém gosta mais desse boi do que eu
Ninguém gosta mais desse boi do que eu
Ninguém gosta mais desse boi do que eu
Ninguém gosta mais desse boi do que eu
Das minhas cores meu canto é franco
O azul do céu e o branco é o encanto
E o meu boi Caprichoso bailando de novo
Renasce com ele encantando meu povo”.

Estreante no Carnaval Virtual, o GRESV Unidos de Vila São Luiz fará uma homenagem ao Boi-Bumbá Caprichoso e sua história.

Pavilhão oficial da agremiação

A laranja, branco e azul, de Duque de Caxias/RJ, irá trazer o enredo “Criação de muitas mãos: Feito de pano e espuma, suor, veludo e cetim – O brinquedo é real e ganha vida nesse chão… Meu boi é mais que um ser do folclore é a chama eterna de 110 anos de uma paixão”, de autoria de Berg Santana.

Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela escola:

“Criação de muitas mãos: Feito de pano e espuma, suor, veludo e cetim – O brinquedo é real e ganha vida nesse chão… Meu boi é mais que um ser do folclore é a chama eterna de 110 anos de uma paixão”.

Criação de muitas mãos
Num terreiro, sob a luz do luar, ribeirinhos parintinenses, eis que surgem feito de pano, espuma lutas, suor, veludo e cetim: O Boi Bumbá Caprichoso, que reverencia as muitas mãos que o criaram. De todas essas mãos, três personalidades importantes vêm se apresentar e narrar em versos de toada a história do nosso touro negro.

O primeiro que vem chegando é Roque Cid, o próprio fundador.

“Eu vim de longe, bem longe
Sem sabe para onde ia
Andei no lombo do jumento
Como Jesus fez um dia
Vim do nordeste sonhando
Seguindo uma estrela guia
No barco para o Amazonas
A saudade me seguia”

Cid assim versa para nos contar o quanto vagou pelo nordeste, buscando melhores condições de vida pega o barco rumo ao Amazonas para prosperar. Lembrando também quando trabalhou na floresta como seringueiro no período da Belle Époque, ele versa:

“Na força da borracha se ergueu
O Amazonas, meu Amazonas
O esplendor da Belle Époque
Atraiu o mundo pro Amazonas
Nas marcas perdidas no tempo
Vem meu seringueiro
E retira da hévea a seiva
Que escorre nas entranhas das árvores
Teu suor construiu a nobreza
E ergueu monumentos
Meu teatro dos sonhos”

Em mais um verso, Cid conta que ao prosperar na cidade, cumpre com sua promessa feita à São João Batista e assim funda o Boi Caprichoso para brincar as lindas noites de Junho:

“Da estrela fiz minha sorte
Mulher e fama ganhei
Criei o boi Caprichoso
Que ao nosso santo ofertei
1913 em Parintins eu cheguei
Roque Cid o primeiro
E o Caprichoso é o Rei”

Assim, Roque Cid dá vez ao segundo par de mãos ilustre para contar sua história…

O brinquedo é real e ganha vida nesse chão

Chega assim, Seu Luiz Gonzaga, que foi dono do boi Caprichoso por vinte anos. Ele se apresenta como um humilde pescador que brincou e amou o boi e se apresenta neste verso:

“O rio manso a murmurar
Numa rima de Sol e luar
Lá vai Santarém, Porrotó
Luiz Gonzaga, Pamim, Zé Caiá
Heróis do rio e do igapó
Histórias do meu boi-bumbá
Calafeta a canoa
Olha o arreio
Da vela não vai descuidar
Trabalhar dia e noite é bonito
O Pirralho precisa estudar
Chegou São João, vem brincar
Joga a rede que peixe vai dar
É junho, é festa, é boi-bumbá
Veste a fantasia de novo
O azul e branco é do povo”

Gonzaga nos apresenta como o Boi Caprichoso se tornou símbolo da cultura de Parintins, e nesse verso traz como era a brincadeira de boi, o que hoje conhecemos como Boi de Rua:

“Lá vem meu boi
Pelas ruas de Parintins
Lá vem meu boi
Pelas ruas de Parintins
Na batida da Marujada,
No balanço da toada
Vim trazer meu boi pra ti
Seja lua cheia ou minguante
Hoje a rua é dos brincantes
Do boi mais boi daqui”

“O meu amo tira verso
Em homenagem a São João
Acende a poronga para fazer alumiação
Ao ver Pai Francisco, Catirina saracoteou
A fogueira vai queimar
Foi Santo Antonio quem mandou
Brincando de casa em casa,
Eu chego a catedral
Nossa Senhora, livrai-me do mal
Lamparineiro Lioca odernou:
Fora contrário! Pra lá!
É o Boi Caprichoso
Que veio para rua brincar”

Logo oficial do enredo

Falando na catedral, ele diz aos presentes que o festival como conhecemos hoje nasce a partir da necessidade de arrecadar fundos para construção da catedral em homenagem à Nossa Senhora do Carmo, padroeira da Ilha. Com os olhos marejados,ele tira seu chapéu, se ajoelha e começa a entoar a oração em forma de toada:

“Feita de barro como Adão
Feita de sonho e devoção
Barro do lago, barro no chão
Parede larga, vitral no vão
Campanário marcando horário
Sino chamando os fiéis
(Nossa Senhora do Carmo)
Receba a gratidão
Construção a muitas mãos
Arte d’italia, braços de nossa gente
Irmão Miguel ilustrou
Padre Augusto folcloreou
Festival de Parintins foi aqui que começou!
Cada ingresso, um tijolo
Cada diária doada, uma fiada acabada
No terreno velho, a dança
Pro alicerce novo a crença
Ergue o sagrado “
Do lendário à padroeira
Salve, salve a Catedral
Salve, salve a Catedral
Salve, salve a Catedral”

Quando de longe ele avista uma pessoa se aproximando de vermelho, ele versa lembrando a rivalidade que pulsa no local:

“Se manque, contrário
Onde tu te meteste?
Ao ver o Caprichoso
Pra onde correste?
Parou o coração E a contrariada?
Tá calada do lado de lá”

Exaltar o Boi Caprichoso é exaltar também a Ilha Tupinambarana, com muito orgulho e pavulagem que seu Luiz Gonzaga grita “Viva Parintins” e canta a toada:

“Azul é povo, é caprichoso
É dança, andança de boi
Na frente da minha ilha passa o rio mais porreta
Meu boi já está falado em quase todo o planeta
Mas manque a pavulagem do parintinense!
Olha já!
Nossa gente é mistura cabocla
Do negro e do índio
De arco e flecha que gosta da festa do boi
De pele morena do Sol
Vem pra cá, ver o povo na rua andando e cantando
Enfeitando a casa de azul e branco
Que o boi vai chegar!”

Com muito orgulho dentro do seu peito, ele chama mais uma figura importante nessa história vitoriosa.

Feito Para ser do povo: A Paixão de uma nação
No meio do povo, escuta-se um voz inconfundível, que canta da seguinte forma:

“O vento norte
Que seduz minha razão
Assobia, e me banha de emoção
O amor errante
Paixão distante
Azul é sempre cor de navegante”

Arlindo Jr, ou o Pop Selva, é o dono daquela voz que encanta aos presentes. Ele mostra em versos com seu belo canto que ele é e sempre será caprichoso:

“Nessa brincadeira de boi
Eu já fui vaqueiro, toquei tambor
Eu também fui um marujeiro
Fiquei na fila da galera pra subir na arquibancada
Já fui da raça azulada, da rapaziada do galpão
Já fui artista, fui brincante do boi campeão
Ah! Eu amo esse boi!
Eu empurrei alegoria pra brincar de boi
Pintei a cara, virei índio pra dançar
Na tribo do meu boi, na tribo do meu boi, na tribo do meu boi
Andei nas ruas da cidade junto com meu boi
Emprestei até camisa azul pra ir no ensaio do meu boi
Na festa do meu boi, da vitória do meu boi”

Muito emocionado e feliz com seu povo que se abraça e que os ouve atento, ele continua:

“Recortei estrelas, bandeirolas
Eu sou cantor
Fui um pouco de tudo isso
Sei um pouco de tudo que for”

Esses versos remetem na memória de cada um da nação azulada pessoas importantes nestes 110 anos de Boi Caprichoso: Levantadores de toada, Sinhazinhas, Cunhãs, Porta Estandarte, Amos, tripas, marujeiros entre outros.

Encerrando a noite, todos se abraçam e vão seguindo pelas ruas da cidade, cantando e festejando sob o comando de Arlindo, todos seguem cantando

“Sou o suor que balança esse povo
No mês de junho tocando tambor
Batendo palminhas renasço de novo
Ninguém gosta mais desse boi do que eu
Ninguém gosta mais desse boi do que eu
Ninguém gosta mais desse boi do que eu
Ninguém gosta mais desse boi do que eu
Ninguém gosta mais desse boi do que eu
Das minhas cores meu canto é franco
O azul do céu e o branco é o encanto
E o meu boi Caprichoso bailando de novo
Renasce com ele encantando meu povo”.

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