Xica Manicongo é o enredo da Veados Comunistas para o Carnaval 2023
Estreante no Grupo de Acesso I do Carnaval Virtual, o GRESV Veados Comunistas apresentou o enredo para o seu desfile oficial 2023. De autoria de Felipe Santos, a vermelho e amarelo do Rio de Janeiro/RJ irá defender o enredo “XICA VIVE – Preta, Feiticeira, Travesti”. Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela agremiação: XICA […]
POR Carnaval Virtual14/05/2023|3 min de leitura
Logo oficial do enredo
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Estreante no Grupo de Acesso I do Carnaval Virtual, o GRESV Veados Comunistas apresentou o enredo para o seu desfile oficial 2023.
Pavilhão Oficial da agremiação
De autoria de Felipe Santos, a vermelho e amarelo do Rio de Janeiro/RJ irá defender o enredo “XICA VIVE – Preta, Feiticeira, Travesti”.
Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela agremiação:
XICA VIVE!
Faltará tinta Para recolorir a sua memória É sobre a vida De travestis que foram apagadas Da nossa triste história
Pouco a pouco Vamos conhecendo Nos re-conhecendo Por aqui, muitas pretas Divinas negras Já comeram o pão que igreja assou
Em nome de um deus sem cor Branco como eles Sem rosto, mas de pulso firme E opressor Pra quem não é branco Sobra o pranto E se eles nos achavam selvagens Traficando vidas negras Por uma suposta superioridade
E na reviravolta da história Sua nobreza será enfim reconhecida Como símbolo de luta e liberdade Hoje, as estrelas do céu Emolduram o cenário Para a sua coroação na avenida
E no cortejo Ela vem toda enfeitada “No peito já na cabe mais” Apesar de ter sua liberdade negada “Só sobreviver, não satisfaz”
Logo oficial do enredo
Se o branco tem fé Usa a fé para perseguir Xica é do axé! A igreja temia A luz que ela emanava Apenas por sorrir
A vida que vivia Afrontava Seu comportamento deixava boquiaberto A nobreza, o clero A hipocrisia que reinava na Cidade Baixa
Não pode usar turbante Não pode usar vestido Mas ser explorada, escravizada Tinha as bençãos de deus O açoite ao corpo negro A ninguém chocava
Sapateira Solitária na floresta de casarios O fogo que lhe condenaram Acenderam no povo preto, o pavio
A chama que arde Ilumina a celebração Dos negros e negras Reis e Rainhas Do povo simples de cada nação É do Congo É de Angola Hoje é brasileiro, é quilombola
O fim de Xica pode ser diferente E a nossa escola, vai cantar alegremente Que ela virou exemplo Calunga do meu cortejo A boneca negra que se veste com roupas femininas Como era do seu desejo
E tantas pretas como ela Motivos de piada No asfalto, na favela Que lutam pra viver Como se reconhecem Panteras, Lacraias Éricas, Marias que florescem Na pobreza, na Quebrada
Xica é rainha Preta, feiticeira, dona de si Sua existência, por si só É luta política Abriu espaço para quem vem aí Na Veados Comunistas A luta é preta O sangue ferve Não é bagunça ser travesti
Estreante no Grupo de Acesso I do Carnaval Virtual, o GRESV Veados Comunistas apresentou o enredo para o seu desfile oficial 2023.
Pavilhão Oficial da agremiação
De autoria de Felipe Santos, a vermelho e amarelo do Rio de Janeiro/RJ irá defender o enredo “XICA VIVE – Preta, Feiticeira, Travesti”.
Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela agremiação:
XICA VIVE!
Faltará tinta Para recolorir a sua memória É sobre a vida De travestis que foram apagadas Da nossa triste história
Pouco a pouco Vamos conhecendo Nos re-conhecendo Por aqui, muitas pretas Divinas negras Já comeram o pão que igreja assou
Em nome de um deus sem cor Branco como eles Sem rosto, mas de pulso firme E opressor Pra quem não é branco Sobra o pranto E se eles nos achavam selvagens Traficando vidas negras Por uma suposta superioridade
E na reviravolta da história Sua nobreza será enfim reconhecida Como símbolo de luta e liberdade Hoje, as estrelas do céu Emolduram o cenário Para a sua coroação na avenida
E no cortejo Ela vem toda enfeitada “No peito já na cabe mais” Apesar de ter sua liberdade negada “Só sobreviver, não satisfaz”
Logo oficial do enredo
Se o branco tem fé Usa a fé para perseguir Xica é do axé! A igreja temia A luz que ela emanava Apenas por sorrir
A vida que vivia Afrontava Seu comportamento deixava boquiaberto A nobreza, o clero A hipocrisia que reinava na Cidade Baixa
Não pode usar turbante Não pode usar vestido Mas ser explorada, escravizada Tinha as bençãos de deus O açoite ao corpo negro A ninguém chocava
Sapateira Solitária na floresta de casarios O fogo que lhe condenaram Acenderam no povo preto, o pavio
A chama que arde Ilumina a celebração Dos negros e negras Reis e Rainhas Do povo simples de cada nação É do Congo É de Angola Hoje é brasileiro, é quilombola
O fim de Xica pode ser diferente E a nossa escola, vai cantar alegremente Que ela virou exemplo Calunga do meu cortejo A boneca negra que se veste com roupas femininas Como era do seu desejo
E tantas pretas como ela Motivos de piada No asfalto, na favela Que lutam pra viver Como se reconhecem Panteras, Lacraias Éricas, Marias que florescem Na pobreza, na Quebrada
Xica é rainha Preta, feiticeira, dona de si Sua existência, por si só É luta política Abriu espaço para quem vem aí Na Veados Comunistas A luta é preta O sangue ferve Não é bagunça ser travesti