Documentário ‘Chegou o Carnaval’ mostra expectativa das escolas de samba para a retomada da folia

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A maior festa popular do país está de volta. Após dois anos sem desfiles, a ansiedade toma conta dos integrantes das escolas de samba do Rio de Janeiro que enfrentaram inúmeros desafios para fazer o Carnaval acontecer em 2022. Faltando uma semana para a emoção invadir a Avenida, a GloboNews exibe o documentário original “Chegou […]

POR Redação SRzd15/04/2022|5 min de leitura

Documentário ‘Chegou o Carnaval’ mostra expectativa das escolas de samba para a retomada da folia

Sambódromo da Marquês de Sapucaí iluminado. Foto: Henrique Matos

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A maior festa popular do país está de volta. Após dois anos sem desfiles, a ansiedade toma conta dos integrantes das escolas de samba do Rio de Janeiro que enfrentaram inúmeros desafios para fazer o Carnaval acontecer em 2022.

Faltando uma semana para a emoção invadir a Avenida, a GloboNews exibe o documentário original “Chegou o Carnaval” neste domingo (17), às 23h, com relatos de pessoas envolvidas na construção do espetáculo diante das incertezas que cercavam a sua realização.

A produção mostra como as escolas e seus componentes enfrentaram a pandemia de Covid-19 e, mesmo sem seu principal meio de sustento, buscaram superar esse momento para retomar a sua maior paixão – o Carnaval.

Profissionais que trabalham o ano inteiro para dar vida ao “maior espetáculo da Terra” relembram as dificuldades que passaram com o cancelamento da festa.

Mestre Casagrande. Foto: Divulgação
Mestre Casagrande. Foto: Divulgação

“Eu tive amigos diretores de bateria e até ritmistas próximos a mim que não tinham nada. Me ligavam pedindo socorro porque não tinham dinheiro para comprar um botijão de gás. Eu tirava do meu bolso para dar a eles”, conta Casagrande, mestre de bateria da Unidos da Tijuca.

“O povo do samba entendeu que era momento de se recolher, que tínhamos que esperar pela chegada da vacina, que não era a única esperança só para o mundo do samba, mas para toda a humanidade. Foram momentos muito difíceis, de olhar pela janela e perguntar: o que vai acontecer amanhã?”, diz Selminha Sorriso, porta-bandeira da Beija-Flor de Nilópolis.

Selminha Sorriso durante desfile da Beija Flor de 2018. Foto: Juliana Dias/SRzd
Selminha Sorriso durante desfile da Beija Flor de 2018. Foto: Juliana Dias/SRzd

Durante a pandemia, as escolas de samba criaram uma série de alternativas para auxiliar os trabalhadores que têm a folia como a sua principal fonte de renda, como as costureiras das agremiações, que passaram a produzir máscaras de proteção para serem distribuídas em troca de cestas básicas.

O documentário também mostra que, com a chegada dos imunizantes contra a Covid-19, as quadras das agremiações se tornaram postos de vacinação.

“Com isso, a escola de samba mostra a sua importância de estar no meio da comunidade, porque ela tem essa relação com os outros atores sociais que estão no seu entorno”, ressalta o jornalista Leonardo Bruno, comentarista dos desfiles das escolas de samba da Série Ouro do Rio de Janeiro na TV Globo.

Barracão de escola de samba no documentário "Chegou o Carnaval". Foto: Divulgação/TV Globo
Barracão de escola de samba no documentário “Chegou o Carnaval”. Foto: Divulgação/TV Globo

De acordo com o economista ouvido pelo documentário, Cláudio Considera, a não realização do Carnaval no ano passado representou uma perda de R$ 5,5 bilhões para a cidade do Rio de Janeiro, o que representa 1,5% do PIB carioca. “O setor de serviços é a principal atividade econômica do Rio de Janeiro. É uma perda que não tem volta”.

Também no documentário, o prefeito Eduardo Paes reforça que o ISS, principal arrecadação municipal, despencou em fevereiro do ano passado, mês em que geralmente é realizado o Carnaval.

“Os dados são muito importantes porque não só nos ajudam a identificar, monitorar e divulgar a importância dessa celebração, mas também para termos clareza de quais segmentos da nossa sociedade foram impactados e, assim, produzirmos políticas públicas para ajudar essas pessoas”.

Neguinho da Beija-Flor. Foto: SRzd
Neguinho da Beija-Flor. Foto: SRzd

A expectativa é que a realização dos desfiles em abril consolide a retomada da folia e resulte em aumento de arrecadação. Para o mundo do samba, esse Carnaval tem tudo para ser o maior da história. “Para mim vai ser um momento de grande emoção. A expectativa está muito grande. Imagina a emoção que irei sentir quando eu der o grito de guerra”, ressalta o intérprete Neguinho da Beija-Flor.

“Acho que vai ser uma festa muito bonita, vai parecer que nem teve pandemia. Esse ano não precisa ter medo se o povo estará frio na avenida. Não vai estar. Está todo mundo doido para ver uma escola de samba. Talvez seja o Carnaval mais privilegiado de todos”, afirma a carnavalesca Rosa Magalhães.

Rosa Magalhães. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Rosa Magalhães. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O documentário tem direção conjunta de Daniel Botelho, João Mariano, Pedro Umberto e Sandro Arieta. A direção de fotografia é de Rafael Quintão e Luiz Paulo Mesquita. A exibição será no próximo domingo, dia 17, às 23h, na GloboNews.

Leia também:

+ Ordem dos desfiles do Grupo Especial 2022

+ Ordem dos desfiles da Série Ouro 2022

A maior festa popular do país está de volta. Após dois anos sem desfiles, a ansiedade toma conta dos integrantes das escolas de samba do Rio de Janeiro que enfrentaram inúmeros desafios para fazer o Carnaval acontecer em 2022.

Faltando uma semana para a emoção invadir a Avenida, a GloboNews exibe o documentário original “Chegou o Carnaval” neste domingo (17), às 23h, com relatos de pessoas envolvidas na construção do espetáculo diante das incertezas que cercavam a sua realização.

A produção mostra como as escolas e seus componentes enfrentaram a pandemia de Covid-19 e, mesmo sem seu principal meio de sustento, buscaram superar esse momento para retomar a sua maior paixão – o Carnaval.

Profissionais que trabalham o ano inteiro para dar vida ao “maior espetáculo da Terra” relembram as dificuldades que passaram com o cancelamento da festa.

Mestre Casagrande. Foto: Divulgação
Mestre Casagrande. Foto: Divulgação

“Eu tive amigos diretores de bateria e até ritmistas próximos a mim que não tinham nada. Me ligavam pedindo socorro porque não tinham dinheiro para comprar um botijão de gás. Eu tirava do meu bolso para dar a eles”, conta Casagrande, mestre de bateria da Unidos da Tijuca.

“O povo do samba entendeu que era momento de se recolher, que tínhamos que esperar pela chegada da vacina, que não era a única esperança só para o mundo do samba, mas para toda a humanidade. Foram momentos muito difíceis, de olhar pela janela e perguntar: o que vai acontecer amanhã?”, diz Selminha Sorriso, porta-bandeira da Beija-Flor de Nilópolis.

Selminha Sorriso durante desfile da Beija Flor de 2018. Foto: Juliana Dias/SRzd
Selminha Sorriso durante desfile da Beija Flor de 2018. Foto: Juliana Dias/SRzd

Durante a pandemia, as escolas de samba criaram uma série de alternativas para auxiliar os trabalhadores que têm a folia como a sua principal fonte de renda, como as costureiras das agremiações, que passaram a produzir máscaras de proteção para serem distribuídas em troca de cestas básicas.

O documentário também mostra que, com a chegada dos imunizantes contra a Covid-19, as quadras das agremiações se tornaram postos de vacinação.

“Com isso, a escola de samba mostra a sua importância de estar no meio da comunidade, porque ela tem essa relação com os outros atores sociais que estão no seu entorno”, ressalta o jornalista Leonardo Bruno, comentarista dos desfiles das escolas de samba da Série Ouro do Rio de Janeiro na TV Globo.

Barracão de escola de samba no documentário "Chegou o Carnaval". Foto: Divulgação/TV Globo
Barracão de escola de samba no documentário “Chegou o Carnaval”. Foto: Divulgação/TV Globo

De acordo com o economista ouvido pelo documentário, Cláudio Considera, a não realização do Carnaval no ano passado representou uma perda de R$ 5,5 bilhões para a cidade do Rio de Janeiro, o que representa 1,5% do PIB carioca. “O setor de serviços é a principal atividade econômica do Rio de Janeiro. É uma perda que não tem volta”.

Também no documentário, o prefeito Eduardo Paes reforça que o ISS, principal arrecadação municipal, despencou em fevereiro do ano passado, mês em que geralmente é realizado o Carnaval.

“Os dados são muito importantes porque não só nos ajudam a identificar, monitorar e divulgar a importância dessa celebração, mas também para termos clareza de quais segmentos da nossa sociedade foram impactados e, assim, produzirmos políticas públicas para ajudar essas pessoas”.

Neguinho da Beija-Flor. Foto: SRzd
Neguinho da Beija-Flor. Foto: SRzd

A expectativa é que a realização dos desfiles em abril consolide a retomada da folia e resulte em aumento de arrecadação. Para o mundo do samba, esse Carnaval tem tudo para ser o maior da história. “Para mim vai ser um momento de grande emoção. A expectativa está muito grande. Imagina a emoção que irei sentir quando eu der o grito de guerra”, ressalta o intérprete Neguinho da Beija-Flor.

“Acho que vai ser uma festa muito bonita, vai parecer que nem teve pandemia. Esse ano não precisa ter medo se o povo estará frio na avenida. Não vai estar. Está todo mundo doido para ver uma escola de samba. Talvez seja o Carnaval mais privilegiado de todos”, afirma a carnavalesca Rosa Magalhães.

Rosa Magalhães. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Rosa Magalhães. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O documentário tem direção conjunta de Daniel Botelho, João Mariano, Pedro Umberto e Sandro Arieta. A direção de fotografia é de Rafael Quintão e Luiz Paulo Mesquita. A exibição será no próximo domingo, dia 17, às 23h, na GloboNews.

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