Com o enredo Samba Quilombo – A Resistência Pela Raiz, a Império da Tijuca foi a penúltima escola a desfilar neste segundo dia de apresentações da Série Ouro. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:
Avaliação geral (Luiz Fernando Reis):
“Uma escola grande que já teve várias vezes aqui no Especial, comunidade muito muito legal, muito aguerrida… ela disputa o quarto e sexto lugar. Eu até esperava um pouco mais do Império. A gente percebe que é uma grande escola, tá na Série Ouro”.
Comissão de Frente (Márcio Moura):
“O jovem Lucas Maciel traz uma coreografia muito consciente. Percebe-se a escolha dos movimentos e as opções para ocupação do espaço. Sua apresentação é cercada de representatividade. Consegue criar dois climas distintos com rápidas trocas de roupas fazendo com que o público perceba as homenagens escolhidas na concepção final.”
Casal de mestre-sala e porta-bandeira (Eliane Santos Souza):
“Renan Oliveira e Laís Ramos deslizaram glamourosos pela Avenida. Ela apresentando giros bem precisos, um Aviãozinho sincronizado a Pegada de Mão do mestre-sala, com suavidade e alegria. O mestre-sala exibiu o ‘beija-flor’ durante o Cruzado, deixando um espaço para sua bela dama exibir suas nuances e passos. A Apresentação da Bandeira aconteceu de forma elegante, com graciosidade e gentileza. O bailado apresentado, clássico e completo em sua movimentação, foi enriquecido por gestual da dança afro religiosa de forma sútil, conforme a orientação do enredo.”
Fantasias (Jaime Cezário):
“A Império da Tijuca levantou a bandeira do Quilombo Samba e trouxe em suas fantasias um bom acabamento e respeitando as cores da Escola, abusou no dourado, acredito que deva ter tido a intenção de dizer entrelinhas que a arte negra vale ouro. Obedeceu o roteiro apresentado e buscou soluções bem diretas e claras”.
Alegorias e Adereços (Jaime Cezário):
“As alegorias seguiram o mesmo padrão de qualidade, sendo que seus carros estavam grandes e com a marcante presença da temática afro-brasileira, algo exigido pelo o enredo e também, com a forte presença do dourado. Passou seu recado com toda dignidade que sua proposta exigia.”
Enredo (Marcelo Masô):
“A GRES Império da Tijuca escolheu como enredo narrar a resistência negra em relação às influências externas não pertencentes às comunidades que abrigavam as Escolas de Samba, as quais se intensificaram a partir da década de 1970. O fio condutor da narrativa foi a escola de samba criada pelo mestre Candeia, eis que surge o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo. A escola de samba em questão foi também referência no movimento negro. O desfile foi belo, porém, leitura do enredo na Avenida não foi tão clara.”
Samba-enredo (Cadu Zugliani):
“O samba do Império da Tijuca foi um dos pontos altos da noite. Muito bem interpretado pelo Daniel, uma obra digna de prêmios. Andamento perfeito que fez escola e público comprarem desde os primeiros acordes. Parabéns Império e parabéns compositores!”.
Bateria (Bruno Moraes):
“A Sinfonia Imperial fez um excelente desfile, a galera do morro da Formiga merecia lavar a alma na Sapucaí e lavou. Com uma afinação impecável, swing, firmeza e bossas que ajudaram o ótimo samba da escola. Um dos destaques do desfile foi o pequeno Gustavo que veio ao lado do Mestre Jordan e ajudou com muita desenvoltura na apresentação ao julgador.”
Harmonia (Célia Souto):
“A escola demonstrou domínio do canto , interpretando o samba com garra, emoção e comprometimento. Desenvolveu o canto de forma equilibrada entre ritmo , melodia e andamento.”
Evolução (Célia Souto):
A evolução da escola demonstrou leveza e movimento coerentes, porém , com algumas irregularidades de espaços entre as alas”.
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