Morre a carnavalesca Rosa Magalhães

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Luto no Carnaval. Morreu, na noite desta quinta-feira (25), aos 77 anos, vítima de infarto, Rosa Lúcia Benedetti Magalhães, a carnavalesca Rosa Magalhães, maior campeã da Marquês de Sapucaí. Figurinista, cenógrafa, escritora e artista plástica com três graduações, “a professora” iniciou sua trajetória no Carnaval em 1970, no Salgueiro, como ajudante de Fernando Pamplona. Era […]

POR Redação SRzd26/07/2024|4 min de leitura

Morre a carnavalesca Rosa Magalhães

Rosa Magalhães. Foto: Reprodução/TV Globo

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Luto no Carnaval. Morreu, na noite desta quinta-feira (25), aos 77 anos, vítima de infarto, Rosa Lúcia Benedetti Magalhães, a carnavalesca Rosa Magalhães, maior campeã da Marquês de Sapucaí.

Figurinista, cenógrafa, escritora e artista plástica com três graduações, “a professora” iniciou sua trajetória no Carnaval em 1970, no Salgueiro, como ajudante de Fernando Pamplona. Era apenas o início de uma carreira premiada e que se tornaria referência no segmento.

Mulher de poucas palavras, Rosa, que nasceu no Rio, e morava em Copacabana, construiu sua carreira de sucesso no universo das escolas de samba, onde atuou por mais de 50 anos, com muito trabalho.

+ Sambistas lamentam morte de Rosa Magalhães

Legado no Carnaval

Dona de desfiles marcantes, colecionou títulos no Carnaval carioca, com passagens pela Beija-Flor, Império Serrano, Tradição, Estácio de Sá, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense, União da Ilha, Vila Isabel, Mangueira, São Clemente, Portela e Paraíso do Tuiuti. Em São Paulo, atuou pela Barroca Zona Sul e Dragões da Real.

O primeira taça conquistada por Rosa Magalhães foi pela Império Serrano, ao lado de Lícia Lacerda, com o enredo “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”, em 1982.

A época de ouro da carnavalesca aconteceu entre 1994 e 2001, na Imperatriz Leopoldinense. Na escola de Ramos, Rosa se consagrou com trabalho requintado, luxuoso e marcado por temáticas históricas que renderam campeonatos e premiações aliado aos chamados desfiles chamados de “técnicos” realizados pela agremiação.

O último título da artista foi em 2013, pela Unidos de Vila Isabel. Ausente no Carnaval de 2024, seu último trabalho assinado em desfile, foi no Paraíso do Tuiuti, em 2023.

+ Paes exalta Rosa Magalhães: ‘Inesquecível, única e incomparável’

Rosa Magalhães. Foto: Reprodução de vídeo
Rosa Magalhães. Foto: Reprodução de vídeo

Premiações

Formada pela Escola de Belas Artes (EBA) da UFRJ, deu aulas na instituição e assinou figurinos e cenários para dezenas de espetáculos teatrais.

Como artista plástica, participou da 21ª Bienal de São Paulo, em 1991; da quadrienal de Praga, no mesmo ano; da 49ª bienal de Veneza, em 2001, além de três mostras no Museu de Arte do Rio, entre 2016 e 2019. Também trabalhou como cenógrafa de várias novelas e séries da Rede Globo.

Contabiliza no currículo, dois prêmios MinC; prêmios Carlos Gomes; Ordem do Mérito Cultural; e Medalha de Prata, oferecida pelo governo da Áustria.

Ganhou um Emmy, um dos prêmios mais importantes da TV mundial, ao ser indicada na categoria figurino pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, e deixou sua marca na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos 2016, no Rio.

Carnavalesca Rosa Magalhães. Foto: Eliane Pinheiro
Carnavalesca Rosa Magalhães. Foto: Eliane Pinheiro

Biografia, documentários e tema de enredo

Em 2019, teve sua trajetória transformada em biografia. “Rosa Magalhães — A moça prosa da avenida”, de Luiz Ricardo Leitão, foi lançada pela Uerj, mesma instituição que, em 2002, concedeu-lhe o título de doutora “honoris causa”.

Em 2023, foi tema do documentário “Rosa – A narradora de outros Brasis”, de Valmir Moratelli e Libário Nogueira. Escreveu três livros: “Fazendo Carnaval”, “O inverso das origens”, junto com Maria Luiza Newlands, e “E vai rolar a festa”. Também foi enredo de escola de samba, ao ser exaltada pela Unidos da Vila Santa Tereza, em 2020.

Considerada por muitos como a maior carnavalesca da história, Rosa Magalhães fez o Carnaval, com seus mais de 40 trabalhos apresentados na Avenida, ser ainda mais elegante, rico e cultural.

Velório e sepultamento

O velório será aberto ao público no Palácio da Cidade, em Botafogo, das 12h às 16h30. Restrito para familiares e amigos próximos, o sepultamento está marcado para às 17h, no cemitério São João Batista.

Folia

Luto no Carnaval. Morreu, na noite desta quinta-feira (25), aos 77 anos, vítima de infarto, Rosa Lúcia Benedetti Magalhães, a carnavalesca Rosa Magalhães, maior campeã da Marquês de Sapucaí.

Figurinista, cenógrafa, escritora e artista plástica com três graduações, “a professora” iniciou sua trajetória no Carnaval em 1970, no Salgueiro, como ajudante de Fernando Pamplona. Era apenas o início de uma carreira premiada e que se tornaria referência no segmento.

Mulher de poucas palavras, Rosa, que nasceu no Rio, e morava em Copacabana, construiu sua carreira de sucesso no universo das escolas de samba, onde atuou por mais de 50 anos, com muito trabalho.

+ Sambistas lamentam morte de Rosa Magalhães

Legado no Carnaval

Dona de desfiles marcantes, colecionou títulos no Carnaval carioca, com passagens pela Beija-Flor, Império Serrano, Tradição, Estácio de Sá, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense, União da Ilha, Vila Isabel, Mangueira, São Clemente, Portela e Paraíso do Tuiuti. Em São Paulo, atuou pela Barroca Zona Sul e Dragões da Real.

O primeira taça conquistada por Rosa Magalhães foi pela Império Serrano, ao lado de Lícia Lacerda, com o enredo “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”, em 1982.

A época de ouro da carnavalesca aconteceu entre 1994 e 2001, na Imperatriz Leopoldinense. Na escola de Ramos, Rosa se consagrou com trabalho requintado, luxuoso e marcado por temáticas históricas que renderam campeonatos e premiações aliado aos chamados desfiles chamados de “técnicos” realizados pela agremiação.

O último título da artista foi em 2013, pela Unidos de Vila Isabel. Ausente no Carnaval de 2024, seu último trabalho assinado em desfile, foi no Paraíso do Tuiuti, em 2023.

+ Paes exalta Rosa Magalhães: ‘Inesquecível, única e incomparável’

Rosa Magalhães. Foto: Reprodução de vídeo
Rosa Magalhães. Foto: Reprodução de vídeo

Premiações

Formada pela Escola de Belas Artes (EBA) da UFRJ, deu aulas na instituição e assinou figurinos e cenários para dezenas de espetáculos teatrais.

Como artista plástica, participou da 21ª Bienal de São Paulo, em 1991; da quadrienal de Praga, no mesmo ano; da 49ª bienal de Veneza, em 2001, além de três mostras no Museu de Arte do Rio, entre 2016 e 2019. Também trabalhou como cenógrafa de várias novelas e séries da Rede Globo.

Contabiliza no currículo, dois prêmios MinC; prêmios Carlos Gomes; Ordem do Mérito Cultural; e Medalha de Prata, oferecida pelo governo da Áustria.

Ganhou um Emmy, um dos prêmios mais importantes da TV mundial, ao ser indicada na categoria figurino pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, e deixou sua marca na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos 2016, no Rio.

Carnavalesca Rosa Magalhães. Foto: Eliane Pinheiro
Carnavalesca Rosa Magalhães. Foto: Eliane Pinheiro

Biografia, documentários e tema de enredo

Em 2019, teve sua trajetória transformada em biografia. “Rosa Magalhães — A moça prosa da avenida”, de Luiz Ricardo Leitão, foi lançada pela Uerj, mesma instituição que, em 2002, concedeu-lhe o título de doutora “honoris causa”.

Em 2023, foi tema do documentário “Rosa – A narradora de outros Brasis”, de Valmir Moratelli e Libário Nogueira. Escreveu três livros: “Fazendo Carnaval”, “O inverso das origens”, junto com Maria Luiza Newlands, e “E vai rolar a festa”. Também foi enredo de escola de samba, ao ser exaltada pela Unidos da Vila Santa Tereza, em 2020.

Considerada por muitos como a maior carnavalesca da história, Rosa Magalhães fez o Carnaval, com seus mais de 40 trabalhos apresentados na Avenida, ser ainda mais elegante, rico e cultural.

Velório e sepultamento

O velório será aberto ao público no Palácio da Cidade, em Botafogo, das 12h às 16h30. Restrito para familiares e amigos próximos, o sepultamento está marcado para às 17h, no cemitério São João Batista.

Folia

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