Com o enredo “O Caçador Que Traz Alegrias”, desenvolvido pela carnavalesca Annik Salmon, a Porto da Pedra foi a quarta escola a se apresentar neste primeiro dia de desfiles da Série Ouro, já na madrugada de quinta-feira (21). Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:
Avaliação geral (Rachel Valença):
“A escola se apresentou bastante equilibrada, com bom desempenho. Uma ou outra falha, como problemas na iluminação e acabamento dos carros, não comprometeram o bom desfile”.
Avaliação geral (Luiz Fernando Reis):
“Gostei muito. A melhor escola até agora. Acho que pode disputar o Carnaval. A gente vê a assinatura da carnavalesca Annik. Plástica original e com soluções muito boas. Um sambaço e um enredo muito bem desenvolvido.”
Comissão de Frente (Márcio Moura):
“Coreografia forte, desenhos criativos e muito bem ensaiada. Os corpos femininos e masculinos fundem-se num coletivo muito agradável de se ver. Figurino e elemento alegórico que casam muito bem com a proposta. Aliás, o figurino merece uma menção especial, pois com a troca de saia continua dialogando com o elemento alegórico, multiplicando a imagem da caçadora Mãe Stella”.
Casal de mestre-sala e porta-bandeira (Eliane Santos Souza):
“O casal esbanjou equilíbrio e segurança na realização do bailado. Rodrigo França executou o Cruzado, a Carrapeta com piruetas duplas, permitindo que a dançarina rodopiasse livremente no Abano; o Meio Sapateado, ligeiramente ‘plantado’ para poder olhar e cortejar a dama e reverenciar o pavilhão! Cintya Santos, exuberante em seu gestual – a mão, ora plantada na cintura, ora em movimento ondulantes – executou o Balanço sem apoio do mestre-sala, deslocando-se livremente pelo espaço, sempre cortejada por seu par. Eles fizeram uma linda Apresentação da Bandeira e, para encerrar a performance, Cintya Santos recebeu um beijo na mão, uma gentileza de Rodrigo França”.
Alegorias e Adereços (Jaime Cezário):
“As alegorias foram caprichadas e o destaque vai para o grandioso Tigre no abre-alas que vinha meio da mata. O detalhe negativo foi que a iluminação deste carro se apagou logo que entrou no setor 1″.
Fantasias (Jaime Cezário):
“A Porto da Pedra com sua homenagem a Mãe Stella de Oxóssi explorou nas fantasias das alas a temática afro, onde se destacou os tecidos com padrões geométricas. E essa inteligente utilização, trouxe boas soluções, com destaque para as baianas que basicamente foi constituída de tecidos, onde as padrões se complementavam gerando um belo efeito visual. É o que chamaríamos do bom, bonito e barato”.
Enredo (Marcelo Masô):
“A Porto da Pedra elaborou seu enredo tendo como tema a vida religiosa e literária de Mãe Stella de Oxóssi. O Tigre de São Gonçalo mostrou sua força na avenida, o enredo teve como fios condutores a vida religiosa da Mãe de Santo Baiana e sua intensa atividade como escritora, pois uma grande preocupação de Mãe Stella era preservar a oralidade inerente ao Candomblé através dos livros, eternizando-o no mundo das letras. É primordial destacar a excelência do desenvolvimento do enredo. A Porto da Pedra apresentou de forma muito clara os dois eixos centrais do desfile, o Ilê de Mãe Stella, sua íntima ligação com Oxóssi e o seu viés literário. Merece destaque especial a ala que retratou o título de Doutora Honoris Causa concedido à mãe Stella pela Universidade Federal da Bahia e o lindo abre-alas com o Tigre Cinético”.
Samba-enredo (Cadu Zugliani):
“O samba, que eu acho um dos melhores do grupo, foi ‘atropelado’ pelo andamento da bateria. Por não ser um samba de palavras fáceis, deveria ter tido um andamento um pouco mais pra trás, não atrapalharia em nada o bom desfile da escola, pelo contrário. Mas o destaque foi o desempenho do Pitty e do carro de som, mesmo com o samba acelerado, mantiveram a afinação, a força, a pegada e carregaram a comunidade, nota 10”.
Bateria (Bruno Moraes):
“A Bateria Ritmo Feroz fez um ótimo desfile. Com um andamento mais pra frente, mas sem perder o swing. Destaque para o conjunto de bossas, que certamente é um dos mais originais do carnaval. Ao longo da pista, a bateria teve pequenos deslizes, porém sem prejudicar a escola. Um dos melhores anos do Mestre Pablo, que mais uma vez inovou com uma fantasia bastante elaborada. Padrão é uma palavra que essa bateria não segue, e isso é muito bom”.
Harmonia (Célia Souto):
“A escola apresentou um excelente desfile, clareza no canto, componentes comprometidos em cantar o samba na sua totalidade, ótima sincronia entre ritmo e melodia. O canto soou forte e fluiu durante todo o desfile”.
Evolução (Célia Souto):
“Ótimo desempenho, apenas uma leve dispersão entre a ala que antecede a bateria, no mais, um excelente desempenho no ritmo da escola”.
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