Salgueiro: comentaristas analisam desfile

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Terceira escola a desfilar já na madrugada deste sábado (23), o Salgueiro levou para a Sapucaí o enredo Resistência. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile: Avaliação geral (Rachel Valença): “Um desfile muito forte, ligado às mais fortes tradições da escola. Para mim o melhor trabalho da carreira de Alex de Souza: sempre talentoso, […]

POR Redação SRzd23/04/2022|5 min de leitura

Salgueiro: comentaristas analisam desfile

Desfile Salgueiro 2022. Foto: Bianca Guilherme/SRzd

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Terceira escola a desfilar já na madrugada deste sábado (23), o Salgueiro levou para a Sapucaí o enredo Resistência. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:

Avaliação geral (Rachel Valença):

“Um desfile muito forte, ligado às mais fortes tradições da escola. Para mim o melhor trabalho da carreira de Alex de Souza: sempre talentoso, parece neste Carnaval tem rompido as represas da emoção. O samba, salvo pela bateria, também contribui para o bom desfile”.

Avaliação geral (Luiz Fernando Reis):

“Um Salgueiro muito aquém do que estamos acostumados. Um enredo sem encadeamento lógico, quadros totalmente desconexos. O samba não é bom, apesar do refrão ter sido cantado pela arquibancada. No geral, não me agradou o desfile”.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira (Eliane Santos Souza):

“Fantástica a performance do casal salgueirense que desenvolveu, de forma moderna, a dança clássica do samba. Nos movimentos obrigatórios evidenciou-se o vigor e a potência proporcionados por uma eficiente preparação corporal e, a excelente utilização da técnica de dança destinadas a permitir a explosão de um bailar seguro, tranquilo e perfeito. Os giros da porta-bandeira, que ocupou com eficiência o espaço para dançar, foram muito bem sincronizados a Carrapeta e ao Meio-sapateado, no qual o mestre-sala demonstra habilidade e gentileza; e ao currupio, em roda completa, sempre cortejando sua dama. Belíssima apresentação do pavilhão, realizada com extrema delicadeza e de forma personalíssima! Axé!”.

Alegorias e Adereços (Jaime Cezário):

“As alegorias ricas e grandiosas passaram muito bem o seu recado com destaque para o primeiro Griô, dos muitos que ainda vão passar nesse Carnaval pela Avenida. Terminou seu desfile num clima de protesto total na luta contra o racismo na última alegoria. Parabéns, Salgueiro, passou bem, fez tudo certinho, mas ficou aquele gostinho de mais emoção, afinal você é a escola que não é melhor, nem pior  mas que sabe fazer diferente, não é?”.

Fantasias (Jaime Cezário):

“A Academia do Samba levantou a bandeira da preservação e luta da arte e cultura preta desse país. A escola, que fez a Revolução Negra nos anos 60, teve uma abertura que me fez acreditar que iria nos presentear com uma releitura dos grandes mestres precursores desse movimento: Pamplona, Arlindo e João. O começo lembrou e arrepiou; dava para ver eles ali naquela abertura. Mas, passado o abre-alas, a normalidade voltou as belas fantasias do Salgueiro. Retratou exatamente aquilo que se predispunha a fazer, e fez bem. Poderia ter emocionado a plateia se trouxesse essa saudade gostosa, mas apenas ficou no desejo”.

Enredo (Marcelo Masô):

“A tradicional escola tijucana, Salgueiro, escolheu como enredo a resistência negra. O tema de extrema relevância social. Nunca é demais lembrar que mazelas sociais deixadas pela escravidão assolam nosso país até hoje. Neste sentido, o Salgueiro trouxe em seu desfile não somente um grito de resistência, mas também um alerta para superarmos os entraves sociais acarretados pelo período escravagista. Um dos fios condutores deste maravilhoso enredo foi o Djalma Sabiá, baluarte é um dos fundadores. O Salgueiro apresentou com muita beleza e competência o enredo. Destaca-se a menção ao histórico Carnaval de 1960, onde o inesquecível carnavalesco Fernando Pamplona, com o enredo Quilombo dos Palmares, denunciou as chagas da escravidão. Outro destaque é o setor quatro, em especial a ala baile charme e a alegoria quatro, ambas com de bela plasticidade”.

Samba-enredo (Cadu Zugliani):

“O Salgueiro tem um dos melhores refrões deste Carnaval e a Avenida provou isso. Pena que, especialmente a segunda parte do samba, não tenha acompanhado na mesma qualidade e vira uma meia maratona para cantar os versos. A parceria do Emerson Dias e do Quinho vem dando certo e teve mais um ótimo ano de casamento com a espetacular bateria”.

Bateria (Cláudio Francioni):

“A bateria dos mestres Guilherme e Gustavo entrou com uma sonoridade de marcações bem grave, característica da escola. A frente da bateria esteve muito bem, com destaque para a ala de chocalhos, precisos e muito presentes. O miolo da bateria veio com muita pressão de caixas, taróis e repiques. A apresentação nos dois primeiros módulos foi muito segura, com o conjunto de bossas muito bem executado. Do segundo módulo até o box, o andamento e a pressão caíram levemente, o que não comprometeu, até deixou mais perceptível o toque dos instrumentos leves da cozinha. A apresentação para o último módulo foi igualmente segura, com o conjunto de bossas apresentado com precisão. Grande desfile da Furiosa”.

Harmonia (Célia Souto):

“A escola apresentou um canto forte e ritmado, demonstrando garra e segurança durante o desfile. O andamento do samba movimentou o chão e cresceu na Avenida”.

Evolução (Célia Souto):

“A escola evoluiu dançando e cantando tendo como base um ritmo pulsante”.

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Terceira escola a desfilar já na madrugada deste sábado (23), o Salgueiro levou para a Sapucaí o enredo Resistência. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:

Avaliação geral (Rachel Valença):

“Um desfile muito forte, ligado às mais fortes tradições da escola. Para mim o melhor trabalho da carreira de Alex de Souza: sempre talentoso, parece neste Carnaval tem rompido as represas da emoção. O samba, salvo pela bateria, também contribui para o bom desfile”.

Avaliação geral (Luiz Fernando Reis):

“Um Salgueiro muito aquém do que estamos acostumados. Um enredo sem encadeamento lógico, quadros totalmente desconexos. O samba não é bom, apesar do refrão ter sido cantado pela arquibancada. No geral, não me agradou o desfile”.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira (Eliane Santos Souza):

“Fantástica a performance do casal salgueirense que desenvolveu, de forma moderna, a dança clássica do samba. Nos movimentos obrigatórios evidenciou-se o vigor e a potência proporcionados por uma eficiente preparação corporal e, a excelente utilização da técnica de dança destinadas a permitir a explosão de um bailar seguro, tranquilo e perfeito. Os giros da porta-bandeira, que ocupou com eficiência o espaço para dançar, foram muito bem sincronizados a Carrapeta e ao Meio-sapateado, no qual o mestre-sala demonstra habilidade e gentileza; e ao currupio, em roda completa, sempre cortejando sua dama. Belíssima apresentação do pavilhão, realizada com extrema delicadeza e de forma personalíssima! Axé!”.

Alegorias e Adereços (Jaime Cezário):

“As alegorias ricas e grandiosas passaram muito bem o seu recado com destaque para o primeiro Griô, dos muitos que ainda vão passar nesse Carnaval pela Avenida. Terminou seu desfile num clima de protesto total na luta contra o racismo na última alegoria. Parabéns, Salgueiro, passou bem, fez tudo certinho, mas ficou aquele gostinho de mais emoção, afinal você é a escola que não é melhor, nem pior  mas que sabe fazer diferente, não é?”.

Fantasias (Jaime Cezário):

“A Academia do Samba levantou a bandeira da preservação e luta da arte e cultura preta desse país. A escola, que fez a Revolução Negra nos anos 60, teve uma abertura que me fez acreditar que iria nos presentear com uma releitura dos grandes mestres precursores desse movimento: Pamplona, Arlindo e João. O começo lembrou e arrepiou; dava para ver eles ali naquela abertura. Mas, passado o abre-alas, a normalidade voltou as belas fantasias do Salgueiro. Retratou exatamente aquilo que se predispunha a fazer, e fez bem. Poderia ter emocionado a plateia se trouxesse essa saudade gostosa, mas apenas ficou no desejo”.

Enredo (Marcelo Masô):

“A tradicional escola tijucana, Salgueiro, escolheu como enredo a resistência negra. O tema de extrema relevância social. Nunca é demais lembrar que mazelas sociais deixadas pela escravidão assolam nosso país até hoje. Neste sentido, o Salgueiro trouxe em seu desfile não somente um grito de resistência, mas também um alerta para superarmos os entraves sociais acarretados pelo período escravagista. Um dos fios condutores deste maravilhoso enredo foi o Djalma Sabiá, baluarte é um dos fundadores. O Salgueiro apresentou com muita beleza e competência o enredo. Destaca-se a menção ao histórico Carnaval de 1960, onde o inesquecível carnavalesco Fernando Pamplona, com o enredo Quilombo dos Palmares, denunciou as chagas da escravidão. Outro destaque é o setor quatro, em especial a ala baile charme e a alegoria quatro, ambas com de bela plasticidade”.

Samba-enredo (Cadu Zugliani):

“O Salgueiro tem um dos melhores refrões deste Carnaval e a Avenida provou isso. Pena que, especialmente a segunda parte do samba, não tenha acompanhado na mesma qualidade e vira uma meia maratona para cantar os versos. A parceria do Emerson Dias e do Quinho vem dando certo e teve mais um ótimo ano de casamento com a espetacular bateria”.

Bateria (Cláudio Francioni):

“A bateria dos mestres Guilherme e Gustavo entrou com uma sonoridade de marcações bem grave, característica da escola. A frente da bateria esteve muito bem, com destaque para a ala de chocalhos, precisos e muito presentes. O miolo da bateria veio com muita pressão de caixas, taróis e repiques. A apresentação nos dois primeiros módulos foi muito segura, com o conjunto de bossas muito bem executado. Do segundo módulo até o box, o andamento e a pressão caíram levemente, o que não comprometeu, até deixou mais perceptível o toque dos instrumentos leves da cozinha. A apresentação para o último módulo foi igualmente segura, com o conjunto de bossas apresentado com precisão. Grande desfile da Furiosa”.

Harmonia (Célia Souto):

“A escola apresentou um canto forte e ritmado, demonstrando garra e segurança durante o desfile. O andamento do samba movimentou o chão e cresceu na Avenida”.

Evolução (Célia Souto):

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