Santa Cruz: comentaristas analisam desfile

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A Acadêmicos de Santa Cruz se apresentou na Marquês de Sapucaí no segundo dia de desfiles da Série Ouro do Carnaval 2022. A escola levou para a Avenida o enredo Axé, Milton Gonçalves! No Catupé da Santa Cruz. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile: Avaliação geral (Rachel Valença): “Milton Gonçalves merece muito essa […]

POR Redação SRzd22/04/2022|5 min de leitura

Santa Cruz: comentaristas analisam desfile

Santa Cruz 2022. Foto: Matheus Siqueira/SRzd

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A Acadêmicos de Santa Cruz se apresentou na Marquês de Sapucaí no segundo dia de desfiles da Série Ouro do Carnaval 2022. A escola levou para a Avenida o enredo Axé, Milton Gonçalves! No Catupé da Santa Cruz. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:

Avaliação geral (Rachel Valença):

“Milton Gonçalves merece muito essa homenagem, principalmente vinda da mente de um carnavalesco de profunda consciência social como Cid Carvalho. A Estação Dignidade que dava nome a uma fantasia esteva bem representada. Mas os deuses do carnaval nem sempre são justos e a Santa Cruz não tirou partido do bom samba e do bom enredo. Uma pena”.

Avaliação geral (Luiz Fernando Reis):

“Nada demais. Não acrescentou em nada. Apenas cumpriu tabela. Deve ficar ali pelo 8º lugar. Um desfile morno que faltou emoção. Também fez falta a presença do Milton Gonçalves, que já é um senhor e entendemos não ter estado no desfile”

(Milton Gonçalves não esteve no desfile por estar se recuperando de um AVC)

Comissão de Frente (Márcio Moura):

“A dupla de Marcelos (Moragas e Chocolate) optou por uma coreografia bem simples para contar a história da Coroação dos Reis Negros, uma lembrança da infância do homenageado, o ator Milton Gonçalves. O Rei é coroado em frente aos módulos finalizando assim a coreografia. Ressalva ao belo figurino do casal real”.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira (Eliane Santos Souza):

“Foi emocionante apreciar as sequências dos movimentos obrigatórios dos dançarinos, que perfeitamente sincronizados e harmoniosos, edificaram um bailado clássico, desenvolvido com naturalidade no espaço destinado a Apresentação da Bandeira. O Cruzado, apresentado pelo mestre-sala, abriu espaço para a porta-bandeira realizar seus giros com determinação e habilidade. O deslocamento no Aviãozinho apresentado por Roberta Freitas, foi apoiado na segurança de uma Pegada de Mão oferecida por Muskito, com galhardia e gentileza. O mestre-sala, sempre atento aos movimentos de sua dama, realizou o Voleio, sem a “falsa queda” e, logo se deslocando de forma ágil no Cruzado simples. O bailado foi marcado pela delicadeza e suavidade do casal”.

Alegorias e Adereços (Jaime Cezário):

“As alegorias eram grandes, o acabamento não comprometeu,  sempre fazendo uma alusão  ao homenageado , algumas vezes associando a temática afro. No último  carro a escola trouxe uma grande escultura do homenageado como um anjo bem-amado e protegido de Oxalá,  que seja pelo desejo de uma breve recuperação da saúde do homenageado. Axé Milton Gonçalves”.

Fantasias (Jaime Cezário):

“Santa Cruz fez uma justa homenagem ao ator Milton Gonçalves. As fantasias tentaram traduzir sua vida, seja desde sua infância  até  os seu reconhecimento como grande ator nacional. A combinação  de cores e o encadeamento na sequência  apresentada das alas me trouxe uma certa confusão  no entendimento,  mas o que estava relatado no roteiro foi apresentado pela escola”.

Enredo (Marcelo Masô):

“A aguerrida Acadêmicos de Santa Cruz trouxe como enredo a vida do icônico ator e diretor Milton Gonçalves. A escola utilizou diversos elementos da vida de Milton Gonçalves para implementar narrativa do desfile. Os setores um e dois se propuseram a apresentar a ancestralidade e a infância. Os setores três e quatro tinham como objetivo destacar a vida artística e pessoal deste ator exemplar, grande representante do movimento negro. Todavia, infelizmente ficou sensivelmente comprometido o entendimento de que o enredo era sobre Milton Gonçalves. Houve uma única menção expressa ao ator, com uma escultura retratando sua pessoa na última alegoria. Esta diminuta referência infelizmente acarretou dificuldade na compreensão geral do enredo”.

Samba-enredo (Cadu Zugliani):

“O samba da Santa Cruz não aconteceu como se esperava. Obra que tem alguns momentos de destaque mas que não ganhou nem a pista nem o público. O trabalho do carro de som foi bem feito, manteve a pegada todo o tempo”.

Bateria (Cláudio Francioni):

“A bateria da Santa Cruz fez um bom desfile. Os comandados de Mestre Riquinho vêm evoluindo a cada carnaval e neste ano fizeram sua melhor apresentação dos últimos anos. Sustentaram bem o bom samba da escola e executaram com firmeza as bossas nas duas primeiras cabines. Trouxeram uma grande quantidade de instrumentos médios e o fato de não terem uma padronização no toque de caixas não causou nenhum deslize na sustentação rítmica. No último módulo de julgadores, ocorreu uma pequena embolação nos surdos de terceira durante a convenção, talvez pelo fato de terem se apresentado andando rapidamente pra evitar problemas com o relógio, na minha opinião desnecessariamente, pois ainda faltavam cinco minutos de desfile”.

Harmonia (Célia Souto):

“O canto não soou com uniformidade entre as alas, muitos componentes não estavam comprometidos em cantar o samba na sua totalidade. A escola não apresentou uma boa sincronia entre o ritmo e melodia no que se refere ao equilíbrio musical e andamento”.

Evolução (Célia Souto):

“A evolução da escola foi monótona, não houve regularidade entre a dinâmica das alas , devido a isso o chão não evoluiu com fluência e integração entre as alas”.

Veja também:

+ Santa Cruz faz desfile burocrático em homenagem a Milton Gonçalves

+ Fotos do desfile da Acadêmicos de Santa Cruz

+ Veja outras análises dos desfiles da Série Ouro

+ Saiba como foram os desfiles da Série Ouro

 

 

 

A Acadêmicos de Santa Cruz se apresentou na Marquês de Sapucaí no segundo dia de desfiles da Série Ouro do Carnaval 2022. A escola levou para a Avenida o enredo Axé, Milton Gonçalves! No Catupé da Santa Cruz. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:

Avaliação geral (Rachel Valença):

“Milton Gonçalves merece muito essa homenagem, principalmente vinda da mente de um carnavalesco de profunda consciência social como Cid Carvalho. A Estação Dignidade que dava nome a uma fantasia esteva bem representada. Mas os deuses do carnaval nem sempre são justos e a Santa Cruz não tirou partido do bom samba e do bom enredo. Uma pena”.

Avaliação geral (Luiz Fernando Reis):

“Nada demais. Não acrescentou em nada. Apenas cumpriu tabela. Deve ficar ali pelo 8º lugar. Um desfile morno que faltou emoção. Também fez falta a presença do Milton Gonçalves, que já é um senhor e entendemos não ter estado no desfile”

(Milton Gonçalves não esteve no desfile por estar se recuperando de um AVC)

Comissão de Frente (Márcio Moura):

“A dupla de Marcelos (Moragas e Chocolate) optou por uma coreografia bem simples para contar a história da Coroação dos Reis Negros, uma lembrança da infância do homenageado, o ator Milton Gonçalves. O Rei é coroado em frente aos módulos finalizando assim a coreografia. Ressalva ao belo figurino do casal real”.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira (Eliane Santos Souza):

“Foi emocionante apreciar as sequências dos movimentos obrigatórios dos dançarinos, que perfeitamente sincronizados e harmoniosos, edificaram um bailado clássico, desenvolvido com naturalidade no espaço destinado a Apresentação da Bandeira. O Cruzado, apresentado pelo mestre-sala, abriu espaço para a porta-bandeira realizar seus giros com determinação e habilidade. O deslocamento no Aviãozinho apresentado por Roberta Freitas, foi apoiado na segurança de uma Pegada de Mão oferecida por Muskito, com galhardia e gentileza. O mestre-sala, sempre atento aos movimentos de sua dama, realizou o Voleio, sem a “falsa queda” e, logo se deslocando de forma ágil no Cruzado simples. O bailado foi marcado pela delicadeza e suavidade do casal”.

Alegorias e Adereços (Jaime Cezário):

“As alegorias eram grandes, o acabamento não comprometeu,  sempre fazendo uma alusão  ao homenageado , algumas vezes associando a temática afro. No último  carro a escola trouxe uma grande escultura do homenageado como um anjo bem-amado e protegido de Oxalá,  que seja pelo desejo de uma breve recuperação da saúde do homenageado. Axé Milton Gonçalves”.

Fantasias (Jaime Cezário):

“Santa Cruz fez uma justa homenagem ao ator Milton Gonçalves. As fantasias tentaram traduzir sua vida, seja desde sua infância  até  os seu reconhecimento como grande ator nacional. A combinação  de cores e o encadeamento na sequência  apresentada das alas me trouxe uma certa confusão  no entendimento,  mas o que estava relatado no roteiro foi apresentado pela escola”.

Enredo (Marcelo Masô):

“A aguerrida Acadêmicos de Santa Cruz trouxe como enredo a vida do icônico ator e diretor Milton Gonçalves. A escola utilizou diversos elementos da vida de Milton Gonçalves para implementar narrativa do desfile. Os setores um e dois se propuseram a apresentar a ancestralidade e a infância. Os setores três e quatro tinham como objetivo destacar a vida artística e pessoal deste ator exemplar, grande representante do movimento negro. Todavia, infelizmente ficou sensivelmente comprometido o entendimento de que o enredo era sobre Milton Gonçalves. Houve uma única menção expressa ao ator, com uma escultura retratando sua pessoa na última alegoria. Esta diminuta referência infelizmente acarretou dificuldade na compreensão geral do enredo”.

Samba-enredo (Cadu Zugliani):

“O samba da Santa Cruz não aconteceu como se esperava. Obra que tem alguns momentos de destaque mas que não ganhou nem a pista nem o público. O trabalho do carro de som foi bem feito, manteve a pegada todo o tempo”.

Bateria (Cláudio Francioni):

“A bateria da Santa Cruz fez um bom desfile. Os comandados de Mestre Riquinho vêm evoluindo a cada carnaval e neste ano fizeram sua melhor apresentação dos últimos anos. Sustentaram bem o bom samba da escola e executaram com firmeza as bossas nas duas primeiras cabines. Trouxeram uma grande quantidade de instrumentos médios e o fato de não terem uma padronização no toque de caixas não causou nenhum deslize na sustentação rítmica. No último módulo de julgadores, ocorreu uma pequena embolação nos surdos de terceira durante a convenção, talvez pelo fato de terem se apresentado andando rapidamente pra evitar problemas com o relógio, na minha opinião desnecessariamente, pois ainda faltavam cinco minutos de desfile”.

Harmonia (Célia Souto):

“O canto não soou com uniformidade entre as alas, muitos componentes não estavam comprometidos em cantar o samba na sua totalidade. A escola não apresentou uma boa sincronia entre o ritmo e melodia no que se refere ao equilíbrio musical e andamento”.

Evolução (Célia Souto):

“A evolução da escola foi monótona, não houve regularidade entre a dinâmica das alas , devido a isso o chão não evoluiu com fluência e integração entre as alas”.

Veja também:

+ Santa Cruz faz desfile burocrático em homenagem a Milton Gonçalves

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