Tradição apresenta sinopse para o Carnaval 2019 aos compositores
Após bastante espera, a G.R.E.S. Tradição entregou, na última terça-feira (28), a aguarada sinopse para o Carnaval 2019. Os compositores receberam cópias do texto na quadra da agremiação e participaram da explanação do tema com o carnavalesco Leandro Valente. No próximo ano, a Tradição desfilará com o enredo “Gira, baiana. Salve as mães do Samba!”. […]
POR Redação SRzd29/08/2018|5 min de leitura
Após bastante espera, a G.R.E.S. Tradição entregou, na última terça-feira (28), a aguarada sinopse para o Carnaval 2019. Os compositores receberam cópias do texto na quadra da agremiação e participaram da explanação do tema com o carnavalesco Leandro Valente. No próximo ano, a Tradição desfilará com o enredo “Gira, baiana. Salve as mães do Samba!”.
Antes da leitura do texto, a presidente da escola, Raphaela Nascimento, destacou a importância do enredo que irá homenagear as baianas — conhecidas também como “mães do samba”. “Quero agradecer a presença de todos em nossa noite de apresentação da sinopse do enredo para o Carnaval 2019. Estamos confiantes em realizar um concurso de samba-enredo com grandes obras de forma transparente. Vamos fazer uma grande festa para escolhermos o nosso hino oficial em homenagem as nossas queridas mães do samba. Espero que a disputa seja feita de forma amigável entre as parcerias até a grande final que será no dia 8 de novembro. Desejo boa sorte aos nossos compositores”, declarou.
Nos dias 10 e 17 de setembro, a partir das 20 horas, os compositores poderão se reunir com a direção de carnaval para tirar dúvidas sobre o enredo. A entrega dos sambas está programada para o dia 29 de setembro, das 14 às 20 horas, na quadra da escola. Cada parceria deverá entregar três CDs e um pen-drive com o samba gravado, além de 20 cópias impressas da letra. A taxa de inscrição será paga no ato.
A quadra da Tradição é localizada na Estrada Intendente Magalhães, 160, no bairro do Campinho. A azul e branco será a quarta escola a desfilar na terça de Carnaval pela Série B, também na Estrada Intendente Magalhães.
Confira a Sinopse da Tradição:
Enredo: “Gira, baiana. Salve as mães do samba!”
Minha mãe nasceu na Bahia. Terra de todos os Santos e São Salvador Vida sofrida, mas repleta de amor Com seus quitutes alimentava quem mais precisava Era um canto de acalanto e muita dor Mãe negra, pobre e de bom coração Saiu de sua terra por conta da exploração Emigração era a única solução Filhos de escravos não tem chance, não senhor! Ou vai para a capital fazer faxina Ou morre de fome sem nenhum valor Mãe baiana no Rio de Janeiro aportou Capital da república Lugar de gente importante, patrão e feitor Mas não veio só Veio paramentada com o canto da senzala, o batuque da cozinha e o pano da Costa das yamis Nas casas simples do centro da cidade Mãe preta fazia seu batuque para contemplar seus orixás Nós, netos de escravo, fazíamos samba para no rancho sambar Antes era corso, depois cadência de rancho Mas, a polícia não gostava não, meu senhor Batuque era contra as leis de doutor Gente graúda e fina que não nos aceitava Arte excluída Arte de gueto Arte marginalizada Mas, mãe preta sabia do nosso valor E em noites de lua cheia saldava nosso fervor Era samba de raiz e samba para preto se orgulhar E na casa de mãe baiana, o batuque tinha seu lugar Mas, a polícia batia Querendo investigar E caçava a gente Para samba não sambar Era então quando mãe baiana protegia todos nós Dizia que era culto religioso Era canto de uma só voz Era saudação para os orixás, seu moço Aqui não tem bagunça A polícia ia embora Mãe preta protetora Salvou nossas vidas e de nossa memória Memória de senzala Memória de axé Que deu origem ao batuque e partido alto, com as bênçãos do candomblé Mãe também era tia Tia também era mãe Todos unidos numa só família Em proteção de geração para geração Mas, o tempo passou E o samba ganhou seu lugar Ah, seu moço Como me orgulho em falar Os ranchos viraram escolas de samba E ganhamos as ruas para sambar E não tinha como ter samba sem ter a mãe no altar Nossa mãe do samba tinha que presente estar Juntas, eram nossas defensoras E agora a rua era nosso lugar Fomos aplaudidos pelo povo E arrastamos multidões Nosso estandarte virou bandeira Fundamos as agremiações Mãe preta abençoou E fomos fomos desfilar Todos orgulhosos O samba agora tinha seu lugar O povo queria sambar O tempo passou A modernidade chegou Mas, nunca deixamos de lembrar Que mãe preta baiana é essência Cultura popular E que uma escola sem baiana Não pode desfilar Obrigado, senhor Mãe baiana está viva E nunca morrerá De geração para geração elas não param de girar E com o amor de uma grande mãe Hoje, tem o seu lugar A Tradição está de joelhos Para essa história reverenciar Tú, mãezinha, és nosso enredo Mães do samba: nosso aplausos! Saravá!
Após bastante espera, a G.R.E.S. Tradição entregou, na última terça-feira (28), a aguarada sinopse para o Carnaval 2019. Os compositores receberam cópias do texto na quadra da agremiação e participaram da explanação do tema com o carnavalesco Leandro Valente. No próximo ano, a Tradição desfilará com o enredo “Gira, baiana. Salve as mães do Samba!”.
Antes da leitura do texto, a presidente da escola, Raphaela Nascimento, destacou a importância do enredo que irá homenagear as baianas — conhecidas também como “mães do samba”. “Quero agradecer a presença de todos em nossa noite de apresentação da sinopse do enredo para o Carnaval 2019. Estamos confiantes em realizar um concurso de samba-enredo com grandes obras de forma transparente. Vamos fazer uma grande festa para escolhermos o nosso hino oficial em homenagem as nossas queridas mães do samba. Espero que a disputa seja feita de forma amigável entre as parcerias até a grande final que será no dia 8 de novembro. Desejo boa sorte aos nossos compositores”, declarou.
Nos dias 10 e 17 de setembro, a partir das 20 horas, os compositores poderão se reunir com a direção de carnaval para tirar dúvidas sobre o enredo. A entrega dos sambas está programada para o dia 29 de setembro, das 14 às 20 horas, na quadra da escola. Cada parceria deverá entregar três CDs e um pen-drive com o samba gravado, além de 20 cópias impressas da letra. A taxa de inscrição será paga no ato.
A quadra da Tradição é localizada na Estrada Intendente Magalhães, 160, no bairro do Campinho. A azul e branco será a quarta escola a desfilar na terça de Carnaval pela Série B, também na Estrada Intendente Magalhães.
Confira a Sinopse da Tradição:
Enredo: “Gira, baiana. Salve as mães do samba!”
Minha mãe nasceu na Bahia. Terra de todos os Santos e São Salvador Vida sofrida, mas repleta de amor Com seus quitutes alimentava quem mais precisava Era um canto de acalanto e muita dor Mãe negra, pobre e de bom coração Saiu de sua terra por conta da exploração Emigração era a única solução Filhos de escravos não tem chance, não senhor! Ou vai para a capital fazer faxina Ou morre de fome sem nenhum valor Mãe baiana no Rio de Janeiro aportou Capital da república Lugar de gente importante, patrão e feitor Mas não veio só Veio paramentada com o canto da senzala, o batuque da cozinha e o pano da Costa das yamis Nas casas simples do centro da cidade Mãe preta fazia seu batuque para contemplar seus orixás Nós, netos de escravo, fazíamos samba para no rancho sambar Antes era corso, depois cadência de rancho Mas, a polícia não gostava não, meu senhor Batuque era contra as leis de doutor Gente graúda e fina que não nos aceitava Arte excluída Arte de gueto Arte marginalizada Mas, mãe preta sabia do nosso valor E em noites de lua cheia saldava nosso fervor Era samba de raiz e samba para preto se orgulhar E na casa de mãe baiana, o batuque tinha seu lugar Mas, a polícia batia Querendo investigar E caçava a gente Para samba não sambar Era então quando mãe baiana protegia todos nós Dizia que era culto religioso Era canto de uma só voz Era saudação para os orixás, seu moço Aqui não tem bagunça A polícia ia embora Mãe preta protetora Salvou nossas vidas e de nossa memória Memória de senzala Memória de axé Que deu origem ao batuque e partido alto, com as bênçãos do candomblé Mãe também era tia Tia também era mãe Todos unidos numa só família Em proteção de geração para geração Mas, o tempo passou E o samba ganhou seu lugar Ah, seu moço Como me orgulho em falar Os ranchos viraram escolas de samba E ganhamos as ruas para sambar E não tinha como ter samba sem ter a mãe no altar Nossa mãe do samba tinha que presente estar Juntas, eram nossas defensoras E agora a rua era nosso lugar Fomos aplaudidos pelo povo E arrastamos multidões Nosso estandarte virou bandeira Fundamos as agremiações Mãe preta abençoou E fomos fomos desfilar Todos orgulhosos O samba agora tinha seu lugar O povo queria sambar O tempo passou A modernidade chegou Mas, nunca deixamos de lembrar Que mãe preta baiana é essência Cultura popular E que uma escola sem baiana Não pode desfilar Obrigado, senhor Mãe baiana está viva E nunca morrerá De geração para geração elas não param de girar E com o amor de uma grande mãe Hoje, tem o seu lugar A Tradição está de joelhos Para essa história reverenciar Tú, mãezinha, és nosso enredo Mães do samba: nosso aplausos! Saravá!