Unidos da Tijuca: comentaristas analisam desfile

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Com o enredo Watanã – A Reexistência Vermelha, a Unidos da Tijuca foi a quarta escola a desfilar neste segundo dia de apresentações do Grupo Especial. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile: Avaliação geral (Rachel Valença): “O Carnaval tem suas ironias. Na bolsa de apostas, não se esperava muito da Unidos da Tijuca, […]

POR Redação SRzd24/04/2022|4 min de leitura

Unidos da Tijuca: comentaristas analisam desfile

Desfile Tijuca 2022. Foto: Bianca Guilherme/SRzd

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Com o enredo Watanã – A Reexistência Vermelha, a Unidos da Tijuca foi a quarta escola a desfilar neste segundo dia de apresentações do Grupo Especial. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:

Avaliação geral (Rachel Valença):

“O Carnaval tem suas ironias. Na bolsa de apostas, não se esperava muito da Unidos da Tijuca, falava-se até em rebaixamento. Mas ali onde as outras erraram, a Tijuca soube fazer. As fantasias individualmente eram assustadoras, mas no conjunto funcionaram lindamente. Bateria, intérpretes e muita dedicação dos componentes conseguiram um resultado inesperado e muito positivo”.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira (Eliane Santos Souza):

“Phelipe Lemos e Denadir Garcia evoluíram na avenida de forma radiante e exemplar, apresentando o bailado original e preservado. Foi possível observar a excelência na execução, na coreografia do mestre-sala, dos movimentos obrigatórios: o Cruzado com “beija-flor”deslizado na meia ponta; os passos miúdos no Currupio e na Carrapeta, na qual observamos singelas piruetas; o Meio Sapateado onde o dançarino sempre acrescenta o passo “chiquinho da maria helena”; o Voleio, sem “falsa queda”, em união com a Pegada de Mão sincronizada com o Balanço, movimento circular e fluido, realizado por Denadir Garcia, que conserva uma linda movimentação de braço e mão, num gestual singelo. Suas nuances marcam sua presença. Os rodopios perfeitos, executados para os dois sentidos, da porta-bandeira abrem espaço para o mestre-sala dançar uma sequência de passos, requebros, meneios e mesuras, que totalmente encadeados, ratificam o estilo potente de bailar do mestre-sala. Um bailado alegre e lindo de apreciar”.

Alegorias e Adereços (Jaime Cezário):

“As alegorias estavam grandes, tanto que o abre-alas teve dificuldades na entrada da Avenida. A tônica cromática das alegorias seguiram das fantasias, multicolorida com cores vibrantes e acesas. Trouxe grandes esculturas, onde foi vistas figuras lendárias da região  amazônica além  da sua flora e fauna”.

Fantasias (Jaime Cezário):

“A lenda do guaraná  foi contada pela Unidos da Tijuca através  de fantasias muito coloridas, onde fugiu dos tradicionais e caros tecidos utilizados no Carnaval, para padronagens e grafismos que remetessem a arte indígena. As fantasias comparativamente as escolas que já  se apresentaram  foram de custo inferior, mas isso não significou que houve em perda de volume visual. A escola passou de início ao fim vestida de índio, e com essa base foi contado seu enredo. Essa repetição de elementos parecidos, causou uma certa monotonia”.

Enredo (Marcelo Masô):

“A Unidos da Tijuca teceu seu enredo abordando os povos originários do Brasil, os indígenas, em especial a tribo Sateré Maué. A diretriz narrativa é a lenda indígena concernente ao surgimento do Guaraná. Cauê, um curumim, foi mordido pelo espírito do mal (Jupari), que se transformou em cobra, para matar a criança. Os pais do curumim plantaram seus olhos e então surgiu o fruto do Guaraná. A agremiação da comunidade do Borel transmutou do papel para a avenida seu enredo de forma adequada. A estética da Unidos da Tijuca, de uma forma geral, poderia ter sido melhor”.

Samba-enredo (Cadu Zugliani):

“O samba da Tijuca foi uma boa surpresa no desfile. Apesar de repetições de melodia que tornam a obra cansativa, segurou bem o desfile da escola num andamento gostoso pra cantar. Pena que algumas alas passaram mudas”.

Bateria (Cláudio Francioni):

“A Pura Cadência fez uma apresentação que entra pra história como uma de suas melhores, independente do resultado dos envelopes. Surdos com timbres mais agudos, e um miolo com muito balanço, onde se ouvia tudo com clareza. A parte da frente da bateria se destacou pela excelente performance dos tamborins, com um desenho simples e eficiente. As apresentações nos módulos foram muito seguras, com o conjunto de bossas apresentado com perfeição. Destaque para a interação entre a bateria e o samba, parecem que foram feitos um para o outro. Parabéns para Mestre Casagrande e seus súditos”.

Harmonia (Célia Souto):

“A escola entrou na avenida cantando o samba com vibração, força e garra. Canto com pulsação rítmica bem equilibrada demonstrou segurança melódica na interpretação”.

Evolução (Célia Souto):

“Equilibrada com fantasias leves que favorece a dinâmica dos movimentos , sendo possível observar clareza entre as alas e os componentes”.

Veja também:

+ Com poucos erros e simplicidade, Unidos da Tijuca atravessa a Avenida com um desfile surpreendente

+ Veja outras análises dos desfiles do Grupo Especial

+ Saiba como foram os desfiles do Grupo Especial

 

Com o enredo Watanã – A Reexistência Vermelha, a Unidos da Tijuca foi a quarta escola a desfilar neste segundo dia de apresentações do Grupo Especial. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:

Avaliação geral (Rachel Valença):

“O Carnaval tem suas ironias. Na bolsa de apostas, não se esperava muito da Unidos da Tijuca, falava-se até em rebaixamento. Mas ali onde as outras erraram, a Tijuca soube fazer. As fantasias individualmente eram assustadoras, mas no conjunto funcionaram lindamente. Bateria, intérpretes e muita dedicação dos componentes conseguiram um resultado inesperado e muito positivo”.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira (Eliane Santos Souza):

“Phelipe Lemos e Denadir Garcia evoluíram na avenida de forma radiante e exemplar, apresentando o bailado original e preservado. Foi possível observar a excelência na execução, na coreografia do mestre-sala, dos movimentos obrigatórios: o Cruzado com “beija-flor”deslizado na meia ponta; os passos miúdos no Currupio e na Carrapeta, na qual observamos singelas piruetas; o Meio Sapateado onde o dançarino sempre acrescenta o passo “chiquinho da maria helena”; o Voleio, sem “falsa queda”, em união com a Pegada de Mão sincronizada com o Balanço, movimento circular e fluido, realizado por Denadir Garcia, que conserva uma linda movimentação de braço e mão, num gestual singelo. Suas nuances marcam sua presença. Os rodopios perfeitos, executados para os dois sentidos, da porta-bandeira abrem espaço para o mestre-sala dançar uma sequência de passos, requebros, meneios e mesuras, que totalmente encadeados, ratificam o estilo potente de bailar do mestre-sala. Um bailado alegre e lindo de apreciar”.

Alegorias e Adereços (Jaime Cezário):

“As alegorias estavam grandes, tanto que o abre-alas teve dificuldades na entrada da Avenida. A tônica cromática das alegorias seguiram das fantasias, multicolorida com cores vibrantes e acesas. Trouxe grandes esculturas, onde foi vistas figuras lendárias da região  amazônica além  da sua flora e fauna”.

Fantasias (Jaime Cezário):

“A lenda do guaraná  foi contada pela Unidos da Tijuca através  de fantasias muito coloridas, onde fugiu dos tradicionais e caros tecidos utilizados no Carnaval, para padronagens e grafismos que remetessem a arte indígena. As fantasias comparativamente as escolas que já  se apresentaram  foram de custo inferior, mas isso não significou que houve em perda de volume visual. A escola passou de início ao fim vestida de índio, e com essa base foi contado seu enredo. Essa repetição de elementos parecidos, causou uma certa monotonia”.

Enredo (Marcelo Masô):

“A Unidos da Tijuca teceu seu enredo abordando os povos originários do Brasil, os indígenas, em especial a tribo Sateré Maué. A diretriz narrativa é a lenda indígena concernente ao surgimento do Guaraná. Cauê, um curumim, foi mordido pelo espírito do mal (Jupari), que se transformou em cobra, para matar a criança. Os pais do curumim plantaram seus olhos e então surgiu o fruto do Guaraná. A agremiação da comunidade do Borel transmutou do papel para a avenida seu enredo de forma adequada. A estética da Unidos da Tijuca, de uma forma geral, poderia ter sido melhor”.

Samba-enredo (Cadu Zugliani):

“O samba da Tijuca foi uma boa surpresa no desfile. Apesar de repetições de melodia que tornam a obra cansativa, segurou bem o desfile da escola num andamento gostoso pra cantar. Pena que algumas alas passaram mudas”.

Bateria (Cláudio Francioni):

“A Pura Cadência fez uma apresentação que entra pra história como uma de suas melhores, independente do resultado dos envelopes. Surdos com timbres mais agudos, e um miolo com muito balanço, onde se ouvia tudo com clareza. A parte da frente da bateria se destacou pela excelente performance dos tamborins, com um desenho simples e eficiente. As apresentações nos módulos foram muito seguras, com o conjunto de bossas apresentado com perfeição. Destaque para a interação entre a bateria e o samba, parecem que foram feitos um para o outro. Parabéns para Mestre Casagrande e seus súditos”.

Harmonia (Célia Souto):

“A escola entrou na avenida cantando o samba com vibração, força e garra. Canto com pulsação rítmica bem equilibrada demonstrou segurança melódica na interpretação”.

Evolução (Célia Souto):

“Equilibrada com fantasias leves que favorece a dinâmica dos movimentos , sendo possível observar clareza entre as alas e os componentes”.

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