Mestres falam sobre mudanças na bateria da Mancha Verde: ‘Colocando nossa cara’

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Logo após o Carnaval de 2023, Guma Sena anunciou sua saída do cargo de mestre de bateria da escola de samba Mancha Verde, função que exercia desde abril de 2019. A notícia pegou muita gente de surpresa, uma vez que antes do desfile das campeãs, o presidente Paulo Serdan havia sinalizado a sequência de trabalho dos lideres de […]

POR Redação SRzd08/01/2024|6 min de leitura

Mestres falam sobre mudanças na bateria da Mancha Verde: ‘Colocando nossa cara’

Paulo Serdan, Vinicius Rezende e Felipe Cabral. Foto: Divulgação/Mancha Verde

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Logo após o Carnaval de 2023, Guma Sena anunciou sua saída do cargo de mestre de bateria da escola de samba Mancha Verde, função que exercia desde abril de 2019.

A notícia pegou muita gente de surpresa, uma vez que antes do desfile das campeãs, o presidente Paulo Serdan havia sinalizado a sequência de trabalho dos lideres de segmentos de seu elenco.

Para comandar a “Puro Balanço” a diretoria da verde e branca anunciou em junho, que faria uma aposta em uma dupla que une talento, parceria, comprometimento e experiência adquirida com mestres de escolas com ritmo conceituado no Rio e em São Paulo: Felipe Cabral e Vinicius Rezende.

Em entrevista ao repórter Guilherme Queiroz, para o SRzd, durante a festa de lançamento dos sambas para o Carnaval de 2024, a dupla falou sobre o trabalho que está sendo realizado com os ritmistas e das mudanças que estão sendo feitas em alguns instrumentos.

“A tendência é que a bateria venha um pouco mais grave, tanto afinação de surdo, mudamos a levada de terceira. Vai mudar um pouco. A gente colocou um pouco da nossa cara. Como o Felipe falou, trabalho de formiguinha demora um bom tempo para acontecer

Confira na íntegra:

Felipe Cabral

Felipe Cabral, mais conhecido como Cabral, é nascido e criado em Pilares, no Rio de Janeiro. Começou sua trajetória dentro do samba na escola mirim da Inocentes da Caprichosos, da Caprichosos de Pilares, onde sua família era envolvida. Inclusive seu pai, Paulo Renato, foi mestre por alguns bons anos.

“Daí começou essa paixão que estava escondida…Tentei fugir, mas o sangue falou mais alto”, revelou o sambista ao refletir sobre sua história, iniciada na Cidade Maravilhosa.

“Desfilei na minha escola por uns anos, até o mestre Louro, e também fui ritmista em algumas escolas, como na Unidos da Tijuca, com o mestre Celinho e o Casagrande, Salgueiro, com o mestre Marcão, entre outras. Em 2015 e 2016, o mestre Lolo, meu amigo de anos e referência no samba, foi para a Imperatriz Leopoldinense e lá eu tive a oportunidade de ingressar em sua diretoria, pela primeira vez no Grupo especial, permanecendo por quatro anos.

A partir de 2019, Cabral passou a atuar no Carnaval de São Paulo, onde fez grandes amigos e vivenciou momentos marcantes que contribuíram para o seu amadurecimento no segmento.

“Fiquei impressionado no primeiro contato com a Mancha”

“Cheguei em São Paulo em 2019 e passei por escolas onde tenho amigos, como Mocidade Alegre, Tom Maior e Império de Casa Verde. Até chegar na Mancha Verde, em 2020, agremiação que me abraçou desde o primeiro momento. Fui convidado para conhecer a quadra pelo Paulinho filho num dia de ensaio e fiquei lisonjeado com a comunidade. Foi a minha primeira vez numa escola oriunda de torcida e realmente fiquei impressionado. Tudo aconteceu muito rápido. Pude desfilar na Ala Amigos da Mancha e, logo em seguida, o recebi o convite do mestre Guma para ser parte da diretoria. Após a sua saída, recebi junto ao Vinicius (Vinny) o convite para termos a regência da Puro Balanço”, contou.

Sobre o desafio de liderar a bateria da Mancha, ele destaca o entusiasmo por atuar ao lado de um irmão: “Estou feliz em poder realizar esse trabalho com o meu amigo, que se tornou um irmão durante esses anos em que estamos juntos. Com certeza, faremos o nosso melhor para ajudar a escola”.

Paulo Serdan, Vinicius Rezende e Felipe Cabral. Foto: Divulgação/Mancha Verde
Paulo Serdan, Vinicius Rezende e Felipe Cabral. Foto: Divulgação/Mancha Verde

Vinicius Rezende

Vinicius Rezende, chamado por todos de Viny Rezende, também é oriundo de uma família de sambistas. “Com a referência de meu pai, que era ritmista na época, iniciei a minha trajetória no Carnaval, ainda jovem, na ala das crianças em uma das escolas mais tradicionais do Carnaval de São Paulo. O ano era 1999, na Nenê de Vila Matilde, onde futuramente cheguei a desfilar na bateria”, iniciou ele ao relembrar sua trajetória.

“Em 2002, fui convidado para fazer parte da bateria da Mocidade Alegre. Dois anos depois, veio o primeiro convite para ingressar na diretoria de bateria da Acadêmicos do Tatuapé, onde fiz parte dos Carnavais de 2005 a 2009, com os Mestres Alany e Kincas. Em paralelo, tive a oportunidade de ser ritmista, aprender e vivenciar a bateria do Mestre Divino (para muitos, Mestres dos Mestres)”, contou.

O primeiro contato com a Mancha Verde, aconteceu após ter vivido a experiência de compor a diretoria de bateria da coirmã Mocidade Alegre por seis anos.

“Meu início na Mancha foi como ritmista em 2003”

“Fui convidado pelo Mestre Sombra para fazer parte da diretoria de bateria da Mocidade Alegre no Carnaval de 2012 e ocupei este posto até 2017. Meu primeiro contato com a Mancha Verde foi para o Carnaval de 2003, onde fui ritmista por alguns anos, sob o comando dos Mestres Sombra, Cachorrão, Caju e Moleza. Após alguns anos, retornei à escola para o Carnaval de 2020, a convite do Mestre Guma, para compor a sua diretoria de bateria. Após a sua saída recebi a oportunidade do presidente Paulo Serdan de estar à frente da Pura Balanço, juntamente com o Cabral (irmão que o samba me deu).

Sobre a expectativa, Viny promete retribuir a confiança da diretoria com entusiasmo e dedicação: “Nossa expectativa é a melhor possível. Agradecemos ao Serdan e toda a sua diretoria pela confiança e iremos retribuir com muito entusiasmo e dedicação. Eu vou lutar e defender o teu pavilhão, pois sou teu guerreiro, Mancha querida!”.

Mancha Verde 2024

Presente no desfile das Campeãs de São Paulo desde 2018, sendo campeã ou vice desde 2019, a Mancha Verde levará para Avenida no próximo ano o enredo “Do nosso solo para o mundo: o campo que preserva, o campo que produz, o campo que alimenta”, desenvolvido pelo carnavalesco André Machado.

 

Logo após o Carnaval de 2023, Guma Sena anunciou sua saída do cargo de mestre de bateria da escola de samba Mancha Verde, função que exercia desde abril de 2019.

A notícia pegou muita gente de surpresa, uma vez que antes do desfile das campeãs, o presidente Paulo Serdan havia sinalizado a sequência de trabalho dos lideres de segmentos de seu elenco.

Para comandar a “Puro Balanço” a diretoria da verde e branca anunciou em junho, que faria uma aposta em uma dupla que une talento, parceria, comprometimento e experiência adquirida com mestres de escolas com ritmo conceituado no Rio e em São Paulo: Felipe Cabral e Vinicius Rezende.

Em entrevista ao repórter Guilherme Queiroz, para o SRzd, durante a festa de lançamento dos sambas para o Carnaval de 2024, a dupla falou sobre o trabalho que está sendo realizado com os ritmistas e das mudanças que estão sendo feitas em alguns instrumentos.

“A tendência é que a bateria venha um pouco mais grave, tanto afinação de surdo, mudamos a levada de terceira. Vai mudar um pouco. A gente colocou um pouco da nossa cara. Como o Felipe falou, trabalho de formiguinha demora um bom tempo para acontecer

Confira na íntegra:

Felipe Cabral

Felipe Cabral, mais conhecido como Cabral, é nascido e criado em Pilares, no Rio de Janeiro. Começou sua trajetória dentro do samba na escola mirim da Inocentes da Caprichosos, da Caprichosos de Pilares, onde sua família era envolvida. Inclusive seu pai, Paulo Renato, foi mestre por alguns bons anos.

“Daí começou essa paixão que estava escondida…Tentei fugir, mas o sangue falou mais alto”, revelou o sambista ao refletir sobre sua história, iniciada na Cidade Maravilhosa.

“Desfilei na minha escola por uns anos, até o mestre Louro, e também fui ritmista em algumas escolas, como na Unidos da Tijuca, com o mestre Celinho e o Casagrande, Salgueiro, com o mestre Marcão, entre outras. Em 2015 e 2016, o mestre Lolo, meu amigo de anos e referência no samba, foi para a Imperatriz Leopoldinense e lá eu tive a oportunidade de ingressar em sua diretoria, pela primeira vez no Grupo especial, permanecendo por quatro anos.

A partir de 2019, Cabral passou a atuar no Carnaval de São Paulo, onde fez grandes amigos e vivenciou momentos marcantes que contribuíram para o seu amadurecimento no segmento.

“Fiquei impressionado no primeiro contato com a Mancha”

“Cheguei em São Paulo em 2019 e passei por escolas onde tenho amigos, como Mocidade Alegre, Tom Maior e Império de Casa Verde. Até chegar na Mancha Verde, em 2020, agremiação que me abraçou desde o primeiro momento. Fui convidado para conhecer a quadra pelo Paulinho filho num dia de ensaio e fiquei lisonjeado com a comunidade. Foi a minha primeira vez numa escola oriunda de torcida e realmente fiquei impressionado. Tudo aconteceu muito rápido. Pude desfilar na Ala Amigos da Mancha e, logo em seguida, o recebi o convite do mestre Guma para ser parte da diretoria. Após a sua saída, recebi junto ao Vinicius (Vinny) o convite para termos a regência da Puro Balanço”, contou.

Sobre o desafio de liderar a bateria da Mancha, ele destaca o entusiasmo por atuar ao lado de um irmão: “Estou feliz em poder realizar esse trabalho com o meu amigo, que se tornou um irmão durante esses anos em que estamos juntos. Com certeza, faremos o nosso melhor para ajudar a escola”.

Paulo Serdan, Vinicius Rezende e Felipe Cabral. Foto: Divulgação/Mancha Verde
Paulo Serdan, Vinicius Rezende e Felipe Cabral. Foto: Divulgação/Mancha Verde

Vinicius Rezende

Vinicius Rezende, chamado por todos de Viny Rezende, também é oriundo de uma família de sambistas. “Com a referência de meu pai, que era ritmista na época, iniciei a minha trajetória no Carnaval, ainda jovem, na ala das crianças em uma das escolas mais tradicionais do Carnaval de São Paulo. O ano era 1999, na Nenê de Vila Matilde, onde futuramente cheguei a desfilar na bateria”, iniciou ele ao relembrar sua trajetória.

“Em 2002, fui convidado para fazer parte da bateria da Mocidade Alegre. Dois anos depois, veio o primeiro convite para ingressar na diretoria de bateria da Acadêmicos do Tatuapé, onde fiz parte dos Carnavais de 2005 a 2009, com os Mestres Alany e Kincas. Em paralelo, tive a oportunidade de ser ritmista, aprender e vivenciar a bateria do Mestre Divino (para muitos, Mestres dos Mestres)”, contou.

O primeiro contato com a Mancha Verde, aconteceu após ter vivido a experiência de compor a diretoria de bateria da coirmã Mocidade Alegre por seis anos.

“Meu início na Mancha foi como ritmista em 2003”

“Fui convidado pelo Mestre Sombra para fazer parte da diretoria de bateria da Mocidade Alegre no Carnaval de 2012 e ocupei este posto até 2017. Meu primeiro contato com a Mancha Verde foi para o Carnaval de 2003, onde fui ritmista por alguns anos, sob o comando dos Mestres Sombra, Cachorrão, Caju e Moleza. Após alguns anos, retornei à escola para o Carnaval de 2020, a convite do Mestre Guma, para compor a sua diretoria de bateria. Após a sua saída recebi a oportunidade do presidente Paulo Serdan de estar à frente da Pura Balanço, juntamente com o Cabral (irmão que o samba me deu).

Sobre a expectativa, Viny promete retribuir a confiança da diretoria com entusiasmo e dedicação: “Nossa expectativa é a melhor possível. Agradecemos ao Serdan e toda a sua diretoria pela confiança e iremos retribuir com muito entusiasmo e dedicação. Eu vou lutar e defender o teu pavilhão, pois sou teu guerreiro, Mancha querida!”.

Mancha Verde 2024

Presente no desfile das Campeãs de São Paulo desde 2018, sendo campeã ou vice desde 2019, a Mancha Verde levará para Avenida no próximo ano o enredo “Do nosso solo para o mundo: o campo que preserva, o campo que produz, o campo que alimenta”, desenvolvido pelo carnavalesco André Machado.

 

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