Presidente ressalta ‘DNA’ da Mocidade Unida Mooca e critica julgamento de SP

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Fundada no final da década de 80, a Mocidade Unida da Mooca tem alcançado os melhores resultados de sua história nos últimos anos. Desde que subiu para o Grupo de Acesso 1 de São Paulo, a agremiação da Zona Leste da capital conquistou um quinto lugar, em 2019, e ficou na quarta colocação em dois […]

POR Redação SRzd20/12/2022|4 min de leitura

Presidente ressalta ‘DNA’ da Mocidade Unida Mooca e critica julgamento de SP

Rafael Falanga. Foto: Felipe Araujo/Liga-SP

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Fundada no final da década de 80, a Mocidade Unida da Mooca tem alcançado os melhores resultados de sua história nos últimos anos.

Desde que subiu para o Grupo de Acesso 1 de São Paulo, a agremiação da Zona Leste da capital conquistou um quinto lugar, em 2019, e ficou na quarta colocação em dois Carnavais consecutivos, em 2020 e 2022.

Entre os enredos abordados nos últimos anos, a escola levou para o Anhembi temas sobre o orixá Xangô; a história do pavilhão ostentando pelos casais de mestre-sala e porta-bandeira; homenagem ao dramaturgo, ativista e político brasileiro, Abdias do Nascimento; e se prepara para no próximo ano apresentar na Avenida um desfile sobre Francisco José das Chagas, conhecido como Chaguinhas – todos eles com temáticas que exaltam a negritude.


Leia também:

+ Ouça os sambas das 34 agremiações da Liga-SP para o Carnaval 2023

+ Liga recebe prêmio do Governo de São Paulo por duas atividades culturais

+ Vote no seu samba preferido no Grupo de Acesso 1 de São Paulo para 2023


Em conversa com o repórter Cláudio L. Costa, para o SRzd, o presidente Rafael Falanga falou sobre a importância de abordar esses enredos em uma escola localizada num bairro com muitos descendentes de italianos.

“Acho que a sociedade evoluiu para essas questões sociais e a escola traz isso no seu DNA. A gente realmente é o contraponto do bairro, isso é saudável no sentido do que temos de dever social. A comunidade tem abraçado sempre, são enredos representativos, que dialogam com a sociedade, que trazem reflexão e temos mudado o ponto de vista de muita gente da própria escola e do bairro também”, afirmou.

“Inclusive havia gente da comunidade negra que não conhecia a história de Abdias do Nascimento. Acho que esse é o dever de uma escola, que é trazer informação, trazer essas histórias apagadas e renegadas. A Mum firmou um DNA e a gente pretende fazer isso por muito tempo”, completou o dirigente.

Confira os enredos 2023 do Grupo de Acesso 1. Foto: Fausto D’Império/SRzd
Desfile 2022 da Mocidade Unida da Mooca. Foto: Fausto D’Império/SRzd

Em 2022, a agremiação teve descontos em sete dos nove quesitos avaliados pelo júri oficial. Para conquistar a inédita vaga no Grupo Especial, Falanga declarou que aposta num projeto mais compacto e criticou o julgamento da folia paulistana.

“A gente tem que fazer Carnaval com esse critério minimalista que temos em São Paulo, infelizmente. Gostaríamos de fazer Carnavais maiores, mas o Carnaval privilegia hoje desfiles medianos e a gente vai compactar nosso projeto, para cumprir o regulamento. Em contrapartida, vamos trazer mais luxos para nossas alegorias, que foi o nosso ponto fraco em 2022”, garantiu.

A escola apresentará no Anhembi o enredo “O Santo Negro da Liberdade”desenvolvido por uma comissão artística formada por William Tadeu, Wallacy Vinicyos e Caio Araújo.

O samba-enredo é de autoria dos compositores Gui Cruz, Imperial, Turko, Rafa do Cavaco, Maradona, Portuga, Fabinho, Tiago SP, Clayton Reis, Marçal, Luciano Rosa, Reinaldo, Aluísio Letra e Vitor Gabriel. Clique aqui para ouvir.

Fundada no final da década de 80, a Mocidade Unida da Mooca tem alcançado os melhores resultados de sua história nos últimos anos.

Desde que subiu para o Grupo de Acesso 1 de São Paulo, a agremiação da Zona Leste da capital conquistou um quinto lugar, em 2019, e ficou na quarta colocação em dois Carnavais consecutivos, em 2020 e 2022.

Entre os enredos abordados nos últimos anos, a escola levou para o Anhembi temas sobre o orixá Xangô; a história do pavilhão ostentando pelos casais de mestre-sala e porta-bandeira; homenagem ao dramaturgo, ativista e político brasileiro, Abdias do Nascimento; e se prepara para no próximo ano apresentar na Avenida um desfile sobre Francisco José das Chagas, conhecido como Chaguinhas – todos eles com temáticas que exaltam a negritude.


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Em conversa com o repórter Cláudio L. Costa, para o SRzd, o presidente Rafael Falanga falou sobre a importância de abordar esses enredos em uma escola localizada num bairro com muitos descendentes de italianos.

“Acho que a sociedade evoluiu para essas questões sociais e a escola traz isso no seu DNA. A gente realmente é o contraponto do bairro, isso é saudável no sentido do que temos de dever social. A comunidade tem abraçado sempre, são enredos representativos, que dialogam com a sociedade, que trazem reflexão e temos mudado o ponto de vista de muita gente da própria escola e do bairro também”, afirmou.

“Inclusive havia gente da comunidade negra que não conhecia a história de Abdias do Nascimento. Acho que esse é o dever de uma escola, que é trazer informação, trazer essas histórias apagadas e renegadas. A Mum firmou um DNA e a gente pretende fazer isso por muito tempo”, completou o dirigente.

Confira os enredos 2023 do Grupo de Acesso 1. Foto: Fausto D’Império/SRzd
Desfile 2022 da Mocidade Unida da Mooca. Foto: Fausto D’Império/SRzd

Em 2022, a agremiação teve descontos em sete dos nove quesitos avaliados pelo júri oficial. Para conquistar a inédita vaga no Grupo Especial, Falanga declarou que aposta num projeto mais compacto e criticou o julgamento da folia paulistana.

“A gente tem que fazer Carnaval com esse critério minimalista que temos em São Paulo, infelizmente. Gostaríamos de fazer Carnavais maiores, mas o Carnaval privilegia hoje desfiles medianos e a gente vai compactar nosso projeto, para cumprir o regulamento. Em contrapartida, vamos trazer mais luxos para nossas alegorias, que foi o nosso ponto fraco em 2022”, garantiu.

A escola apresentará no Anhembi o enredo “O Santo Negro da Liberdade”desenvolvido por uma comissão artística formada por William Tadeu, Wallacy Vinicyos e Caio Araújo.

O samba-enredo é de autoria dos compositores Gui Cruz, Imperial, Turko, Rafa do Cavaco, Maradona, Portuga, Fabinho, Tiago SP, Clayton Reis, Marçal, Luciano Rosa, Reinaldo, Aluísio Letra e Vitor Gabriel. Clique aqui para ouvir.

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