Presidente ressalta ‘DNA’ da Mocidade Unida Mooca e critica julgamento de SP
Fundada no final da década de 80, a Mocidade Unida da Mooca tem alcançado os melhores resultados de sua história nos últimos anos. Desde que subiu para o Grupo de Acesso 1 de São Paulo, a agremiação da Zona Leste da capital conquistou um quinto lugar, em 2019, e ficou na quarta colocação em dois […]
POR Redação SRzd20/12/2022|4 min de leitura
Fundada no final da década de 80, a Mocidade Unida da Mooca tem alcançado os melhores resultados de sua história nos últimos anos.
Desde que subiu para o Grupo de Acesso 1 de São Paulo, a agremiação da Zona Leste da capital conquistou um quinto lugar, em 2019, e ficou na quarta colocação em dois Carnavais consecutivos, em 2020 e 2022.
Entre os enredos abordados nos últimos anos, a escola levou para o Anhembi temas sobre o orixá Xangô; a história do pavilhão ostentando pelos casais de mestre-sala e porta-bandeira; homenagem ao dramaturgo, ativista e político brasileiro, Abdias do Nascimento; e se prepara para no próximo ano apresentar na Avenida um desfile sobre Francisco José das Chagas, conhecido como Chaguinhas – todos eles com temáticas que exaltam a negritude.
Em conversa com o repórter Cláudio L. Costa, para o SRzd, o presidente Rafael Falanga falou sobre a importância de abordar esses enredos em uma escola localizada num bairro com muitos descendentes de italianos.
“Acho que a sociedade evoluiu para essas questões sociais e a escola traz isso no seu DNA. A gente realmente é o contraponto do bairro, isso é saudável no sentido do que temos de dever social. A comunidade tem abraçado sempre, são enredos representativos, que dialogam com a sociedade, que trazem reflexão e temos mudado o ponto de vista de muita gente da própria escola e do bairro também”, afirmou.
“Inclusive havia gente da comunidade negra que não conhecia a história de Abdias do Nascimento. Acho que esse é o dever de uma escola, que é trazer informação, trazer essas histórias apagadas e renegadas. A Mum firmou um DNA e a gente pretende fazer isso por muito tempo”, completou o dirigente.
Em 2022, a agremiação teve descontos em sete dos nove quesitos avaliados pelo júri oficial. Para conquistar a inédita vaga no Grupo Especial, Falanga declarou que aposta num projeto mais compacto e criticou o julgamento da folia paulistana.
“A gente tem que fazer Carnaval com esse critério minimalista que temos em São Paulo, infelizmente. Gostaríamos de fazer Carnavais maiores, mas o Carnaval privilegia hoje desfiles medianos e a gente vai compactar nosso projeto, para cumprir o regulamento. Em contrapartida, vamos trazer mais luxos para nossas alegorias, que foi o nosso ponto fraco em 2022”, garantiu.
A escola apresentará no Anhembi o enredo “O Santo Negro da Liberdade”, desenvolvido por uma comissão artística formada por William Tadeu, Wallacy Vinicyos e Caio Araújo.
O samba-enredo é de autoria dos compositores Gui Cruz, Imperial, Turko, Rafa do Cavaco, Maradona, Portuga, Fabinho, Tiago SP, Clayton Reis, Marçal, Luciano Rosa, Reinaldo, Aluísio Letra e Vitor Gabriel. Clique aqui para ouvir.
Fundada no final da década de 80, a Mocidade Unida da Mooca tem alcançado os melhores resultados de sua história nos últimos anos.
Desde que subiu para o Grupo de Acesso 1 de São Paulo, a agremiação da Zona Leste da capital conquistou um quinto lugar, em 2019, e ficou na quarta colocação em dois Carnavais consecutivos, em 2020 e 2022.
Entre os enredos abordados nos últimos anos, a escola levou para o Anhembi temas sobre o orixá Xangô; a história do pavilhão ostentando pelos casais de mestre-sala e porta-bandeira; homenagem ao dramaturgo, ativista e político brasileiro, Abdias do Nascimento; e se prepara para no próximo ano apresentar na Avenida um desfile sobre Francisco José das Chagas, conhecido como Chaguinhas – todos eles com temáticas que exaltam a negritude.
Em conversa com o repórter Cláudio L. Costa, para o SRzd, o presidente Rafael Falanga falou sobre a importância de abordar esses enredos em uma escola localizada num bairro com muitos descendentes de italianos.
“Acho que a sociedade evoluiu para essas questões sociais e a escola traz isso no seu DNA. A gente realmente é o contraponto do bairro, isso é saudável no sentido do que temos de dever social. A comunidade tem abraçado sempre, são enredos representativos, que dialogam com a sociedade, que trazem reflexão e temos mudado o ponto de vista de muita gente da própria escola e do bairro também”, afirmou.
“Inclusive havia gente da comunidade negra que não conhecia a história de Abdias do Nascimento. Acho que esse é o dever de uma escola, que é trazer informação, trazer essas histórias apagadas e renegadas. A Mum firmou um DNA e a gente pretende fazer isso por muito tempo”, completou o dirigente.
Em 2022, a agremiação teve descontos em sete dos nove quesitos avaliados pelo júri oficial. Para conquistar a inédita vaga no Grupo Especial, Falanga declarou que aposta num projeto mais compacto e criticou o julgamento da folia paulistana.
“A gente tem que fazer Carnaval com esse critério minimalista que temos em São Paulo, infelizmente. Gostaríamos de fazer Carnavais maiores, mas o Carnaval privilegia hoje desfiles medianos e a gente vai compactar nosso projeto, para cumprir o regulamento. Em contrapartida, vamos trazer mais luxos para nossas alegorias, que foi o nosso ponto fraco em 2022”, garantiu.
A escola apresentará no Anhembi o enredo “O Santo Negro da Liberdade”, desenvolvido por uma comissão artística formada por William Tadeu, Wallacy Vinicyos e Caio Araújo.
O samba-enredo é de autoria dos compositores Gui Cruz, Imperial, Turko, Rafa do Cavaco, Maradona, Portuga, Fabinho, Tiago SP, Clayton Reis, Marçal, Luciano Rosa, Reinaldo, Aluísio Letra e Vitor Gabriel. Clique aqui para ouvir.