‘Além do Homem’: sonho ou realidade?

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Nesta quinta-feira, dia 28, mais um filme estrelado por Fabrício Boliveira estreia nos cinemas: “Além do Homem” (2018), de Willy Biondani. Em cartaz com “Tungstênio” (2018) e no ar na novela da Rede Globo “Segundo Sol” (2018), Boliveira é o coadjuvante de luxo que concede ao personagem Tião as doses de preguiça e loucura responsáveis […]

POR Ana Carolina Garcia26/06/2018|3 min de leitura

‘Além do Homem’: sonho ou realidade?

Sérgio Guizé e Fabrício Boliveira são as estrelas de “Além do Homem” (Foto: Divulgação).

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Nesta quinta-feira, dia 28, mais um filme estrelado por Fabrício Boliveira estreia nos cinemas: “Além do Homem” (2018), de Willy Biondani. Em cartaz com “Tungstênio” (2018) e no ar na novela da Rede Globo “Segundo Sol” (2018), Boliveira é o coadjuvante de luxo que concede ao personagem Tião as doses de preguiça e loucura responsáveis por boa parte da comicidade deste drama protagonizado por Sérgio Guizé.

 

Na história, Guizé vive Alberto, escritor brasileiro radicado na França que faz o possível para conseguir uma editora que aceite publicar o seu livro. Porém, antes de realizar seu grande sonho, Alberto é obrigado a voltar ao Brasil para investigar o desaparecimento de Marcel Lefavre (Pierre Richard), supostamente canibalizado por uma tribo ou seita no interior do país, para dar início ao livro encomendado pelo sogro, um renomado editor parisiense. Mas a viagem ganha contornos insanos depois que Alberto conhece o taxista Tião, que o guia nesta jornada e o leva até um pequeno hotel, onde também funciona um bordel.

 

Personagem de Guizé renega suas origens, mas também critica a visão estereotipada do Brasil no exterior: “Para vocês o Brasil é um grande circo”, diz Alberto (Foto: Divulgação).

 

No melhor momento de sua carreira, Fabrício Boliveira é o responsável pelos melhores momentos de “Além do Homem”, apostando no humor calcado na insensatez com propriedade, por vezes ofuscando o protagonista Sérgio Guizé, com quem esbanja química de sobra em cena. Contudo, Guizé também surpreende por explorar as características de seu personagem com perspicácia, sobretudo suas variações de humor.

 

Com uma fotografia que ajuda o espectador a se ambientar por meio de cores frias (França) e quentes (Brasil), “Além do Homem” tem no roteiro inconsistente e repleto de clichês o seu ponto fraco, pois não trabalha satisfatoriamente a trama principal nem as secundárias para apostar em clichês e frases de efeito. Com isso, não explora todas as possibilidades oriundas do choque cultural entre um homem sofisticado que sempre renegou suas origens e a comunidade humilde da cidadezinha onde a tal viagem se desenrola.

 

Desperdiçando uma premissa interessante, inclusive no que tange à crítica à imagem do Brasil no exterior, “Além do Homem” tem alguns momentos divertidos alicerçados em situações absurdas. No entanto, seu final subjetivo pode incomodar parte da plateia, que sairá das sessões sem saber se as situações apresentadas foram vividas de fato pelo protagonista ou apenas mais um de seus sonhos.

 

Assista ao trailer oficial:

Nesta quinta-feira, dia 28, mais um filme estrelado por Fabrício Boliveira estreia nos cinemas: “Além do Homem” (2018), de Willy Biondani. Em cartaz com “Tungstênio” (2018) e no ar na novela da Rede Globo “Segundo Sol” (2018), Boliveira é o coadjuvante de luxo que concede ao personagem Tião as doses de preguiça e loucura responsáveis por boa parte da comicidade deste drama protagonizado por Sérgio Guizé.

 

Na história, Guizé vive Alberto, escritor brasileiro radicado na França que faz o possível para conseguir uma editora que aceite publicar o seu livro. Porém, antes de realizar seu grande sonho, Alberto é obrigado a voltar ao Brasil para investigar o desaparecimento de Marcel Lefavre (Pierre Richard), supostamente canibalizado por uma tribo ou seita no interior do país, para dar início ao livro encomendado pelo sogro, um renomado editor parisiense. Mas a viagem ganha contornos insanos depois que Alberto conhece o taxista Tião, que o guia nesta jornada e o leva até um pequeno hotel, onde também funciona um bordel.

 

Personagem de Guizé renega suas origens, mas também critica a visão estereotipada do Brasil no exterior: “Para vocês o Brasil é um grande circo”, diz Alberto (Foto: Divulgação).

 

No melhor momento de sua carreira, Fabrício Boliveira é o responsável pelos melhores momentos de “Além do Homem”, apostando no humor calcado na insensatez com propriedade, por vezes ofuscando o protagonista Sérgio Guizé, com quem esbanja química de sobra em cena. Contudo, Guizé também surpreende por explorar as características de seu personagem com perspicácia, sobretudo suas variações de humor.

 

Com uma fotografia que ajuda o espectador a se ambientar por meio de cores frias (França) e quentes (Brasil), “Além do Homem” tem no roteiro inconsistente e repleto de clichês o seu ponto fraco, pois não trabalha satisfatoriamente a trama principal nem as secundárias para apostar em clichês e frases de efeito. Com isso, não explora todas as possibilidades oriundas do choque cultural entre um homem sofisticado que sempre renegou suas origens e a comunidade humilde da cidadezinha onde a tal viagem se desenrola.

 

Desperdiçando uma premissa interessante, inclusive no que tange à crítica à imagem do Brasil no exterior, “Além do Homem” tem alguns momentos divertidos alicerçados em situações absurdas. No entanto, seu final subjetivo pode incomodar parte da plateia, que sairá das sessões sem saber se as situações apresentadas foram vividas de fato pelo protagonista ou apenas mais um de seus sonhos.

 

Assista ao trailer oficial:

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