‘A Chegada’: sci-fi autoral

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Histórias sobre visitas alienígenas a Terra geralmente são tratadas na capital do cinema como fio condutor de blockbusters milionários, muitos deles apostando suas fichas em imagens espetaculares em detrimento do roteiro. Então, quando nos deparamos com um longa-metragem que prima pela qualidade de sua trama, bem como de sua condução, precisamos aplaudi-lo efusivamente. É o […]

POR Ana Carolina Garcia24/11/2016|3 min de leitura

‘A Chegada’: sci-fi autoral
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Histórias sobre visitas alienígenas a Terra geralmente são tratadas na capital do cinema como fio condutor de blockbusters milionários, muitos deles apostando suas fichas em imagens espetaculares em detrimento do roteiro. Então, quando nos deparamos com um longa-metragem que prima pela qualidade de sua trama, bem como de sua condução, precisamos aplaudi-lo efusivamente. É o caso de “A Chegada” (Arrival – 2016), que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 24.

 

Baseado no conto “Story of Your Life”, de Ted Chiang, o filme conta a história de Dra. Louise Banks (Amy Adams), especialista em linguística procurada pelo Exército Americano – personificado, aqui, na figura do Coronel Weber (Forest Whitaker) –, para traduzir as mensagens de alienígenas de uma das 12 naves espalhadas pelo globo. Ao lado do matemático Ian Donnelly (Jeremy Renner), Banks encara uma missão difícil de ser executada e repleta de reviravoltas surpreendentes.

 

Conduzido com muita firmeza e competência por Denis Villeneuve, completamente fora de sua zona de conforto, “A Chegada” transcende a barreira da ficção-científica contemporânea ao tornar-se um belo exemplar de cinema autoral numa indústria que há tempos não se arrisca como deveria, optando por fórmulas batidas e reconhecidamente lucrativas. Com isso, não encontramos na tela um “pipocão” ao estilo “Independence Day” (Idem – 1996), mas, sim, uma trama complexa e de narrativa não-linear, onde o elemento humano é o principal ingrediente.

Forest Whitaker, Amy Adams e Jeremy Renner em cena (Foto: Divulgação).
Forest Whitaker, Amy Adams e Jeremy Renner em cena (Foto: Divulgação).

Num elenco encabeçado por um trio que integra o primeiro time de Hollywood, Amy Adams, Forest Whitaker e Jeremy Renner, quem realmente se destaca é a italiana Adams, num trabalho de composição impressionante, transitando com o mesmo vigor tanto no mistério quanto no drama que assola sua personagem, sem cometer o deslize da pieguice.

 

Contando com montagem eficiente, uma bela fotografia e efeitos visuais e sonoros de qualidade, que agregam ainda mais valor a esta obra, “A Chegada” chama a atenção pelo roteiro muito bem alicerçado e abrangente, capaz de levar o espectador à reflexão mesmo nos mínimos detalhes, transmitindo mensagens interessantes sobre se o meio compensa o fim e, principalmente, a de que a língua é “a primeira arma sacada em um conflito”, ao mesmo tempo em que é a maneira mais eficaz de se evitar um.

 

Assista ao trailer oficial (legendado):

Histórias sobre visitas alienígenas a Terra geralmente são tratadas na capital do cinema como fio condutor de blockbusters milionários, muitos deles apostando suas fichas em imagens espetaculares em detrimento do roteiro. Então, quando nos deparamos com um longa-metragem que prima pela qualidade de sua trama, bem como de sua condução, precisamos aplaudi-lo efusivamente. É o caso de “A Chegada” (Arrival – 2016), que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 24.

 

Baseado no conto “Story of Your Life”, de Ted Chiang, o filme conta a história de Dra. Louise Banks (Amy Adams), especialista em linguística procurada pelo Exército Americano – personificado, aqui, na figura do Coronel Weber (Forest Whitaker) –, para traduzir as mensagens de alienígenas de uma das 12 naves espalhadas pelo globo. Ao lado do matemático Ian Donnelly (Jeremy Renner), Banks encara uma missão difícil de ser executada e repleta de reviravoltas surpreendentes.

 

Conduzido com muita firmeza e competência por Denis Villeneuve, completamente fora de sua zona de conforto, “A Chegada” transcende a barreira da ficção-científica contemporânea ao tornar-se um belo exemplar de cinema autoral numa indústria que há tempos não se arrisca como deveria, optando por fórmulas batidas e reconhecidamente lucrativas. Com isso, não encontramos na tela um “pipocão” ao estilo “Independence Day” (Idem – 1996), mas, sim, uma trama complexa e de narrativa não-linear, onde o elemento humano é o principal ingrediente.

Forest Whitaker, Amy Adams e Jeremy Renner em cena (Foto: Divulgação).
Forest Whitaker, Amy Adams e Jeremy Renner em cena (Foto: Divulgação).

Num elenco encabeçado por um trio que integra o primeiro time de Hollywood, Amy Adams, Forest Whitaker e Jeremy Renner, quem realmente se destaca é a italiana Adams, num trabalho de composição impressionante, transitando com o mesmo vigor tanto no mistério quanto no drama que assola sua personagem, sem cometer o deslize da pieguice.

 

Contando com montagem eficiente, uma bela fotografia e efeitos visuais e sonoros de qualidade, que agregam ainda mais valor a esta obra, “A Chegada” chama a atenção pelo roteiro muito bem alicerçado e abrangente, capaz de levar o espectador à reflexão mesmo nos mínimos detalhes, transmitindo mensagens interessantes sobre se o meio compensa o fim e, principalmente, a de que a língua é “a primeira arma sacada em um conflito”, ao mesmo tempo em que é a maneira mais eficaz de se evitar um.

 

Assista ao trailer oficial (legendado):

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