Critics’ Choice Awards 2019: ‘Roma’ é o grande vencedor
No último domingo, dia 13, a Broadcast Film Critics Association (BFCA) e a Broadcast Television Journalists Association (BTJA) realizou no Barker Hangar, em Santa Monica, Los Angeles, a cerimônia de entrega do Critics’ Choice Awards 2019. E o grande vencedor foi “Roma” (Idem – 2018), do cineasta mexicano Alfonso Cuarón, que concorria a oito prêmios […]
POR Ana Carolina Garcia14/01/2019|8 min de leitura
No último domingo, dia 13, a Broadcast Film Critics Association (BFCA) e a Broadcast Television Journalists Association (BTJA) realizou no Barker Hangar, em Santa Monica, Los Angeles, a cerimônia de entrega do Critics’ Choice Awards 2019. E o grande vencedor foi “Roma” (Idem – 2018), do cineasta mexicano Alfonso Cuarón, que concorria a oito prêmios e venceu quatro: melhor filme, filme estrangeiro, direção e direção de fotografia para Cuarón.
A vitória de “Roma”, produção original Netflix, coloca a discussão sobre os serviços de streaming em voga novamente, deixando no ar a dúvida se a barreira existente entre tais títulos e algumas instituições, como a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS), será quebrada. Se for, “Roma” pode surgir dentre os finalistas do Oscar 2019 e com status de favorito, sobretudo se vencer o PGA Awards, prêmio concedido pelo Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (Producers Guild of America – PGA) que é o maior indicativo do Oscar de melhor filme e será entregue no próximo dia 19 – três dias antes do anúncio dos indicados à estatueta mais cobiçada do cinema.
Líder de indicações, 14 ao todo, “A Favorita” (The Favourite – 2018), de Yorgos Lanthimos, recebeu apenas dois Critics’ Choice, melhor elenco e atriz em filme de comédia para Olivia Colman, que venceu o Globo de Ouro na semana passada e é considerada uma das apostas para o Oscar.
No entanto, as atrizes que despontam como favoritas ao Golden Boy são Glenn Close e Lady Gaga, que empataram no Critics’ Choice Awards como melhor atriz por “A Esposa” (The Wife – 2018) e “Nasce Uma Estrela” (A Star is Born – 2018). Muito emocionada, Close foi a primeira a subir ao palco e disse estar curiosa para saber quem era a outra vencedora. Depois de um rápido tropeço na escada, Gaga chamou Close, lembrando que ela e sua mãe são amigas e agradeceu à equipe do longa, especialmente Bradley Cooper, seu parceiro de cena e diretor, o único a acreditar e confiar nela para o papel. “Bradley você é um cineasta mágico. Você é um ser humano mágico”, disse a cantora e atriz.
A noite também foi marcada por outro empate na categoria de melhor atriz em telefilme ou minissérie. E as vencedoras foram Amy Adams por “Sharp Objects” (Idem – 2018) e Patricia Arquette por “Escape at Dannemora” (Idem – 2018).
Outro nome que tem se fortalecido na temporada pré-Oscar é o de Christian Bale, que ganhou dois prêmios: melhor ator e ator em filme de comédia, ambos por “Vice” (Idem – 2018), que ainda recebeu o de maquiagem e penteado.
Assim como aconteceu no Globo de Ouro, a Disney sofreu algumas derrotas. A maior delas na categoria de melhor animação, cujo vencedor foi “Homem-Aranha no Aranhaverso” (Spider-Man: Into the Spider-Verse – 2018). Outra aposta da casa do Mickey, “Pantera Negra” (Black Panther – 2018) levou apenas três dos 12 prêmios aos quais concorria – design de produção, efeitos visuais e figurino. Enquanto “O Retorno de Mary Poppins” (Mary Poppins Returns – 2018), indicado a nove categorias, não recebeu nenhuma estatueta.
Falando em Globo de Ouro, alguns resultados se repetiram, como os de atores coadjuvantes em cinema. Os agraciados com o Critics’ Choice Awards foram Mahershala Ali por “Green Book: O Guia” e Regina King por “Se a Rua Beale Falasse” (If Beale Street Could Talk – 2018). “Nós podemos fazer da América o que a América deve se tornar”, disse King em seu discurso de agradecimento.
Apresentada por Taye Diggs, a 24a cerimônia de entrega do Critics’ Choice Awards buscou o tom mais pop, mas sem deixar de lado temas como política, inclusão e representatividade. Em seu monólogo de abertura, Diggs lembrou que o ano passado foi marcado pela diversidade e teve mais oportunidades para atores negros, cujos filmes obtiveram bastante lucro, vide o sucesso de público de “Pantera Negra” (Black Panther – 2018), que arrecadou US$ 1,34 bilhão em todo o mundo.
Os homenageados da noite foram Chuck Lorre, com o Critics’ Choice Creative Achievement Award, concedido pelo conjunto da obra e apresentado pelo elenco de “The Big Bang Theory” (Idem – desde 2007), série criada por ele há 12 anos; e Claire Foy com o #SeeHer Award, prêmio que integra uma campanha da Association of National Advertisers’ (ANA) pela valorização da imagem da mulher na mídia. O #SeeHer Award foi criado em 2017 e entregue para Gal Gadot (2018) e Viola Davis (2017), que apresentou a homenagem a Foy, uma das indicadas ao prêmio de melhor atriz coadjuvante por “O Primeiro Homem” (First Man – 2018).
O Critics’ Choice Awards é um dos principais termômetros do Oscar. Mas, assim como o Globo de Ouro, a premiação não impacta diretamente o resultado da Academia, influenciando somente a campanha dos indicados. Ao contrário do que acontece com as premiações dos sindicatos, pois boa parte de seus membros também são integra a AMPAS, com direito a voto.
No último domingo, dia 13, a Broadcast Film Critics Association (BFCA) e a Broadcast Television Journalists Association (BTJA) realizou no Barker Hangar, em Santa Monica, Los Angeles, a cerimônia de entrega do Critics’ Choice Awards 2019. E o grande vencedor foi “Roma” (Idem – 2018), do cineasta mexicano Alfonso Cuarón, que concorria a oito prêmios e venceu quatro: melhor filme, filme estrangeiro, direção e direção de fotografia para Cuarón.
A vitória de “Roma”, produção original Netflix, coloca a discussão sobre os serviços de streaming em voga novamente, deixando no ar a dúvida se a barreira existente entre tais títulos e algumas instituições, como a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS), será quebrada. Se for, “Roma” pode surgir dentre os finalistas do Oscar 2019 e com status de favorito, sobretudo se vencer o PGA Awards, prêmio concedido pelo Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (Producers Guild of America – PGA) que é o maior indicativo do Oscar de melhor filme e será entregue no próximo dia 19 – três dias antes do anúncio dos indicados à estatueta mais cobiçada do cinema.
Líder de indicações, 14 ao todo, “A Favorita” (The Favourite – 2018), de Yorgos Lanthimos, recebeu apenas dois Critics’ Choice, melhor elenco e atriz em filme de comédia para Olivia Colman, que venceu o Globo de Ouro na semana passada e é considerada uma das apostas para o Oscar.
No entanto, as atrizes que despontam como favoritas ao Golden Boy são Glenn Close e Lady Gaga, que empataram no Critics’ Choice Awards como melhor atriz por “A Esposa” (The Wife – 2018) e “Nasce Uma Estrela” (A Star is Born – 2018). Muito emocionada, Close foi a primeira a subir ao palco e disse estar curiosa para saber quem era a outra vencedora. Depois de um rápido tropeço na escada, Gaga chamou Close, lembrando que ela e sua mãe são amigas e agradeceu à equipe do longa, especialmente Bradley Cooper, seu parceiro de cena e diretor, o único a acreditar e confiar nela para o papel. “Bradley você é um cineasta mágico. Você é um ser humano mágico”, disse a cantora e atriz.
A noite também foi marcada por outro empate na categoria de melhor atriz em telefilme ou minissérie. E as vencedoras foram Amy Adams por “Sharp Objects” (Idem – 2018) e Patricia Arquette por “Escape at Dannemora” (Idem – 2018).
Outro nome que tem se fortalecido na temporada pré-Oscar é o de Christian Bale, que ganhou dois prêmios: melhor ator e ator em filme de comédia, ambos por “Vice” (Idem – 2018), que ainda recebeu o de maquiagem e penteado.
Assim como aconteceu no Globo de Ouro, a Disney sofreu algumas derrotas. A maior delas na categoria de melhor animação, cujo vencedor foi “Homem-Aranha no Aranhaverso” (Spider-Man: Into the Spider-Verse – 2018). Outra aposta da casa do Mickey, “Pantera Negra” (Black Panther – 2018) levou apenas três dos 12 prêmios aos quais concorria – design de produção, efeitos visuais e figurino. Enquanto “O Retorno de Mary Poppins” (Mary Poppins Returns – 2018), indicado a nove categorias, não recebeu nenhuma estatueta.
Falando em Globo de Ouro, alguns resultados se repetiram, como os de atores coadjuvantes em cinema. Os agraciados com o Critics’ Choice Awards foram Mahershala Ali por “Green Book: O Guia” e Regina King por “Se a Rua Beale Falasse” (If Beale Street Could Talk – 2018). “Nós podemos fazer da América o que a América deve se tornar”, disse King em seu discurso de agradecimento.
Apresentada por Taye Diggs, a 24a cerimônia de entrega do Critics’ Choice Awards buscou o tom mais pop, mas sem deixar de lado temas como política, inclusão e representatividade. Em seu monólogo de abertura, Diggs lembrou que o ano passado foi marcado pela diversidade e teve mais oportunidades para atores negros, cujos filmes obtiveram bastante lucro, vide o sucesso de público de “Pantera Negra” (Black Panther – 2018), que arrecadou US$ 1,34 bilhão em todo o mundo.
Os homenageados da noite foram Chuck Lorre, com o Critics’ Choice Creative Achievement Award, concedido pelo conjunto da obra e apresentado pelo elenco de “The Big Bang Theory” (Idem – desde 2007), série criada por ele há 12 anos; e Claire Foy com o #SeeHer Award, prêmio que integra uma campanha da Association of National Advertisers’ (ANA) pela valorização da imagem da mulher na mídia. O #SeeHer Award foi criado em 2017 e entregue para Gal Gadot (2018) e Viola Davis (2017), que apresentou a homenagem a Foy, uma das indicadas ao prêmio de melhor atriz coadjuvante por “O Primeiro Homem” (First Man – 2018).
O Critics’ Choice Awards é um dos principais termômetros do Oscar. Mas, assim como o Globo de Ouro, a premiação não impacta diretamente o resultado da Academia, influenciando somente a campanha dos indicados. Ao contrário do que acontece com as premiações dos sindicatos, pois boa parte de seus membros também são integra a AMPAS, com direito a voto.