Especial Oscar 2018: Categoria de melhor atriz coadjuvante

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Vencedora de dois grandes termômetros do Oscar, o SAG Awards e o Globo de Ouro, concedidos respectivamente pelo Sindicato dos Atores (Screen Actors Guild – SAG) e pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA), Allison Janney é o nome mais forte da disputa pela estatueta de melhor atriz coadjuvante […]

POR Ana Carolina Garcia26/02/2018|12 min de leitura

Especial Oscar 2018: Categoria de melhor atriz coadjuvante

Apresentada por Jimmy Kimmel, a cerimônia de entrega do Oscar será realizada no dia 04 de março (Foto: Divulgação / Crédito: ©A.M.P.A.S.®).

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Vencedora de dois grandes termômetros do Oscar, o SAG Awards e o Globo de Ouro, concedidos respectivamente pelo Sindicato dos Atores (Screen Actors Guild – SAG) e pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA), Allison Janney é o nome mais forte da disputa pela estatueta de melhor atriz coadjuvante deste ano por sua atuação em “Eu, Tonya” (I, Tonya – 2017).

 

As cinco indicadas ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) são: Mary J. Blige por “Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississippi” (Mudbound – 2017), Lesley Manville por “Trama Fantasma” (Phantom Thread – 2017), Allisson Janney por “Eu, Tonya”, Laurie Metcalf por “Lady Bird – A Hora de Voar” (Lady Bird – 2017) e Octavia Spencer por “A Forma da Água” (The Shape of Water – 2017).

 

Apesar de serem prêmios de grande importância para a indústria, é importante ressaltar que o Globo de Ouro exerce papel fundamental na campanha pelo Golden Boy. Contudo, o prêmio que influencia diretamente o resultado da AMPAS é o Actor, pois parte dos membros do SAG também integra a Academia e tem direito a voto.

 

A favorita Allison Janney em cena de “Eu, Tonya”, filme baseado em fatos reais (Foto: Divulgação).

 

Com 18 prêmios individuais recebidos até agora por “Eu, Tonya”, Janney oferece ao público uma atuação dura como LaVona Golden, mulher amarga e insensível que desconhece o amor e as atribuições impostas pela maternidade, sendo apresentada como maior inimiga de sua filha, Tonya Harding (Margot Robbie). É um rico trabalho de composição da atriz, que ofusca seus colegas a cada cena.

 

A principal adversária de Janney é Laurie Metcalf, que já venceu 28 prêmios por “Lady Bird – A Hora de Voar”. Interpretando a mãe da protagonista Christine / Lady Bird (Saoirse Ronan), a atriz se destaca por equilibrar com naturalidade os dramas de uma mulher que precisa sustentar a casa sozinha após o marido perder o emprego, enquanto tenta ensinar algo à sua filha adolescente, que tem vergonha de sua origem e deseja uma pseudoliberdade sustentada pelos pais.

 

Grande destaque do elenco de “Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississippi”, Mary J. Blige explora com propriedade os sentimentos de sua personagem, uma mulher forte, mas amedrontada, que deseja uma vida melhor para seus filhos, preocupando-se principalmente com Ronsel (Jason Mitchell), que tem dificuldades de adaptação após voltar dos campos de batalhas europeus para o Mississippi dos anos 1940, dominado pelo ódio racial e pela Ku Klux Klan (KKK). Pelo papel de Florence, Mary J. Blige venceu três prêmios até agora.

 

Indicada por “A Forma da Água” e sem nenhum prêmio individual recebido até agora, Octavia Spencer surge em cena como Zelda, melhor amiga e colega de trabalho da protagonista Elisa (Sally Hawkins). Esbanjando carisma, a atriz compõe sua personagem de forma bastante natural para assumir a responsabilidade de ser o alívio cômico da produção, abusando de frases afiadas na maioria das situações e arrancando gargalhadas genuínas da plateia.

 

Com apenas dois prêmios individuais até o momento, Lesley Manville concorre por sua atuação em “Trama Fantasma” como Cyril, a irmã controladora do protagonista. Acertando o tom da personagem, Manville surge em cena com uma aura protetora quase maternal, tornando-se o típico exemplar de força e poder, avessa a emoções de quaisquer tipos, tendo a razão como regra imutável de seu estilo de vida.

 

Considerando que a AMPAS não costuma surpreender em seus resultados, pode-se dizer que Allison Janney é quem tem mais chances de vencer a estatueta do Oscar de melhor atriz coadjuvante deste ano. Contudo, a disputa será acirrada contra outro destaque da temporada, Laurie Metcalf. Mary J. Blige tem poucas chances, assim como Octavia Spencer e Lesley Manville.

 

A 90ª cerimônia de entrega do Oscar será realizada no próximo domingo, dia 04, no Dolby Theatre em Los Angeles. Apresentada por Jimmy Kimmel, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT.

 

Confira um pequeno perfil das indicadas:

Mary J. Blige:

Mary J. Blige em “Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi” (Foto: Divulgação).

Nascida em 11 de janeiro de 1971 em Yonkers, Nova York (EUA), Mary J. Blige começou a se interessar por música ainda na infância, influenciada pelo pai. Na adolescência, assinou contrato com a gravadora Uptown Records, uma das mais importantes dos cenários hip-hop e R&B. Após participar das trilhas sonoras de diversos filmes e programas de televisão, Blige estreou como atriz em 1998 num episódio do “The Jamie Foxx Show” (1996 – 2001), invadindo a telona três anos mais tarde com o drama “Prison Song” (Idem – 2001), de Darnell Martin. Desde então, concilia suas atividades nas indústrias fonográfica, televisiva e cinematográfica, participando de filmes como “I Can Do Bad All by Myself” (Idem – 2009) e “Rock of Ages: O Filme” (Rock of Ages – 2012), este último ao lado de Tom Cruise. Esta é a primeira vez que é indicada ao prêmio da AMPAS. E a duas estatuetas: melhor atriz coadjuvante e canção original por “Mighty River”, ao lado de Raphael Saadiq e Taura Stinson, tornando-se a primeira profissional a disputar as duas categorias no mesmo ano.

* Os três prêmios individuais já recebidos por sua performance em “Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississippi”, são: o BFCC Award, da Black Film Critics Circle Awards; o Hollywood Breakthrough Award, do Hollywood Film Awards; e o Breakthrough Performance Award, do Palm Springs International Film Festival.

 

Lesley Manville:

Lesley Manville em “Trama Fantasma” (Foto: Divulgação)

Nascida em 12 de março de 1956 em Brighton, East Sussex (Inglaterra), Lesley Manville manifestou seu interesse por arte ainda na infância, quando começou a estudar para se tornar uma soprano. Durante a juventude, apostou na atuação e passou a conciliar teatro e televisão até estrear no cinema com “Dançando com um Estranho” (Dance with a Stranger – 1985), de Mike Newell, 11 anos após sua primeira aparição na TV, no seriado “Village Hall” (Idem – 1974 – 1975). Participou de filmes como “Segredos e Mentiras” (Secrets & Lies – 1996), “Agora ou Nunca” (All or Nothing – 2002), “Spike Island” (Idem – 2012) e “Malévola” (Maleficent – 2014). Esta é a sua primeira indicação ao Oscar.

* Os dois prêmios individuais já recebidos por sua performance em “Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississippi”, são: o ICS Award, da International Cinephile Society Awards, e o ALFS Award, da London Critics Circle Film Awards.

 

Allison Janney:

Allison Janney em “Eu, Tonya” (Foto: Divulgação).

Nascida em 19 de novembro de 1959 em Dayton, Ohio (EUA), Allison Janney começou a atuar na época em que estudava Artes Cênicas na Kenyon College, onde fez sua primeira audição com Paul Newman que, ao lado da esposa, Joanne Woodward, a ajudou na carreira indicando cursos extras na Neighborhood Playhouse em Nova York. A estreia no cinema foi em 1989 com a comédia “Agitando em 57” (Who Shot Patakango? – 1989), de Robert Brooks. Nos anos seguintes, conciliou trabalhos na televisão e no cinema participando de filmes como “A Grande Noite” (Big Night – 1996), “Segredos do Poder” (Primary Colors – 1998) e “Beleza Americana” (American Beauty – 1999), vencedor do Oscar de melhor filme lançado no mesmo ano que o seriado que a tornou famosa junto ao público, “West Wing: Nos Bastidores do Poder” (West Wing – 1999 – 2006), ao lado de Martin Sheen e Bradley Whitford. Em 2011, atuou em “Histórias Cruzadas” (The Help – 2011) com sua adversária deste ano, Octavia Spencer, que venceu o Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo longa. Esta é a sua primeira indicação ao Oscar.

* Entre os 18 prêmios individuais já recebidos por sua performance em “Eu, Tonya”, estão: os já citados Globo de Ouro e SAG Award; o BAFTA Film Award, do BAFTA Awards; o AACTA International Award, da AACTA International Awards; o Austin Film Critics Award, da Austin Film Critics Association; o Critics Choice Award, da Broadcast Film Critics Association Awards; o FFCC Award, da Florida Film Critics Circle Awards; o Hollywood Film Award, da Hollywood Film Awards; o HFCS Award, da Houston Film Critics Society Awards; o NYFCO Award, da New York Film Critics, Online; o Spotlight Award, do Palm Springs International Film Festival; o PFCS Award, da Phoenix Film Critics Society Awards; e o SDFCS Award, da San Diego Film Critics Society Awards – empate com Laurie Metcalf por “Lady Bird – A Hora de Voar”.

 

Laurie Metcalf:

Laurie Metcalf em “Lady Bird – A Hora de Voar” (Foto: Divulgação).

Nascida em 16 de junho de 1955 em Carbondale, Illinois (EUA), Laurie Metcalf se formou em Teatro pela Illinois State University em 1977 e começou a carreira na Steppenwolf Theatre Company, participando de diversas montagens teatrais. Estreou no cinema num trabalho não creditado em “Cerimônia de Casamento” (A Wedding – 1978), de Robert Altman, mas ganhou papel relevante somente em seu longa seguinte, “Procura-se Susan Desesperadamente” (Desperately Seeking Susan – 1985), ao lado de Rosanna Arquette e Madonna. Trabalhou em filmes como “Construindo Um Cara Certinho” (Making Mr. Right – 1987), “Justiça Cega” (Internal Affairs – 1990), “Morando com o Perigo” (Pacific Heights – 1990), “JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar” (JFK – 1991) e “Despedida em Las Vegas” (Leaving Las Vegas – 1995), mas o sucesso chegou de fato com a personagem Jackie Harris do seriado “Roseanne” (Idem – 1988 – 1997). Exercendo também a função de dubladora em “A Família do Futuro” (Meet the Robinsons – 2007) e nos filmes da franquia “Toy Story” (Idem – iniciada em 1995), a atriz apostou mais nos projetos televisivos, consolidando a sua carreira. Esta é a sua primeira indicação ao Oscar.

* Entre os 28 prêmios individuais já recebidos por sua performance em “Lady Bird – A Hora de Voar”, estão: o BOFCA Award, da Boston Online Film Critics Association; o BSFC Award, da Boston Society of Film Critics Awards; o CFCA Award, da Chicago Film Critics Association Awards; o IFJA Award, da Indiana Film Journalists Association, US; o ICP Award, da Indiewire Critics’ Poll; o KCFCC Award, da Kansas City Film Critics Circle Awards; o Sierra Award, da Las Vegas Film Critics Society Awards; o LAFCA Award, da Los Angeles Film Critics Association Awards; o NBR Award, da National Board of Review, USA; o NSFC Award, da National Society of Film Critics Awards, USA; o SDFCS Award, da San Diego Film Critics Society Awards – empate com Allison Janney por “Eu, Tonya”; e o TFCA Award, da Toronto Film Critics Association Awards.

 

Octavia Spencer:

Octavia Spencer em “A Forma da Água” (Foto: Divulgação).

Nascida em 25 de maio de 1970 em Montgomery, Alabama (EUA), Octavia Spencer se formou em Artes pela Universidade de Auburn. Sua estreia como atriz foi sob a direção de Joel Schumacher em “Tempo de Matar” (A Time to Kill – 1996). Nos anos seguintes, participou de séries de televisão como “Plantão Médico” (ER – 1994 – 2009), “Chicago Hope” (Idem – 1994 – 2000) e “Ugly Betty” (Idem – 2006 – 2010); e de filmes de sucesso, como “Nunca Fui Beijada” (Never Been Kissed – 1999), “Quero Ser John Malkovich” (Being John Malkovich – 1999) e “Homem-Aranha” (Spider-Man – 2002), mas com pouco reconhecimento do público e da crítica. A consagração como atriz chegou em 2011 com o drama “Histórias Cruzadas” (The Help – 2011), como uma doméstica perseguida pela ex-patroa em Jackson, uma cidade do Mississipi, em plena década de 1960, atuando com sua adversária deste ano, Allison Janney. Sempre apostando em projetos diferenciados, a atriz tem uma filmografia de 120 títulos, entre eles os excelentes “Fruitvale Station: A Última Parada” (Fruitvale Station – 2013) e “Expresso do Amanhã” (Snowpiercer – 2013), além da franquia “Divergente” (Divergent). Vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por “Histórias Cruzadas”, Octavia Spencer concorre à estatueta dourada da categoria pela terceira vez – a segunda foi por “Estrelas Além do Tempo” (Hidden Figures).

* A atriz ainda não recebeu nenhum prêmio individual por sua performance em “A Forma da Água”.

 

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As cinco indicadas ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) são: Mary J. Blige por “Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississippi” (Mudbound – 2017), Lesley Manville por “Trama Fantasma” (Phantom Thread – 2017), Allisson Janney por “Eu, Tonya”, Laurie Metcalf por “Lady Bird – A Hora de Voar” (Lady Bird – 2017) e Octavia Spencer por “A Forma da Água” (The Shape of Water – 2017).

 

Apesar de serem prêmios de grande importância para a indústria, é importante ressaltar que o Globo de Ouro exerce papel fundamental na campanha pelo Golden Boy. Contudo, o prêmio que influencia diretamente o resultado da AMPAS é o Actor, pois parte dos membros do SAG também integra a Academia e tem direito a voto.

 

A favorita Allison Janney em cena de “Eu, Tonya”, filme baseado em fatos reais (Foto: Divulgação).

 

Com 18 prêmios individuais recebidos até agora por “Eu, Tonya”, Janney oferece ao público uma atuação dura como LaVona Golden, mulher amarga e insensível que desconhece o amor e as atribuições impostas pela maternidade, sendo apresentada como maior inimiga de sua filha, Tonya Harding (Margot Robbie). É um rico trabalho de composição da atriz, que ofusca seus colegas a cada cena.

 

A principal adversária de Janney é Laurie Metcalf, que já venceu 28 prêmios por “Lady Bird – A Hora de Voar”. Interpretando a mãe da protagonista Christine / Lady Bird (Saoirse Ronan), a atriz se destaca por equilibrar com naturalidade os dramas de uma mulher que precisa sustentar a casa sozinha após o marido perder o emprego, enquanto tenta ensinar algo à sua filha adolescente, que tem vergonha de sua origem e deseja uma pseudoliberdade sustentada pelos pais.

 

Grande destaque do elenco de “Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississippi”, Mary J. Blige explora com propriedade os sentimentos de sua personagem, uma mulher forte, mas amedrontada, que deseja uma vida melhor para seus filhos, preocupando-se principalmente com Ronsel (Jason Mitchell), que tem dificuldades de adaptação após voltar dos campos de batalhas europeus para o Mississippi dos anos 1940, dominado pelo ódio racial e pela Ku Klux Klan (KKK). Pelo papel de Florence, Mary J. Blige venceu três prêmios até agora.

 

Indicada por “A Forma da Água” e sem nenhum prêmio individual recebido até agora, Octavia Spencer surge em cena como Zelda, melhor amiga e colega de trabalho da protagonista Elisa (Sally Hawkins). Esbanjando carisma, a atriz compõe sua personagem de forma bastante natural para assumir a responsabilidade de ser o alívio cômico da produção, abusando de frases afiadas na maioria das situações e arrancando gargalhadas genuínas da plateia.

 

Com apenas dois prêmios individuais até o momento, Lesley Manville concorre por sua atuação em “Trama Fantasma” como Cyril, a irmã controladora do protagonista. Acertando o tom da personagem, Manville surge em cena com uma aura protetora quase maternal, tornando-se o típico exemplar de força e poder, avessa a emoções de quaisquer tipos, tendo a razão como regra imutável de seu estilo de vida.

 

Considerando que a AMPAS não costuma surpreender em seus resultados, pode-se dizer que Allison Janney é quem tem mais chances de vencer a estatueta do Oscar de melhor atriz coadjuvante deste ano. Contudo, a disputa será acirrada contra outro destaque da temporada, Laurie Metcalf. Mary J. Blige tem poucas chances, assim como Octavia Spencer e Lesley Manville.

 

A 90ª cerimônia de entrega do Oscar será realizada no próximo domingo, dia 04, no Dolby Theatre em Los Angeles. Apresentada por Jimmy Kimmel, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT.

 

Confira um pequeno perfil das indicadas:

Mary J. Blige:

Mary J. Blige em “Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi” (Foto: Divulgação).

Nascida em 11 de janeiro de 1971 em Yonkers, Nova York (EUA), Mary J. Blige começou a se interessar por música ainda na infância, influenciada pelo pai. Na adolescência, assinou contrato com a gravadora Uptown Records, uma das mais importantes dos cenários hip-hop e R&B. Após participar das trilhas sonoras de diversos filmes e programas de televisão, Blige estreou como atriz em 1998 num episódio do “The Jamie Foxx Show” (1996 – 2001), invadindo a telona três anos mais tarde com o drama “Prison Song” (Idem – 2001), de Darnell Martin. Desde então, concilia suas atividades nas indústrias fonográfica, televisiva e cinematográfica, participando de filmes como “I Can Do Bad All by Myself” (Idem – 2009) e “Rock of Ages: O Filme” (Rock of Ages – 2012), este último ao lado de Tom Cruise. Esta é a primeira vez que é indicada ao prêmio da AMPAS. E a duas estatuetas: melhor atriz coadjuvante e canção original por “Mighty River”, ao lado de Raphael Saadiq e Taura Stinson, tornando-se a primeira profissional a disputar as duas categorias no mesmo ano.

* Os três prêmios individuais já recebidos por sua performance em “Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississippi”, são: o BFCC Award, da Black Film Critics Circle Awards; o Hollywood Breakthrough Award, do Hollywood Film Awards; e o Breakthrough Performance Award, do Palm Springs International Film Festival.

 

Lesley Manville:

Lesley Manville em “Trama Fantasma” (Foto: Divulgação)

Nascida em 12 de março de 1956 em Brighton, East Sussex (Inglaterra), Lesley Manville manifestou seu interesse por arte ainda na infância, quando começou a estudar para se tornar uma soprano. Durante a juventude, apostou na atuação e passou a conciliar teatro e televisão até estrear no cinema com “Dançando com um Estranho” (Dance with a Stranger – 1985), de Mike Newell, 11 anos após sua primeira aparição na TV, no seriado “Village Hall” (Idem – 1974 – 1975). Participou de filmes como “Segredos e Mentiras” (Secrets & Lies – 1996), “Agora ou Nunca” (All or Nothing – 2002), “Spike Island” (Idem – 2012) e “Malévola” (Maleficent – 2014). Esta é a sua primeira indicação ao Oscar.

* Os dois prêmios individuais já recebidos por sua performance em “Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississippi”, são: o ICS Award, da International Cinephile Society Awards, e o ALFS Award, da London Critics Circle Film Awards.

 

Allison Janney:

Allison Janney em “Eu, Tonya” (Foto: Divulgação).

Nascida em 19 de novembro de 1959 em Dayton, Ohio (EUA), Allison Janney começou a atuar na época em que estudava Artes Cênicas na Kenyon College, onde fez sua primeira audição com Paul Newman que, ao lado da esposa, Joanne Woodward, a ajudou na carreira indicando cursos extras na Neighborhood Playhouse em Nova York. A estreia no cinema foi em 1989 com a comédia “Agitando em 57” (Who Shot Patakango? – 1989), de Robert Brooks. Nos anos seguintes, conciliou trabalhos na televisão e no cinema participando de filmes como “A Grande Noite” (Big Night – 1996), “Segredos do Poder” (Primary Colors – 1998) e “Beleza Americana” (American Beauty – 1999), vencedor do Oscar de melhor filme lançado no mesmo ano que o seriado que a tornou famosa junto ao público, “West Wing: Nos Bastidores do Poder” (West Wing – 1999 – 2006), ao lado de Martin Sheen e Bradley Whitford. Em 2011, atuou em “Histórias Cruzadas” (The Help – 2011) com sua adversária deste ano, Octavia Spencer, que venceu o Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo longa. Esta é a sua primeira indicação ao Oscar.

* Entre os 18 prêmios individuais já recebidos por sua performance em “Eu, Tonya”, estão: os já citados Globo de Ouro e SAG Award; o BAFTA Film Award, do BAFTA Awards; o AACTA International Award, da AACTA International Awards; o Austin Film Critics Award, da Austin Film Critics Association; o Critics Choice Award, da Broadcast Film Critics Association Awards; o FFCC Award, da Florida Film Critics Circle Awards; o Hollywood Film Award, da Hollywood Film Awards; o HFCS Award, da Houston Film Critics Society Awards; o NYFCO Award, da New York Film Critics, Online; o Spotlight Award, do Palm Springs International Film Festival; o PFCS Award, da Phoenix Film Critics Society Awards; e o SDFCS Award, da San Diego Film Critics Society Awards – empate com Laurie Metcalf por “Lady Bird – A Hora de Voar”.

 

Laurie Metcalf:

Laurie Metcalf em “Lady Bird – A Hora de Voar” (Foto: Divulgação).

Nascida em 16 de junho de 1955 em Carbondale, Illinois (EUA), Laurie Metcalf se formou em Teatro pela Illinois State University em 1977 e começou a carreira na Steppenwolf Theatre Company, participando de diversas montagens teatrais. Estreou no cinema num trabalho não creditado em “Cerimônia de Casamento” (A Wedding – 1978), de Robert Altman, mas ganhou papel relevante somente em seu longa seguinte, “Procura-se Susan Desesperadamente” (Desperately Seeking Susan – 1985), ao lado de Rosanna Arquette e Madonna. Trabalhou em filmes como “Construindo Um Cara Certinho” (Making Mr. Right – 1987), “Justiça Cega” (Internal Affairs – 1990), “Morando com o Perigo” (Pacific Heights – 1990), “JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar” (JFK – 1991) e “Despedida em Las Vegas” (Leaving Las Vegas – 1995), mas o sucesso chegou de fato com a personagem Jackie Harris do seriado “Roseanne” (Idem – 1988 – 1997). Exercendo também a função de dubladora em “A Família do Futuro” (Meet the Robinsons – 2007) e nos filmes da franquia “Toy Story” (Idem – iniciada em 1995), a atriz apostou mais nos projetos televisivos, consolidando a sua carreira. Esta é a sua primeira indicação ao Oscar.

* Entre os 28 prêmios individuais já recebidos por sua performance em “Lady Bird – A Hora de Voar”, estão: o BOFCA Award, da Boston Online Film Critics Association; o BSFC Award, da Boston Society of Film Critics Awards; o CFCA Award, da Chicago Film Critics Association Awards; o IFJA Award, da Indiana Film Journalists Association, US; o ICP Award, da Indiewire Critics’ Poll; o KCFCC Award, da Kansas City Film Critics Circle Awards; o Sierra Award, da Las Vegas Film Critics Society Awards; o LAFCA Award, da Los Angeles Film Critics Association Awards; o NBR Award, da National Board of Review, USA; o NSFC Award, da National Society of Film Critics Awards, USA; o SDFCS Award, da San Diego Film Critics Society Awards – empate com Allison Janney por “Eu, Tonya”; e o TFCA Award, da Toronto Film Critics Association Awards.

 

Octavia Spencer:

Octavia Spencer em “A Forma da Água” (Foto: Divulgação).

Nascida em 25 de maio de 1970 em Montgomery, Alabama (EUA), Octavia Spencer se formou em Artes pela Universidade de Auburn. Sua estreia como atriz foi sob a direção de Joel Schumacher em “Tempo de Matar” (A Time to Kill – 1996). Nos anos seguintes, participou de séries de televisão como “Plantão Médico” (ER – 1994 – 2009), “Chicago Hope” (Idem – 1994 – 2000) e “Ugly Betty” (Idem – 2006 – 2010); e de filmes de sucesso, como “Nunca Fui Beijada” (Never Been Kissed – 1999), “Quero Ser John Malkovich” (Being John Malkovich – 1999) e “Homem-Aranha” (Spider-Man – 2002), mas com pouco reconhecimento do público e da crítica. A consagração como atriz chegou em 2011 com o drama “Histórias Cruzadas” (The Help – 2011), como uma doméstica perseguida pela ex-patroa em Jackson, uma cidade do Mississipi, em plena década de 1960, atuando com sua adversária deste ano, Allison Janney. Sempre apostando em projetos diferenciados, a atriz tem uma filmografia de 120 títulos, entre eles os excelentes “Fruitvale Station: A Última Parada” (Fruitvale Station – 2013) e “Expresso do Amanhã” (Snowpiercer – 2013), além da franquia “Divergente” (Divergent). Vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por “Histórias Cruzadas”, Octavia Spencer concorre à estatueta dourada da categoria pela terceira vez – a segunda foi por “Estrelas Além do Tempo” (Hidden Figures).

* A atriz ainda não recebeu nenhum prêmio individual por sua performance em “A Forma da Água”.

 

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