Comemorando 45 anos de carreira, Glenn Close surge como favorita ao Oscar de melhor atriz por sua atuação em “A Esposa” (The Wife – 2018). Tal favoritismo deve-se ao fato de Close ter vencido os maiores termômetros desta categoria: o Globo de Ouro de melhor atriz em filme de drama e Actor no SAG Awards, […]
POR Ana Carolina Garcia20/02/2019|13 min de leitura
Comemorando 45 anos de carreira, Glenn Close surge como favorita ao Oscar de melhor atriz por sua atuação em “A Esposa” (The Wife – 2018). Tal favoritismo deve-se ao fato de Close ter vencido os maiores termômetros desta categoria: o Globo de Ouro de melhor atriz em filme de drama e Actor no SAG Awards, concedidos pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA) e pelo Sindicato dos Atores (Screen Actors Guild – SAG), respectivamente.
Neste ponto, é imprescindível ressaltar que o Globo de Ouro não influencia diretamente a votação do Oscar, somente a campanha dos indicados porque seus membros não integram a AMPAS. Ao contrário do SAG, pois muitos de seus integrantes fazem parte da Academia e têm direito a voto.
As cinco indicadas ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) são: Glenn Close por “A Esposa”, Lady Gaga por “Nasce Uma Estrela” (A Star is Born – 2018), Melissa McCarthy por “Poderia me Perdoar?” (Can You Ever Forgive Me? – 2018), Yalitzia Aparicio por “Roma” (Idem – 2018) e Olivia Colman por “A Favorita” (The Favourite – 2018).
Interpretando uma esposa abnegada que chega ao limite no momento mais importante da carreira do marido, homenageado com o Prêmio Nobel de Literatura, Glenn Close realiza um trabalho rico que lhe rendeu 11 prêmios individuais até o momento. Surgindo na tela como uma gigante, a atriz explora as diversas camadas da personagem, exprimindo sua dor em gestos delicados e no olhar até a catarse proporcionada pelo Nobel no longa dirigido por Björn Runge.
Glenn Close tem como principais adversárias na corrida pela estatueta dourada Lady Gaga e Olivia Colman. Estreando como protagonista de longas-metragens em “Nasce Uma Estrela”, de Bradley Cooper, Lady Gaga esmiúça as características da personagem, que sonha em se tornar cantora e se apaixona por um astro da música, interpretado por Cooper, que lhe ajuda. A atriz trabalha com propriedade as dores e alegrias de Ally, tendo seu poder vocal como aliado. É uma composição de personagem consistente que já lhe rendeu oito prêmios individuais.
Sob a direção de Yorgos Lanthimos, Olivia Colman vive a Rainha Anne, da Inglaterra, de maneira a desconstruir a imagem intocável da realeza, esmiuçando suas fraquezas, medos e traumas. É uma atuação forte que mostra a influência das damas de companhia, e amantes, sobre a soberana alienada, abordando relações de poder e dependência emocional. Por “A Favorita”, a atriz já recebeu 33 prêmios individuais.
Tentando sair da zona de conforto proporcionada pelas comédias de apelo popular em “Você Poderia me Perdoar?”, Melissa McCarthy não convence no tom mais dramático exigido por este longa baseado na história real de Lee Israel, escritora que falsificou cartas de personalidades famosas para sobreviver após a queda das vendas de seus livros. Dirigida por Marielle Heller, McCarthy realiza um trabalho esforçado, mas que vez ou outra derrapa para a caricatura, pois a comédia está entranhada no seu modo de atuação. Pelo papel de Israel, a atriz recebeu oito prêmios individuais até o momento.
Com sete prêmios individuais recebidos até agora por sua atuação em “Roma”, Yalitzia Aparicio é quem tem desempenho mais fraco, provavelmente pela inexperiência na profissão. No longa de Alfonso Cuarón, Aparicio vive uma doméstica que faz tudo pelos patrões, vista por eles como peça importante da família, mas também invisível. O drama de Cleo começa de fato com a descoberta da gravidez e o posterior abandono do namorado. Contudo, a atriz não consegue explorar todas as emoções da personagem com desenvoltura, oferecendo um trabalho que nunca sai da superfície, inspirado nas memórias de infância de Cuarón, que fez o filme em homenagem à sua babá.
Considerando os resultados do Globo de Ouro e do SAG Awards, principalmente o do segundo, pode-se dizer que Glenn Close é quem mais tem chances de sair do Dolby Theater com a estatueta do Oscar nas mãos. A veterana tem em seu encalço Lady Gaga e Olivia Colman, com Melissa McCarthy e Yalitzia Aparicio correndo por fora. No entanto, Aparicio ganha força por protagonizar um filme mexicano sobre minorias num momento político conturbado.
A 91ª cerimônia de entrega do Oscar será realizada no próximo domingo, dia 24, no Dolby Theatre, em Los Angeles. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela Rede Globo (após o “Big Brother Brasil”).
Confira um pequeno perfil das indicadas:
–Glenn Close:
Nascida em 19 de março de 1947, em Greenwich, Connecticut (EUA), passou a infância e a adolescência entre os Estados Unidos, a Suíça e o Zaire, onde seu pai trabalhou por 16 anos. Formada em Artes Cênicas e Antropologia pela College of William and Mary, Close começou a carreira no teatro, estreando na Broadway em 1974 em “Love For Love”, de William Congreve. No ano seguinte, participou do seriado “Great Performances” (Idem – desde 1971), estreando no cinema em “O Mundo Segundo Garp” (The World According to Garp – 1982), de George Roy Hill, recebendo críticas positivas e alguns prêmios. Nos anos seguintes, assumiu papeis em filmes de sucesso, como “O Reencontro” (The Big Chill – 1983), “Um Homem Fora de Série” (The Natural – 1984) e “Atração Fatal” (Fatal Attraction – 1987), que a transformou definitivamente em estrela do primeiro time de Hollywood. Completando 45 anos de carreira, Close tem uma vasta filmografia que inclui, ainda, “Ligações Perigosas” (Dangerous Liaisons – 1988), “Hamlet” (Idem – 1990), “101 Dálmatas” (101 Dalmatians – 1998) e “Guardiões da Galáxia” (Guardians of the Galaxy – 2014). Filha de William Close, que foi médico do ditador Mobutu Sese Seko e um dos responsáveis pela contenção da epidemia de Ebola no Zaire em 1976 e pesquisador do vírus HIV, Close fundou e atualmente preside a BringChange2Mind, organização que luta contra a discriminação de pacientes diagnosticados com algum tipo de doença mental. Esta é a sua sétima indicação ao Oscar, sendo a quarta na categoria de melhor atriz – as outras foram por “Atração Fatal”, “Ligações Perigosas” e “Albert Nobbs” (Idem – 2011). As outras três indicações ao prêmio de melhor atriz coadjuvante foram por “O Mundo Segundo Garp”, “O Reencontro” e “Um Homem Fora de Série”.
* Entre os 11 prêmios individuais recebidos por sua performance em “A Esposa”, estão: os já citados Globo de Ouro e SAG Awards; o Critics Choice Award, da Broadcast Film Critics Association Awards – empatada com Lady Gaga por “Nasce Uma Estrela”; o Capri Actress Award, do Capri, Hollywood; o Hollywood Film Award, do Hollywood Film Awards; o Icon Award, do Palm Springs International Film Festival; e o SDFCS Award, da San Diego Film Critics Society Awards.
– Lady Gaga:
Nascida em 28 de março de 1986, em Nova York, Nova York (EUA), Lady Gaga, Stefani Joanne Angelina Germanotta, seu nome de batismo, se interessou pelo mundo do entretenimento ainda na adolescência. Abandonou a universidade em prol do sonho de se tornar cantora, mas demorou até que despontasse como ícone pop, sendo chamada por muitos como a “nova Madonna” por causa de sua ousadia. Seu primeiro trabalho como atriz foi em 2001, numa pequena participação no seriado “Família Soprano” (The Sopranos – 1999 – 2007), estreando no cinema no papel não creditado de uma alienígena em “MIB³ – Homens de Preto 3” (Men in Black 3 – 2012), ganhando mais espaço em “Machete Mata” (Machete Kill – 2013), de Robert Rodriguez. Trabalhou em “Muppets 2: Procurados e Amados” (Muppets Most Wanted – 2014) e “Sin City: A Dama Fatal” (Sin City: A Dame to Kill For – 2014) até estrear como protagonista em “Nasce Uma Estrela” graças à insistência do diretor e colega de cena Bradley Cooper, que teve de “bancar” o nome de Gaga junto ao estúdio, que não a queria no papel principal. Este ano, Lady Gaga concorre às categorias de melhor atriz e canção original (“Shallow”), ambos por “Nasce Uma Estrela”, tornando-se a primeira mulher a disputar os dois prêmios numa mesma edição – no ano passado, Mary J. Blige conseguiu a mesma façanha, mas na categoria de atriz coadjuvante e pela canção “Mighty River”, ambos por “Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississippi” (Mudbound – 2017). Esta é a segunda edição em que é indicada ao Golden Boy. Em 2016, Lady Gaga foi indicada ao Oscar de canção original, ao lado de Diane Warren, por “Til It Happens to You”, de “The Hunting Ground” (Idem – 2015).
* Entre os oito prêmios individuais recebidos por sua performance em “Nasce Uma Estrela”, estão: o AFCC Special Award , do Atlanta Film Critics Circle; o Critics Choice Award, da Broadcast Film Critics Association Awards – empatada com Glenn Close por “A Esposa”; o DFCC, do Dublin Film Critics Circle Awards; o Sierra Award, da Las Vegas Film Critics Society Awards; o NBR Award, do National Board of Review, USA; e o PFCS Award, da Phoenix Film Critics Society Awards.
– Melissa McCarthy:
Nascida em 26 de agosto de 1970, em Plainfield, Illinois (EUA), Melissa McCarthy começou a carreira fazendo stand-up comedy em Nova York, estreando na televisão numa participação no “The Jenny McCarthy Show” (Idem – 1997), estrelado por sua prima, Jenny McCarthy. Dois anos depois, assinou contrato para o seu primeiro longa-metragem, “Vamos Nessa” (Go – 1999), de Doug Liman. Nos anos seguintes, conciliou televisão e cinema, mas foi no primeiro que ganhou reconhecimento do público com seriados como “Gilmore Girls” (Idem – 2000 – 2007), “Samantha Who?” (Idem – 2007 – 2009) e “Mike & Molly” (Idem – desde 2010), que lhe rendeu o Emmy de melhor atriz em série de comédia. No cinema, participou de filmes como “As Panteras” (Charlie’s Angels – 2000), “A Vida de David Gale” (The Life of David Gale – 2003), “Missão Madrinha de Casamento” (Bridesmaids – 2011), “A Espiã Que Sabia de Menos” (Spy – 2015) e “Caça-Fantasmas” (Ghostbusters – 2016). Esta é a sua segunda indicação ao Oscar. A primeira foi na categoria de melhor atriz coadjuvante por “Missão Madrinha de Casamento”.
* Entre os oito prêmios individuais recebidos por sua performance em “Poderia me Perdoar?”, estão: o BSFC Award, da Boston Society of Film Critics Awards; o FFCC Award, do Florida Film Critics Circle Awards; o NYFCO Award, do New York Film Critics, Online; o Spotlight Award, do Palm Springs International Film Festival; e o PCC Award, do Phoenix Critics Circle.
– Yalitza Aparicio:
Nascida em 11 de dezembro de 1993, em Tlaxiaco, Oaxaca (México), Yalitzia Aparicio é formada em Educação Infantil e trabalhava como professora numa área pobre quando surgiu o convite para protagonizar “Roma”. Filha de indígenas, a professora e agora atriz vivia numa cidade sem saneamento básico e trabalhava com artesanato nas horas vagas para ajudar a família, sobretudo fabricando brinquedos. O convite para estrelar o longa de Alfonso Cuarón assustou Aparicio num primeiro momento, pois ela e uma de suas irmãs acreditaram se tratar de um golpe para tráfico de mulheres, segundo publicado no jornal El Universal. Esta é a sua primeira indicação ao Oscar.
* Entre os sete prêmios individuais recebidos por sua performance em “Roma”, estão: o New Hollywood Award, do Hollywood Film Awards; o LEJA Award e o Breakout Award, da Latino Entertainment Journalists Association Awards; e o OFCC Award, do Oklahoma Film Critics Circle Awards.
– Olivia Colman:
Nascida em 30 de janeiro de 1974, em Norwich, Norfolk (Inglaterra), Olivia Colman é formada em Artes Cênicas pela Bristol Old Vic Theatre School, mas se interessou pela arte quando estudava Educação na Universidade de Cambridge, onde integrou o grupo teatral Footlights. Estreou na televisão em “Bruiser” (Idem – 2000), ganhando notoriedade anos mais tarde com “Peep Show” (Idem – 2003 – 2015). No período em que consolidava sua carreira televisiva, Colman decidiu se aventurar no cinema, estreando em “Zemanovaload” (Idem – 2005), de Jayson Rothwell. Trabalhou em filmes como “Chumbo Grosso” (Hot Fuzz – 2007), “Tiranossauro” (Tyrannosaur – 2001) e “O Lagosta” (The Lobster – 2015), seu primeiro trabalho com o cineasta grego Yorgos Lanthimos. Esta é a sua primeira indicação ao Oscar.
* Entre os 33 prêmios individuais recebidos por sua performance em “A Favorita”, estão: o já citado Globo de Ouro de atriz em filme – comédia / musical; o BAFTA Awards, da British Academy of Film and Television Arts (BAFTA); o AACTA International Award, do AACTA International Awards; o British Independent Film Award, do British Independent Film Awards; o Critics Choice Award de atriz em filme de comédia; o ALFS Award, do London Critics Circle Film Awards; o LAFCA Award, da Los Angeles Film Critics Association Awards; o NSFC Award, da National Society of Film Critics Awards, USA; e o Volpi Cup, do Festival de Veneza.
Comemorando 45 anos de carreira, Glenn Close surge como favorita ao Oscar de melhor atriz por sua atuação em “A Esposa” (The Wife – 2018). Tal favoritismo deve-se ao fato de Close ter vencido os maiores termômetros desta categoria: o Globo de Ouro de melhor atriz em filme de drama e Actor no SAG Awards, concedidos pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA) e pelo Sindicato dos Atores (Screen Actors Guild – SAG), respectivamente.
Neste ponto, é imprescindível ressaltar que o Globo de Ouro não influencia diretamente a votação do Oscar, somente a campanha dos indicados porque seus membros não integram a AMPAS. Ao contrário do SAG, pois muitos de seus integrantes fazem parte da Academia e têm direito a voto.
As cinco indicadas ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) são: Glenn Close por “A Esposa”, Lady Gaga por “Nasce Uma Estrela” (A Star is Born – 2018), Melissa McCarthy por “Poderia me Perdoar?” (Can You Ever Forgive Me? – 2018), Yalitzia Aparicio por “Roma” (Idem – 2018) e Olivia Colman por “A Favorita” (The Favourite – 2018).
Interpretando uma esposa abnegada que chega ao limite no momento mais importante da carreira do marido, homenageado com o Prêmio Nobel de Literatura, Glenn Close realiza um trabalho rico que lhe rendeu 11 prêmios individuais até o momento. Surgindo na tela como uma gigante, a atriz explora as diversas camadas da personagem, exprimindo sua dor em gestos delicados e no olhar até a catarse proporcionada pelo Nobel no longa dirigido por Björn Runge.
Glenn Close tem como principais adversárias na corrida pela estatueta dourada Lady Gaga e Olivia Colman. Estreando como protagonista de longas-metragens em “Nasce Uma Estrela”, de Bradley Cooper, Lady Gaga esmiúça as características da personagem, que sonha em se tornar cantora e se apaixona por um astro da música, interpretado por Cooper, que lhe ajuda. A atriz trabalha com propriedade as dores e alegrias de Ally, tendo seu poder vocal como aliado. É uma composição de personagem consistente que já lhe rendeu oito prêmios individuais.
Sob a direção de Yorgos Lanthimos, Olivia Colman vive a Rainha Anne, da Inglaterra, de maneira a desconstruir a imagem intocável da realeza, esmiuçando suas fraquezas, medos e traumas. É uma atuação forte que mostra a influência das damas de companhia, e amantes, sobre a soberana alienada, abordando relações de poder e dependência emocional. Por “A Favorita”, a atriz já recebeu 33 prêmios individuais.
Tentando sair da zona de conforto proporcionada pelas comédias de apelo popular em “Você Poderia me Perdoar?”, Melissa McCarthy não convence no tom mais dramático exigido por este longa baseado na história real de Lee Israel, escritora que falsificou cartas de personalidades famosas para sobreviver após a queda das vendas de seus livros. Dirigida por Marielle Heller, McCarthy realiza um trabalho esforçado, mas que vez ou outra derrapa para a caricatura, pois a comédia está entranhada no seu modo de atuação. Pelo papel de Israel, a atriz recebeu oito prêmios individuais até o momento.
Com sete prêmios individuais recebidos até agora por sua atuação em “Roma”, Yalitzia Aparicio é quem tem desempenho mais fraco, provavelmente pela inexperiência na profissão. No longa de Alfonso Cuarón, Aparicio vive uma doméstica que faz tudo pelos patrões, vista por eles como peça importante da família, mas também invisível. O drama de Cleo começa de fato com a descoberta da gravidez e o posterior abandono do namorado. Contudo, a atriz não consegue explorar todas as emoções da personagem com desenvoltura, oferecendo um trabalho que nunca sai da superfície, inspirado nas memórias de infância de Cuarón, que fez o filme em homenagem à sua babá.
Considerando os resultados do Globo de Ouro e do SAG Awards, principalmente o do segundo, pode-se dizer que Glenn Close é quem mais tem chances de sair do Dolby Theater com a estatueta do Oscar nas mãos. A veterana tem em seu encalço Lady Gaga e Olivia Colman, com Melissa McCarthy e Yalitzia Aparicio correndo por fora. No entanto, Aparicio ganha força por protagonizar um filme mexicano sobre minorias num momento político conturbado.
A 91ª cerimônia de entrega do Oscar será realizada no próximo domingo, dia 24, no Dolby Theatre, em Los Angeles. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela Rede Globo (após o “Big Brother Brasil”).
Confira um pequeno perfil das indicadas:
–Glenn Close:
Nascida em 19 de março de 1947, em Greenwich, Connecticut (EUA), passou a infância e a adolescência entre os Estados Unidos, a Suíça e o Zaire, onde seu pai trabalhou por 16 anos. Formada em Artes Cênicas e Antropologia pela College of William and Mary, Close começou a carreira no teatro, estreando na Broadway em 1974 em “Love For Love”, de William Congreve. No ano seguinte, participou do seriado “Great Performances” (Idem – desde 1971), estreando no cinema em “O Mundo Segundo Garp” (The World According to Garp – 1982), de George Roy Hill, recebendo críticas positivas e alguns prêmios. Nos anos seguintes, assumiu papeis em filmes de sucesso, como “O Reencontro” (The Big Chill – 1983), “Um Homem Fora de Série” (The Natural – 1984) e “Atração Fatal” (Fatal Attraction – 1987), que a transformou definitivamente em estrela do primeiro time de Hollywood. Completando 45 anos de carreira, Close tem uma vasta filmografia que inclui, ainda, “Ligações Perigosas” (Dangerous Liaisons – 1988), “Hamlet” (Idem – 1990), “101 Dálmatas” (101 Dalmatians – 1998) e “Guardiões da Galáxia” (Guardians of the Galaxy – 2014). Filha de William Close, que foi médico do ditador Mobutu Sese Seko e um dos responsáveis pela contenção da epidemia de Ebola no Zaire em 1976 e pesquisador do vírus HIV, Close fundou e atualmente preside a BringChange2Mind, organização que luta contra a discriminação de pacientes diagnosticados com algum tipo de doença mental. Esta é a sua sétima indicação ao Oscar, sendo a quarta na categoria de melhor atriz – as outras foram por “Atração Fatal”, “Ligações Perigosas” e “Albert Nobbs” (Idem – 2011). As outras três indicações ao prêmio de melhor atriz coadjuvante foram por “O Mundo Segundo Garp”, “O Reencontro” e “Um Homem Fora de Série”.
* Entre os 11 prêmios individuais recebidos por sua performance em “A Esposa”, estão: os já citados Globo de Ouro e SAG Awards; o Critics Choice Award, da Broadcast Film Critics Association Awards – empatada com Lady Gaga por “Nasce Uma Estrela”; o Capri Actress Award, do Capri, Hollywood; o Hollywood Film Award, do Hollywood Film Awards; o Icon Award, do Palm Springs International Film Festival; e o SDFCS Award, da San Diego Film Critics Society Awards.
– Lady Gaga:
Nascida em 28 de março de 1986, em Nova York, Nova York (EUA), Lady Gaga, Stefani Joanne Angelina Germanotta, seu nome de batismo, se interessou pelo mundo do entretenimento ainda na adolescência. Abandonou a universidade em prol do sonho de se tornar cantora, mas demorou até que despontasse como ícone pop, sendo chamada por muitos como a “nova Madonna” por causa de sua ousadia. Seu primeiro trabalho como atriz foi em 2001, numa pequena participação no seriado “Família Soprano” (The Sopranos – 1999 – 2007), estreando no cinema no papel não creditado de uma alienígena em “MIB³ – Homens de Preto 3” (Men in Black 3 – 2012), ganhando mais espaço em “Machete Mata” (Machete Kill – 2013), de Robert Rodriguez. Trabalhou em “Muppets 2: Procurados e Amados” (Muppets Most Wanted – 2014) e “Sin City: A Dama Fatal” (Sin City: A Dame to Kill For – 2014) até estrear como protagonista em “Nasce Uma Estrela” graças à insistência do diretor e colega de cena Bradley Cooper, que teve de “bancar” o nome de Gaga junto ao estúdio, que não a queria no papel principal. Este ano, Lady Gaga concorre às categorias de melhor atriz e canção original (“Shallow”), ambos por “Nasce Uma Estrela”, tornando-se a primeira mulher a disputar os dois prêmios numa mesma edição – no ano passado, Mary J. Blige conseguiu a mesma façanha, mas na categoria de atriz coadjuvante e pela canção “Mighty River”, ambos por “Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississippi” (Mudbound – 2017). Esta é a segunda edição em que é indicada ao Golden Boy. Em 2016, Lady Gaga foi indicada ao Oscar de canção original, ao lado de Diane Warren, por “Til It Happens to You”, de “The Hunting Ground” (Idem – 2015).
* Entre os oito prêmios individuais recebidos por sua performance em “Nasce Uma Estrela”, estão: o AFCC Special Award , do Atlanta Film Critics Circle; o Critics Choice Award, da Broadcast Film Critics Association Awards – empatada com Glenn Close por “A Esposa”; o DFCC, do Dublin Film Critics Circle Awards; o Sierra Award, da Las Vegas Film Critics Society Awards; o NBR Award, do National Board of Review, USA; e o PFCS Award, da Phoenix Film Critics Society Awards.
– Melissa McCarthy:
Nascida em 26 de agosto de 1970, em Plainfield, Illinois (EUA), Melissa McCarthy começou a carreira fazendo stand-up comedy em Nova York, estreando na televisão numa participação no “The Jenny McCarthy Show” (Idem – 1997), estrelado por sua prima, Jenny McCarthy. Dois anos depois, assinou contrato para o seu primeiro longa-metragem, “Vamos Nessa” (Go – 1999), de Doug Liman. Nos anos seguintes, conciliou televisão e cinema, mas foi no primeiro que ganhou reconhecimento do público com seriados como “Gilmore Girls” (Idem – 2000 – 2007), “Samantha Who?” (Idem – 2007 – 2009) e “Mike & Molly” (Idem – desde 2010), que lhe rendeu o Emmy de melhor atriz em série de comédia. No cinema, participou de filmes como “As Panteras” (Charlie’s Angels – 2000), “A Vida de David Gale” (The Life of David Gale – 2003), “Missão Madrinha de Casamento” (Bridesmaids – 2011), “A Espiã Que Sabia de Menos” (Spy – 2015) e “Caça-Fantasmas” (Ghostbusters – 2016). Esta é a sua segunda indicação ao Oscar. A primeira foi na categoria de melhor atriz coadjuvante por “Missão Madrinha de Casamento”.
* Entre os oito prêmios individuais recebidos por sua performance em “Poderia me Perdoar?”, estão: o BSFC Award, da Boston Society of Film Critics Awards; o FFCC Award, do Florida Film Critics Circle Awards; o NYFCO Award, do New York Film Critics, Online; o Spotlight Award, do Palm Springs International Film Festival; e o PCC Award, do Phoenix Critics Circle.
– Yalitza Aparicio:
Nascida em 11 de dezembro de 1993, em Tlaxiaco, Oaxaca (México), Yalitzia Aparicio é formada em Educação Infantil e trabalhava como professora numa área pobre quando surgiu o convite para protagonizar “Roma”. Filha de indígenas, a professora e agora atriz vivia numa cidade sem saneamento básico e trabalhava com artesanato nas horas vagas para ajudar a família, sobretudo fabricando brinquedos. O convite para estrelar o longa de Alfonso Cuarón assustou Aparicio num primeiro momento, pois ela e uma de suas irmãs acreditaram se tratar de um golpe para tráfico de mulheres, segundo publicado no jornal El Universal. Esta é a sua primeira indicação ao Oscar.
* Entre os sete prêmios individuais recebidos por sua performance em “Roma”, estão: o New Hollywood Award, do Hollywood Film Awards; o LEJA Award e o Breakout Award, da Latino Entertainment Journalists Association Awards; e o OFCC Award, do Oklahoma Film Critics Circle Awards.
– Olivia Colman:
Nascida em 30 de janeiro de 1974, em Norwich, Norfolk (Inglaterra), Olivia Colman é formada em Artes Cênicas pela Bristol Old Vic Theatre School, mas se interessou pela arte quando estudava Educação na Universidade de Cambridge, onde integrou o grupo teatral Footlights. Estreou na televisão em “Bruiser” (Idem – 2000), ganhando notoriedade anos mais tarde com “Peep Show” (Idem – 2003 – 2015). No período em que consolidava sua carreira televisiva, Colman decidiu se aventurar no cinema, estreando em “Zemanovaload” (Idem – 2005), de Jayson Rothwell. Trabalhou em filmes como “Chumbo Grosso” (Hot Fuzz – 2007), “Tiranossauro” (Tyrannosaur – 2001) e “O Lagosta” (The Lobster – 2015), seu primeiro trabalho com o cineasta grego Yorgos Lanthimos. Esta é a sua primeira indicação ao Oscar.
* Entre os 33 prêmios individuais recebidos por sua performance em “A Favorita”, estão: o já citado Globo de Ouro de atriz em filme – comédia / musical; o BAFTA Awards, da British Academy of Film and Television Arts (BAFTA); o AACTA International Award, do AACTA International Awards; o British Independent Film Award, do British Independent Film Awards; o Critics Choice Award de atriz em filme de comédia; o ALFS Award, do London Critics Circle Film Awards; o LAFCA Award, da Los Angeles Film Critics Association Awards; o NSFC Award, da National Society of Film Critics Awards, USA; e o Volpi Cup, do Festival de Veneza.