Especial Oscar 2022: categoria de melhor ator

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Quando a temporada de premiações americana teve início, dois nomes despontavam como favoritos ao Oscar de melhor ator, Andrew Garfield e Benedict Cumberbatch, respectivamente por “Tick, Tick… BOOM!” (tick, tick…BOOM! – 2021, EUA) e “Ataque dos Cães” (The Power of the Dog – 2021, Reino Unido / Canadá / Austrália / Nova Zelândia / EUA), […]

POR Ana Carolina Garcia24/03/2022|19 min de leitura

Especial Oscar 2022: categoria de melhor ator

A 94a cerimônia do Oscar está agendada para 27 de março de 2022 (Foto: Divulgação – Crédito: Richard Harbaugh / ©A.M.P.A.S.).

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O Oscar 2022 será realizado no Dolby Theatre, em Los Angeles, no formato presencial (Foto: Divulgação / Crédito: AMPAS).

Quando a temporada de premiações americana teve início, dois nomes despontavam como favoritos ao Oscar de melhor ator, Andrew Garfield e Benedict Cumberbatch, respectivamente por “Tick, Tick… BOOM!” (tick, tick…BOOM! – 2021, EUA) e “Ataque dos Cães” (The Power of the Dog – 2021, Reino Unido / Canadá / Austrália / Nova Zelândia / EUA), ambas produções originais Netflix. Mas a cerimônia do SAG Awards embolou toda a disputa por colocar Will Smith numa posição confortável por seu desempenho em “King Richard: Criando Campeãs” (King Richard – 2021, EUA), uma vez que é um dos principais termômetros das categorias destinadas a atores, principais e coadjuvantes.

 

Os cinco indicados ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) são: Andrew Garfield por “Tick, Tick… BOOM!”, Denzel Washington por “A Tragédia de Macbeth” (The Tragedy of Macbeth – 2021, EUA), Will Smith por “King Richard: Criando Campeãs”, Benedict Cumberbatch por “Ataque dos Cães” e Javier Bardem por “Apresentando os Ricardos” (Being the Ricardos – 2021, EUA). Dos cinco indicados, apenas Smith concorre por um título produzido por estúdio tradicional para a exibição teatral.

 

Concedido pelo Sindicato dos Atores (Screen Actors Guild – SAG), o Actor, como é chamada a estatueta do SAG Awards, é um termômetro importante, pois parte dos membros do SAG também integra a Academia e tem direito a voto, exercendo influência direta no resultado do Oscar, ao contrário do Globo de Ouro, também vencido por Will Smith na categoria de melhor ator em filme de drama – historicamente, esta categoria sempre serviu de base para predições sobre o vencedor do Oscar de melhor ator. Entregue pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA), que amarga uma crise sem precedentes devido à sucessão de escândalos que abalaram suas estruturas, colocando em xeque sua credibilidade, o Globo de Ouro sempre foi chamado de segunda maior festa da comunidade hollywoodiana, mas seu peso fica restrito à campanha rumo ao palco do Dolby Theatre, pois os jornalistas não são membros da AMPAS.

 

Will Smith em cena de “King Richard: Criando Campeãs” (Foto: Divulgação).

 

Interpretando Richard, pai das tenistas Venus e Serena Williams, Will Smith realiza um trabalho potente ao explorar a perseverança, obstinação, teimosia e excesso de proteção de um homem que depositou seus sonhos nas filhas, por vezes, escondendo da própria família seus medos e dores, parte deles originada no preconceito racial. Com 14 prêmios individuais conquistados até a presente data por “King Richard: Criando Campeãs”, de Reinaldo Marcus Green, Smith tem como principal adversário Benedict Cumberbatch.

 

Benedict Cumberbatch em cena de “Ataque dos Cães” (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

 

Com 30 prêmios individuais, até o momento, por seu desempenho em “Ataque dos Cães”, de Jane Campion, Cumberbatch explora com propriedade as diferentes camadas de um dos personagens mais desafiadores de sua carreira, especialmente os conflitos internos de um homem que nega sua própria natureza, afetando sua vida e a de todos ao seu redor, o que o coloca no centro de uma trama um tanto macabra, baseada no livro homônimo de Thomas Savage.

 

Andrew Garfield em cena de “Tick, Tick… BOOM!” (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

 

Inspirado no musical homônimo e autobiográfico de Jonathan Larson, “Tick, Tick… BOOM!” conta com uma das mais profundas atuações de Andrew Garfield, que esmiúça as emoções e variações de humor de Larson em meio à busca pelo sonho e a dor de perdas irreparáveis. Sob a direção de Lin-Manuel Miranda, o ator realiza um trabalho de composição que tem a paixão pela arte como força motriz e lhe rendeu 15 prêmios individuais até a presente data.

 

Também interpretando um personagem real, Desi Arnaz, o espanhol Javier Bardem é um dos pilares de “Apresentando os Ricardos”, de Aaron Sorkin. Isto se deve à entrega do ator, que mergulha no universo de um dos principais casais da televisão americana, Arnaz e Lucille Ball, num período conturbado no qual a dedicação e o amor da esposa não eram suficientes para garantir sua fidelidade no casamento, algo que não lhe faltou enquanto parceiro profissional. É um desempenho muito interessante de Bardem, que ainda não recebeu nenhum prêmio individual por este longa-metragem.

 

Com apenas um prêmio individual conquistado por “A Tragédia de Macbeth”, Denzel Washington chama a atenção por mais uma performance poderosa, calcada no refinamento, numa construção de personagem impecável neste que é o primeiro filme dirigido por Joel Coen sem o seu irmão, Ethan.

 

Considerando os resultados do Globo de Ouro de melhor ator em filme de drama e, principalmente, do SAG Awards, pode-se dizer que Will Smith é quem tem mais chances de vencer o Golden Boy, seguido de perto por Benedict Cumberbatch e Andrew Garfield, enquanto Javier Bardem e Denzel Washington são os que se encontram em situação menos confortável na disputa.

 

A 94ª cerimônia de entrega do Oscar será realizada em formato presencial no próximo domingo, dia 27, no Dolby Theatre, em Los Angeles, com apresentação de Amy Schumer, Regina Hall e Wanda Sykes. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela Globoplay.

 

Confira um pequeno perfil dos indicados:

Andrew Garfield:

Andrew Garfield em “Tick, Tick… BOOM!” (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

Nascido em 20 de agosto de 1983 em Los Angeles, Califórnia (EUA), Andrew Garfield começou a carreira artística ainda no colégio, onde participou de montagens teatrais. A estreia no cinema foi em 2005 com o curta “Mumbo Jumbo” (Mumbo Jumbo – 2005, Reino Unido), de Bevan Walsh, e, no mesmo ano, participou da série de TV “Sugar Rush” (Sugar Rush – 2005, Reino Unido).

 

Assumiu o posto de protagonista logo em seu primeiro longa-metragem, “Rapaz A” (Boy A – 2007, Reino Unido), de John Crowley, e, em seguida, dividiu a cena com três gigantes de Hollywood em “Leões e Cordeiros” (Lions for Lambs – 2007, EUA): Tom Cruise, Meryl Streep e Robert Redford, que também dirigiu o filme. No entanto, ganhou notoriedade de fato sob a direção de David Fincher, no sucesso “A Rede Social” (The Social Network – 2010, EUA), interpretando o brasileiro Eduardo Saverin, um dos fundadores do Facebook. Mas foi sob o uniforme do Homem-Aranha que Garfield conquistou as massas em “O Espetacular Homem-Aranha” (The Amazing Spider-Man – 2012, EUA), de Marc Webb, personagem que voltou a interpretar em “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro” (The Amazing Spider-Man 2 – 2014, EUA), também de Webb, e “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” (Spider-Man: No Way Home – 2021, EUA), de Jon Watts, primeiro longa-metragem lançado no cenário pandêmico a ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão em bilheterias mundiais, tornando-se a maior bilheteria de 2021 – até o momento, o longa totaliza US$ 1,885 bilhão, segundo o Box Office Mojo.

 

Visivelmente amadurecido como profissional, Andrew Garfield vive a melhor fase de sua carreira no cinema, trabalhando em produções como “Até o Último Homem” (Hacksaw Ridge – 2016, Austrália / EUA), de Mel Gibson, “Silêncio” (Silence – 2016, EUA / Reino Unido / Taiwan / Japão / México / Itália), de Martin Scorsese, “Uma Razão Para Viver” (Breathe – 2017, Reino Unido), de Andy Serkis, “O Mistério de Silver Lake” (Under the Silver Lake – 2018, EUA), de David Robert Mitchell, e “Os Olhos de Tammy Faye” (The Eyes of Tammy Faye – 2021, EUA), de Michael Showalter – este último rendeu à sua colega de elenco, Jessica Chastain, uma indicação ao Oscar de melhor atriz este ano.

 

Esta é a sua segunda indicação ao Oscar. A primeira foi por “Até o Último Homem”, também na categoria de melhor ator.

 

* Entre os 15 prêmios individuais recebidos por sua performance em “Tick, Tick… BOOM!”, estão: o já citado Globo de Ouro de melhor ator em filme de comédia / musical; o Master of Comedy Award, do Capri, Hollywood; o CIC Award, do Chicago Indie Critics Awards (CIC); o Jury Award, do DiscussingFilm Critics Awards; o HCA Award, da Hollywood Critics Association; e o Desert Palm Achievement Award, do Palm Springs International Film Festival.

 

Denzel Washington:

Denzel Washington em “A Tragédia de Macbeth” (Foto: Divulgação).

Nascido em 28 de dezembro de 1954 em Mount Vernon, Nova York (EUA), Denzel Hayes Washington Jr. se interessou pela carreira artística enquanto estudava jornalismo na Fordham University. Após a formatura, atravessou o país e fixou residência em São Francisco (Califórnia), onde se matriculou no American Conservatory Theater, estreando nos palcos no ano seguinte. Seu primeiro trabalho na TV foi o telefilme “Wilma” (Wilma – 1977, EUA), de Bud Greenspan, mas somente quatro anos depois conseguiu seu primeiro papel no cinema, na comédia “A Cara do Pai” (Carbon Copy – 1981, EUA / Reino Unido), de Michael Schultz.

 

Conciliou TV, teatro e cinema até atingir o estrelato com “Um Grito de Liberdade” (Cry Freedom – 1987, Reino Unido), de Richard Attenborough, e “Tempo de Glória” (Glory – 1989, EUA), de Edward Zwick. Desde então, seu nome virou sinônimo de competência, sobretudo porque o ator sempre apostou em trabalhos diferenciados que lhe oferecessem certo desafio, inclusive nas funções de diretor e produtor, conquistando ainda mais o respeito da indústria cinematográfica, do público e da crítica especializada.

 

Um dos nomes mais importantes da cinematografia mundial, Denzel Washington tem em seu currículo atuações em filmes como: “Malcolm X” (Malcolm X – 1992, EUA / Japão), de Spike Lee, “O Dossiê Pelicano” (The Pelican Brief – 1993, EUA), de Alan J. Pakula, “Filadélfia” (Philadelphia – 1993, EUA), de Jonathan Demme, “Maré Vermelha” (Crimson Tide – 1995, EUA), de Tony Scott, “Hurricane: O Furacão” (The Hurricane – 1999, EUA), de Norman Jewison, “Dia de Treinamento” (Training Day – 2002, EUA), de Antoine Fuqua, “O Grande Debate” (The Great Debaters – 2007, EUA), dirigido por ele próprio, e “O Livro de Eli” (The Book of Eli – 2010, EUA), de Albert e Allan Hughes.

 

Vencedor de duas estatuetas do Oscar nas categorias de melhor ator coadjuvante por “Tempo de Glória” e ator por “Dia de Treinamento”, Washington se tornou o segundo negro a receber o prêmio da categoria principal – o primeiro foi Sidney Poitier por “Uma Voz Nas Sombras” (Lilies of the Field – 1963). Esta é a sua 10a indicação ao prêmio da AMPAS. As outras sete foram: ator coadjuvante por “Um Grito de Liberdade”; ator por “Malcolm X”, “Hurricane: O Furacão”, “O Voo” (Flight – 2012, EUA / Emirados Árabes Unidos), “Um Limite Entre Nós” (Fences – 2016, EUA / Canadá) e “Roman J. Israel” (Roman J. Israel, Esq. – 2017, Canadá / Emirados Árabes Unidos / EUA); e filme por “Um Limite Entre Nós”.

 

* O ator recebeu apenas um prêmio individual por sua performance em “A Tragédia de Macbeth”: o TFCA Award, da Toronto Film Critics Association Awards.

 

Will Smith:

Will Smith em “King Richard: Criando Campeãs” (Foto: Divulgação).

Nascido em 25 de setembro de 1968 na Filadélfia, no estado americano da Pensilvânia, Willard Carroll Smith Jr. começou a carreira artística como rapper, no final dos anos 1980, utilizando o nome de The Fresh Prince, o mesmo que deu títulos à série televisiva que, anos mais tarde, o tornaria famoso, “Um Maluco no Pedaço” (The Fresh Prince of Bel-Air – 1990 – 1996, EUA). Sucesso de público, o seriado abriu as portas de Hollywood para o ator, que estreou no cinema no drama policial “A Lei de Cada Dia” (Where the Day Takes You – 1992, EUA), de Marc Rocco.

 

Atuou em “Feita por Encomenda” (Made in America – 1993, EUA / França), de Richard Benjamin, e “Seis Graus de Separação” (Six Degrees of Separation – 1993, EUA), de Fred Schepisi, mas se consagrou na tela grande somente em 1995, ao lado de Martin Lawrence, com “Os Bad Boys” (Bad Boys – 1995, EUA), de Michael Bay. Esta comédia policial possibilitou novos voos ao ator, que, nos dois anos seguintes, realizou dois de seus maiores sucessos comerciais: “Independence Day” (Independence Day – 1996, EUA) e “MIB: Homens de Preto” (Men in Black – 1997, EUA), respectivamente dirigidos por Roland Emmerich e Barry Sonnenfeld.

 

Consagrado como um dos principais nomes do gênero da comédia, Will Smith sentiu a necessidade de apostar em papéis mais sérios, trabalhando em filmes como “Inimigo do Estado” (Enemy of the State – 1998, EUA), de Tony Scott, “Lendas da Vida” (The Legend of Bagger Vance – 2000, EUA), de Robert Redford, “Ali” (Ali – 2001, EUA), de Michael Mann, “À Procura da Felicidade” (The Pursuit of Happyness – 2006, EUA), de Gabriele Muccino, “Sete Vidas” (Seven Pounds – 2008, EUA), também de Muccino, e “Um Homem Entre Gigantes” (Concussion – 2015, Reino Unido / Austrália / EUA), de Peter Landesman.

 

Estabelecido também como produtor, Smith conheceu seu maior fracasso de público e crítica em 2013, “Depois da Terra” (After Earth – 2013, EUA), dirigido por M. Night Shyamalan e estrelado por um de seus filhos, Jaden Smith, com quem já havia contracenado em “À Procura da Felicidade”. Smith também produziu outro título protagonizado por Jaden, “Karatê Kid” (The Karate Kid – 2010, EUA / China), de Harald Zwart, remake do clássico “Karatê Kid: A Hora da Verdade” (The Karate Kid – 1984, EUA), de John G. Avildsen, que originou a série “Cobra Kai” (Cobra Kai – desde 2018, EUA), inicialmente disponibilizada pelo YouTube e, desde a sua segunda temporada, no catálogo da Netflix com a assinatura de Smith pai na produção executiva.

 

Concorrendo ao Oscar de melhor filme e ator por “King Richard: Criando Campeãs”, Smith foi indicado outras duas vezes como ator principal por “Ali” e “À Procura da Felicidade”.

 

* Entre os 14 prêmios individuais recebidos por sua performance em “King Richard: Criando Campeãs”, estão: os já citados Globos de Ouro de melhor ator em filme de drama e o Actor (SAG Awards); o BAFTA Film Award, do BAFTA Awards; o Critics Choice Award, da Critics’ Choice Association (CCA); o AAFCA Award, da African-American Film Critics Association (AAFCA); o BFCC Award, do Black Film Critics Circle Awards; e o NBR Award, do National Board of Review, USA.

 

Benedict Cumberbatch:

Benedict Cumberbatch em “Ataque dos Cães” (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

Nascido em 19 de julho de 1976 em Hammersmith, Londres (Inglaterra), Benedict Timothy Carlton Cumberbatch é filho dos atores Timothy Carlton e Wanda Ventham. Aluno da Manchester University, Cumberbatch se formou no mestrado na London Academy of Music and Dramatic Art. Seu primeiro trabalho na TV foi no telefilme “Fields of Gold” (Idem – 2002, Reino Unido), de Bill Anderson, e seguiu trabalhando nesta mídia até estrear no cinema no drama “Morte ao Rei” (To Kill a King – 2003, Reino Unido / Alemanha), de Mike Barker.

 

Nos anos seguintes, o ator conciliou trabalhos no cinema, TV e teatro, começando a ganhar certa notoriedade com “Desejo e Reparação” (Atonement – 2007, Reino Unido / França / Alemanha), de Joe Wright. Aos poucos, Cumberbatch pavimentou o caminho rumo aos grandes nomes da indústria cinematográfica, mas caiu, de fato, nas graças do público ao ingressar no Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), interpretando Dr. Stephen Strange / Doutor Estranho, pela primeira vez, em “Doutor Estranho” (Doctor Strange – 2016, EUA), de Scott Derrickson. O personagem ganhou cada vez mais espaço e importância no UCM, inclusive no sucesso absoluto de público e crítica “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”, que tem um de seus oponentes na disputa do Oscar deste ano, Andrew Garfield, no elenco.

 

Condecorado Comendador da Ordem do Império Britânico pela Rainha Elizabeth II em 2015, Cumberbatch tem em sua filmografia títulos como “A Informante” (The Whistleblower – 2010, Canadá / Alemanha), de Larysa Kondracki, “O Espião Que Sabia Demais” (Tinker Tailor Soldier Spy – 2011, França / Alemanha / EUA), de Tomas Alfredson, “Além da Escuridão – Star Trek” (Star Trek Into Darkness – 2013, EUA), de J.J. Abrams, “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” (The Hobbit: An Unexpected Journey – 2014, Nova Zelândia / EUA), de Peter Jackson, “O Quinto Poder” (The Fifth Estate – 2013, EUA / Índia / Bélgica), de Bill Condon, “12 Anos de Escravidão” (12 Years a Slave – 2013, EUA / Reino Unido), de Steve McQueen, e “O Jogo da Imitação” (The Imitation Game – 2014, Reino Unido / EUA), de Morten Tyldum.

 

Esta é a sua segunda indicação ao Oscar. A primeira foi por “O Jogo da Imitação”, também na categoria de melhor ator.

 

* Entre os 30 prêmios individuais recebidos por sua performance em “Ataque dos Cães”, estão: o AACTA International Award, do AACTA International Awards; o CFCA Award, do Chicago Film Critics Association Awards; o HFCS Award, da Houston Film Critics Society Awards; o ALFS Award, do London Critics Circle Film Awards; o NYFCC Award, New York Film Critics Circle Awards; o PFCS Award, da Phoenix Film Critics Society Awards; o SFBAFCC Award, da San Francisco Bay Area Film Critics Circle; o SFCS Award, da Seattle Film Critics Society; o SFCS Award, da Seattle Film Critics Society; e o SEFCA Award, do Southeastern Film Critics Association Awards.

 

Javier Bardem:

Javier Bardem em “Apresentando os Ricardos” (Foto: Divulgação).

Nascido em 1o de março de 1969 em Las Palmas de Gran Canaria, Ilhas Canárias (Espanha), Javier Ángel Encinas Bardem nasceu em uma família cuja trajetória está intrinsicamente ligada à do cinema espanhol. Filho da atriz Pilar Bardem, neto de Rafael Bardem e Matilde Muñoz Sampedro, o ator começou a carreira aos cinco anos de idade numa participação não creditada na série televisiva “El pícaro” (El pícaro – 1974 – 1975, Espanha), mas ficou bastante tempo sem pisar num set, retornando em outra participação não creditada, na comédia “El poderoso influjo de la luna” (El poderoso influjo de la luna – 1981, Espanha), de Antonio del Real, sua estreia no cinema.

 

Apostando no teatro independente durante a adolescência, Javier Bardem não relegou a televisão a segundo plano, trabalhando em séries até ganhar seu primeiro papel creditado no cinema no drama “As Idades de Lulu” (Las edades de Lulú – 1990, Espanha), de Bigas Luna, que o dirigiu em “Jamón, Jamón” (Jamón Jamón – 1992, Espanha), longa que lhe deu notoriedade, e em outros títulos, como por exemplo, “Ovos de Ouro” (Huevos de oro – 1993, Espanha / Itália / França) e “A Teta e a Lua” (La teta y la luna – 1994, Espanha / França).

 

Consagrado como um dos nomes mais talentosos de sua geração, Javier Bardem há anos concilia trabalhos na Espanha e em Hollywood, tendo, em sua vasta filmografia, títulos como: “Carne Trêmula” (Carne trémula – 1997, Espanha), de Pedro Almodóvar, “Antes do Anoitecer” (Before Night Falls – 2000, EUA / México), de Julian Schnabel, “Colateral” (Collateral – 2004, EUA), de Michael Mann, “Mar Adentro” (Mar adentro – 2004, Espanha / França / Itália), de Alejandro Amenábar, “Onde os Fracos Não Têm Vez” (No Country for Old Men – 2007, EUA), de Ethan e Joel Coen, “O Amor nos Tempos do Cólera” (Love in the Time of Cholera – 2007, EUA / México / Reino Unido), de Mike Newell, “Vicky Cristina Barcelona” (Vicky Cristina Barcelona – 2008, Espanha / EUA), de Woody Allen, “Comer, Rezar, Amar” (Eat Pray Love – 2010, EUA), de Ryan Murphy, “Biutiful” (Biutiful – 2010, México / Espanha), de Alejandro G. Iñárritu, “007 – Operação Skyfall” (Skyfall – 2012, Reino Unido / EUA / Turquia), de Sam Mendes, e “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar” (Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales – 2017, EUA / Austrália / Reino Unido / Canadá), de Joachim Rønning e Espen Sandberg.

 

Concorrendo ao Oscar de melhor ator por “Apresentando os Ricardos”, Javier Bardem venceu a estatueta de ator coadjuvante por “Onde os Fracos Não Têm Vez”, tornando-se o primeiro espanhol a conquistar tal feito. E foi indicado outras duas vezes, ambas como ator principal, por “Antes do Anoitecer” e “Biutiful”.

 

* O ator ainda não recebeu nenhum prêmio individual por sua performance em “Apresentando os Ricardos”.

 

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O Oscar 2022 será realizado no Dolby Theatre, em Los Angeles, no formato presencial (Foto: Divulgação / Crédito: AMPAS).

Quando a temporada de premiações americana teve início, dois nomes despontavam como favoritos ao Oscar de melhor ator, Andrew Garfield e Benedict Cumberbatch, respectivamente por “Tick, Tick… BOOM!” (tick, tick…BOOM! – 2021, EUA) e “Ataque dos Cães” (The Power of the Dog – 2021, Reino Unido / Canadá / Austrália / Nova Zelândia / EUA), ambas produções originais Netflix. Mas a cerimônia do SAG Awards embolou toda a disputa por colocar Will Smith numa posição confortável por seu desempenho em “King Richard: Criando Campeãs” (King Richard – 2021, EUA), uma vez que é um dos principais termômetros das categorias destinadas a atores, principais e coadjuvantes.

 

Os cinco indicados ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) são: Andrew Garfield por “Tick, Tick… BOOM!”, Denzel Washington por “A Tragédia de Macbeth” (The Tragedy of Macbeth – 2021, EUA), Will Smith por “King Richard: Criando Campeãs”, Benedict Cumberbatch por “Ataque dos Cães” e Javier Bardem por “Apresentando os Ricardos” (Being the Ricardos – 2021, EUA). Dos cinco indicados, apenas Smith concorre por um título produzido por estúdio tradicional para a exibição teatral.

 

Concedido pelo Sindicato dos Atores (Screen Actors Guild – SAG), o Actor, como é chamada a estatueta do SAG Awards, é um termômetro importante, pois parte dos membros do SAG também integra a Academia e tem direito a voto, exercendo influência direta no resultado do Oscar, ao contrário do Globo de Ouro, também vencido por Will Smith na categoria de melhor ator em filme de drama – historicamente, esta categoria sempre serviu de base para predições sobre o vencedor do Oscar de melhor ator. Entregue pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA), que amarga uma crise sem precedentes devido à sucessão de escândalos que abalaram suas estruturas, colocando em xeque sua credibilidade, o Globo de Ouro sempre foi chamado de segunda maior festa da comunidade hollywoodiana, mas seu peso fica restrito à campanha rumo ao palco do Dolby Theatre, pois os jornalistas não são membros da AMPAS.

 

Will Smith em cena de “King Richard: Criando Campeãs” (Foto: Divulgação).

 

Interpretando Richard, pai das tenistas Venus e Serena Williams, Will Smith realiza um trabalho potente ao explorar a perseverança, obstinação, teimosia e excesso de proteção de um homem que depositou seus sonhos nas filhas, por vezes, escondendo da própria família seus medos e dores, parte deles originada no preconceito racial. Com 14 prêmios individuais conquistados até a presente data por “King Richard: Criando Campeãs”, de Reinaldo Marcus Green, Smith tem como principal adversário Benedict Cumberbatch.

 

Benedict Cumberbatch em cena de “Ataque dos Cães” (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

 

Com 30 prêmios individuais, até o momento, por seu desempenho em “Ataque dos Cães”, de Jane Campion, Cumberbatch explora com propriedade as diferentes camadas de um dos personagens mais desafiadores de sua carreira, especialmente os conflitos internos de um homem que nega sua própria natureza, afetando sua vida e a de todos ao seu redor, o que o coloca no centro de uma trama um tanto macabra, baseada no livro homônimo de Thomas Savage.

 

Andrew Garfield em cena de “Tick, Tick… BOOM!” (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

 

Inspirado no musical homônimo e autobiográfico de Jonathan Larson, “Tick, Tick… BOOM!” conta com uma das mais profundas atuações de Andrew Garfield, que esmiúça as emoções e variações de humor de Larson em meio à busca pelo sonho e a dor de perdas irreparáveis. Sob a direção de Lin-Manuel Miranda, o ator realiza um trabalho de composição que tem a paixão pela arte como força motriz e lhe rendeu 15 prêmios individuais até a presente data.

 

Também interpretando um personagem real, Desi Arnaz, o espanhol Javier Bardem é um dos pilares de “Apresentando os Ricardos”, de Aaron Sorkin. Isto se deve à entrega do ator, que mergulha no universo de um dos principais casais da televisão americana, Arnaz e Lucille Ball, num período conturbado no qual a dedicação e o amor da esposa não eram suficientes para garantir sua fidelidade no casamento, algo que não lhe faltou enquanto parceiro profissional. É um desempenho muito interessante de Bardem, que ainda não recebeu nenhum prêmio individual por este longa-metragem.

 

Com apenas um prêmio individual conquistado por “A Tragédia de Macbeth”, Denzel Washington chama a atenção por mais uma performance poderosa, calcada no refinamento, numa construção de personagem impecável neste que é o primeiro filme dirigido por Joel Coen sem o seu irmão, Ethan.

 

Considerando os resultados do Globo de Ouro de melhor ator em filme de drama e, principalmente, do SAG Awards, pode-se dizer que Will Smith é quem tem mais chances de vencer o Golden Boy, seguido de perto por Benedict Cumberbatch e Andrew Garfield, enquanto Javier Bardem e Denzel Washington são os que se encontram em situação menos confortável na disputa.

 

A 94ª cerimônia de entrega do Oscar será realizada em formato presencial no próximo domingo, dia 27, no Dolby Theatre, em Los Angeles, com apresentação de Amy Schumer, Regina Hall e Wanda Sykes. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela Globoplay.

 

Confira um pequeno perfil dos indicados:

Andrew Garfield:

Andrew Garfield em “Tick, Tick… BOOM!” (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

Nascido em 20 de agosto de 1983 em Los Angeles, Califórnia (EUA), Andrew Garfield começou a carreira artística ainda no colégio, onde participou de montagens teatrais. A estreia no cinema foi em 2005 com o curta “Mumbo Jumbo” (Mumbo Jumbo – 2005, Reino Unido), de Bevan Walsh, e, no mesmo ano, participou da série de TV “Sugar Rush” (Sugar Rush – 2005, Reino Unido).

 

Assumiu o posto de protagonista logo em seu primeiro longa-metragem, “Rapaz A” (Boy A – 2007, Reino Unido), de John Crowley, e, em seguida, dividiu a cena com três gigantes de Hollywood em “Leões e Cordeiros” (Lions for Lambs – 2007, EUA): Tom Cruise, Meryl Streep e Robert Redford, que também dirigiu o filme. No entanto, ganhou notoriedade de fato sob a direção de David Fincher, no sucesso “A Rede Social” (The Social Network – 2010, EUA), interpretando o brasileiro Eduardo Saverin, um dos fundadores do Facebook. Mas foi sob o uniforme do Homem-Aranha que Garfield conquistou as massas em “O Espetacular Homem-Aranha” (The Amazing Spider-Man – 2012, EUA), de Marc Webb, personagem que voltou a interpretar em “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro” (The Amazing Spider-Man 2 – 2014, EUA), também de Webb, e “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” (Spider-Man: No Way Home – 2021, EUA), de Jon Watts, primeiro longa-metragem lançado no cenário pandêmico a ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão em bilheterias mundiais, tornando-se a maior bilheteria de 2021 – até o momento, o longa totaliza US$ 1,885 bilhão, segundo o Box Office Mojo.

 

Visivelmente amadurecido como profissional, Andrew Garfield vive a melhor fase de sua carreira no cinema, trabalhando em produções como “Até o Último Homem” (Hacksaw Ridge – 2016, Austrália / EUA), de Mel Gibson, “Silêncio” (Silence – 2016, EUA / Reino Unido / Taiwan / Japão / México / Itália), de Martin Scorsese, “Uma Razão Para Viver” (Breathe – 2017, Reino Unido), de Andy Serkis, “O Mistério de Silver Lake” (Under the Silver Lake – 2018, EUA), de David Robert Mitchell, e “Os Olhos de Tammy Faye” (The Eyes of Tammy Faye – 2021, EUA), de Michael Showalter – este último rendeu à sua colega de elenco, Jessica Chastain, uma indicação ao Oscar de melhor atriz este ano.

 

Esta é a sua segunda indicação ao Oscar. A primeira foi por “Até o Último Homem”, também na categoria de melhor ator.

 

* Entre os 15 prêmios individuais recebidos por sua performance em “Tick, Tick… BOOM!”, estão: o já citado Globo de Ouro de melhor ator em filme de comédia / musical; o Master of Comedy Award, do Capri, Hollywood; o CIC Award, do Chicago Indie Critics Awards (CIC); o Jury Award, do DiscussingFilm Critics Awards; o HCA Award, da Hollywood Critics Association; e o Desert Palm Achievement Award, do Palm Springs International Film Festival.

 

Denzel Washington:

Denzel Washington em “A Tragédia de Macbeth” (Foto: Divulgação).

Nascido em 28 de dezembro de 1954 em Mount Vernon, Nova York (EUA), Denzel Hayes Washington Jr. se interessou pela carreira artística enquanto estudava jornalismo na Fordham University. Após a formatura, atravessou o país e fixou residência em São Francisco (Califórnia), onde se matriculou no American Conservatory Theater, estreando nos palcos no ano seguinte. Seu primeiro trabalho na TV foi o telefilme “Wilma” (Wilma – 1977, EUA), de Bud Greenspan, mas somente quatro anos depois conseguiu seu primeiro papel no cinema, na comédia “A Cara do Pai” (Carbon Copy – 1981, EUA / Reino Unido), de Michael Schultz.

 

Conciliou TV, teatro e cinema até atingir o estrelato com “Um Grito de Liberdade” (Cry Freedom – 1987, Reino Unido), de Richard Attenborough, e “Tempo de Glória” (Glory – 1989, EUA), de Edward Zwick. Desde então, seu nome virou sinônimo de competência, sobretudo porque o ator sempre apostou em trabalhos diferenciados que lhe oferecessem certo desafio, inclusive nas funções de diretor e produtor, conquistando ainda mais o respeito da indústria cinematográfica, do público e da crítica especializada.

 

Um dos nomes mais importantes da cinematografia mundial, Denzel Washington tem em seu currículo atuações em filmes como: “Malcolm X” (Malcolm X – 1992, EUA / Japão), de Spike Lee, “O Dossiê Pelicano” (The Pelican Brief – 1993, EUA), de Alan J. Pakula, “Filadélfia” (Philadelphia – 1993, EUA), de Jonathan Demme, “Maré Vermelha” (Crimson Tide – 1995, EUA), de Tony Scott, “Hurricane: O Furacão” (The Hurricane – 1999, EUA), de Norman Jewison, “Dia de Treinamento” (Training Day – 2002, EUA), de Antoine Fuqua, “O Grande Debate” (The Great Debaters – 2007, EUA), dirigido por ele próprio, e “O Livro de Eli” (The Book of Eli – 2010, EUA), de Albert e Allan Hughes.

 

Vencedor de duas estatuetas do Oscar nas categorias de melhor ator coadjuvante por “Tempo de Glória” e ator por “Dia de Treinamento”, Washington se tornou o segundo negro a receber o prêmio da categoria principal – o primeiro foi Sidney Poitier por “Uma Voz Nas Sombras” (Lilies of the Field – 1963). Esta é a sua 10a indicação ao prêmio da AMPAS. As outras sete foram: ator coadjuvante por “Um Grito de Liberdade”; ator por “Malcolm X”, “Hurricane: O Furacão”, “O Voo” (Flight – 2012, EUA / Emirados Árabes Unidos), “Um Limite Entre Nós” (Fences – 2016, EUA / Canadá) e “Roman J. Israel” (Roman J. Israel, Esq. – 2017, Canadá / Emirados Árabes Unidos / EUA); e filme por “Um Limite Entre Nós”.

 

* O ator recebeu apenas um prêmio individual por sua performance em “A Tragédia de Macbeth”: o TFCA Award, da Toronto Film Critics Association Awards.

 

Will Smith:

Will Smith em “King Richard: Criando Campeãs” (Foto: Divulgação).

Nascido em 25 de setembro de 1968 na Filadélfia, no estado americano da Pensilvânia, Willard Carroll Smith Jr. começou a carreira artística como rapper, no final dos anos 1980, utilizando o nome de The Fresh Prince, o mesmo que deu títulos à série televisiva que, anos mais tarde, o tornaria famoso, “Um Maluco no Pedaço” (The Fresh Prince of Bel-Air – 1990 – 1996, EUA). Sucesso de público, o seriado abriu as portas de Hollywood para o ator, que estreou no cinema no drama policial “A Lei de Cada Dia” (Where the Day Takes You – 1992, EUA), de Marc Rocco.

 

Atuou em “Feita por Encomenda” (Made in America – 1993, EUA / França), de Richard Benjamin, e “Seis Graus de Separação” (Six Degrees of Separation – 1993, EUA), de Fred Schepisi, mas se consagrou na tela grande somente em 1995, ao lado de Martin Lawrence, com “Os Bad Boys” (Bad Boys – 1995, EUA), de Michael Bay. Esta comédia policial possibilitou novos voos ao ator, que, nos dois anos seguintes, realizou dois de seus maiores sucessos comerciais: “Independence Day” (Independence Day – 1996, EUA) e “MIB: Homens de Preto” (Men in Black – 1997, EUA), respectivamente dirigidos por Roland Emmerich e Barry Sonnenfeld.

 

Consagrado como um dos principais nomes do gênero da comédia, Will Smith sentiu a necessidade de apostar em papéis mais sérios, trabalhando em filmes como “Inimigo do Estado” (Enemy of the State – 1998, EUA), de Tony Scott, “Lendas da Vida” (The Legend of Bagger Vance – 2000, EUA), de Robert Redford, “Ali” (Ali – 2001, EUA), de Michael Mann, “À Procura da Felicidade” (The Pursuit of Happyness – 2006, EUA), de Gabriele Muccino, “Sete Vidas” (Seven Pounds – 2008, EUA), também de Muccino, e “Um Homem Entre Gigantes” (Concussion – 2015, Reino Unido / Austrália / EUA), de Peter Landesman.

 

Estabelecido também como produtor, Smith conheceu seu maior fracasso de público e crítica em 2013, “Depois da Terra” (After Earth – 2013, EUA), dirigido por M. Night Shyamalan e estrelado por um de seus filhos, Jaden Smith, com quem já havia contracenado em “À Procura da Felicidade”. Smith também produziu outro título protagonizado por Jaden, “Karatê Kid” (The Karate Kid – 2010, EUA / China), de Harald Zwart, remake do clássico “Karatê Kid: A Hora da Verdade” (The Karate Kid – 1984, EUA), de John G. Avildsen, que originou a série “Cobra Kai” (Cobra Kai – desde 2018, EUA), inicialmente disponibilizada pelo YouTube e, desde a sua segunda temporada, no catálogo da Netflix com a assinatura de Smith pai na produção executiva.

 

Concorrendo ao Oscar de melhor filme e ator por “King Richard: Criando Campeãs”, Smith foi indicado outras duas vezes como ator principal por “Ali” e “À Procura da Felicidade”.

 

* Entre os 14 prêmios individuais recebidos por sua performance em “King Richard: Criando Campeãs”, estão: os já citados Globos de Ouro de melhor ator em filme de drama e o Actor (SAG Awards); o BAFTA Film Award, do BAFTA Awards; o Critics Choice Award, da Critics’ Choice Association (CCA); o AAFCA Award, da African-American Film Critics Association (AAFCA); o BFCC Award, do Black Film Critics Circle Awards; e o NBR Award, do National Board of Review, USA.

 

Benedict Cumberbatch:

Benedict Cumberbatch em “Ataque dos Cães” (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

Nascido em 19 de julho de 1976 em Hammersmith, Londres (Inglaterra), Benedict Timothy Carlton Cumberbatch é filho dos atores Timothy Carlton e Wanda Ventham. Aluno da Manchester University, Cumberbatch se formou no mestrado na London Academy of Music and Dramatic Art. Seu primeiro trabalho na TV foi no telefilme “Fields of Gold” (Idem – 2002, Reino Unido), de Bill Anderson, e seguiu trabalhando nesta mídia até estrear no cinema no drama “Morte ao Rei” (To Kill a King – 2003, Reino Unido / Alemanha), de Mike Barker.

 

Nos anos seguintes, o ator conciliou trabalhos no cinema, TV e teatro, começando a ganhar certa notoriedade com “Desejo e Reparação” (Atonement – 2007, Reino Unido / França / Alemanha), de Joe Wright. Aos poucos, Cumberbatch pavimentou o caminho rumo aos grandes nomes da indústria cinematográfica, mas caiu, de fato, nas graças do público ao ingressar no Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), interpretando Dr. Stephen Strange / Doutor Estranho, pela primeira vez, em “Doutor Estranho” (Doctor Strange – 2016, EUA), de Scott Derrickson. O personagem ganhou cada vez mais espaço e importância no UCM, inclusive no sucesso absoluto de público e crítica “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”, que tem um de seus oponentes na disputa do Oscar deste ano, Andrew Garfield, no elenco.

 

Condecorado Comendador da Ordem do Império Britânico pela Rainha Elizabeth II em 2015, Cumberbatch tem em sua filmografia títulos como “A Informante” (The Whistleblower – 2010, Canadá / Alemanha), de Larysa Kondracki, “O Espião Que Sabia Demais” (Tinker Tailor Soldier Spy – 2011, França / Alemanha / EUA), de Tomas Alfredson, “Além da Escuridão – Star Trek” (Star Trek Into Darkness – 2013, EUA), de J.J. Abrams, “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” (The Hobbit: An Unexpected Journey – 2014, Nova Zelândia / EUA), de Peter Jackson, “O Quinto Poder” (The Fifth Estate – 2013, EUA / Índia / Bélgica), de Bill Condon, “12 Anos de Escravidão” (12 Years a Slave – 2013, EUA / Reino Unido), de Steve McQueen, e “O Jogo da Imitação” (The Imitation Game – 2014, Reino Unido / EUA), de Morten Tyldum.

 

Esta é a sua segunda indicação ao Oscar. A primeira foi por “O Jogo da Imitação”, também na categoria de melhor ator.

 

* Entre os 30 prêmios individuais recebidos por sua performance em “Ataque dos Cães”, estão: o AACTA International Award, do AACTA International Awards; o CFCA Award, do Chicago Film Critics Association Awards; o HFCS Award, da Houston Film Critics Society Awards; o ALFS Award, do London Critics Circle Film Awards; o NYFCC Award, New York Film Critics Circle Awards; o PFCS Award, da Phoenix Film Critics Society Awards; o SFBAFCC Award, da San Francisco Bay Area Film Critics Circle; o SFCS Award, da Seattle Film Critics Society; o SFCS Award, da Seattle Film Critics Society; e o SEFCA Award, do Southeastern Film Critics Association Awards.

 

Javier Bardem:

Javier Bardem em “Apresentando os Ricardos” (Foto: Divulgação).

Nascido em 1o de março de 1969 em Las Palmas de Gran Canaria, Ilhas Canárias (Espanha), Javier Ángel Encinas Bardem nasceu em uma família cuja trajetória está intrinsicamente ligada à do cinema espanhol. Filho da atriz Pilar Bardem, neto de Rafael Bardem e Matilde Muñoz Sampedro, o ator começou a carreira aos cinco anos de idade numa participação não creditada na série televisiva “El pícaro” (El pícaro – 1974 – 1975, Espanha), mas ficou bastante tempo sem pisar num set, retornando em outra participação não creditada, na comédia “El poderoso influjo de la luna” (El poderoso influjo de la luna – 1981, Espanha), de Antonio del Real, sua estreia no cinema.

 

Apostando no teatro independente durante a adolescência, Javier Bardem não relegou a televisão a segundo plano, trabalhando em séries até ganhar seu primeiro papel creditado no cinema no drama “As Idades de Lulu” (Las edades de Lulú – 1990, Espanha), de Bigas Luna, que o dirigiu em “Jamón, Jamón” (Jamón Jamón – 1992, Espanha), longa que lhe deu notoriedade, e em outros títulos, como por exemplo, “Ovos de Ouro” (Huevos de oro – 1993, Espanha / Itália / França) e “A Teta e a Lua” (La teta y la luna – 1994, Espanha / França).

 

Consagrado como um dos nomes mais talentosos de sua geração, Javier Bardem há anos concilia trabalhos na Espanha e em Hollywood, tendo, em sua vasta filmografia, títulos como: “Carne Trêmula” (Carne trémula – 1997, Espanha), de Pedro Almodóvar, “Antes do Anoitecer” (Before Night Falls – 2000, EUA / México), de Julian Schnabel, “Colateral” (Collateral – 2004, EUA), de Michael Mann, “Mar Adentro” (Mar adentro – 2004, Espanha / França / Itália), de Alejandro Amenábar, “Onde os Fracos Não Têm Vez” (No Country for Old Men – 2007, EUA), de Ethan e Joel Coen, “O Amor nos Tempos do Cólera” (Love in the Time of Cholera – 2007, EUA / México / Reino Unido), de Mike Newell, “Vicky Cristina Barcelona” (Vicky Cristina Barcelona – 2008, Espanha / EUA), de Woody Allen, “Comer, Rezar, Amar” (Eat Pray Love – 2010, EUA), de Ryan Murphy, “Biutiful” (Biutiful – 2010, México / Espanha), de Alejandro G. Iñárritu, “007 – Operação Skyfall” (Skyfall – 2012, Reino Unido / EUA / Turquia), de Sam Mendes, e “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar” (Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales – 2017, EUA / Austrália / Reino Unido / Canadá), de Joachim Rønning e Espen Sandberg.

 

Concorrendo ao Oscar de melhor ator por “Apresentando os Ricardos”, Javier Bardem venceu a estatueta de ator coadjuvante por “Onde os Fracos Não Têm Vez”, tornando-se o primeiro espanhol a conquistar tal feito. E foi indicado outras duas vezes, ambas como ator principal, por “Antes do Anoitecer” e “Biutiful”.

 

* O ator ainda não recebeu nenhum prêmio individual por sua performance em “Apresentando os Ricardos”.

 

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