Especial Oscar 2024

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No próximo domingo, dia 10, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) realizará a 96a cerimônia de entrega do Oscar, o evento mais importante e concorrido da comunidade hollywoodiana, no Ovation Hollywood, do Dolby Theatre, em Los Angeles. Considerando o peso da premiação para […]

POR Ana Carolina Garcia03/03/2024|6 min de leitura

Especial Oscar 2024

A 96a cerimônia de entrega do Oscar será realizada em 10 de março em Los Angeles (Foto: Divulgação / Crédito: ©A.M.P.A.S.).

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Jimmy Kimmel será o mestre de cerimônias do Oscar 2024 (Foto: Divulgação / Crédito: ©A.M.P.A.S.).

No próximo domingo, dia 10, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) realizará a 96a cerimônia de entrega do Oscar, o evento mais importante e concorrido da comunidade hollywoodiana, no Ovation Hollywood, do Dolby Theatre, em Los Angeles. Considerando o peso da premiação para o cinema, um especial com análises das categorias principais (melhor filme, direção, ator, atriz, ator coadjuvante e atriz coadjuvante) e um pequeno perfil de seus indicados será publicado ao longo da semana, começando nesta segunda-feira, dia 04, pela categoria de melhor atriz coadjuvante.

 

Há tempos tentando se aproximar do público, sobretudo da fatia mais jovem, para manter uma audiência ao menos razoável, a AMPAS tem como um dos desafios aumentar os índices da ABC, emissora americana responsável pela transmissão do Oscar nos Estados Unidos e de propriedade da The Walt Disney Company, realizando um evento ágil que dialogue com facilidade com o telespectador. No ano passado, segundo a Variety, a audiência aumentou 12% em relação à cerimônia de 2022, o que pode ser atribuído às indicações de títulos extremamente populares, como por exemplo, “Avatar: O Caminho da Água” (Avatar: The Way of Water – 2022, EUA), de James Cameron, “Top Gun: Maverick” (Top Gun: Maverick – 2022, EUA), de Joseph Kosinski, e o grande vencedor “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” (Everything Everywhere All at Once – 2022, EUA), de Daniel Kwan e Daniel Scheinert. Mas, esse ano, à exceção de “Barbie” (Barbie – 2023, EUA / Reino Unido), de Greta Gerwig, os indicados à estatueta principal, a de melhor filme, abordam assuntos mais sérios, dentre eles, a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), tema central de dois concorrentes, “Oppenheimer” (Oppenheimer – 2023, EUA / Reino Unido) e “Zona de Interesse” (The Zone of Interest – 2023, EUA / Reino Unido / Polônia), respectivamente dirigidos por Christopher Nolan e Jonathan Glazer. E isso representa um desafio extra aos produtores do Oscar, que precisam mostrar a todos que a cerimônia ainda é um programa válido para as noites de domingo, mesmo para quem não é apaixonado por cinema.

 

Dentre os 10 indicados a melhor filme, somente três foram produzidos por e para plataformas digitais, demonstrando, novamente, a preocupação da AMPAS para com o modelo tradicional de cinema, calcado na manutenção das salas de exibição enquanto locais de socialização. Contudo, importante ressaltar, os três títulos disponibilizados no streaming, “Assassinos da Lua das Flores” (Título original: Killers of the Flower Moon – 2023, EUA), de Martin Scorsese para a AppleTV+, “Maestro” (Maestro – 2023, EUA), de Bradley Cooper para a Netflix, e “Ficção Americana” (American Fiction – 2023, EUA), de Cord Jefferson para a Amazon Prime Video, foram exibidos comercialmente nos Estados Unidos para cumprir as exigências da regra de elegibilidade da Academia, que voltou a vigorar no ano passado após sua revogação durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19. Na fase mais complexa e difícil da crise sanitária, a instituição afrouxou suas regras, permitindo que quaisquer títulos do streaming se candidatassem sem a obrigatoriedade de exibição comercial por sete dias consecutivos, com três sessões diárias, nas cidades de Los Angeles, Nova York, São Francisco, Chicago, Miami e Atlanta.

 

Indicados ao Oscar 2024 no Academy Luncheon em 12 de fevereiro (Foto: Divulgação – Crédito: Richard Harbaugh / ©A.M.P.A.S.).

 

Neste ponto, é imprescindível ressaltar que a 96a cerimônia de entrega do Oscar será a primeira a ser realizada sob novas exigências da regra de elegibilidade, anunciadas em setembro de 2020, alicerçadas em padrões que visam representatividade, diversidade e inclusão após anos de críticas negativas, potencializadas pelo Oscar 2016, chamado de “#OscarSoWhite” (“Oscar tão branco”, em tradução literal). E tais padrões têm de ser alcançados pela produção, incluindo nos seus bastidores, para que o filme possa se tornar elegível. E, de fato, o Oscar 2024 é um dos mais diversos dos últimos anos.

 

Pouco conhecida pelo grande público, Lily Gladstone se tornou a primeira nativa-americana indicada ao Oscar de melhor atriz, assim como Colman Domingo se tornou o primeiro homem negro assumidamente homossexual a concorrer à estatueta de melhor ator – Domingo está na disputa por “Rustin” (Rustin – 2023, EUA), produção original Netflix dirigida por George C. Wolfe. Gladstone e Domingo são apenas dois exemplos de representatividade neste Oscar, que tem uma mulher concorrendo à estatueta de melhor direção, a francesa Justine Triet por “Anatomia de Uma Queda” (Anatomie d’une chute – 2023, França).

 

Janet Yang, presidente da AMPAS, no Governors Awards em 09 de janeiro de 2024 (Foto: Divulgação – Crédito: Kyusung Gong / @A.M.P.A.S.).

 

Presidida por Janet Yang, a AMPAS tenta se ajustar gradualmente às demandas da sociedade, e espera realizar uma cerimônia tranquila que a distancie dos problemas enfrentados em edições anteriores, dentre elas, a última, guiada pelas polêmicas que colocaram em risco as indicações de duas atrizes pelo não cumprimento das regras da instituição, Andrea Riseborough e Michelle Yeoh, que venceu a estatueta por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” – Riseborough concorria por “To Leslie” (To Leslie – 2022, EUA), de Michael Morris, e estava visivelmente constrangida durante a cerimônia.

 

A 96a cerimônia de entrega do Oscar será apresentada por Jimmy Kimmel. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela plataforma HBO Max a partir das 19h (horário de Brasília).

 

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Jimmy Kimmel será o mestre de cerimônias do Oscar 2024 (Foto: Divulgação / Crédito: ©A.M.P.A.S.).

No próximo domingo, dia 10, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) realizará a 96a cerimônia de entrega do Oscar, o evento mais importante e concorrido da comunidade hollywoodiana, no Ovation Hollywood, do Dolby Theatre, em Los Angeles. Considerando o peso da premiação para o cinema, um especial com análises das categorias principais (melhor filme, direção, ator, atriz, ator coadjuvante e atriz coadjuvante) e um pequeno perfil de seus indicados será publicado ao longo da semana, começando nesta segunda-feira, dia 04, pela categoria de melhor atriz coadjuvante.

 

Há tempos tentando se aproximar do público, sobretudo da fatia mais jovem, para manter uma audiência ao menos razoável, a AMPAS tem como um dos desafios aumentar os índices da ABC, emissora americana responsável pela transmissão do Oscar nos Estados Unidos e de propriedade da The Walt Disney Company, realizando um evento ágil que dialogue com facilidade com o telespectador. No ano passado, segundo a Variety, a audiência aumentou 12% em relação à cerimônia de 2022, o que pode ser atribuído às indicações de títulos extremamente populares, como por exemplo, “Avatar: O Caminho da Água” (Avatar: The Way of Water – 2022, EUA), de James Cameron, “Top Gun: Maverick” (Top Gun: Maverick – 2022, EUA), de Joseph Kosinski, e o grande vencedor “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” (Everything Everywhere All at Once – 2022, EUA), de Daniel Kwan e Daniel Scheinert. Mas, esse ano, à exceção de “Barbie” (Barbie – 2023, EUA / Reino Unido), de Greta Gerwig, os indicados à estatueta principal, a de melhor filme, abordam assuntos mais sérios, dentre eles, a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), tema central de dois concorrentes, “Oppenheimer” (Oppenheimer – 2023, EUA / Reino Unido) e “Zona de Interesse” (The Zone of Interest – 2023, EUA / Reino Unido / Polônia), respectivamente dirigidos por Christopher Nolan e Jonathan Glazer. E isso representa um desafio extra aos produtores do Oscar, que precisam mostrar a todos que a cerimônia ainda é um programa válido para as noites de domingo, mesmo para quem não é apaixonado por cinema.

 

Dentre os 10 indicados a melhor filme, somente três foram produzidos por e para plataformas digitais, demonstrando, novamente, a preocupação da AMPAS para com o modelo tradicional de cinema, calcado na manutenção das salas de exibição enquanto locais de socialização. Contudo, importante ressaltar, os três títulos disponibilizados no streaming, “Assassinos da Lua das Flores” (Título original: Killers of the Flower Moon – 2023, EUA), de Martin Scorsese para a AppleTV+, “Maestro” (Maestro – 2023, EUA), de Bradley Cooper para a Netflix, e “Ficção Americana” (American Fiction – 2023, EUA), de Cord Jefferson para a Amazon Prime Video, foram exibidos comercialmente nos Estados Unidos para cumprir as exigências da regra de elegibilidade da Academia, que voltou a vigorar no ano passado após sua revogação durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19. Na fase mais complexa e difícil da crise sanitária, a instituição afrouxou suas regras, permitindo que quaisquer títulos do streaming se candidatassem sem a obrigatoriedade de exibição comercial por sete dias consecutivos, com três sessões diárias, nas cidades de Los Angeles, Nova York, São Francisco, Chicago, Miami e Atlanta.

 

Indicados ao Oscar 2024 no Academy Luncheon em 12 de fevereiro (Foto: Divulgação – Crédito: Richard Harbaugh / ©A.M.P.A.S.).

 

Neste ponto, é imprescindível ressaltar que a 96a cerimônia de entrega do Oscar será a primeira a ser realizada sob novas exigências da regra de elegibilidade, anunciadas em setembro de 2020, alicerçadas em padrões que visam representatividade, diversidade e inclusão após anos de críticas negativas, potencializadas pelo Oscar 2016, chamado de “#OscarSoWhite” (“Oscar tão branco”, em tradução literal). E tais padrões têm de ser alcançados pela produção, incluindo nos seus bastidores, para que o filme possa se tornar elegível. E, de fato, o Oscar 2024 é um dos mais diversos dos últimos anos.

 

Pouco conhecida pelo grande público, Lily Gladstone se tornou a primeira nativa-americana indicada ao Oscar de melhor atriz, assim como Colman Domingo se tornou o primeiro homem negro assumidamente homossexual a concorrer à estatueta de melhor ator – Domingo está na disputa por “Rustin” (Rustin – 2023, EUA), produção original Netflix dirigida por George C. Wolfe. Gladstone e Domingo são apenas dois exemplos de representatividade neste Oscar, que tem uma mulher concorrendo à estatueta de melhor direção, a francesa Justine Triet por “Anatomia de Uma Queda” (Anatomie d’une chute – 2023, França).

 

Janet Yang, presidente da AMPAS, no Governors Awards em 09 de janeiro de 2024 (Foto: Divulgação – Crédito: Kyusung Gong / @A.M.P.A.S.).

 

Presidida por Janet Yang, a AMPAS tenta se ajustar gradualmente às demandas da sociedade, e espera realizar uma cerimônia tranquila que a distancie dos problemas enfrentados em edições anteriores, dentre elas, a última, guiada pelas polêmicas que colocaram em risco as indicações de duas atrizes pelo não cumprimento das regras da instituição, Andrea Riseborough e Michelle Yeoh, que venceu a estatueta por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” – Riseborough concorria por “To Leslie” (To Leslie – 2022, EUA), de Michael Morris, e estava visivelmente constrangida durante a cerimônia.

 

A 96a cerimônia de entrega do Oscar será apresentada por Jimmy Kimmel. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela plataforma HBO Max a partir das 19h (horário de Brasília).

 

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