Especial Oscar 2024: categoria de melhor ator coadjuvante

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Hollywood adora contar histórias de superação em suas produções, proporcionando ao espectador experiências que, por vezes, o levam à reflexão. Mesmo que o final não seja totalmente feliz, a trajetória de redenção do(a) mocinho(a) é sempre celebrada pela plateia. E esse é o caso do favorito à estatueta de melhor ator coadjuvante deste ano, Robert […]

POR Ana Carolina Garcia05/03/2024|21 min de leitura

Especial Oscar 2024: categoria de melhor ator coadjuvante

A 96a cerimônia de entrega do Oscar será realizada em 10 de março em Los Angeles (Foto: Divulgação / Crédito: ©A.M.P.A.S.).

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Jimmy Kimmel será o mestre de cerimônias do Oscar 2024 (Foto: Divulgação / Crédito: ©A.M.P.A.S.).

Hollywood adora contar histórias de superação em suas produções, proporcionando ao espectador experiências que, por vezes, o levam à reflexão. Mesmo que o final não seja totalmente feliz, a trajetória de redenção do(a) mocinho(a) é sempre celebrada pela plateia. E esse é o caso do favorito à estatueta de melhor ator coadjuvante deste ano, Robert Downey Jr., que desfrutou do panteão hollywoodiano na juventude, sendo diretamente jogado no limbo devido à dependência química e suas variadas consequências, dentre elas, a prisão até se reencontrar e reconquistar o seu espaço junto à comunidade hollywoodiana e, principalmente, ao público sob a armadura do Homem de Ferro numa época em que o filme do personagem da Marvel não pertencia à marca Disney. Mesmo que não saia do Dolby Theatre com o Oscar nas mãos, Downey Jr. é, por si só, um vitorioso.

 

Os cinco indicados ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) são: Robert Downey Jr. por “Oppenheimer” (Oppenheimer – 2023, EUA / Reino Unido), Robert De Niro por “Assassinos da Lua das Flores” (Killers of the Flower Moon – 2023, EUA), Ryan Gosling por “Barbie” (Barbie – 2023, EUA / Reino Unido), Sterling K. Brown por “Ficção Americana” (American Fiction – 2023, EUA) e Mark Ruffalo por “Pobres Criaturas” (Poor Things – 2023, Irlanda / Reino Unido / EUA).

 

Vencedor de 27 prêmios individuais por “Oppenheimer”, dentre eles, dois dos principais termômetros da categoria, o Globo de Ouro e o Actor (SAG Awards), respectivamente concedidos pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA) e pelo Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (Screen Actors Guild – SAG), Robert Downey Jr. chega à reta final da disputa pelo Golden Boy numa situação bastante confortável. Sob a direção de Christopher Nolan, Downey Jr. constrói Lewis Strauss, presidente da Comissão de Energia Atômica, com destreza, inicialmente apresentando-o com leveza para, aos poucos, mostrar à plateia sua voracidade e toda a raiva que sentia por J. Robert Oppenheimer.

 

Robert Downey Jr. em cena de “Oppenheimer” (Foto: Divulgação).

 

Neste ponto, é imprescindível ressaltar que o SAG é o maior termômetro das categorias de atores, principais e coadjuvantes, do Oscar, pois parte dos membros do Sindicato também integra a AMPAS e tem direito a voto. Ao contrário do Globo de Ouro, concedido pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA), composta por jornalistas que, obviamente, não são membros da Academia. E, por esta razão, o prêmio da HFPA impulsiona a campanha rumo ao palco do Dolby Theatre, não a votação propriamente dita.

 

Robert Downey Jr. tem como principal oponente na disputa pela estatueta dourada o canadense Ryan Gosling, que tem, até a presente data, 18 prêmios individuais por “Barbie”. Maior destaque do elenco do longa-metragem dirigido por Greta Gerwig, Gosling consegue dar consistência a Ken, personagem cuja marca registrada é a falta de inteligência e que, mesmo assim, domina a Barbieland após curta temporada no mundo real. É uma atuação calcada na comicidade, mas que funciona na tela, explorando toda a versatilidade do ator.

 

Ryan Gosling em cena de “Barbie” (Foto: Divulgação).

 

Outra interpretação carregada de comicidade, com doses exatas de drama, é a de Mark Ruffalo em “Pobres Criaturas”, filme que lhe rendeu quatro prêmios individuais até o momento. Sob a direção de Yorgos Lanthimos, Ruffalo, colega de elenco de Downey Jr. no Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), surge em cena com magistralidade, passeando entre o oportunista de más intenções e o apaixonado enlouquecido, o que lhe garantiu lugar de destaque no elenco. Porém, é importante dizer que dos cinco indicados, Ruffalo é o único que não foi “testado” no SAG Awards, pois a indicação do Sindicato foi para seu colega de elenco, Willem Dafoe.

 

Com três prêmios individuais recebidos por “Ficção Americana”, Sterling K. Brown surge em cena como uma espécie de antídoto contra a seriedade, amargura e rigidez de seu irmão, interpretado por Jeffrey Wright. Isso é mostrado pelo ator com desenvoltura, equilibrando drama e comédia num personagem mais complexo do que se supõe à primeira vista. É uma atuação interessante de Brown, que, por vezes, domina o jogo cênico com Wright e os outros atores.

 

Parceiro profissional de longa data de Martin Scorsese, Robert De Niro se destaca em “Assassinos da Lua das Flores” por sua atuação repleta de camadas para explorar toda a crueldade de um homem ganancioso e sem escrúpulos, uma das mentes por trás da série de assassinatos de membros da tribo Osage nos anos 1920, objetivando tomar suas terras ricas em petróleo. Apesar de impecável, seu trabalho neste filme lhe rendeu apenas um prêmio individual.

 

Considerando o Globo de Ouro e o SAG Awards, pode-se dizer que Robert Downey Jr. é quem está na dianteira nesta corrida pela estatueta dourada, tendo Ryan Gosling logo atrás, com Mark Ruffalo como elemento surpresa, e Sterling K. Brown e Robert De Niro como candidatos mais “fracos”.

 

Apresentada por Jimmy Kimmel, a 96a cerimônia de entrega do Oscar será realizada no próximo domingo, dia 10, no Ovation Hollywood, do Dolby Theatre, em Los Angeles. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela plataforma HBO Max a partir das 19h (horário de Brasília).

 

Confira um pequeno perfil dos indicados:

Robert Downey Jr.:

Robert Downey Jr. em “Oppenheimer” (Foto: Divulgação).

Nascido em 04 de abril de 1965 em Nova York, no estado americano de Nova York, Robert John Downey Jr. cresceu numa família de profissionais da indústria do entretenimento, pois é filho do cineasta e ator Robert Downey Sr. e da atriz Elsie Downey. E isso facilitou sua entrada no showbusiness, estreando como ator aos cinco anos de idade no longa “Pound” (Pound – 1970, EUA), dirigido e roteirizado por seu pai, que também o escalou para uma participação não creditada em outro filme, “Greaser’s Palace” (Greaser’s Palace – 1972, EUA). Após esse longa, Downey Jr. se dedicou à vida acadêmica, o que incluiu aulas de balé clássico no período em que viveu na Inglaterra. Anos mais tarde, já nos Estados Unidos, o ator fez nova participação não creditada sob a direção de seu pai, na comédia “Rebeldes da Academia” (Up the Academy – 1980, EUA). Pouco tempo depois, passou no teste para aquele que seria seu primeiro trabalho sem a direção de Downey Sr., “Um Romance Maluco” (Baby It’s You – 1983, EUA), de John Sayles. À época, o ator havia abandonado a Ensino Médio para se dedicar à atuação, aprimorando suas habilidades profissionais, o que lhe permitiu estrear nos palcos do circuito off-Broadway em 1983, em sua cidade natal, no musical “American Passion” (American Passion), de Norman Lear.

 

Nos anos seguintes, conciliou trabalhos no cinema e na televisão, inclusive integrando o elenco do “Saturday Night Live” (Saturday Night Live – desde 1975, EUA), participando de 16 episódios, entre 1985 e 1986, em meio a críticas negativas à sua performance. Naquele período, Downey Jr. começava a chamar a atenção no cinema, trabalhando em longas como “Tuff Turf: O Rebelde” (Tuff Turf – 1985, EUA), de Fritz Kiersch, “Mulher Nota 1000” (Weird Science – 1985, EUA), de John Hughes, “De Volta às Aulas” (Back to School – 1986, EUA), de Alan Metter, e “Abaixo de Zero” (Less Than Zero – 1987, EUA), de Marek Kanievska. A atenção recebida pela mídia o colocou direto no grupo chamado de Brat Pack, formado por ele e outros jovens e promissores atores dos anos 1980: Rob Lowe, Demi Moore, Molly Ringwald, Andrew McCarthy, Anthony Michael Hall, Ally Sheedy, Judd Nelson e Emilio Estevez – outros nomes também são conectados ao grupo, dentre eles, os de Ralph Macchio, C. Thomas Howell, Tom Cruise, Matt Dillon e John Cusack.

 

No entanto, o reconhecimento chegou, de fato, na década de 1990 por meio de produções como “Air America: Loucos Pelo Perigo” (Air America – 1990, EUA), de Roger Spottiswoode, e, principalmente, “Chaplin” (Chaplin – 1992, Reino Unido / França / Itália / Japão / EUA), de Richard Attenborough. E foi a coragem de interpretar Charlie Chaplin na tela grande que o levou ao primeiro time de Hollywood, participando de filmes como “Short Cuts – Cenas da Vida” (Short Cuts – 1993, EUA), de Robert Altman, “Assassinos por Natureza” (Natural Born Killers – 1994, EUA), de Oliver Stone, e “Ricardo III” (Ricardo III – 1995, Reino Unido / EUA), de Richard Loncraine. Mas com a fama, vieram as manchetes de jornais que expuseram, de todas as maneiras, a dependência química e todos os problemas enfrentados pelo ator em decorrência da doença, dentre eles, prisão e reabilitação, afastando-o dos grandes projetos. E, uma vez no limbo hollywoodiano, Downey Jr. teve de provar a todos sua sobriedade, retornando ao topo no final dos anos 2000, quando vestiu a armadura de Tony Stark / Homem de Ferro nas produções do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), à época, desenvolvido fora da Disney, em dois títulos: “Homem de Ferro” (Iron Man – 2008, EUA / Canadá) e “O Incrível Hulk” (The Incredible Hulk – 2008, EUA), respectivamente dirigidos por Jon Favreau e Louis Leterrier. Desde então, Robert Downey Jr. não apenas recuperou o prestígio junto à indústria e à crítica, como também caiu, definitivamente, nas graças do grande público, sendo reconhecido como um dos atores mais adorados do cinema contemporâneo.

 

Esta é a sua terceira indicação ao Oscar. As outras duas foram na categoria de melhor ator por “Chaplin” e ator coadjuvante por “Trovão Tropical” (Tropic Thunder – 2008, EUA / Reino Unido / Alemanha), de Ben Stiller.

 

* Entre os 27 prêmios individuais recebidos por sua performance em “Oppenheimer”, estão: os já citados Globo de Ouro e o Actor (SAG Awards); o BAFTA Film Award, do BAFTA Awards; o Critics Choice Award, do Critics Choice Awards; o KCFCC Award, do Kansas City Film Critics Circle Awards; o Sierra Award, da Las Vegas Film Critics Society Awards; o SDFCS Award, da San Diego Film Critics Society Awards; o SEFCA Award, da Southeastern Film Critics Association Awards; o VFCC Award, do Vancouver Film Critics Circle; o AFCA Award, da Austin Film Critics Association; e o SFBAFCC Award, do San Francisco Bay Area Film Critics Circle.

 

Robert De Niro:

Robert De Niro em “Assassinos da Lua das Flores” (Foto: Divulgação).

Nascido em 17 de agosto de 1943, em Nova York, no estado americano de Nova York, Robert Anthony De Niro começou a se interessar pelo mundo artístico ainda no colégio, quando participou de uma montagem de “O Mágico de Oz” (The Wizard of Oz) aos 10 anos de idade. Utilizando as aulas de teatro como antídoto contra a timidez, De Niro descobriu na atuação uma paixão que tinha como combustível o cinema, abandonando a escola durante o Ensino Médio para se dedicar à carreira de ator, matriculando-se em cursos oferecidos por diferentes instituições, dentre elas, o HB Studio, Lee Strasberg’s Actors Studio e Stella Adler Conservatory. A estreia profissional aconteceu em 1965, quando fez uma participação não creditada em “Três Quartos em Manhattan” (Trois chambres à Manhattan – 1965, França), de Marcel Carné, seguido pelo curta “Encounter” (Encounter – 1965, EUA), de Norman C. Chaitin. Somente em 1968 o ator conseguiu papel de destaque, chamando a atenção na comédia dramática “Quem Anda Cantando Nossas Mulheres” (Greetings – 1968, EUA), de Brian De Palma.

 

Nos anos seguintes, Robert De Niro apostou na carreira cinematográfica, trabalhando em diversos longas, mas ganhou notoriedade, de fato, em seu primeiro trabalho com Martin Scorsese, “Caminhos Perigosos” (Mean Streets – 1973, EUA), que pavimentou o caminho para o sucesso em “O Poderoso Chefão II” (The Godfather Part II – 1974, EUA), de Francis Ford Coppola, seguido por nova parceria com Scorsese, “Taxi Driver” (Taxi Driver – 1976, EUA). Estabelecido em Hollywood, o ator participou de filmes como “O Franco Atirador” (The Deer Hunter – 1978, EUA / Reino Unido), de Michael Cimino, “Touro Indomável” (Raging Bull – 1980, EUA), de Scorsese, “Era uma Vez na América” (Once Upon a Time in America – 1984, EUA / Itália), de Sergio Leone, “Os Intocáveis” (The Untouchables – 1987, EUA), de Brian De Palma, e “Os Bons Companheiros” (Goodfellas – 1990, EUA), de Scorsese.

 

Em 1993, Robert De Niro estreou como diretor em “Desafio no Bronx” (A Bronx Tale – 1993, EUA), longa estrelado por ele e Chazz Palminteri, retornando à função anos mais tarde com “O Bom Pastor” (The Good Shepherd – 2006, EUA), no qual dividiu os holofotes, como ator, com Angelina Jolie e Matt Damon. Com poucas participações em séries de televisão, dentre elas, em “Extras” (Extras – 2005 a 2007, Reino Unido / EUA) e “Um Maluco na TV” (30 Rock – 2006 a 2013, EUA), De Niro priorizou a tela grande, construindo uma filmografia que conta, ainda, com títulos como “O Lado Bom da Vida” (Silver Linings Playbook – 2012, EUA), de David O. Russell, “Coringa” (Joker – 2019, EUA / Canadá / Austrália), de Todd Phillips, e “O Irlandês” (The Irishman – 2019, EUA), de Scorsese.

 

Esta é a sua nona indicação ao Oscar. Vencedor das estatuetas de melhor ator coadjuvante por “O Poderoso Chefão II” e ator por “Touro Indomável”, Robert De Niro concorreu nas seguintes categorias: melhor ator por “Taxi Driver”, “O Franco Atirador”, “Tempo de Despertar” (Awakenings – 1990, EUA), de Penny Marshall, e “Cabo do Medo” (Cape Fear – 1991, EUA), de Scorsese; ator coadjuvante por “O Lado Bom da Vida”; e filme por “O Irlandês”.

 

* O único prêmio individual recebido por sua performance em “Assassinos da Lua das Flores” é: o Movies for Grownups Award, do AARP Movies for Grownups Awards.

 

Ryan Gosling:

Ryan Gosling em “Barbie” (Foto: Divulgação).

Nascido em 12 de novembro de 1980, em London, Ontário (Canadá), Ryan Thomas Gosling começou a se interessar pela carreira artística ainda na infância, influenciado por longas como “Rambo – Programado para Matar” (First Blood – 1982, EUA) e “Dick Tracy” (Dick Tracy – 1990, EUA), respectivamente dirigidos por Ted Kotcheff e Warren Beatty. A estreia como ator aconteceu aos 13 anos de idade, quando passou na audição para a série “The Mickey Mouse Club” (The Mickey Mouse Club – 1989 a 1994, EUA), ao lado de Christina Aguilera, Britney Spears e Justin Timberlake, cuja família o acolheu por dois anos para que ele pudesse participar das gravações na Flórida – à época, Gosling morava no Canadá. Quando a Disney cancelou a série, Gosling voltou para o seu país, onde seguiu a carreira televisiva, estreando no cinema somente em 1996 com a comédia “Frankenstein – O Sonho não Acabou” (Frankenstein and Me – 1996, Canadá), de Robert Tinnell. Logo em seguida, decidiu abandonar o colégio enquanto cursava o Ensino Médio para se dedicar à carreira.

 

Nos anos seguintes, Gosling participou de produções tanto na televisão quanto no cinema, mas focou somente no segundo a partir de “Duelo de Titãs” (Remember the Titans – 2000, EUA), de Boaz Yakin, ganhando notoriedade com os dramas “Tolerância Zero” (The Believer – 2001, EUA) e “Diário de uma Paixão” (The Notebook – 2004, EUA), de Henry Bean e Nick Cassavetes, respectivamente. Considerado uma das promessas de sua geração, o ator conquistou lugar de destaque na indústria hollywoodiana, trabalhando em longas como “A Passagem” (Stay – 2005, EUA), de Marc Forster, “Half Nelson: Encurralados” (Half Nelson – 2006, EUA), de Ryan Fleck, “Um Crime de Mestre” (Fracture – 2007, Alemanha / EUA), de Gregory Hoblit, e “Namorados Para Sempre” (Blue Valentine – 2010, EUA), de Derek Cianfrance.

 

No entanto, a consagração chegou, de fato, em 2011 com “Drive” (Idem – 2011, EUA), de Nicolas Winding Refn, iniciando uma fase de prosperidade em sua carreira como ator, que inclui críticas positivas por desempenhos em “Tudo pelo Poder” (The Ides of March – 2011, EUA), de George Clooney, “O Lugar Onde Tudo Termina” (The Place Beyond the Pines – 2012, EUA), de Cianfrance, “A Grande Aposta” (The Big Short – 2015, EUA), de Adam McKay, e, principalmente, “La La Land: Cantando Estações” (La La Land – 2016, EUA / Hong Kong), de Damien Chazelle. Além desses títulos, Gosling assumiu a responsabilidade tanto de assumir a função de diretor no longa “Rio Perdido” (Lost River – 2014, EUA) e de protagonizar a sequência do clássico de Ridley Scott, “Blade Runner: O Caçador de Androides” (Blade Runner – 1982, EUA / Reino Unido), “Blade Runner 2049” (Blade Runner 2049 – 2017, EUA / Reino Unido / Canadá / Espanha), de Dennis Villeneuve.

 

Esta é a sua terceira indicação ao Oscar. As outras duas foram na categoria de melhor ator por “Half Nelson: Encurralados” e “La La Land: Cantando Estações”.

 

* Entre os 18 prêmios individuais recebidos por sua performance em “Barbie”, estão: o BSFC Award, da Boston Society of Film Critics Awards; o The Male Movie Star of the Year, do People’s Choice Awards, USA; o PFCS Award, da Phoenix Film Critics Society Awards; o Capri Supporting Actor Award, do Capri, Hollywood; o SLFCA Award, da St. Louis Film Critics Association, US; o EDA Award, da Alliance of Women Film Journalists; o DFCS Award, da Denver Film Critics Society; o HFCS Award, da Houston Film Critics Society Awards; o AACTA International Award, da AACTA International Awards; e o HFCS Award, da Hawaii Film Critics Society.

 

Sterling K. Brown:

Sterling K. Brown em “Ficção Americana” (Foto: Divulgação).

Nascido em 05 de abril de 1976, em St. Louis, no estado americano do Missouri, Sterling Kelby Brown se interessou por atuação após ingressar no curso de Economia da conceituada Universidade de Stanford, trocando-o pelo de Artes Cênicas. Graduado em 1998, o ator seguiu com os estudos e concluiu o mestrado na New York University Tisch School of the Arts. Em 2002, estreou nos palcos com as montagens “Twelfth Night” (Twelfth Night) e “The Resistible Rise of Arturo Ui” (The Resistible Rise of Arturo Ui), respectivamente baseadas em obras de William Shakespeare e Bertolt Brecht. Naquele mesmo ano, realizou seus primeiros trabalhos na televisão, o telefilme “Smallpox 2002: Silent Weapon” (Smallpox 2002: Silent Weapon – 2002, Reino Unido), de Daniel Percival, e no cinema, “No Embalo do Amor” (Brown Sugar – 2002, EUA), de Rick Famuyiwa.

 

Nos anos seguintes, conciliou projetos na televisão, cinema e teatro, priorizando a primeira, fortalecendo sua imagem junto ao público por meio de séries como “Parceiros da Vida” (Third Watch – 1999 a 2005, EUA), “Starved” (Starved – 2005, EUA) e “Sobrenatural” (Supernatural – 2005 a 2020, EUA). Com isso, o espaço na indústria cinematográfica foi conquistado gradualmente, com longas como “A Passagem”, “As Duas Faces da Lei” (Righteous Kill – 2008, EUA), de Jon Avnet, “Uma Repórter em Apuros” (Whiskey Tango Foxtrot – 2016, EUA), de Glenn Ficarra e John Requa, e “Marshall: Igualdade e Justiça” (Marshall – 2017, EUA / China / Hong Kong), de Reginald Hudlin.

 

No entanto, o sucesso no cinema chegou com sua participação em um dos títulos mais importantes do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), “Pantera Negra” (Black Panther – 2018, EUA), de Ryan Coogler, lançado quando o grande público já o conhecia por seu personagem na aclamada série televisiva “This Is Us” (This Is Us – 2016 a 2022, EUA). Entre seus outros filmes, estão: “As Ondas” (Waves – 2019, EUA / Canadá), de Trey Edward Shults; “O Ritmo da Vingança” (The Rhythm Section – 2020, Reino Unido / Espanha / Irlanda / EUA), de Reed Morano; e “Biosfera” (Biosphere – 2022, EUA), de Mel Eslyn.

 

Esta é a sua primeira indicação ao Oscar.

 

* Os três prêmios individuais recebidos por sua performance em “Ficção Americana” são: o Excellence in Acting Award, do Denver International Film Festival; o AAFCA Award, da African-American Film Critics Association (AAFCA); e o BFCC Award, do Black Film Critics Circle Awards.

 

Mark Ruffalo:

Mark Ruffalo em “Pobres Criaturas” (Foto: Divulgação).

Nascido em 22 de novembro de 1967, em Kenosha, no estado americano de Wisconsin, Mark Alan Ruffalo se mudou com a família para Virginia Beach, no estado da Virginia, na infância, passando sua adolescência na cidade onde concluiu o Ensino Médio na First Colonial High School em 1985. Logo depois, Ruffalo foi para a Califórnia, inicialmente para San Diego e, depois, Los Angeles, onde se matriculou no Stella Adler Conservatory. Conciliando os estudos com o trabalho de bartender, o ator se tornou um dos fundadores da Orpheus Theatre Company, exercendo funções variadas em diversas montagens.

 

A estreia na televisão aconteceu em 1989, num episódio de “CBS Summer Playhouse” (CBS Summer Playhouse – 1987 a 1989, EUA). Pouco tempo depois, participou do curta-metragem “Rough Trade” (Rough Trade – 1992, EUA), de Christopher Speidel, seguido por “A Song for You” (A Song for You – 1994, EUA), de Ken Martin. Em 1994, Ruffalo estreou como ator de longas-metragens em “Reflexo do Demônio 2” (Mirror Mirror 2: Raven Dance – 1994, EUA), de Jimmy Lifton, mesmo ano em que atuou em “A Gift from Heaven” (A Gift from Heaven – 1994, EUA) e “Os Últimos Dias do Paraíso” (There Goes My Baby – 1994, EUA), respectivamente dirigidos por Jack Lucarelli e Floyd Mutrux. Nos anos seguintes, o ator conciliou televisão, teatro e cinema, trabalhando em filmes como “Studio 54” (Studio 54 – 1998, EUA), de Mark Christopher, “Conte Comigo” (You Can Count on Me – 2000, EUA), de Kenneth Lonergan, e “Minha Vida Sem Mim” (My Life Without Me – 2003, Espanha / Canadá), de Isabel Coixet.

 

Pavimentando seu caminho rumo ao primeiro time de Hollywood gradualmente, Mark Ruffalo começou a chamar a atenção, de fato, com títulos como “Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças” (Eternal Sunshine of the Spotless Mind – 2004, EUA), de Michel Gondry, “Colateral” (Collateral – 2004, EUA), de Michael Mann, “De Repente 30” (13 Going on 30 – 2004, EUA), de Gary Winick, “Ensaio Sobre a Cegueira” (Blindness – 2005, Brasil / Canadá / Japão / Reino Unido / Itália), de Fernando Meirelles, e “Ilha do Medo” (Shutter Island – 2010, EUA), de Martin Scorsese. Em 2010, Ruffalo decidiu se aventurar na função de diretor, realizando “O Enviado” (Sympathy for Delicious – 2010, EUA), drama ao qual também atuou e que lhe rendeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Sundance. Dois anos depois, assumiu a responsabilidade de viver o Bruce Banner / Incrível Hulk no Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), caindo nos braços do público em definitivo após o sucesso do personagem em “The Avengers – Os Vingadores” (The Avengers – 2012, EUA), de Joss Whedon. Desde então, o ator se tornou um dos nomes mais requisitados da indústria, recebendo críticas positivas por inúmeros trabalhos.

 

Esta é a sua quarta indicação ao Oscar. As outras também foram na categoria de melhor ator coadjuvante por “Minhas Mães e Meu Pai” (The Kids Are All Right – 2010, EUA / França), de Lisa Cholodenko, “Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo” (Foxcatcher – 2014, EUA), de Bennett Miller, e “Spotlight – Segredos Revelados” (Spotlight – 2015, EUA), de Tom McCarthy – os dois últimos filmes, baseados em histórias reais.

 

* Os quatro prêmios individuais recebidos por sua performance em “Pobres Criaturas” são: o NBR Award, da National Board of Review, USA; o Capri Supporting Actor Award, do Capri, Hollywood; o NYFCO Award, do New York Film Critics, Online; e o IFJA Award, da Indiana Film Journalists Association, US.

 

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Especial Oscar 2024: categoria de melhor atriz coadjuvante

Especial Oscar 2024

Oscar 2024: ‘Oppenheimer’ lidera com 13 indicações

Jimmy Kimmel será o mestre de cerimônias do Oscar 2024 (Foto: Divulgação / Crédito: ©A.M.P.A.S.).

Hollywood adora contar histórias de superação em suas produções, proporcionando ao espectador experiências que, por vezes, o levam à reflexão. Mesmo que o final não seja totalmente feliz, a trajetória de redenção do(a) mocinho(a) é sempre celebrada pela plateia. E esse é o caso do favorito à estatueta de melhor ator coadjuvante deste ano, Robert Downey Jr., que desfrutou do panteão hollywoodiano na juventude, sendo diretamente jogado no limbo devido à dependência química e suas variadas consequências, dentre elas, a prisão até se reencontrar e reconquistar o seu espaço junto à comunidade hollywoodiana e, principalmente, ao público sob a armadura do Homem de Ferro numa época em que o filme do personagem da Marvel não pertencia à marca Disney. Mesmo que não saia do Dolby Theatre com o Oscar nas mãos, Downey Jr. é, por si só, um vitorioso.

 

Os cinco indicados ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) são: Robert Downey Jr. por “Oppenheimer” (Oppenheimer – 2023, EUA / Reino Unido), Robert De Niro por “Assassinos da Lua das Flores” (Killers of the Flower Moon – 2023, EUA), Ryan Gosling por “Barbie” (Barbie – 2023, EUA / Reino Unido), Sterling K. Brown por “Ficção Americana” (American Fiction – 2023, EUA) e Mark Ruffalo por “Pobres Criaturas” (Poor Things – 2023, Irlanda / Reino Unido / EUA).

 

Vencedor de 27 prêmios individuais por “Oppenheimer”, dentre eles, dois dos principais termômetros da categoria, o Globo de Ouro e o Actor (SAG Awards), respectivamente concedidos pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA) e pelo Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (Screen Actors Guild – SAG), Robert Downey Jr. chega à reta final da disputa pelo Golden Boy numa situação bastante confortável. Sob a direção de Christopher Nolan, Downey Jr. constrói Lewis Strauss, presidente da Comissão de Energia Atômica, com destreza, inicialmente apresentando-o com leveza para, aos poucos, mostrar à plateia sua voracidade e toda a raiva que sentia por J. Robert Oppenheimer.

 

Robert Downey Jr. em cena de “Oppenheimer” (Foto: Divulgação).

 

Neste ponto, é imprescindível ressaltar que o SAG é o maior termômetro das categorias de atores, principais e coadjuvantes, do Oscar, pois parte dos membros do Sindicato também integra a AMPAS e tem direito a voto. Ao contrário do Globo de Ouro, concedido pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA), composta por jornalistas que, obviamente, não são membros da Academia. E, por esta razão, o prêmio da HFPA impulsiona a campanha rumo ao palco do Dolby Theatre, não a votação propriamente dita.

 

Robert Downey Jr. tem como principal oponente na disputa pela estatueta dourada o canadense Ryan Gosling, que tem, até a presente data, 18 prêmios individuais por “Barbie”. Maior destaque do elenco do longa-metragem dirigido por Greta Gerwig, Gosling consegue dar consistência a Ken, personagem cuja marca registrada é a falta de inteligência e que, mesmo assim, domina a Barbieland após curta temporada no mundo real. É uma atuação calcada na comicidade, mas que funciona na tela, explorando toda a versatilidade do ator.

 

Ryan Gosling em cena de “Barbie” (Foto: Divulgação).

 

Outra interpretação carregada de comicidade, com doses exatas de drama, é a de Mark Ruffalo em “Pobres Criaturas”, filme que lhe rendeu quatro prêmios individuais até o momento. Sob a direção de Yorgos Lanthimos, Ruffalo, colega de elenco de Downey Jr. no Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), surge em cena com magistralidade, passeando entre o oportunista de más intenções e o apaixonado enlouquecido, o que lhe garantiu lugar de destaque no elenco. Porém, é importante dizer que dos cinco indicados, Ruffalo é o único que não foi “testado” no SAG Awards, pois a indicação do Sindicato foi para seu colega de elenco, Willem Dafoe.

 

Com três prêmios individuais recebidos por “Ficção Americana”, Sterling K. Brown surge em cena como uma espécie de antídoto contra a seriedade, amargura e rigidez de seu irmão, interpretado por Jeffrey Wright. Isso é mostrado pelo ator com desenvoltura, equilibrando drama e comédia num personagem mais complexo do que se supõe à primeira vista. É uma atuação interessante de Brown, que, por vezes, domina o jogo cênico com Wright e os outros atores.

 

Parceiro profissional de longa data de Martin Scorsese, Robert De Niro se destaca em “Assassinos da Lua das Flores” por sua atuação repleta de camadas para explorar toda a crueldade de um homem ganancioso e sem escrúpulos, uma das mentes por trás da série de assassinatos de membros da tribo Osage nos anos 1920, objetivando tomar suas terras ricas em petróleo. Apesar de impecável, seu trabalho neste filme lhe rendeu apenas um prêmio individual.

 

Considerando o Globo de Ouro e o SAG Awards, pode-se dizer que Robert Downey Jr. é quem está na dianteira nesta corrida pela estatueta dourada, tendo Ryan Gosling logo atrás, com Mark Ruffalo como elemento surpresa, e Sterling K. Brown e Robert De Niro como candidatos mais “fracos”.

 

Apresentada por Jimmy Kimmel, a 96a cerimônia de entrega do Oscar será realizada no próximo domingo, dia 10, no Ovation Hollywood, do Dolby Theatre, em Los Angeles. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela plataforma HBO Max a partir das 19h (horário de Brasília).

 

Confira um pequeno perfil dos indicados:

Robert Downey Jr.:

Robert Downey Jr. em “Oppenheimer” (Foto: Divulgação).

Nascido em 04 de abril de 1965 em Nova York, no estado americano de Nova York, Robert John Downey Jr. cresceu numa família de profissionais da indústria do entretenimento, pois é filho do cineasta e ator Robert Downey Sr. e da atriz Elsie Downey. E isso facilitou sua entrada no showbusiness, estreando como ator aos cinco anos de idade no longa “Pound” (Pound – 1970, EUA), dirigido e roteirizado por seu pai, que também o escalou para uma participação não creditada em outro filme, “Greaser’s Palace” (Greaser’s Palace – 1972, EUA). Após esse longa, Downey Jr. se dedicou à vida acadêmica, o que incluiu aulas de balé clássico no período em que viveu na Inglaterra. Anos mais tarde, já nos Estados Unidos, o ator fez nova participação não creditada sob a direção de seu pai, na comédia “Rebeldes da Academia” (Up the Academy – 1980, EUA). Pouco tempo depois, passou no teste para aquele que seria seu primeiro trabalho sem a direção de Downey Sr., “Um Romance Maluco” (Baby It’s You – 1983, EUA), de John Sayles. À época, o ator havia abandonado a Ensino Médio para se dedicar à atuação, aprimorando suas habilidades profissionais, o que lhe permitiu estrear nos palcos do circuito off-Broadway em 1983, em sua cidade natal, no musical “American Passion” (American Passion), de Norman Lear.

 

Nos anos seguintes, conciliou trabalhos no cinema e na televisão, inclusive integrando o elenco do “Saturday Night Live” (Saturday Night Live – desde 1975, EUA), participando de 16 episódios, entre 1985 e 1986, em meio a críticas negativas à sua performance. Naquele período, Downey Jr. começava a chamar a atenção no cinema, trabalhando em longas como “Tuff Turf: O Rebelde” (Tuff Turf – 1985, EUA), de Fritz Kiersch, “Mulher Nota 1000” (Weird Science – 1985, EUA), de John Hughes, “De Volta às Aulas” (Back to School – 1986, EUA), de Alan Metter, e “Abaixo de Zero” (Less Than Zero – 1987, EUA), de Marek Kanievska. A atenção recebida pela mídia o colocou direto no grupo chamado de Brat Pack, formado por ele e outros jovens e promissores atores dos anos 1980: Rob Lowe, Demi Moore, Molly Ringwald, Andrew McCarthy, Anthony Michael Hall, Ally Sheedy, Judd Nelson e Emilio Estevez – outros nomes também são conectados ao grupo, dentre eles, os de Ralph Macchio, C. Thomas Howell, Tom Cruise, Matt Dillon e John Cusack.

 

No entanto, o reconhecimento chegou, de fato, na década de 1990 por meio de produções como “Air America: Loucos Pelo Perigo” (Air America – 1990, EUA), de Roger Spottiswoode, e, principalmente, “Chaplin” (Chaplin – 1992, Reino Unido / França / Itália / Japão / EUA), de Richard Attenborough. E foi a coragem de interpretar Charlie Chaplin na tela grande que o levou ao primeiro time de Hollywood, participando de filmes como “Short Cuts – Cenas da Vida” (Short Cuts – 1993, EUA), de Robert Altman, “Assassinos por Natureza” (Natural Born Killers – 1994, EUA), de Oliver Stone, e “Ricardo III” (Ricardo III – 1995, Reino Unido / EUA), de Richard Loncraine. Mas com a fama, vieram as manchetes de jornais que expuseram, de todas as maneiras, a dependência química e todos os problemas enfrentados pelo ator em decorrência da doença, dentre eles, prisão e reabilitação, afastando-o dos grandes projetos. E, uma vez no limbo hollywoodiano, Downey Jr. teve de provar a todos sua sobriedade, retornando ao topo no final dos anos 2000, quando vestiu a armadura de Tony Stark / Homem de Ferro nas produções do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), à época, desenvolvido fora da Disney, em dois títulos: “Homem de Ferro” (Iron Man – 2008, EUA / Canadá) e “O Incrível Hulk” (The Incredible Hulk – 2008, EUA), respectivamente dirigidos por Jon Favreau e Louis Leterrier. Desde então, Robert Downey Jr. não apenas recuperou o prestígio junto à indústria e à crítica, como também caiu, definitivamente, nas graças do grande público, sendo reconhecido como um dos atores mais adorados do cinema contemporâneo.

 

Esta é a sua terceira indicação ao Oscar. As outras duas foram na categoria de melhor ator por “Chaplin” e ator coadjuvante por “Trovão Tropical” (Tropic Thunder – 2008, EUA / Reino Unido / Alemanha), de Ben Stiller.

 

* Entre os 27 prêmios individuais recebidos por sua performance em “Oppenheimer”, estão: os já citados Globo de Ouro e o Actor (SAG Awards); o BAFTA Film Award, do BAFTA Awards; o Critics Choice Award, do Critics Choice Awards; o KCFCC Award, do Kansas City Film Critics Circle Awards; o Sierra Award, da Las Vegas Film Critics Society Awards; o SDFCS Award, da San Diego Film Critics Society Awards; o SEFCA Award, da Southeastern Film Critics Association Awards; o VFCC Award, do Vancouver Film Critics Circle; o AFCA Award, da Austin Film Critics Association; e o SFBAFCC Award, do San Francisco Bay Area Film Critics Circle.

 

Robert De Niro:

Robert De Niro em “Assassinos da Lua das Flores” (Foto: Divulgação).

Nascido em 17 de agosto de 1943, em Nova York, no estado americano de Nova York, Robert Anthony De Niro começou a se interessar pelo mundo artístico ainda no colégio, quando participou de uma montagem de “O Mágico de Oz” (The Wizard of Oz) aos 10 anos de idade. Utilizando as aulas de teatro como antídoto contra a timidez, De Niro descobriu na atuação uma paixão que tinha como combustível o cinema, abandonando a escola durante o Ensino Médio para se dedicar à carreira de ator, matriculando-se em cursos oferecidos por diferentes instituições, dentre elas, o HB Studio, Lee Strasberg’s Actors Studio e Stella Adler Conservatory. A estreia profissional aconteceu em 1965, quando fez uma participação não creditada em “Três Quartos em Manhattan” (Trois chambres à Manhattan – 1965, França), de Marcel Carné, seguido pelo curta “Encounter” (Encounter – 1965, EUA), de Norman C. Chaitin. Somente em 1968 o ator conseguiu papel de destaque, chamando a atenção na comédia dramática “Quem Anda Cantando Nossas Mulheres” (Greetings – 1968, EUA), de Brian De Palma.

 

Nos anos seguintes, Robert De Niro apostou na carreira cinematográfica, trabalhando em diversos longas, mas ganhou notoriedade, de fato, em seu primeiro trabalho com Martin Scorsese, “Caminhos Perigosos” (Mean Streets – 1973, EUA), que pavimentou o caminho para o sucesso em “O Poderoso Chefão II” (The Godfather Part II – 1974, EUA), de Francis Ford Coppola, seguido por nova parceria com Scorsese, “Taxi Driver” (Taxi Driver – 1976, EUA). Estabelecido em Hollywood, o ator participou de filmes como “O Franco Atirador” (The Deer Hunter – 1978, EUA / Reino Unido), de Michael Cimino, “Touro Indomável” (Raging Bull – 1980, EUA), de Scorsese, “Era uma Vez na América” (Once Upon a Time in America – 1984, EUA / Itália), de Sergio Leone, “Os Intocáveis” (The Untouchables – 1987, EUA), de Brian De Palma, e “Os Bons Companheiros” (Goodfellas – 1990, EUA), de Scorsese.

 

Em 1993, Robert De Niro estreou como diretor em “Desafio no Bronx” (A Bronx Tale – 1993, EUA), longa estrelado por ele e Chazz Palminteri, retornando à função anos mais tarde com “O Bom Pastor” (The Good Shepherd – 2006, EUA), no qual dividiu os holofotes, como ator, com Angelina Jolie e Matt Damon. Com poucas participações em séries de televisão, dentre elas, em “Extras” (Extras – 2005 a 2007, Reino Unido / EUA) e “Um Maluco na TV” (30 Rock – 2006 a 2013, EUA), De Niro priorizou a tela grande, construindo uma filmografia que conta, ainda, com títulos como “O Lado Bom da Vida” (Silver Linings Playbook – 2012, EUA), de David O. Russell, “Coringa” (Joker – 2019, EUA / Canadá / Austrália), de Todd Phillips, e “O Irlandês” (The Irishman – 2019, EUA), de Scorsese.

 

Esta é a sua nona indicação ao Oscar. Vencedor das estatuetas de melhor ator coadjuvante por “O Poderoso Chefão II” e ator por “Touro Indomável”, Robert De Niro concorreu nas seguintes categorias: melhor ator por “Taxi Driver”, “O Franco Atirador”, “Tempo de Despertar” (Awakenings – 1990, EUA), de Penny Marshall, e “Cabo do Medo” (Cape Fear – 1991, EUA), de Scorsese; ator coadjuvante por “O Lado Bom da Vida”; e filme por “O Irlandês”.

 

* O único prêmio individual recebido por sua performance em “Assassinos da Lua das Flores” é: o Movies for Grownups Award, do AARP Movies for Grownups Awards.

 

Ryan Gosling:

Ryan Gosling em “Barbie” (Foto: Divulgação).

Nascido em 12 de novembro de 1980, em London, Ontário (Canadá), Ryan Thomas Gosling começou a se interessar pela carreira artística ainda na infância, influenciado por longas como “Rambo – Programado para Matar” (First Blood – 1982, EUA) e “Dick Tracy” (Dick Tracy – 1990, EUA), respectivamente dirigidos por Ted Kotcheff e Warren Beatty. A estreia como ator aconteceu aos 13 anos de idade, quando passou na audição para a série “The Mickey Mouse Club” (The Mickey Mouse Club – 1989 a 1994, EUA), ao lado de Christina Aguilera, Britney Spears e Justin Timberlake, cuja família o acolheu por dois anos para que ele pudesse participar das gravações na Flórida – à época, Gosling morava no Canadá. Quando a Disney cancelou a série, Gosling voltou para o seu país, onde seguiu a carreira televisiva, estreando no cinema somente em 1996 com a comédia “Frankenstein – O Sonho não Acabou” (Frankenstein and Me – 1996, Canadá), de Robert Tinnell. Logo em seguida, decidiu abandonar o colégio enquanto cursava o Ensino Médio para se dedicar à carreira.

 

Nos anos seguintes, Gosling participou de produções tanto na televisão quanto no cinema, mas focou somente no segundo a partir de “Duelo de Titãs” (Remember the Titans – 2000, EUA), de Boaz Yakin, ganhando notoriedade com os dramas “Tolerância Zero” (The Believer – 2001, EUA) e “Diário de uma Paixão” (The Notebook – 2004, EUA), de Henry Bean e Nick Cassavetes, respectivamente. Considerado uma das promessas de sua geração, o ator conquistou lugar de destaque na indústria hollywoodiana, trabalhando em longas como “A Passagem” (Stay – 2005, EUA), de Marc Forster, “Half Nelson: Encurralados” (Half Nelson – 2006, EUA), de Ryan Fleck, “Um Crime de Mestre” (Fracture – 2007, Alemanha / EUA), de Gregory Hoblit, e “Namorados Para Sempre” (Blue Valentine – 2010, EUA), de Derek Cianfrance.

 

No entanto, a consagração chegou, de fato, em 2011 com “Drive” (Idem – 2011, EUA), de Nicolas Winding Refn, iniciando uma fase de prosperidade em sua carreira como ator, que inclui críticas positivas por desempenhos em “Tudo pelo Poder” (The Ides of March – 2011, EUA), de George Clooney, “O Lugar Onde Tudo Termina” (The Place Beyond the Pines – 2012, EUA), de Cianfrance, “A Grande Aposta” (The Big Short – 2015, EUA), de Adam McKay, e, principalmente, “La La Land: Cantando Estações” (La La Land – 2016, EUA / Hong Kong), de Damien Chazelle. Além desses títulos, Gosling assumiu a responsabilidade tanto de assumir a função de diretor no longa “Rio Perdido” (Lost River – 2014, EUA) e de protagonizar a sequência do clássico de Ridley Scott, “Blade Runner: O Caçador de Androides” (Blade Runner – 1982, EUA / Reino Unido), “Blade Runner 2049” (Blade Runner 2049 – 2017, EUA / Reino Unido / Canadá / Espanha), de Dennis Villeneuve.

 

Esta é a sua terceira indicação ao Oscar. As outras duas foram na categoria de melhor ator por “Half Nelson: Encurralados” e “La La Land: Cantando Estações”.

 

* Entre os 18 prêmios individuais recebidos por sua performance em “Barbie”, estão: o BSFC Award, da Boston Society of Film Critics Awards; o The Male Movie Star of the Year, do People’s Choice Awards, USA; o PFCS Award, da Phoenix Film Critics Society Awards; o Capri Supporting Actor Award, do Capri, Hollywood; o SLFCA Award, da St. Louis Film Critics Association, US; o EDA Award, da Alliance of Women Film Journalists; o DFCS Award, da Denver Film Critics Society; o HFCS Award, da Houston Film Critics Society Awards; o AACTA International Award, da AACTA International Awards; e o HFCS Award, da Hawaii Film Critics Society.

 

Sterling K. Brown:

Sterling K. Brown em “Ficção Americana” (Foto: Divulgação).

Nascido em 05 de abril de 1976, em St. Louis, no estado americano do Missouri, Sterling Kelby Brown se interessou por atuação após ingressar no curso de Economia da conceituada Universidade de Stanford, trocando-o pelo de Artes Cênicas. Graduado em 1998, o ator seguiu com os estudos e concluiu o mestrado na New York University Tisch School of the Arts. Em 2002, estreou nos palcos com as montagens “Twelfth Night” (Twelfth Night) e “The Resistible Rise of Arturo Ui” (The Resistible Rise of Arturo Ui), respectivamente baseadas em obras de William Shakespeare e Bertolt Brecht. Naquele mesmo ano, realizou seus primeiros trabalhos na televisão, o telefilme “Smallpox 2002: Silent Weapon” (Smallpox 2002: Silent Weapon – 2002, Reino Unido), de Daniel Percival, e no cinema, “No Embalo do Amor” (Brown Sugar – 2002, EUA), de Rick Famuyiwa.

 

Nos anos seguintes, conciliou projetos na televisão, cinema e teatro, priorizando a primeira, fortalecendo sua imagem junto ao público por meio de séries como “Parceiros da Vida” (Third Watch – 1999 a 2005, EUA), “Starved” (Starved – 2005, EUA) e “Sobrenatural” (Supernatural – 2005 a 2020, EUA). Com isso, o espaço na indústria cinematográfica foi conquistado gradualmente, com longas como “A Passagem”, “As Duas Faces da Lei” (Righteous Kill – 2008, EUA), de Jon Avnet, “Uma Repórter em Apuros” (Whiskey Tango Foxtrot – 2016, EUA), de Glenn Ficarra e John Requa, e “Marshall: Igualdade e Justiça” (Marshall – 2017, EUA / China / Hong Kong), de Reginald Hudlin.

 

No entanto, o sucesso no cinema chegou com sua participação em um dos títulos mais importantes do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), “Pantera Negra” (Black Panther – 2018, EUA), de Ryan Coogler, lançado quando o grande público já o conhecia por seu personagem na aclamada série televisiva “This Is Us” (This Is Us – 2016 a 2022, EUA). Entre seus outros filmes, estão: “As Ondas” (Waves – 2019, EUA / Canadá), de Trey Edward Shults; “O Ritmo da Vingança” (The Rhythm Section – 2020, Reino Unido / Espanha / Irlanda / EUA), de Reed Morano; e “Biosfera” (Biosphere – 2022, EUA), de Mel Eslyn.

 

Esta é a sua primeira indicação ao Oscar.

 

* Os três prêmios individuais recebidos por sua performance em “Ficção Americana” são: o Excellence in Acting Award, do Denver International Film Festival; o AAFCA Award, da African-American Film Critics Association (AAFCA); e o BFCC Award, do Black Film Critics Circle Awards.

 

Mark Ruffalo:

Mark Ruffalo em “Pobres Criaturas” (Foto: Divulgação).

Nascido em 22 de novembro de 1967, em Kenosha, no estado americano de Wisconsin, Mark Alan Ruffalo se mudou com a família para Virginia Beach, no estado da Virginia, na infância, passando sua adolescência na cidade onde concluiu o Ensino Médio na First Colonial High School em 1985. Logo depois, Ruffalo foi para a Califórnia, inicialmente para San Diego e, depois, Los Angeles, onde se matriculou no Stella Adler Conservatory. Conciliando os estudos com o trabalho de bartender, o ator se tornou um dos fundadores da Orpheus Theatre Company, exercendo funções variadas em diversas montagens.

 

A estreia na televisão aconteceu em 1989, num episódio de “CBS Summer Playhouse” (CBS Summer Playhouse – 1987 a 1989, EUA). Pouco tempo depois, participou do curta-metragem “Rough Trade” (Rough Trade – 1992, EUA), de Christopher Speidel, seguido por “A Song for You” (A Song for You – 1994, EUA), de Ken Martin. Em 1994, Ruffalo estreou como ator de longas-metragens em “Reflexo do Demônio 2” (Mirror Mirror 2: Raven Dance – 1994, EUA), de Jimmy Lifton, mesmo ano em que atuou em “A Gift from Heaven” (A Gift from Heaven – 1994, EUA) e “Os Últimos Dias do Paraíso” (There Goes My Baby – 1994, EUA), respectivamente dirigidos por Jack Lucarelli e Floyd Mutrux. Nos anos seguintes, o ator conciliou televisão, teatro e cinema, trabalhando em filmes como “Studio 54” (Studio 54 – 1998, EUA), de Mark Christopher, “Conte Comigo” (You Can Count on Me – 2000, EUA), de Kenneth Lonergan, e “Minha Vida Sem Mim” (My Life Without Me – 2003, Espanha / Canadá), de Isabel Coixet.

 

Pavimentando seu caminho rumo ao primeiro time de Hollywood gradualmente, Mark Ruffalo começou a chamar a atenção, de fato, com títulos como “Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças” (Eternal Sunshine of the Spotless Mind – 2004, EUA), de Michel Gondry, “Colateral” (Collateral – 2004, EUA), de Michael Mann, “De Repente 30” (13 Going on 30 – 2004, EUA), de Gary Winick, “Ensaio Sobre a Cegueira” (Blindness – 2005, Brasil / Canadá / Japão / Reino Unido / Itália), de Fernando Meirelles, e “Ilha do Medo” (Shutter Island – 2010, EUA), de Martin Scorsese. Em 2010, Ruffalo decidiu se aventurar na função de diretor, realizando “O Enviado” (Sympathy for Delicious – 2010, EUA), drama ao qual também atuou e que lhe rendeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Sundance. Dois anos depois, assumiu a responsabilidade de viver o Bruce Banner / Incrível Hulk no Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), caindo nos braços do público em definitivo após o sucesso do personagem em “The Avengers – Os Vingadores” (The Avengers – 2012, EUA), de Joss Whedon. Desde então, o ator se tornou um dos nomes mais requisitados da indústria, recebendo críticas positivas por inúmeros trabalhos.

 

Esta é a sua quarta indicação ao Oscar. As outras também foram na categoria de melhor ator coadjuvante por “Minhas Mães e Meu Pai” (The Kids Are All Right – 2010, EUA / França), de Lisa Cholodenko, “Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo” (Foxcatcher – 2014, EUA), de Bennett Miller, e “Spotlight – Segredos Revelados” (Spotlight – 2015, EUA), de Tom McCarthy – os dois últimos filmes, baseados em histórias reais.

 

* Os quatro prêmios individuais recebidos por sua performance em “Pobres Criaturas” são: o NBR Award, da National Board of Review, USA; o Capri Supporting Actor Award, do Capri, Hollywood; o NYFCO Award, do New York Film Critics, Online; e o IFJA Award, da Indiana Film Journalists Association, US.

 

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