Festival de Cannes 2022 começa com discurso de Volodymyr Zelensky e homenagem a Forest Whitaker

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A 75a edição do Festival de Cannes teve início nesta terça-feira (17) com o pé no acelerador e sem nenhuma restrição contra a Covid-19, celebrando o cinema em sua essência, bem como os profissionais que trabalham arduamente para conceder à plateia momentos inesquecíveis na sala de exibição. Dentre eles, Forest Whitaker, o homenageado do dia […]

POR Ana Carolina Garcia17/05/2022|4 min de leitura

Festival de Cannes 2022 começa com discurso de Volodymyr Zelensky e homenagem a Forest Whitaker

O Festival de Cannes é um dos eventos mais importantes do cinema mundial (Foto: Divulgação / Crédito: Festival de Cannes).

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A 75a edição do Festival de Cannes teve início nesta terça-feira (17) com o pé no acelerador e sem nenhuma restrição contra a Covid-19, celebrando o cinema em sua essência, bem como os profissionais que trabalham arduamente para conceder à plateia momentos inesquecíveis na sala de exibição. Dentre eles, Forest Whitaker, o homenageado do dia com a Palma de Ouro Honorária.

 

Entregue durante a cerimônia de abertura do Festival, um dos mais importantes do mundo, a Palma de Ouro Honorária reconhece não apenas a dedicação e contribuição de Forest Whitaker à sétima-arte, tanto como ator quanto cineasta, mas também seu engajamento em causas humanitárias que o levaram a fundar, em 2012, a Whitaker Peace and Development Initiative (WPDI). De acordo com o site oficial, a organização não-governamental de Whitaker, vencedor do Oscar de melhor ator por “O Último Rei da Escócia” (The Last King of Scotland – 2006, Reino Unido / Alemanha), “tem como objetivo promover os valores de paz, reconciliação e desenvolvimento social nas comunidades afetadas por conflitos e violência”.

 

Forest Whitaker não é o único profissional cujo engajamento em causas sociais e humanitárias foi reconhecido pelo Festival de Cannes, pois Viola Davis, uma das personalidades mais influentes do cinema contemporâneo, receberá no próximo domingo (22) o Kering’s Women in Motion Award, prêmio especial concedido por seu comprometimento para com a luta pelos direitos das mulheres e outras minorias.

 

Ainda na cerimônia de abertura do Palais des Festivals, a questão humanitária tomou conta do Festival, que convidou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, para discursar por meio de videoconferência. Com uma carreira sólida como ator e cineasta em seu país antes de ingressar na política, Zelensky chamou a atenção dos presentes para a situação da Ucrânia, invadida por tropas russas em março deste ano, enfatizando que continuará lutando pela liberdade de seu povo – “Nós continuamos lutando. Não temos escolha senão continuar lutando pela nossa liberdade”, afirmou Zelensky, de acordo com o The Hollywood Reporter.

 

“A Rússia iniciou uma guerra de grandes proporções contra a Ucrânia com a intenção de ir mais longe na Europa… Centenas de pessoas morrem todos os dias. Eles não vão se levantar depois do fim”, disse Zelensky, lembrando que “os ditadores mais brutais do século XX amavam cinema”, segundo o IndieWire. “O cinema vai ficar calado ou vai falar sobre isso? Se houver um ditador, se houver uma guerra pela liberdade, novamente, tudo depende da nossa unidade. O cinema pode ficar fora dessa unidade? Precisamos de um novo Chaplin que prove que, em nosso tempo, o cinema não é silencioso. É necessário que o cinema não fique em silêncio… Digo a todos que me ouvem: não se desesperem. O ódio acabará por desaparecer e os ditadores morrerão. Temos que conquistar essa vitória e precisamos do cinema para garantir que esse fim esteja sempre do lado da liberdade. Tenho certeza de que o ditador perderá. Nós vamos vencer esta guerra. Glória à Ucrânia”, complementou o presidente.

 

O Festival de Cannes acontece até o próximo dia 28, mantendo a exigência de exibição teatral, isto é, nas salas de cinema, para que um título possa se tornar elegível na competição oficial. Desta forma, não há, na corrida pela Palma de Ouro, espaço disponível para o streaming, considerado um “perigo” pelos exibidores franceses.

 

Nesta quarta-feira (18) será a vez de Tom Cruise desembarcar na Croisette, pela primeira vez em 30 anos, para apresentar o aguardado “Top Gun: Maverick” (Top Gun: Maverick – 2022, EUA / China), de Joseph Kosinski. Além da exibição do longa, fora da competição, os organizadores do evento prepararam um tributo ao astro que tanto faz pela indústria cinematográfica por meio de filmes como “Negócio Arriscado” (Risky Business – 1983, EUA), “A Cor do Dinheiro” (The Color of Money – 1986, EUA), “Nascido em 4 de Julho” (Born on the Fourth of July – 1989, EUA), “Top Gun – Ases Indomáveis” (Top Gun – 1986, EUA) e os títulos da franquia “Missão Impossível” (Mission: Impossible – desde 1996).

 

Leia também:

Festival de Cannes 2022: ‘Z (comme Z)’ é o filme de abertura

A 75a edição do Festival de Cannes teve início nesta terça-feira (17) com o pé no acelerador e sem nenhuma restrição contra a Covid-19, celebrando o cinema em sua essência, bem como os profissionais que trabalham arduamente para conceder à plateia momentos inesquecíveis na sala de exibição. Dentre eles, Forest Whitaker, o homenageado do dia com a Palma de Ouro Honorária.

 

Entregue durante a cerimônia de abertura do Festival, um dos mais importantes do mundo, a Palma de Ouro Honorária reconhece não apenas a dedicação e contribuição de Forest Whitaker à sétima-arte, tanto como ator quanto cineasta, mas também seu engajamento em causas humanitárias que o levaram a fundar, em 2012, a Whitaker Peace and Development Initiative (WPDI). De acordo com o site oficial, a organização não-governamental de Whitaker, vencedor do Oscar de melhor ator por “O Último Rei da Escócia” (The Last King of Scotland – 2006, Reino Unido / Alemanha), “tem como objetivo promover os valores de paz, reconciliação e desenvolvimento social nas comunidades afetadas por conflitos e violência”.

 

Forest Whitaker não é o único profissional cujo engajamento em causas sociais e humanitárias foi reconhecido pelo Festival de Cannes, pois Viola Davis, uma das personalidades mais influentes do cinema contemporâneo, receberá no próximo domingo (22) o Kering’s Women in Motion Award, prêmio especial concedido por seu comprometimento para com a luta pelos direitos das mulheres e outras minorias.

 

Ainda na cerimônia de abertura do Palais des Festivals, a questão humanitária tomou conta do Festival, que convidou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, para discursar por meio de videoconferência. Com uma carreira sólida como ator e cineasta em seu país antes de ingressar na política, Zelensky chamou a atenção dos presentes para a situação da Ucrânia, invadida por tropas russas em março deste ano, enfatizando que continuará lutando pela liberdade de seu povo – “Nós continuamos lutando. Não temos escolha senão continuar lutando pela nossa liberdade”, afirmou Zelensky, de acordo com o The Hollywood Reporter.

 

“A Rússia iniciou uma guerra de grandes proporções contra a Ucrânia com a intenção de ir mais longe na Europa… Centenas de pessoas morrem todos os dias. Eles não vão se levantar depois do fim”, disse Zelensky, lembrando que “os ditadores mais brutais do século XX amavam cinema”, segundo o IndieWire. “O cinema vai ficar calado ou vai falar sobre isso? Se houver um ditador, se houver uma guerra pela liberdade, novamente, tudo depende da nossa unidade. O cinema pode ficar fora dessa unidade? Precisamos de um novo Chaplin que prove que, em nosso tempo, o cinema não é silencioso. É necessário que o cinema não fique em silêncio… Digo a todos que me ouvem: não se desesperem. O ódio acabará por desaparecer e os ditadores morrerão. Temos que conquistar essa vitória e precisamos do cinema para garantir que esse fim esteja sempre do lado da liberdade. Tenho certeza de que o ditador perderá. Nós vamos vencer esta guerra. Glória à Ucrânia”, complementou o presidente.

 

O Festival de Cannes acontece até o próximo dia 28, mantendo a exigência de exibição teatral, isto é, nas salas de cinema, para que um título possa se tornar elegível na competição oficial. Desta forma, não há, na corrida pela Palma de Ouro, espaço disponível para o streaming, considerado um “perigo” pelos exibidores franceses.

 

Nesta quarta-feira (18) será a vez de Tom Cruise desembarcar na Croisette, pela primeira vez em 30 anos, para apresentar o aguardado “Top Gun: Maverick” (Top Gun: Maverick – 2022, EUA / China), de Joseph Kosinski. Além da exibição do longa, fora da competição, os organizadores do evento prepararam um tributo ao astro que tanto faz pela indústria cinematográfica por meio de filmes como “Negócio Arriscado” (Risky Business – 1983, EUA), “A Cor do Dinheiro” (The Color of Money – 1986, EUA), “Nascido em 4 de Julho” (Born on the Fourth of July – 1989, EUA), “Top Gun – Ases Indomáveis” (Top Gun – 1986, EUA) e os títulos da franquia “Missão Impossível” (Mission: Impossible – desde 1996).

 

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