Os organizadores do Festival de Cannes anunciaram na última quinta-feira (14) a programação oficial da 75^a edição. Exibido fora de competição, “Z (comme Z)” (Z comme Z – 2022, França), de Michel Hazanavicius, será o responsável por abrir o evento, que será realizado entre os dias 17 e 28 de maio.

 

Nesta edição, a corrida pela Palma de Ouro, um dos prêmios mais importantes e cobiçados do cinema mundial, conta com 18 títulos, entre eles, “The Stars at Noon” (The Stars at Noon – 2022, EUA), de Claire Denis; “Crimes of the Future” (Crimes of the Future – 2022, Canadá / Grécia / França), de David Cronenberg; “Broker” (Broker – 2022, Coreia do Sul), de Hirokazu Kore-eda; e “Showing Up” (Showing Up – 2022, EUA), de Kelly Reichardt.

 

Apesar da vasta programação, não há como negar que um dos momentos mais esperados desta edição é a exibição, fora de competição, de “Top Gun: Maverick” (Top Gun: Maverick – 2022, EUA / China), de Joseph Kosinski, no Palais des Festivals em 18 de maio. A expectativa não se deve apenas à exibição de um longa-metragem há muito esperado pelo público, mas, também, à presença de seu produtor e protagonista, Tom Cruise, que retorna à Croisette depois de 30 anos – a única participação do ator no Festival de Cannes foi em 18 de maio de 1992, quando “Um Sonho Distante” (Far and Away – 1992, EUA), de Ron Howard, encerrou o evento.

 

Sem aderir ao boicote a cineastas e filmes russos, iniciado em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, pois os casos são analisados individualmente, segundo disse Thierry Fremaux, diretor artístico do evento, em entrevista à Variety, o Festival de Cannes mantém a exigência de exibição teatral, isto é, nas salas de cinema, para que um título possa se tornar elegível na competição oficial. Desta forma, não há, na corrida pela Palma de Ouro, espaço disponível para o streaming, considerado um “perigo” pelos exibidores franceses.

 

“Exibidores franceses consideram que os serviços de streaming representam um perigo. Entendo. Mas eu sou pago pelo Festival de Cannes, não sou pago pelos exibidores. Então, meu papel é pensar na maneira como o Festival de Cinema de Cannes deve se posicionar. Então faço propostas e o Conselho (Administrativo) decide. Até agora, eu não consegui convencê-los. Espero ter sucesso, um dia”, afirmou Fremaux à publicação americana na última quinta-feira, complementando que não pode mudar as regras de elegibilidade e que entende o posicionamento da Netflix, que, segundo ele, não quer exibir seus títulos fora de competição.

 

Confira a lista de filmes selecionados:

Competição:

– “Holy Spider” (Holy Spider – 2022, França / Alemanha / Suécia / Dinamarca), de Ali Abbasi;

– “Les Amandiers” (Les Amandiers – 2022, França / Itália), de Valeria Bruni Tedeschi;

– “Crimes of the Future”, de David Cronenberg;

– “The Stars at Noon”, de Claire Denis;

– “Frere et Soeur” (Frere et Soeur – 2022, França), de Arnaud Desplechin;

– “Tori and Lokita” (Tori and Lokita – 2022, França), de Jean-Pierre e Luc Dardenne;

– “Close” (Close – 2022, Bélgica / Países Baixos / França), de Lukas Dhont;

– “Armageddon Time” (Armageddon Time – 2022, Brasil / EUA), de James Gray;

– “Broker”, de Hirokazu Kore-eda;

– “Nostalgia” (Nostalgia – 2022, Itália), de Mario Martone;

– “R.M.N” (R.M.N – 2022, Romênia / França), de Cristian Mungiu;

– “Triangle of Sadness” (Triangle of Sadness – 2022, Suécia / Reino Unido / EUA / França / Grécia), de Ruben Östlund;

– “Decisions to Leave” (Decisions to Leave – 2022, Coreia do Sul), de Park Chan-Wook;

– “Showing Up”, de Kelly Reichardt;

– “Leila’s Brothers” (Leila’s Brothers – 2022, Irã), de Saeed Roustayi;

– “Boy from Heaven” (Boy from Heaven – 2022, Egito), de Tarik Saleh;

– “Tchaikovsky’s Wife” (Tchaikovsky’s Wife – 2022, Rússia / França), de Kirill Serebrennikov;

– “Hi-Han (Eo)” (Hi-Han (Eo) – 2022, Polônia), de Jerzy Skolimowski.

 

Un Certain Regard:

– “Les Pires” (Les Pires – 2022), de Lise Akoka e Romane Gueret;

– “Burning Days” (Balkaya – 2022, Turquia), de Emin Alper;

– “Metronom” (Metronom – 2022, Alemanha / Romênia), de Alexandru Belc;

– “Retour a Seoul” (Retour a Seoul – 2022), de Davy Chou;

– “Sick of Myself” (Sick of Myself – 2022, Noruega), de Kristoffer Borgli;

– “Domingo y La Niebla” (Domingo y La Niebla – 2022), de Ariel Escalante Meza;

– “Plan 75” (Plan 75 – 2022), de Hayakawa Chie;

– “Beast” (Beast – 2022, Índia), de Riley Keough e Gina Gammell;

– “Corsage” (Corsage – 2022, Áustria / França / Alemanha / Luxemburgo), de Marie Kreutzer;

– “Butterfly Vision” (Butterfly Vision – 2022), de Maksym Nakonechnyi;

– “Volada Land” (Vanskabte Land – 2022, Dinamarca / Islândia / França / Suécia), de Hlynur Palmason;

– “Rodeo” (Rodeo – 2022), de Lola Quivoron;

– “Joyland” (Joyland – 2022), de Saim Sadiq;

– “The Stranger” (The Stranger – 2022, Austrália), de Thomas M. Wright;

– “The Silent Twins” (The Silent Twins – 2022, Polônia / EUA / Reino Unido), de Agnieszka Smoczynska.

 

Cannes Premiere:

– “Outside Night” (Outside Night – 2022), de Marco Bellocchio;

– “Nos Frangins” (Nos Frangins – 2022), de Rachid Bouchareb;

– “Irma Vep” (Irma Vep – 2022, EUA), de Olivier Assayas – série;

– “Dodo” (Dodo – 2022, Grécia / França / Bélgica), de Panos H. Koutras.

 

Special Screenings:

– “The Natural History of Destruction” (The Natural History of Destruction – 2022), de Sergei Loznitsa;

– “Jerry Lee Lewis: Trouble in Mind” (Jerry Lee Lewis: Trouble in Mind – 2022, EUA), de Ethan Coen;

– “All That Breathes” (All That Breathes – 2022, Reino Unido / Índia / EUA), de Shaunak Sem.

 

Midnight Screenings:

– “Moonage Daydream” (Moonage Daydream – 2022), de Brett Morgen;

– “Smoking Makes You Cough” (Fumer fait tousser – 2022, França), de Quentin Dupieux;

– “Hunt” (Hunt – 2022), de Lee Jung-Jae;

 

Fora de competição:

– “Top Gun: Maverick”, de Joseph Kosinski;

– “Elvis” (Elvis – 2022, EUA / Austrália), de Baz Luhrmann;

– “Three Thousand Years of Longing” (Three Thousand Years of Longing – 2022, Austrália / EUA), de George Miller;

– “November” (Novembre – 2022, França), de Cédric Jimenez;

– “Masquerade” (Masquerade – 2022, França), de Nicolas Bedos.