Festival do Rio 2017: ‘A Ciambra’

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Primeiro de cinco filmes produzidos pelo brasileiro Rodrigo Teixeira em parceria com Martin Scorsese, “A Ciambra” (Idem – 2017) é um dos títulos selecionados para a Mostra Foco Itália do Festival do Rio 2017, que acontece até o próximo domingo, dia 15.   Com direção e roteiro de Jonas Carpignano, o filme é a versão […]

POR Ana Carolina Garcia13/10/2017|3 min de leitura

Festival do Rio 2017: ‘A Ciambra’

“A Ciambra” é o primeiro de cinco filmes produzidos por Rodrigo Teixeira em parceria com Martin Scorsese (Foto: Divulgação).

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Primeiro de cinco filmes produzidos pelo brasileiro Rodrigo Teixeira em parceria com Martin Scorsese, “A Ciambra” (Idem – 2017) é um dos títulos selecionados para a Mostra Foco Itália do Festival do Rio 2017, que acontece até o próximo domingo, dia 15.

 

Com direção e roteiro de Jonas Carpignano, o filme é a versão em longa-metragem do curta homônimo lançado em 2014 e mostra o adolescente Pio (Pio Amato) assumindo a responsabilidade de cuidar da família após a prisão do irmão mais velho. Cometendo pequenos crimes para colocar dinheiro em casa, o jovem fica cada vez mais fascinado por esse universo e começa a idealizar golpes que possam lhe render quantias maiores. Mas a lição chega por meio de uma difícil decisão que o coloca entre a família e o amigo que sempre o ajudou e se preocupou com o seu futuro.

 

Ainda sem data de lançamento no Brasil, “A Ciambra” é uma produção que aborda o preconceito em formas diferentes, inclusive entre minorias – ciganos contra negros, por exemplo. Mais do que isso, faz um retrato das consequências sociais nas vidas de crianças e adolescentes. Fora da escola e vítimas do descaso de seus familiares, eles são precocemente expostos ao álcool, cigarro, drogas ilícitas e ao mundo do crime, encarando cada um deles como algo bastante natural.

 

Pio e as outras crianças da família são expostas ao álcool, cigarro, drogas ilícitas e ao mundo do crime desde cedo (Foto: Divulgação).

 

Tentando passear pelo Neorrealismo Italiano e pelo Naturalismo, “A Ciambra” se preocupa mais em mostrar os atos de Pio do que explorar satisfatoriamente a realidade na qual ele e sua família estão inseridos. Com um roteiro raso, o filme sofre não apenas com uma carência de conteúdo, mas também de emoção, algo que prejudica o seu resultado final por torná-lo pouco envolvente e cansativo de assistir.

 

Representante italiano na disputa por uma vaga entre os finalistas da categoria de melhor filme estrangeiro do Oscar 2018, “A Ciambra” desperdiça seu potencial dramático e, acima de tudo, a chance de levar às telas uma crítica social contundente sobre uma Itália pouco explorada e que vai além dos belos pontos turísticos de Roma e Florença.

Primeiro de cinco filmes produzidos pelo brasileiro Rodrigo Teixeira em parceria com Martin Scorsese, “A Ciambra” (Idem – 2017) é um dos títulos selecionados para a Mostra Foco Itália do Festival do Rio 2017, que acontece até o próximo domingo, dia 15.

 

Com direção e roteiro de Jonas Carpignano, o filme é a versão em longa-metragem do curta homônimo lançado em 2014 e mostra o adolescente Pio (Pio Amato) assumindo a responsabilidade de cuidar da família após a prisão do irmão mais velho. Cometendo pequenos crimes para colocar dinheiro em casa, o jovem fica cada vez mais fascinado por esse universo e começa a idealizar golpes que possam lhe render quantias maiores. Mas a lição chega por meio de uma difícil decisão que o coloca entre a família e o amigo que sempre o ajudou e se preocupou com o seu futuro.

 

Ainda sem data de lançamento no Brasil, “A Ciambra” é uma produção que aborda o preconceito em formas diferentes, inclusive entre minorias – ciganos contra negros, por exemplo. Mais do que isso, faz um retrato das consequências sociais nas vidas de crianças e adolescentes. Fora da escola e vítimas do descaso de seus familiares, eles são precocemente expostos ao álcool, cigarro, drogas ilícitas e ao mundo do crime, encarando cada um deles como algo bastante natural.

 

Pio e as outras crianças da família são expostas ao álcool, cigarro, drogas ilícitas e ao mundo do crime desde cedo (Foto: Divulgação).

 

Tentando passear pelo Neorrealismo Italiano e pelo Naturalismo, “A Ciambra” se preocupa mais em mostrar os atos de Pio do que explorar satisfatoriamente a realidade na qual ele e sua família estão inseridos. Com um roteiro raso, o filme sofre não apenas com uma carência de conteúdo, mas também de emoção, algo que prejudica o seu resultado final por torná-lo pouco envolvente e cansativo de assistir.

 

Representante italiano na disputa por uma vaga entre os finalistas da categoria de melhor filme estrangeiro do Oscar 2018, “A Ciambra” desperdiça seu potencial dramático e, acima de tudo, a chance de levar às telas uma crítica social contundente sobre uma Itália pouco explorada e que vai além dos belos pontos turísticos de Roma e Florença.

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