Festival do Rio 2018: ‘Chacrinha – O Velho Guerreiro’

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

Popularmente conhecido como Chacrinha, José Abelardo Barbosa de Medeiros deu seus primeiros passos rumo ao estrelato numa pequena rádio de Niterói, Rio de Janeiro, antes de invadir a telinha com seus figurinos extravagantes, buzina, abacaxi, bacalhau e tudo o mais que consolidou sua carreira na televisão. Sua trajetória é contada em “Chacrinha – O Velho […]

POR Ana Carolina Garcia03/11/2018|4 min de leitura

Festival do Rio 2018: ‘Chacrinha – O Velho Guerreiro’

“Chacrinha – O Velho Guerreiro” recebeu 12 indicações ao Troféu Otelo (Foto: Divulgação / Crédito: Suzanna Tierrie).

| Siga-nos Google News

Popularmente conhecido como Chacrinha, José Abelardo Barbosa de Medeiros deu seus primeiros passos rumo ao estrelato numa pequena rádio de Niterói, Rio de Janeiro, antes de invadir a telinha com seus figurinos extravagantes, buzina, abacaxi, bacalhau e tudo o mais que consolidou sua carreira na televisão. Sua trajetória é contada em “Chacrinha – O Velho Guerreiro” (2018), que foi exibido no Cine Odeon numa sessão especial do Festival do Rio na última sexta-feira, dia 02.

 

Gianne Albertoni vive Elke Maravilha, uma das juradas do Cassino do Chacrinha, programa responsável por revelar grandes nomes da música brasileira (Foto: Divulgação / Crédito: Suzanna Tierrie).

Com direção de Andrucha Waddington, o filme entra em cartaz no circuito comercial na próxima quinta-feira, dia 08, começa no período da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) quando Abelardo Barbosa (Eduardo Sterblitch / Stepan Nercessian) desembarcou no Rio de Janeiro, então capital do país, decidido a ficar para vencer na vida. Da Rádio da Chacrinha para a Tamoio e depois para as principais emissoras de televisão, Abelardo consolidou sua carreira como Chacrinha, o apresentador politicamente incorreto que conquistou o público por meio de atrações bizarras como um concurso de pulgas, irritando a direção da Rede Globo, principalmente Boni (Thelmo Fernandes). Com temperamento forte, cuidava de seu programa com rigor, assim como das chacretes, o que afetava sua vida familiar, afastando-o da esposa e dos filhos, Jorge (Rodrigo Pandolfo) e os gêmeos Leleco e Nanato, interpretados por Pablo Sanábio.

 

Recriando o universo de Chacrinha com muito esmero, inclusive ao apresentar a criação de alguns de seus bordões, “Eu vim para confundir, não para explicar” e “Vai para o trono ou não?”, por exemplo, o longa oferece à plateia uma viagem nostálgica aos anos dourados da televisão brasileira. Isto se deve não somente à direção de arte e figurinos impecáveis, como também à dedicação de seu elenco, completamente integrado entre si e seus respectivos personagens. No entanto, os destaques são Eduardo Sterblitch e Stepan Nercessian.

 

Eduardo Sterblitch interpreta Chacrinha, na fase jovem, no longa que será adaptado para a TV (Foto: Divulgação / Crédito: Suzanna Tierrie).

 

Responsável por interpretar Abelardo Barbosa na fase mais jovem, Sterblitch compõe Abelardo explorando suas diferentes nuances, do homem com sede de vitória ao apaixonado pela futura esposa, que conheceu no auditório da rádio. Enquanto Nercessian, reprisando o personagem do teatro, aposta no lado mais impaciente do Velho Guerreiro, trabalhando a irreverência mostrada às câmeras e as explosões dos bastidores, mas assumindo um tom quase caricatural nas cenas ambientadas no programa, o que dá a sensação de reverência à Chacrinha.

 

Conduzido com competência por Andrucha Waddington, “Chacrinha – O Velho Guerreiro” faz um bom apanhado da trajetória do apresentador, mas derrapa um pouquinho ao não aprofundar o drama familiar e na caracterização da mãe de Chacrinha que, apesar da enorme passagem de tempo, continua igual.

 

Desta forma, o que falta ao longa é mostrar com afinco o homem por trás do maior comunicador da História do Brasil. Mas, no fim das contas, entre a buzina e o trono, o filme de Andrucha fica com o segundo, pois cumpre a sua proposta ao resgatar a irreverência do Velho Guerreiro, que, nos dias atuais, não passaria incólume à patrulha politicamente correta.

 

Leia também:

Festival do Rio 2018 começa nesta quinta

 

Assista ao trailer oficial:

Popularmente conhecido como Chacrinha, José Abelardo Barbosa de Medeiros deu seus primeiros passos rumo ao estrelato numa pequena rádio de Niterói, Rio de Janeiro, antes de invadir a telinha com seus figurinos extravagantes, buzina, abacaxi, bacalhau e tudo o mais que consolidou sua carreira na televisão. Sua trajetória é contada em “Chacrinha – O Velho Guerreiro” (2018), que foi exibido no Cine Odeon numa sessão especial do Festival do Rio na última sexta-feira, dia 02.

 

Gianne Albertoni vive Elke Maravilha, uma das juradas do Cassino do Chacrinha, programa responsável por revelar grandes nomes da música brasileira (Foto: Divulgação / Crédito: Suzanna Tierrie).

Com direção de Andrucha Waddington, o filme entra em cartaz no circuito comercial na próxima quinta-feira, dia 08, começa no período da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) quando Abelardo Barbosa (Eduardo Sterblitch / Stepan Nercessian) desembarcou no Rio de Janeiro, então capital do país, decidido a ficar para vencer na vida. Da Rádio da Chacrinha para a Tamoio e depois para as principais emissoras de televisão, Abelardo consolidou sua carreira como Chacrinha, o apresentador politicamente incorreto que conquistou o público por meio de atrações bizarras como um concurso de pulgas, irritando a direção da Rede Globo, principalmente Boni (Thelmo Fernandes). Com temperamento forte, cuidava de seu programa com rigor, assim como das chacretes, o que afetava sua vida familiar, afastando-o da esposa e dos filhos, Jorge (Rodrigo Pandolfo) e os gêmeos Leleco e Nanato, interpretados por Pablo Sanábio.

 

Recriando o universo de Chacrinha com muito esmero, inclusive ao apresentar a criação de alguns de seus bordões, “Eu vim para confundir, não para explicar” e “Vai para o trono ou não?”, por exemplo, o longa oferece à plateia uma viagem nostálgica aos anos dourados da televisão brasileira. Isto se deve não somente à direção de arte e figurinos impecáveis, como também à dedicação de seu elenco, completamente integrado entre si e seus respectivos personagens. No entanto, os destaques são Eduardo Sterblitch e Stepan Nercessian.

 

Eduardo Sterblitch interpreta Chacrinha, na fase jovem, no longa que será adaptado para a TV (Foto: Divulgação / Crédito: Suzanna Tierrie).

 

Responsável por interpretar Abelardo Barbosa na fase mais jovem, Sterblitch compõe Abelardo explorando suas diferentes nuances, do homem com sede de vitória ao apaixonado pela futura esposa, que conheceu no auditório da rádio. Enquanto Nercessian, reprisando o personagem do teatro, aposta no lado mais impaciente do Velho Guerreiro, trabalhando a irreverência mostrada às câmeras e as explosões dos bastidores, mas assumindo um tom quase caricatural nas cenas ambientadas no programa, o que dá a sensação de reverência à Chacrinha.

 

Conduzido com competência por Andrucha Waddington, “Chacrinha – O Velho Guerreiro” faz um bom apanhado da trajetória do apresentador, mas derrapa um pouquinho ao não aprofundar o drama familiar e na caracterização da mãe de Chacrinha que, apesar da enorme passagem de tempo, continua igual.

 

Desta forma, o que falta ao longa é mostrar com afinco o homem por trás do maior comunicador da História do Brasil. Mas, no fim das contas, entre a buzina e o trono, o filme de Andrucha fica com o segundo, pois cumpre a sua proposta ao resgatar a irreverência do Velho Guerreiro, que, nos dias atuais, não passaria incólume à patrulha politicamente correta.

 

Leia também:

Festival do Rio 2018 começa nesta quinta

 

Assista ao trailer oficial:

Notícias Relacionadas

Ver tudo