Baseado na obra “Firing Point”, de George Wallace e Don Keith, “Fúria em Alto Mar” (Hunter Killer – 2018) entra em cartaz nesta quinta-feira, dia 25, nos cinemas brasileiros. Resgatando o espírito do cinema de ação produzido na década de 1980, o longa aposta mais na ação do que numa trama bem estruturada, uma […]
POR Ana Carolina Garcia25/10/2018|3 min de leitura
Baseado na obra “Firing Point”, de George Wallace e Don Keith, “Fúria em Alto Mar” (Hunter Killer – 2018) entra em cartaz nesta quinta-feira, dia 25, nos cinemas brasileiros.
Resgatando o espírito do cinema de ação produzido na década de 1980, o longa aposta mais na ação do que numa trama bem estruturada, uma vez que pouco é explicado acerca do golpe contra o presidente russo, planejado por seu Ministro da Defesa, Dmitri Durov (Michael Gor), o responsável por substituí-lo em caso de doença. Obcecado por iniciar um conflito que pode culminar na Terceira Guerra Mundial, Durov tem em seu encalço oficiais americanos enviados à Península de Kola (Rússia) após o submarino USS Tampa Bay ter sido torpedeado. Para evitar a guerra, eles precisam colocar em prática o plano de exfiltração do presidente Zacarin (Alexander Diachenko), sob as ordens de Joe Glass (Gerard Butler), comandante do USS Arkansas.
A atmosfera oitentista fica nítida desde o início, principalmente pela composição do Ministro Durov, que sintetiza todos os estereótipos de personagens russos que invadiram as telas em produções do período da Guerra Fria, pois surge como o militar mau que quer combater os Estados Unidos a qualquer custo. Assim como Gerard Butler, o “mocinho” que deseja salvar o mundo, mas numa atuação apática e inconvincente.
Reunindo os atores Michael Nyqvist (Andropov) e Ilia Volok (Vlad Sutrev), companheiros de cena em “Missão Impossível: Protocolo Fantasma” (Mission: Impossible – Ghost Protocol – 2011) e “Sem Saída” (Abduction – 2011), o elenco de apoio é desperdiçado, inclusive alguns coadjuvantes de peso cujos personagens poderiam acrescentar muito à trama, como Linda Cardellini (Jayne Norquist), Common (John Fisk) e Gary Oldman (Charles Donnegan).
Com direção de Donovan Marsh, “Fúria em Alto Mar” utiliza uma fórmula batida e bem sucedida em Hollywood, recriando com eficiência a atmosfera claustrofóbica dos submarinos. Mas, apesar disso, deixa a desejar em diversos momentos, sobretudo por não fazer jus ao gênero popularizado por Bruce Willis, Sylvester Stallone, Steven Seagal e tantos outros.
“Fúria em Alto Mar” é um filme sobre as consequências da sede de poder desmedido que tem o medo e o caos como combustíveis, desenvolvendo-se de maneira a mostrar a tensão entre Estados Unidos e Rússia pós-Guerra Fria, mas transmitindo a mensagem de respeito e união como base para a coexistência pacífica, evitando, assim, a barbárie.
Assista ao trailer oficial:
Baseado na obra “Firing Point”, de George Wallace e Don Keith, “Fúria em Alto Mar” (Hunter Killer – 2018) entra em cartaz nesta quinta-feira, dia 25, nos cinemas brasileiros.
Resgatando o espírito do cinema de ação produzido na década de 1980, o longa aposta mais na ação do que numa trama bem estruturada, uma vez que pouco é explicado acerca do golpe contra o presidente russo, planejado por seu Ministro da Defesa, Dmitri Durov (Michael Gor), o responsável por substituí-lo em caso de doença. Obcecado por iniciar um conflito que pode culminar na Terceira Guerra Mundial, Durov tem em seu encalço oficiais americanos enviados à Península de Kola (Rússia) após o submarino USS Tampa Bay ter sido torpedeado. Para evitar a guerra, eles precisam colocar em prática o plano de exfiltração do presidente Zacarin (Alexander Diachenko), sob as ordens de Joe Glass (Gerard Butler), comandante do USS Arkansas.
A atmosfera oitentista fica nítida desde o início, principalmente pela composição do Ministro Durov, que sintetiza todos os estereótipos de personagens russos que invadiram as telas em produções do período da Guerra Fria, pois surge como o militar mau que quer combater os Estados Unidos a qualquer custo. Assim como Gerard Butler, o “mocinho” que deseja salvar o mundo, mas numa atuação apática e inconvincente.
Reunindo os atores Michael Nyqvist (Andropov) e Ilia Volok (Vlad Sutrev), companheiros de cena em “Missão Impossível: Protocolo Fantasma” (Mission: Impossible – Ghost Protocol – 2011) e “Sem Saída” (Abduction – 2011), o elenco de apoio é desperdiçado, inclusive alguns coadjuvantes de peso cujos personagens poderiam acrescentar muito à trama, como Linda Cardellini (Jayne Norquist), Common (John Fisk) e Gary Oldman (Charles Donnegan).
Com direção de Donovan Marsh, “Fúria em Alto Mar” utiliza uma fórmula batida e bem sucedida em Hollywood, recriando com eficiência a atmosfera claustrofóbica dos submarinos. Mas, apesar disso, deixa a desejar em diversos momentos, sobretudo por não fazer jus ao gênero popularizado por Bruce Willis, Sylvester Stallone, Steven Seagal e tantos outros.
“Fúria em Alto Mar” é um filme sobre as consequências da sede de poder desmedido que tem o medo e o caos como combustíveis, desenvolvendo-se de maneira a mostrar a tensão entre Estados Unidos e Rússia pós-Guerra Fria, mas transmitindo a mensagem de respeito e união como base para a coexistência pacífica, evitando, assim, a barbárie.