Aguardado com muita ansiedade pelos fãs de quadrinhos e super-heróis, “Liga da Justiça” (Justice League – 2017) entra em cartaz nesta quarta-feira, dia 15. Tanta ansiedade é justificada pelos resultados distintos de “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça” (Batman v Superman: Dawn Of Justice – 2016) e “Mulher-Maravilha” (Wonder Woman – 2017), grande sucesso […]
POR Ana Carolina Garcia15/11/2017|5 min de leitura
Aguardado com muita ansiedade pelos fãs de quadrinhos e super-heróis, “Liga da Justiça” (Justice League – 2017) entra em cartaz nesta quarta-feira, dia 15. Tanta ansiedade é justificada pelos resultados distintos de “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça” (Batman v Superman: Dawn Of Justice – 2016) e “Mulher-Maravilha” (Wonder Woman – 2017), grande sucesso que recuperou a credibilidade dos filmes da DC / Warner junto ao público e à crítica especializada, aumentando ainda mais a expectativa em torno dessa reunião de heróis da DC Comics.
No longa, Bruce Wayne / Batman (Ben Affleck) precisa lidar com o sentimento de culpa que carrega desde a morte de Clark Kent / Superman (Henry Cavill) para poder salvar o planeta da iminente destruição, mas sua missão requer a formação de um time de super-heróis. Contando com a ajuda de Diana Prince / Mulher-Maravilha (Gal Gadot), Wayne recruta Arthur Curry / Aquaman (Jason Momoa), Barry Allen / The Flash (Ezra Miller) e Victor Stone / Cyborg (Ray Fisher) para deter Steppenwolf (Ciarán Hinds), vilão sedento por vingança que deseja reunir as três caixas maternas e obter todo o poder do universo.
Com um elenco de peso, mas pouco integrado entre si, os destaques são Affleck e Gadot. Cada vez mais à vontade dentro desse universo de super-heróis, os dois esbanjam química em cena e dosam com perspicácia emoção, ação e humor refinado, tornando-se responsáveis pelos momentos mais interessantes do longa que tem como mensagem a importância da união em prol do bem comum, concedendo a esperança necessária para restaurar a fé na humanidade e em suas raízes e, consequentemente, na família – algo recorrente em Hollywood esse ano.
O problema é que ao colocar todos os holofotes sobre Batman e Mulher-Maravilha, outros personagens foram deixados em segundo plano e, portanto, carecem de conteúdo e desenvolvimento, inclusive o próprio Superman. Mesmo com suas histórias pregressas apresentadas rapidamente ao longo da trama, Cyborg, Flash e Aquaman são mal aproveitados pelo roteiro de Chris Terrio e Joss Whedon, que assumiu a direção e a finalização do longa após o afastamento de Zack Snyder em decorrência do suicídio de sua filha em março deste ano.
Responsável por “Os Vingadores” (The Avengers – 2012), Whedon se juntou à equipe devido ao enorme esforço da Warner para adequar as produções cinematográficas da DC ao padrão de qualidade instituído pelas da Marvel, sobretudo tecnicamente, uma vez que nem todos os longas-metragens do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM) apresentam histórias desenvolvidas com esmero. E assim como aconteceu em “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça”, blockbuster que serviu de introdução para “Liga da Justiça”, essa fixação do estúdio se reflete no filme e acaba por prejudicá-lo um pouco, principalmente pela maneira com a qual o humor é inserido na trama.
O melhor exemplo disso é Barry Allen / The Flash, composto por Ezra Miller de forma a remeter os espectadores quase que imediatamente ao Peter Parker / Homem-Aranha de Tom Holland em “Capitão América: Guerra Civil” (Captain America: Civil War – 2016), principalmente os que não conhecem o suficiente a história e as características do personagem. Surgindo em cena como o caçula do grupo, The Flash demonstra inseguranças e humor inerentes à sua juventude, tentando fazer graça sempre que possível, porém de forma artificial e forçada na maioria das vezes.
Referenciando filmes estrelados por Batman e Superman, inclusive ao utilizar os temas de “Batman” (Idem – 1989) e “Superman: O Filme” (Superman – 1978), respectivamente compostos por Danny Elfman e John Williams, “Liga da Justiça” é o típico filme dirigido por Zack Snyder. Ou seja, oferece ação desenfreada, alicerçada no espetáculo visual, em detrimento de uma trama consistente. No entanto, supera “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça” em termos de qualidade, sobretudo por ser uma produção ágil e enxuta.
Apesar dos problemas, “Liga da Justiça” funciona bem não apenas como entretenimento puro e simples, como também para definir com clareza o rumo que será tomado pelos próximos filmes da DC / Warner. Mais do que isso, é a prova do esforço do estúdio para realizar produções que possam superar os erros do passado e brigar em pé de igualdade com quaisquer títulos produzidos pela rival Marvel, tanto para a Disney quanto para a Fox e Sony. E é esse esforço por deixar a plateia curiosa e ansiosa em relação aos próximos lançamentos protagonizados por esses heróis.
Ah, uma dica: aguarde as cenas pós-créditos. São duas, mas é a segunda que realmente importa para o futuro do Universo Cinematográfico DC.
Assista ao trailer oficial legendado:
Aguardado com muita ansiedade pelos fãs de quadrinhos e super-heróis, “Liga da Justiça” (Justice League – 2017) entra em cartaz nesta quarta-feira, dia 15. Tanta ansiedade é justificada pelos resultados distintos de “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça” (Batman v Superman: Dawn Of Justice – 2016) e “Mulher-Maravilha” (Wonder Woman – 2017), grande sucesso que recuperou a credibilidade dos filmes da DC / Warner junto ao público e à crítica especializada, aumentando ainda mais a expectativa em torno dessa reunião de heróis da DC Comics.
No longa, Bruce Wayne / Batman (Ben Affleck) precisa lidar com o sentimento de culpa que carrega desde a morte de Clark Kent / Superman (Henry Cavill) para poder salvar o planeta da iminente destruição, mas sua missão requer a formação de um time de super-heróis. Contando com a ajuda de Diana Prince / Mulher-Maravilha (Gal Gadot), Wayne recruta Arthur Curry / Aquaman (Jason Momoa), Barry Allen / The Flash (Ezra Miller) e Victor Stone / Cyborg (Ray Fisher) para deter Steppenwolf (Ciarán Hinds), vilão sedento por vingança que deseja reunir as três caixas maternas e obter todo o poder do universo.
Com um elenco de peso, mas pouco integrado entre si, os destaques são Affleck e Gadot. Cada vez mais à vontade dentro desse universo de super-heróis, os dois esbanjam química em cena e dosam com perspicácia emoção, ação e humor refinado, tornando-se responsáveis pelos momentos mais interessantes do longa que tem como mensagem a importância da união em prol do bem comum, concedendo a esperança necessária para restaurar a fé na humanidade e em suas raízes e, consequentemente, na família – algo recorrente em Hollywood esse ano.
O problema é que ao colocar todos os holofotes sobre Batman e Mulher-Maravilha, outros personagens foram deixados em segundo plano e, portanto, carecem de conteúdo e desenvolvimento, inclusive o próprio Superman. Mesmo com suas histórias pregressas apresentadas rapidamente ao longo da trama, Cyborg, Flash e Aquaman são mal aproveitados pelo roteiro de Chris Terrio e Joss Whedon, que assumiu a direção e a finalização do longa após o afastamento de Zack Snyder em decorrência do suicídio de sua filha em março deste ano.
Responsável por “Os Vingadores” (The Avengers – 2012), Whedon se juntou à equipe devido ao enorme esforço da Warner para adequar as produções cinematográficas da DC ao padrão de qualidade instituído pelas da Marvel, sobretudo tecnicamente, uma vez que nem todos os longas-metragens do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM) apresentam histórias desenvolvidas com esmero. E assim como aconteceu em “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça”, blockbuster que serviu de introdução para “Liga da Justiça”, essa fixação do estúdio se reflete no filme e acaba por prejudicá-lo um pouco, principalmente pela maneira com a qual o humor é inserido na trama.
O melhor exemplo disso é Barry Allen / The Flash, composto por Ezra Miller de forma a remeter os espectadores quase que imediatamente ao Peter Parker / Homem-Aranha de Tom Holland em “Capitão América: Guerra Civil” (Captain America: Civil War – 2016), principalmente os que não conhecem o suficiente a história e as características do personagem. Surgindo em cena como o caçula do grupo, The Flash demonstra inseguranças e humor inerentes à sua juventude, tentando fazer graça sempre que possível, porém de forma artificial e forçada na maioria das vezes.
Referenciando filmes estrelados por Batman e Superman, inclusive ao utilizar os temas de “Batman” (Idem – 1989) e “Superman: O Filme” (Superman – 1978), respectivamente compostos por Danny Elfman e John Williams, “Liga da Justiça” é o típico filme dirigido por Zack Snyder. Ou seja, oferece ação desenfreada, alicerçada no espetáculo visual, em detrimento de uma trama consistente. No entanto, supera “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça” em termos de qualidade, sobretudo por ser uma produção ágil e enxuta.
Apesar dos problemas, “Liga da Justiça” funciona bem não apenas como entretenimento puro e simples, como também para definir com clareza o rumo que será tomado pelos próximos filmes da DC / Warner. Mais do que isso, é a prova do esforço do estúdio para realizar produções que possam superar os erros do passado e brigar em pé de igualdade com quaisquer títulos produzidos pela rival Marvel, tanto para a Disney quanto para a Fox e Sony. E é esse esforço por deixar a plateia curiosa e ansiosa em relação aos próximos lançamentos protagonizados por esses heróis.
Ah, uma dica: aguarde as cenas pós-créditos. São duas, mas é a segunda que realmente importa para o futuro do Universo Cinematográfico DC.