Oscar 2018: ‘A Forma da Água’ é a segunda fantasia a vencer a estatueta principal
Neste domingo, dia 04, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) realizou no Dolby Theatre, em Los Angeles, a 90a cerimônia de entrega do Oscar. E o grande vencedor da maior festa do cinema mundial foi “A Forma da Água” (The Shape of Water […]
POR Ana Carolina Garcia05/03/2018|15 min de leitura
Neste domingo, dia 04, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) realizou no Dolby Theatre, em Los Angeles, a 90a cerimônia de entrega do Oscar. E o grande vencedor da maior festa do cinema mundial foi “A Forma da Água” (The Shape of Water – 2017), que faturou quatros das 13 categorias a que concorria.
Ao longo de 90 anos, a AMPAS indicou 540 títulos ao prêmio de melhor filme, mas apenas 26 deles são classificados como fantasia, incluindo “A Forma da Água”, que entrou para a história do cinema como a segunda produção do gênero a vencer a estatueta principal – a primeira foi “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” (The Lord of the Rings: The Return of the King – 2003). Inspirado em “O Monstro da Lagoa Negra” (Creature from the Black Lagoon – 1954), o longa de del Toro venceu ainda as categorias de design de produção, trilha sonora original e direção.
“Eu sou um imigrante, como Alfonso (Cuarón), Gael (García Bernal) e muitos de vocês. A melhor coisa no nosso setor é poder apagar as linhas na areia, as fronteiras, quando o mundo tenta fazê-las mais profundas. Muros só vão piorar as coisas”, disse o emocionado Guillermo del Toro em seu discurso de agradecimento do Oscar de melhor direção.
Com isto, Guillermo del Toro se tornou o segundo cineasta mexicano a vencer o Golden Boy de melhor filme e direção pelo mesmo longa-metragem. O primeiro a conseguir tal feito foi Alejandro González Iñárritu por “Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)” (Birdman or The Unexpected Virtue of Ignorance – 2014) há três anos. Contudo, ao contrário de seu conterrâneo na produção estrelada por Michael Keaton, del Toro perdeu a estatueta de melhor roteiro original.
Indicado a sete estatuetas e considerado o maior adversário de “A Forma da Água”, “Três Anúncios Para um Crime” (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri – 2017) venceu somente as de melhor ator coadjuvante para Sam Rockwell e atriz para Frances McDormand, que fez um discurso em prol das mulheres. “Todas nós temos histórias para contar e projetos para financiar. Não falem conosco sobre isso nas festas esta noite. Nos convidem para seus escritórios daqui a alguns dias. Ou podem ir aos nossos. O que for melhor. E contaremos tudo sobre eles”, disse a atriz, que completou: “Vamos ser roteiristas de inclusão”.
Dentre os nove indicados da categoria de melhor filme, apenas dois deixaram o auditório sem nenhuma estatueta: “The Post: A Guerra Secreta” (The Post – 2017) e “Lady Bird – A Hora de Voar” (Lady Bird – 2017), que representava uma ameaça aos seus concorrentes por ser dirigido por uma mulher no ano em que movimentos como “Time’s Up” e o “#MeToo” deram o tom em muitas premiações.
Com menos manifestações que o Globo de Ouro, o Oscar foi totalmente previsível, sobretudo nas categorias de atores principais e coadjuvantes, repetindo os resultados do já citado prêmio concedido pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA) e do SAG Awards, concedido pelo Sindicato dos Atores (Screen Actors Guild – SAG). Desta forma, além de Rockwell e McDormand, Gary Oldman levou a estatueta dourada de melhor ator por “O Destino de Uma Nação” (Darkest Hour – 2017) e Allison Janney faturou a de atriz coadjuvante por “Eu, Tonya” (I, Tonya – 2017).
Produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, “Me Chame Pelo Seu Nome” (Call Me By Your Name – 2017) concorria em quatro categorias, mas venceu somente a de roteiro adaptado para James Ivory, que se tornou o profissional mais velho a receber a honraria da AMPAS. Outro brasileiro, Carlos Saldanha, também perdeu a estatueta, algo previsto por ele que, ainda no tapete vermelho, disse que o importante era chegar até ali. Saldanha disputava o Golden Boy de melhor animação por “O Touro Ferdinando” (Ferdinand – 2017), mas foi derrotado por “Viva – A Vida é Uma Festa” (Coco – 2017), da Disney.
Apresentada por Jimmy Kimmel, a cerimônia começou com um vídeo em preto e branco mesclando imagens atuais e de arquivo para celebrar os 90 anos do Oscar. Em seu monólogo de abertura, Kimmel, que apresentou o prêmio pelo segundo ano consecutivo, brincou com a gafe infeliz do ano anterior, dizendo que os anunciados deveriam esperar um pouco antes de se dirigir ao palco para receber a estatueta.
Depois da gafe histórica do ano passado, Faye Dunaway e Warren Beatty voltaram ao Dolby Theatre para apresentar o prêmio principal da noite, o de melhor filme. “Nada vai dar errado desta vez”, afirmou Kimmel, chamando-os ao palco. “Como dizem, apresentar é melhor na segunda vez”, disse Dunaway, que deixou o anúncio para Beatty – ressaltando que os envelopes continham os nomes das categorias em letras gigantescas para evitar novos erros.
Assim como o erro envolvendo “La La Land – Cantando Estações” (La La Land – 2016) e “Moonlight – Sob a Luz do Luar” (Moonlight – 2016) em 2017, o escândalo que abalou as estruturas de Hollywood também foi lembrado pelo apresentador, que falou sobre Harvey Weinstein e as subsequentes acusações contra outros profissionais. “Não podemos mais deixar o mau comportamento passar, precisamos dar o exemplo, o mundo está olhando para nós”, disse Kimmel.
Acertando o tom como mestre de cerimônias, Kimmel também citou o imenso sucesso de público de “Pantera Negra” (The Black Panther – 2017), a desigualdade salarial entre homens e mulheres na indústria do entretenimento e disse que o Oscar é o homem mais amado de Hollywood. “Os homens fizeram tanta coisa errada que as mulheres começaram a sair com peixes”, brincou Kimmel ao se referir ao longa “A Forma da Água”.
Ashley Judd, Annabella Sciorra e Salma Hayek também falaram sobre igualdade, levantando a bandeira do movimento “Time’s Up” para apresentar um vídeo sobre a importância da representatividade na indústria, com profissionais de raças, nacionalidades e gêneros diferentes. “As mudanças vêm de novas vozes, vozes diferentes. Um coro poderoso está dizendo: ‘Time’s Up’. Gostaríamos de falar dessas pessoas que deram tudo e acabaram com essa discussão enviesada em relação a gênero e etnia”, disse Judd, uma das primeiras atrizes a acusar Harvey Weinstein publicamente.
O clima de acusação na terra do cinema influenciou de certa maneira a cerimônia que não pôde manter uma de suas tradições acerca das categorias de atores, que sofreu uma baixa: Casey Affleck, vencedor da estatueta de melhor ator no ano passado por “Manchester à Beira-Mar” (Manchester By the Sea – 2016). Para disfarçar a ausência de Affleck, a Academia escalou Emma Stone, ganhadora do Golden Boy de atriz por “La La Land – Cantando Estações”, para entregar o prêmio de melhor direção, cabendo a Jane Fonda e Helen Mirren anunciarem o Oscar de melhor ator. Sem Affleck, o Oscar de melhor atriz foi entregue por Jodie Foster e Jennifer Lawrence.
Sempre com um elemento surpresa, Jimmy Kimmel inovou e fez uma pegadinha promovendo a invasão de uma sala de cinema próxima ao Dolby Theatre, surpreendendo os espectadores com “invasores” como Guillermo del Toro, Gal Gadot, Lupita Nyong’o, Margot Robbie, Armie Hammer e Ansel Elgort. No local, eles distribuíram guloseimas e foram ovacionados pelos presentes, que receberam o carinho de cada um deles por meio do agradecimento de Kimmel ao fato de continuarem prestigiando os filmes nas salas de exibição.
Com uma cerimônia previsível, o Oscar celebrou seus 90 anos de forma histórica na América de Trump ao premiar não apenas um mexicano, como também o primeiro negro com a estatueta de roteiro original, Jordan Peele por “Corra!” (Get Out – 2017), e a primeira produção estrangeira estrelada por uma atriz trans, “Uma Mulher Fantástica” (Una Mujer Fantástica – 2017, Chile).
*A galeria de fotos oficiais da cerimônia está disponível ao final do texto.
Confira a lista completa de vencedores:
Melhor filme:
– “A Forma da Água”.
Melhor direção:
– Guillermo del Toro – “A Forma da Água”.
Melhor ator:
– Gary Oldman – “O Destino de Uma Nação”.
Melhor atriz:
– Frances McDormand – “Três Anúncios Para um Crime”.
Melhor ator coadjuvante:
– Sam Rockwell – “Três Anúncios Para um Crime”.
Melhor atriz coadjuvante:
– Allisson Janney – “Eu, Tonya”.
Melhor roteiro original:
– “Corra!” – Jordan Peele.
Melhor roteiro adaptado:
– “Me Chame Pelo Seu Nome” – James Ivory.
Melhor animação:
– “Viva – A Vida é Uma Festa”.
Melhor filme estrangeiro:
– “Uma Mulher Fantástica”.
Melhor fotografia:
– “Blade Runner 2049” (Idem – 2017) – Roger Deakins.
Melhor edição (montagem):
– “Dunkirk” (Idem – 2017) – Lee Smith.
Melhor design de produção:
– “A Forma da Água” – Paul D. Austerberry, Shane Vieau e Jeffrey A. Melvin.
Melhor figurino:
– “Trama Fantasma” (Phantom Thread – 2017) – Mark Bridges.
Melhor maquiagem e cabelo:
– “O Destino de Uma Nação” – Kazuhiro Tsuji, David Malinowski e Lucy Sibbick.
Melhor trilha sonora:
– “A Forma da Água” – Alexander Desplat.
Melhor canção original:
– “Remember Me” – “Viva: A Vida é Uma Festa”.
Melhor mixagem de som:
– “Dunkirk” – Gregg Landaker, Gary Rizzo e Mark Weingarten.
Melhor edição de som:
– “Dunkirk” – Richard King e Alex Gibson.
Melhores efeitos visuais:
– “Blade Runner 2049” – John Nelson, Gerd Nefzer, Paul Lambert e Richard R. Hoover.
Melhor documentário:
– “Ícaro” (Icarus – 2017).
Melhor documentário (curta):
– “Heaven is a Traffic Jam on the 405” (Idem – 2017).
Confira a galeria de fotos oficiais do Oscar 2018:
Neste domingo, dia 04, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) realizou no Dolby Theatre, em Los Angeles, a 90a cerimônia de entrega do Oscar. E o grande vencedor da maior festa do cinema mundial foi “A Forma da Água” (The Shape of Water – 2017), que faturou quatros das 13 categorias a que concorria.
Ao longo de 90 anos, a AMPAS indicou 540 títulos ao prêmio de melhor filme, mas apenas 26 deles são classificados como fantasia, incluindo “A Forma da Água”, que entrou para a história do cinema como a segunda produção do gênero a vencer a estatueta principal – a primeira foi “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” (The Lord of the Rings: The Return of the King – 2003). Inspirado em “O Monstro da Lagoa Negra” (Creature from the Black Lagoon – 1954), o longa de del Toro venceu ainda as categorias de design de produção, trilha sonora original e direção.
“Eu sou um imigrante, como Alfonso (Cuarón), Gael (García Bernal) e muitos de vocês. A melhor coisa no nosso setor é poder apagar as linhas na areia, as fronteiras, quando o mundo tenta fazê-las mais profundas. Muros só vão piorar as coisas”, disse o emocionado Guillermo del Toro em seu discurso de agradecimento do Oscar de melhor direção.
Com isto, Guillermo del Toro se tornou o segundo cineasta mexicano a vencer o Golden Boy de melhor filme e direção pelo mesmo longa-metragem. O primeiro a conseguir tal feito foi Alejandro González Iñárritu por “Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)” (Birdman or The Unexpected Virtue of Ignorance – 2014) há três anos. Contudo, ao contrário de seu conterrâneo na produção estrelada por Michael Keaton, del Toro perdeu a estatueta de melhor roteiro original.
Indicado a sete estatuetas e considerado o maior adversário de “A Forma da Água”, “Três Anúncios Para um Crime” (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri – 2017) venceu somente as de melhor ator coadjuvante para Sam Rockwell e atriz para Frances McDormand, que fez um discurso em prol das mulheres. “Todas nós temos histórias para contar e projetos para financiar. Não falem conosco sobre isso nas festas esta noite. Nos convidem para seus escritórios daqui a alguns dias. Ou podem ir aos nossos. O que for melhor. E contaremos tudo sobre eles”, disse a atriz, que completou: “Vamos ser roteiristas de inclusão”.
Dentre os nove indicados da categoria de melhor filme, apenas dois deixaram o auditório sem nenhuma estatueta: “The Post: A Guerra Secreta” (The Post – 2017) e “Lady Bird – A Hora de Voar” (Lady Bird – 2017), que representava uma ameaça aos seus concorrentes por ser dirigido por uma mulher no ano em que movimentos como “Time’s Up” e o “#MeToo” deram o tom em muitas premiações.
Com menos manifestações que o Globo de Ouro, o Oscar foi totalmente previsível, sobretudo nas categorias de atores principais e coadjuvantes, repetindo os resultados do já citado prêmio concedido pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA) e do SAG Awards, concedido pelo Sindicato dos Atores (Screen Actors Guild – SAG). Desta forma, além de Rockwell e McDormand, Gary Oldman levou a estatueta dourada de melhor ator por “O Destino de Uma Nação” (Darkest Hour – 2017) e Allison Janney faturou a de atriz coadjuvante por “Eu, Tonya” (I, Tonya – 2017).
Produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, “Me Chame Pelo Seu Nome” (Call Me By Your Name – 2017) concorria em quatro categorias, mas venceu somente a de roteiro adaptado para James Ivory, que se tornou o profissional mais velho a receber a honraria da AMPAS. Outro brasileiro, Carlos Saldanha, também perdeu a estatueta, algo previsto por ele que, ainda no tapete vermelho, disse que o importante era chegar até ali. Saldanha disputava o Golden Boy de melhor animação por “O Touro Ferdinando” (Ferdinand – 2017), mas foi derrotado por “Viva – A Vida é Uma Festa” (Coco – 2017), da Disney.
Apresentada por Jimmy Kimmel, a cerimônia começou com um vídeo em preto e branco mesclando imagens atuais e de arquivo para celebrar os 90 anos do Oscar. Em seu monólogo de abertura, Kimmel, que apresentou o prêmio pelo segundo ano consecutivo, brincou com a gafe infeliz do ano anterior, dizendo que os anunciados deveriam esperar um pouco antes de se dirigir ao palco para receber a estatueta.
Depois da gafe histórica do ano passado, Faye Dunaway e Warren Beatty voltaram ao Dolby Theatre para apresentar o prêmio principal da noite, o de melhor filme. “Nada vai dar errado desta vez”, afirmou Kimmel, chamando-os ao palco. “Como dizem, apresentar é melhor na segunda vez”, disse Dunaway, que deixou o anúncio para Beatty – ressaltando que os envelopes continham os nomes das categorias em letras gigantescas para evitar novos erros.
Assim como o erro envolvendo “La La Land – Cantando Estações” (La La Land – 2016) e “Moonlight – Sob a Luz do Luar” (Moonlight – 2016) em 2017, o escândalo que abalou as estruturas de Hollywood também foi lembrado pelo apresentador, que falou sobre Harvey Weinstein e as subsequentes acusações contra outros profissionais. “Não podemos mais deixar o mau comportamento passar, precisamos dar o exemplo, o mundo está olhando para nós”, disse Kimmel.
Acertando o tom como mestre de cerimônias, Kimmel também citou o imenso sucesso de público de “Pantera Negra” (The Black Panther – 2017), a desigualdade salarial entre homens e mulheres na indústria do entretenimento e disse que o Oscar é o homem mais amado de Hollywood. “Os homens fizeram tanta coisa errada que as mulheres começaram a sair com peixes”, brincou Kimmel ao se referir ao longa “A Forma da Água”.
Ashley Judd, Annabella Sciorra e Salma Hayek também falaram sobre igualdade, levantando a bandeira do movimento “Time’s Up” para apresentar um vídeo sobre a importância da representatividade na indústria, com profissionais de raças, nacionalidades e gêneros diferentes. “As mudanças vêm de novas vozes, vozes diferentes. Um coro poderoso está dizendo: ‘Time’s Up’. Gostaríamos de falar dessas pessoas que deram tudo e acabaram com essa discussão enviesada em relação a gênero e etnia”, disse Judd, uma das primeiras atrizes a acusar Harvey Weinstein publicamente.
O clima de acusação na terra do cinema influenciou de certa maneira a cerimônia que não pôde manter uma de suas tradições acerca das categorias de atores, que sofreu uma baixa: Casey Affleck, vencedor da estatueta de melhor ator no ano passado por “Manchester à Beira-Mar” (Manchester By the Sea – 2016). Para disfarçar a ausência de Affleck, a Academia escalou Emma Stone, ganhadora do Golden Boy de atriz por “La La Land – Cantando Estações”, para entregar o prêmio de melhor direção, cabendo a Jane Fonda e Helen Mirren anunciarem o Oscar de melhor ator. Sem Affleck, o Oscar de melhor atriz foi entregue por Jodie Foster e Jennifer Lawrence.
Sempre com um elemento surpresa, Jimmy Kimmel inovou e fez uma pegadinha promovendo a invasão de uma sala de cinema próxima ao Dolby Theatre, surpreendendo os espectadores com “invasores” como Guillermo del Toro, Gal Gadot, Lupita Nyong’o, Margot Robbie, Armie Hammer e Ansel Elgort. No local, eles distribuíram guloseimas e foram ovacionados pelos presentes, que receberam o carinho de cada um deles por meio do agradecimento de Kimmel ao fato de continuarem prestigiando os filmes nas salas de exibição.
Com uma cerimônia previsível, o Oscar celebrou seus 90 anos de forma histórica na América de Trump ao premiar não apenas um mexicano, como também o primeiro negro com a estatueta de roteiro original, Jordan Peele por “Corra!” (Get Out – 2017), e a primeira produção estrangeira estrelada por uma atriz trans, “Uma Mulher Fantástica” (Una Mujer Fantástica – 2017, Chile).
*A galeria de fotos oficiais da cerimônia está disponível ao final do texto.
Confira a lista completa de vencedores:
Melhor filme:
– “A Forma da Água”.
Melhor direção:
– Guillermo del Toro – “A Forma da Água”.
Melhor ator:
– Gary Oldman – “O Destino de Uma Nação”.
Melhor atriz:
– Frances McDormand – “Três Anúncios Para um Crime”.
Melhor ator coadjuvante:
– Sam Rockwell – “Três Anúncios Para um Crime”.
Melhor atriz coadjuvante:
– Allisson Janney – “Eu, Tonya”.
Melhor roteiro original:
– “Corra!” – Jordan Peele.
Melhor roteiro adaptado:
– “Me Chame Pelo Seu Nome” – James Ivory.
Melhor animação:
– “Viva – A Vida é Uma Festa”.
Melhor filme estrangeiro:
– “Uma Mulher Fantástica”.
Melhor fotografia:
– “Blade Runner 2049” (Idem – 2017) – Roger Deakins.
Melhor edição (montagem):
– “Dunkirk” (Idem – 2017) – Lee Smith.
Melhor design de produção:
– “A Forma da Água” – Paul D. Austerberry, Shane Vieau e Jeffrey A. Melvin.
Melhor figurino:
– “Trama Fantasma” (Phantom Thread – 2017) – Mark Bridges.
Melhor maquiagem e cabelo:
– “O Destino de Uma Nação” – Kazuhiro Tsuji, David Malinowski e Lucy Sibbick.
Melhor trilha sonora:
– “A Forma da Água” – Alexander Desplat.
Melhor canção original:
– “Remember Me” – “Viva: A Vida é Uma Festa”.
Melhor mixagem de som:
– “Dunkirk” – Gregg Landaker, Gary Rizzo e Mark Weingarten.
Melhor edição de som:
– “Dunkirk” – Richard King e Alex Gibson.
Melhores efeitos visuais:
– “Blade Runner 2049” – John Nelson, Gerd Nefzer, Paul Lambert e Richard R. Hoover.
Melhor documentário:
– “Ícaro” (Icarus – 2017).
Melhor documentário (curta):
– “Heaven is a Traffic Jam on the 405” (Idem – 2017).