‘Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa’: esperança de dias melhores e exílio

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No início de 1933, Adolf Hitler chegou ao poder, levando à Europa a atmosfera de medo e terror que culminou com o Holocausto. À época, uma menininha judia, filha de um jornalista crítico ferrenho do nazismo, teve de abandonar sua casa em Berlim e fugir para a Suíça, ao lado da família, carregando poucos objetos […]

POR Ana Carolina Garcia09/12/2020|3 min de leitura

‘Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa’: esperança de dias melhores e exílio

“Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa” é protagonizado por Riva Krymalowski (Foto: Divulgação).

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No início de 1933, Adolf Hitler chegou ao poder, levando à Europa a atmosfera de medo e terror que culminou com o Holocausto. À época, uma menininha judia, filha de um jornalista crítico ferrenho do nazismo, teve de abandonar sua casa em Berlim e fugir para a Suíça, ao lado da família, carregando poucos objetos pessoais. Da Suíça para a França e, então, Inglaterra, onde reconstruiu o lar tão almejado e morreu, aos 95 anos de idade, em 2019. A menininha em questão é a autora Judith Kerr, que lançou uma trilogia inspirada em sua própria trajetória, “Out of the Hitler Time”, voltada para o público infanto-juvenil. Nesta quinta-feira, dia 10, a adaptação cinematográfica de um dos livros da trilogia, “Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa” (When Hitler Stole Pink Rabbit), entra em cartaz nas salas de exibição do Rio de Janeiro, São Paulo, Niterói, Recife e Brasília.

 

Dirigido por Caroline Link, de “Lugar Nenhum na África” (Nirgendwo in Afrika – 2001), vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, “Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa” (Als Hitler Das Rosa Kaninchen Stahl – 2019) não investe em imagens pesadas para retratar o período de incertezas de uma sociedade que ainda tentava se recuperar, dentre outras coisas, dos efeitos da Crise de 1929 e já encarava a ameaça real da barbárie de Hitler. Isto se deve à opção tanto da autora quanto da cineasta de apresentar os fatos sob a ótica de uma menina de nove anos, Anna Kemper (Riva Krymalowski), que precisa lidar com os mais variados sentimentos na realidade de refugiada e filha de um homem procurado pelos nazistas. Sem cenas fortes de violência física, apenas descrições de situações específicas para situar a fatia mais jovem do público, o longa assume o tom leve apesar do domínio absoluto do drama na narrativa.

 

Marinus Hohmann e Riva Krymalowski em cena de “Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa” (Foto: Divulgação).

 

Utilizando o remorso da protagonista por ter deixado para trás seu bichinho de pelúcia mais antigo, o coelho cor-de-rosa do título, a produção surpreende pela escolha do elenco, completamente integrado. Entre os atores, os destaques são Riva Krymalowski e Marinus Hohmann (Max Kemper), que conseguem exprimir as dúvidas e anseios dos personagens com naturalidade. Enquanto Krymalowski investe na questão dos brinquedos que ficaram em Berlim, acreditando voltar para casa em algumas semanas, como uma metáfora para o corte abrupto de suas raízes, Hohmann trabalha o amadurecimento precoce de um pré-adolescente que se vê obrigado a proteger e explicar à irmã sobre o que acontece ao seu redor.

 

Conduzido com sensibilidade por Caroline Link, por vezes assumindo o tom melodramático potencializado pela trilha sonora, “Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa” é um filme sobre esperança em dias melhores, adaptação, recomeço em meio às adversidades impostas pela vida e, principalmente, sobre a necessidade de fixar residência e criar novos laços afetivos. Tudo isso transmitindo a mensagem de importância da família como base e porto seguro para o indivíduo.

 

Assista ao trailer oficial legendado:

No início de 1933, Adolf Hitler chegou ao poder, levando à Europa a atmosfera de medo e terror que culminou com o Holocausto. À época, uma menininha judia, filha de um jornalista crítico ferrenho do nazismo, teve de abandonar sua casa em Berlim e fugir para a Suíça, ao lado da família, carregando poucos objetos pessoais. Da Suíça para a França e, então, Inglaterra, onde reconstruiu o lar tão almejado e morreu, aos 95 anos de idade, em 2019. A menininha em questão é a autora Judith Kerr, que lançou uma trilogia inspirada em sua própria trajetória, “Out of the Hitler Time”, voltada para o público infanto-juvenil. Nesta quinta-feira, dia 10, a adaptação cinematográfica de um dos livros da trilogia, “Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa” (When Hitler Stole Pink Rabbit), entra em cartaz nas salas de exibição do Rio de Janeiro, São Paulo, Niterói, Recife e Brasília.

 

Dirigido por Caroline Link, de “Lugar Nenhum na África” (Nirgendwo in Afrika – 2001), vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, “Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa” (Als Hitler Das Rosa Kaninchen Stahl – 2019) não investe em imagens pesadas para retratar o período de incertezas de uma sociedade que ainda tentava se recuperar, dentre outras coisas, dos efeitos da Crise de 1929 e já encarava a ameaça real da barbárie de Hitler. Isto se deve à opção tanto da autora quanto da cineasta de apresentar os fatos sob a ótica de uma menina de nove anos, Anna Kemper (Riva Krymalowski), que precisa lidar com os mais variados sentimentos na realidade de refugiada e filha de um homem procurado pelos nazistas. Sem cenas fortes de violência física, apenas descrições de situações específicas para situar a fatia mais jovem do público, o longa assume o tom leve apesar do domínio absoluto do drama na narrativa.

 

Marinus Hohmann e Riva Krymalowski em cena de “Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa” (Foto: Divulgação).

 

Utilizando o remorso da protagonista por ter deixado para trás seu bichinho de pelúcia mais antigo, o coelho cor-de-rosa do título, a produção surpreende pela escolha do elenco, completamente integrado. Entre os atores, os destaques são Riva Krymalowski e Marinus Hohmann (Max Kemper), que conseguem exprimir as dúvidas e anseios dos personagens com naturalidade. Enquanto Krymalowski investe na questão dos brinquedos que ficaram em Berlim, acreditando voltar para casa em algumas semanas, como uma metáfora para o corte abrupto de suas raízes, Hohmann trabalha o amadurecimento precoce de um pré-adolescente que se vê obrigado a proteger e explicar à irmã sobre o que acontece ao seu redor.

 

Conduzido com sensibilidade por Caroline Link, por vezes assumindo o tom melodramático potencializado pela trilha sonora, “Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa” é um filme sobre esperança em dias melhores, adaptação, recomeço em meio às adversidades impostas pela vida e, principalmente, sobre a necessidade de fixar residência e criar novos laços afetivos. Tudo isso transmitindo a mensagem de importância da família como base e porto seguro para o indivíduo.

 

Assista ao trailer oficial legendado:

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