Protagonizado por Johnny Massaro e Bianca Comparato, “Todas as Razões Para Esquecer” (2018) chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 1^o. Classificado como comédia romântica, o longa tem como objetivo levar às telas as consequências do fim de um namoro de três anos sob o ponto de vista masculino por meio do personagem Antônio (Massaro), que faz o possível para esquecer a ex-namorada, interpretada por Comparato. E em sua busca desenfreada pelo esquecimento, Antônio recorre ao Tinder, remédios tarja preta e psicanálise.

“A sociedade criou um ideal masculino que impende a conexão do homem com sua própria sensibilidade, resultando em homens que não podem ou não devem mostrar seus sentimentos. Isso não serve a ninguém. Penso que grande parte dos maus da humanidade tem raiz na deturpação do que significa ‘ser homem’. Acredito profundamente que uma atualização do masculino, mais conectado e consciente, inclusive, claro, com o (seu) próprio feminino, será uma das chaves para um novo momento da humanidade”, diz Johnny Massaro, atualmente no ar como o Rei Rodolfo na novela “Deus Salve o Rei” da Rede Globo.

“Todas as Razões Para Esquecer” é a estreia de Pedro Coutinho como diretor e roteirista de longas-metragens e já foi apresentado em eventos como os festivais do Rio e de Havana (Cuba), a Mostra de São Paulo e o Cinequest (Estados Unidos). De acordo com o cineasta, a ideia de fazer este filme surgiu da vontade de entender melhor o momento do término de um relacionamento.

“Primeiro surgiu de uma vontade muito forte de fazer um filme sobre relação amorosa, pois é um assunto que me fascina desde que me conheço como consumidor de livros e cinema. Acho que por isso e pela minha vivência, o desenvolvimento de histórias sobre relações surge quase que organicamente. Mas ideia do filme propriamente dita, veio de uma necessidade maior de entender um momento muito específico de qualquer relação: o término. Eu queria investigar como é esse limbo que vivemos logo após o término, pois assim que se termina uma relação, há uma perda física e emocional. A física é possível controlar, mas e a emocional? Não se pode simplesmente dizer para o seu cérebro não pensar mais no(a) ex. Isso é impossível. Então é preciso aprender a lidar com aquele sentimento ingrato que é a presença do ex na sua cabeça. Ou seja, a relação de certa forma ainda existe internamente dentro da gente, e é a partir desse conflito, de não saber lidar com essa existência interior, não muito agradável do ex, que foi construída a narrativa de ‘Todas As Razões Para Esquecer’. As memórias do(a) ex ainda permanecem muito presentes na mente, mas ao mesmo tempo não se quer sofrer por causa dele (a), então como lidar com essa dicotomia?”, conta Coutinho.

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