‘Transformers: O Último Cavaleiro’ é um dos mais fracos da franquia
Principal estreia desta quinta-feira, dia 20, nas salas brasileiras, “Transformers: O Último Cavaleiro” (Transformers: The Last Knight – 2017) tem pela frente o desafio de se livrar do fantasma da baixa arrecadação na terra do Tio Sam (US$ 125 milhões até agora) para tentar equiparar sua receita à de seu antecessor, “Transformers: A Era da […]
POR Ana Carolina Garcia19/07/2017|5 min de leitura
Principal estreia desta quinta-feira, dia 20, nas salas brasileiras, “Transformers: O Último Cavaleiro” (Transformers: The Last Knight – 2017) tem pela frente o desafio de se livrar do fantasma da baixa arrecadação na terra do Tio Sam (US$ 125 milhões até agora) para tentar equiparar sua receita à de seu antecessor, “Transformers: A Era da Extinção” (Transformers: Age of Extinction – 2014), apostando no mercado internacional – o longa anterior faturou US$ 1,09 bilhão, sendo cerca de US$ 245 milhões nos Estados Unidos.
Dirigido por Michael Bay, o novo longa começa na Inglaterra em plena Idade das Trevas, mostrando que já naquela época a humanidade contava com a ajuda e proteção dos Transformers. Pregando que “sem sacrifício não há vitória”, o filme dá um salto para uma ambientação após os eventos de “Transformers: A Era da Extinção”, que colocou os Autobots na posição de inimigos públicos, tornando-os ilegais na Terra. Enquanto isso, seu líder, Optimus Prime (voz de Peter Cullen), chega à Cybertron, seu planeta de origem dominado por Quintessa (voz de Gemma Chan), que deseja destruir Unicron, ou seja, a Terra.
Perseguido pelo governo por ser um protetor dos Autobots, Cade (Mark Wahlberg) surge com a responsabilidade de humanizar a história por meio de um drama familiar, pois não convive com a filha para protegê-la das autoridades. Longe da jovem, Cade acaba assumindo a menina Izabella (Isabela Moner), que vivia clandestinamente numa área isolada pelo governo, onde cuidava dos alienígenas como membros de sua família. Mas a tentativa de levar para as telas uma relação de pai e filha entre Cade e Izabella é vã, pois a garota desaparece do nada na bagunça orquestrada por Bay, ressurgindo muito tempo depois, igualmente do nada, e sem nenhum aproveitamento satisfatório dentro da trama.
Marcando o retorno de Josh Duhamel (Coronel William Lennox) à série, “Transformers: O Último Cavaleiro” não tem nenhum destaque em seu elenco, nem mesmo o protagonista Wahlberg e o oscarizado Anthony Hopkins (Sir Edmund Burton), que funciona como um alívio cômico. Todos os atores estão no modo automático de “ação e reação”, oferecendo desempenhos rasos como pires, o que influencia diretamente o seu resultado final, contribuindo para colocar este longa entre os mais fracos da franquia.
Com conteúdo insuficiente para sustenta-lo por cerca de duas horas e meia de duração, “Transformers: O Último Cavaleiro” é a constatação de que Michael Bay não está habituado à prática do “desapego”, pois se trata de uma produção que bebe diretamente da fonte de um de seus maiores sucessos, “Armageddon” (Idem – 1998). As referências são inúmeras, desde visuais até a formação da equipe de Megatron (voz de Frank Welker), que é uma cópia da maneira com a qual a equipe de Harry Stamper (Bruce Willis) foi formada no já citado longa protagonizado por Willis, Ben Affleck e Liv Tyler. Neste ponto, é impossível não lembrar-se de uma famosa frase de Alfred Hitchcock que, certa vez, disse que “estilo é plagiar a si mesmo”.
No entanto, mais do que copiar seu próprio campeão de bilheteria, Bay faz um “milk-shake” de blockbusters ao jogar no liquidificador sucessos como “Titanic” (Idem – 1997), “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (Guardians of the Galaxy Vol. 2 – 2017) e as franquias “Velozes & Furiosos” (Fast and Furious – iniciada em 2001) e “Alien” (Idem – iniciada em 1979) – esta última no que tange à estética, sobretudo de suas prequels, “Prometheus” (Idem – 2012) e “Alien: Covenant” (Idem – 2017). Ou seja, é o que pode ser chamado de uma baita “mistureba”.
Com uma trilha sonora incessante que tenta conceder grandiosidade onde não há, “Transformers: O Último Cavaleiro” segue à risca a cartilha da franquia com sequências de ação bagunçadas e barulhentas ao extremo. Sem nada de original a oferecer aos fãs e com o único objetivo de encher os cofres de seu estúdio, o longa acaba por demonstrar a fadiga de seus personagens no cinema – mesmo assim, eles voltarão às telas nos próximos anos, inclusive com o filme solo de Bumblebee, previsto para 2018.
Assista ao trailer oficial:
Principal estreia desta quinta-feira, dia 20, nas salas brasileiras, “Transformers: O Último Cavaleiro” (Transformers: The Last Knight – 2017) tem pela frente o desafio de se livrar do fantasma da baixa arrecadação na terra do Tio Sam (US$ 125 milhões até agora) para tentar equiparar sua receita à de seu antecessor, “Transformers: A Era da Extinção” (Transformers: Age of Extinction – 2014), apostando no mercado internacional – o longa anterior faturou US$ 1,09 bilhão, sendo cerca de US$ 245 milhões nos Estados Unidos.
Dirigido por Michael Bay, o novo longa começa na Inglaterra em plena Idade das Trevas, mostrando que já naquela época a humanidade contava com a ajuda e proteção dos Transformers. Pregando que “sem sacrifício não há vitória”, o filme dá um salto para uma ambientação após os eventos de “Transformers: A Era da Extinção”, que colocou os Autobots na posição de inimigos públicos, tornando-os ilegais na Terra. Enquanto isso, seu líder, Optimus Prime (voz de Peter Cullen), chega à Cybertron, seu planeta de origem dominado por Quintessa (voz de Gemma Chan), que deseja destruir Unicron, ou seja, a Terra.
Perseguido pelo governo por ser um protetor dos Autobots, Cade (Mark Wahlberg) surge com a responsabilidade de humanizar a história por meio de um drama familiar, pois não convive com a filha para protegê-la das autoridades. Longe da jovem, Cade acaba assumindo a menina Izabella (Isabela Moner), que vivia clandestinamente numa área isolada pelo governo, onde cuidava dos alienígenas como membros de sua família. Mas a tentativa de levar para as telas uma relação de pai e filha entre Cade e Izabella é vã, pois a garota desaparece do nada na bagunça orquestrada por Bay, ressurgindo muito tempo depois, igualmente do nada, e sem nenhum aproveitamento satisfatório dentro da trama.
Marcando o retorno de Josh Duhamel (Coronel William Lennox) à série, “Transformers: O Último Cavaleiro” não tem nenhum destaque em seu elenco, nem mesmo o protagonista Wahlberg e o oscarizado Anthony Hopkins (Sir Edmund Burton), que funciona como um alívio cômico. Todos os atores estão no modo automático de “ação e reação”, oferecendo desempenhos rasos como pires, o que influencia diretamente o seu resultado final, contribuindo para colocar este longa entre os mais fracos da franquia.
Com conteúdo insuficiente para sustenta-lo por cerca de duas horas e meia de duração, “Transformers: O Último Cavaleiro” é a constatação de que Michael Bay não está habituado à prática do “desapego”, pois se trata de uma produção que bebe diretamente da fonte de um de seus maiores sucessos, “Armageddon” (Idem – 1998). As referências são inúmeras, desde visuais até a formação da equipe de Megatron (voz de Frank Welker), que é uma cópia da maneira com a qual a equipe de Harry Stamper (Bruce Willis) foi formada no já citado longa protagonizado por Willis, Ben Affleck e Liv Tyler. Neste ponto, é impossível não lembrar-se de uma famosa frase de Alfred Hitchcock que, certa vez, disse que “estilo é plagiar a si mesmo”.
No entanto, mais do que copiar seu próprio campeão de bilheteria, Bay faz um “milk-shake” de blockbusters ao jogar no liquidificador sucessos como “Titanic” (Idem – 1997), “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (Guardians of the Galaxy Vol. 2 – 2017) e as franquias “Velozes & Furiosos” (Fast and Furious – iniciada em 2001) e “Alien” (Idem – iniciada em 1979) – esta última no que tange à estética, sobretudo de suas prequels, “Prometheus” (Idem – 2012) e “Alien: Covenant” (Idem – 2017). Ou seja, é o que pode ser chamado de uma baita “mistureba”.
Com uma trilha sonora incessante que tenta conceder grandiosidade onde não há, “Transformers: O Último Cavaleiro” segue à risca a cartilha da franquia com sequências de ação bagunçadas e barulhentas ao extremo. Sem nada de original a oferecer aos fãs e com o único objetivo de encher os cofres de seu estúdio, o longa acaba por demonstrar a fadiga de seus personagens no cinema – mesmo assim, eles voltarão às telas nos próximos anos, inclusive com o filme solo de Bumblebee, previsto para 2018.