‘Tungstênio’: ‘É um forte retrato da exclusão e das tensões sociais que vivemos no Brasil’, diz Heitor Dhalia

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Uma das estreias desta quinta-feira, dia 21, é o longa nacional “Tungstênio” (2018). Dirigido por Heitor Dhalia, o filme é baseado na HQ homônima de Marcello Quintanilha e entra em cartaz em 60 salas espalhadas pelo país.   “‘Tungstênio’ é um quadrinho que aborda um universo suburbano, periférico e violento. É um forte retrato da […]

POR Ana Carolina Garcia21/06/2018|3 min de leitura

‘Tungstênio’: ‘É um forte retrato da exclusão e das tensões sociais que vivemos no Brasil’, diz Heitor Dhalia

Novo filme de Heitor Dhalia, “Tungstênio”, estreia nesta quinta-feira, dia 21 (Foto: Divulgação).

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Longa é protagonizado por José Dumont e Fabrício Boliveira (Foto: Divulgação).

Uma das estreias desta quinta-feira, dia 21, é o longa nacional “Tungstênio” (2018). Dirigido por Heitor Dhalia, o filme é baseado na HQ homônima de Marcello Quintanilha e entra em cartaz em 60 salas espalhadas pelo país.

 

“‘Tungstênio’ é um quadrinho que aborda um universo suburbano, periférico e violento. É um forte retrato da exclusão e das tensões sociais que vivemos no Brasil. A violência urbana é um subproduto dessa desigualdade e isso me interessou no quadrinho. ‘Tungstênio’ trata de questões atuais, de temas explosivos, mas faz isso de maneira dinâmica e com uma estrutura de linguagem bem inovadora. Isso tudo combinado, me fez querer levar essa história para as telas”, diz Dhalia sobre a obra de Quintanilha.

 

Ambientado em Salvador (Bahia), “Tungstênio” conta a história de um militar aposentado, Ney (José Dumont), que ainda tem o autoritarismo dos tempos da ditadura e se revolta ao descobrir que pescadores estão usando explosivos para que possam pegar uma quantidade maior de peixes. Para tentar impedi-los, Ney conta com a ajuda de Caju (Wesley Guimarães), que denuncia a situação ao policial Richard (Fabrício Boliveira).

 

“‘Tungstênio’ é um filme que trata de relações humanas esgarçadas pelo entorno. A pobreza, a corrupção e a violência social pressionam os personagens em todos os momentos. O filme se passa numa região violenta e periférica. Um dos protagonistas é policial, o outro um pequeno traficante e por fim, temos um ex-militar saudosista da ditatura. Esses personagens são tragados para uma situação de conflito, a partir de um evento aleatório, um crime ambiental. De alguma maneira, ‘Tungstênio’ captura muitos temas do Brasil atual. O Seu Ney, por exemplo, é um ex-militar, uma sátira, um retrato do Brasil atual. Nunca imaginei que teríamos uma possibilidade real de uma volta de um regime militar que pode se dar inclusive pelo voto. ‘Tungstênio’ mostra um Brasil cheio de ódio, de relações esgarçadas e conflituosas. Traz o tempo do abuso de gênero, do racismo estrutural e vários outros temas importantes de serem debatidos. Acho um filme que provoca um olhar crítico para o País de hoje”, afirma o cineasta.

 

Narrado por Milhem Cortaz, o filme conta ainda com nomes como Samira Carvalho (Keira), Bertho Filho (Romildo), Pedro Wagner (Liece) e Sérgio Laurentino (Poró) em seu elenco.

 

Assista ao trailer oficial:

Longa é protagonizado por José Dumont e Fabrício Boliveira (Foto: Divulgação).

Uma das estreias desta quinta-feira, dia 21, é o longa nacional “Tungstênio” (2018). Dirigido por Heitor Dhalia, o filme é baseado na HQ homônima de Marcello Quintanilha e entra em cartaz em 60 salas espalhadas pelo país.

 

“‘Tungstênio’ é um quadrinho que aborda um universo suburbano, periférico e violento. É um forte retrato da exclusão e das tensões sociais que vivemos no Brasil. A violência urbana é um subproduto dessa desigualdade e isso me interessou no quadrinho. ‘Tungstênio’ trata de questões atuais, de temas explosivos, mas faz isso de maneira dinâmica e com uma estrutura de linguagem bem inovadora. Isso tudo combinado, me fez querer levar essa história para as telas”, diz Dhalia sobre a obra de Quintanilha.

 

Ambientado em Salvador (Bahia), “Tungstênio” conta a história de um militar aposentado, Ney (José Dumont), que ainda tem o autoritarismo dos tempos da ditadura e se revolta ao descobrir que pescadores estão usando explosivos para que possam pegar uma quantidade maior de peixes. Para tentar impedi-los, Ney conta com a ajuda de Caju (Wesley Guimarães), que denuncia a situação ao policial Richard (Fabrício Boliveira).

 

“‘Tungstênio’ é um filme que trata de relações humanas esgarçadas pelo entorno. A pobreza, a corrupção e a violência social pressionam os personagens em todos os momentos. O filme se passa numa região violenta e periférica. Um dos protagonistas é policial, o outro um pequeno traficante e por fim, temos um ex-militar saudosista da ditatura. Esses personagens são tragados para uma situação de conflito, a partir de um evento aleatório, um crime ambiental. De alguma maneira, ‘Tungstênio’ captura muitos temas do Brasil atual. O Seu Ney, por exemplo, é um ex-militar, uma sátira, um retrato do Brasil atual. Nunca imaginei que teríamos uma possibilidade real de uma volta de um regime militar que pode se dar inclusive pelo voto. ‘Tungstênio’ mostra um Brasil cheio de ódio, de relações esgarçadas e conflituosas. Traz o tempo do abuso de gênero, do racismo estrutural e vários outros temas importantes de serem debatidos. Acho um filme que provoca um olhar crítico para o País de hoje”, afirma o cineasta.

 

Narrado por Milhem Cortaz, o filme conta ainda com nomes como Samira Carvalho (Keira), Bertho Filho (Romildo), Pedro Wagner (Liece) e Sérgio Laurentino (Poró) em seu elenco.

 

Assista ao trailer oficial:

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