Há quatro anos, Chadwick Boseman entrou para a História do cinema ao levar para as telas a trajetória de um príncipe africano que, devido às circunstâncias, se tornou um Vingador ao mesmo tempo em que honrava o legado do pai, vitimado por um atentado terrorista. Mas T’Challa / Pantera Negra, herdeiro do trono de Wakanda, […]
POR Ana Carolina Garcia07/03/2021|4 min de leitura
Há quatro anos, Chadwick Boseman entrou para a História do cinema ao levar para as telas a trajetória de um príncipe africano que, devido às circunstâncias, se tornou um Vingador ao mesmo tempo em que honrava o legado do pai, vitimado por um atentado terrorista. Mas T’Challa / Pantera Negra, herdeiro do trono de Wakanda, não foi o primeiro membro da realeza africana a desembarcar nos Estados Unidos, pois, 29 anos antes, o Príncipe Akeem (Eddie Murphy), de Zamunda, conquistou plateias de todo o mundo ao fugir para a América atrás do amor verdadeiro, recusando o casamento arranjado pelo pai, o Rei Jaffe Joffer (James Earl Jones). Agora, Akeem está de volta em “Um Príncipe em Nova York 2” (Coming 2 America – 2021), disponível no catálogo da Amazon Prime Video.
Dirigido por Craig Brewer e John Landis, este último responsável pela direção de “Um Príncipe em Nova York” (Coming to America – 1988), o longa mostra Akeem se preparando para assumir o lugar do Rei Jaffe, muito preocupado com o futuro de Zamunda, uma vez que seu herdeiro não teve nenhum filho homem e, no país, nenhuma mulher pode assumir o trono, o que automaticamente tira as três filhas de Akeem e Lisa (Shari Headley) da linha de sucessão. Com isso, resta para Akeem arranjar o casamento de sua filha com o príncipe do reino vizinho, comandado por um tirano, ou voltar à Nova York e encontrar o filho bastardo, Lavelle Junson (Jermaine Fowler), cuja existência desconhecia.
Constantemente referenciando o clássico “O Rei Leão” (The Lion King – 1993), “Um Príncipe em Nova York 2” é uma produção que tem na nostalgia a força motriz de sua trama. Contudo, a preocupação exacerbada em homenagear o original lhe concede atmosfera de cópia, não de sequência, o que prejudica o resultado final, sobretudo pela falta de interação de parte do elenco, algo potencializado por Eddie Murphy (Akeem / Clarence / Saul / Randy Watson) atuando no modo automático e Arsenio Hall (Semmi / Morris / Reverend Brown / Baba) completamente apático. Neste contexto, o único diferencial do novo longa é o diálogo com as atuais demandas da sociedade, principalmente no que tange ao papel da mulher por meio de Meeka (KiKi Layne), jovem que se preparou a vida inteira para suceder o pai, mesmo conhecendo a lei retrógrada de Zamunda, e vê seu futuro ameaçado pela chegada do irmão, precisando provar a todos sua capacidade de liderança.
Apesar dos problemas e da previsibilidade de seu roteiro, “Um Príncipe em Nova York 2” consegue divertir a fatia mais saudosista do público nesta viagem ao passado no qual Eddie Murphy reinava quase absoluto nas comédias made in Hollywood. No entanto, para que esta viagem funcionasse, o filme precisou empregar técnicas de rejuvenescimento em algumas cenas, entre elas, a que mostra como Lavelle foi concebido, fruto de uma armação de Semmi, melhor amigo e conselheiro de Akeem. Tal recurso foi utilizado com esmero pelo longa produzido pela Paramount Pictures e, devido à pandemia de Covid-19, vendido para a Amazon Studios em outubro do ano passado por US$ 125 milhões, de acordo com a Variety à época.
Assista ao trailer oficial legendado:
Há quatro anos, Chadwick Boseman entrou para a História do cinema ao levar para as telas a trajetória de um príncipe africano que, devido às circunstâncias, se tornou um Vingador ao mesmo tempo em que honrava o legado do pai, vitimado por um atentado terrorista. Mas T’Challa / Pantera Negra, herdeiro do trono de Wakanda, não foi o primeiro membro da realeza africana a desembarcar nos Estados Unidos, pois, 29 anos antes, o Príncipe Akeem (Eddie Murphy), de Zamunda, conquistou plateias de todo o mundo ao fugir para a América atrás do amor verdadeiro, recusando o casamento arranjado pelo pai, o Rei Jaffe Joffer (James Earl Jones). Agora, Akeem está de volta em “Um Príncipe em Nova York 2” (Coming 2 America – 2021), disponível no catálogo da Amazon Prime Video.
Dirigido por Craig Brewer e John Landis, este último responsável pela direção de “Um Príncipe em Nova York” (Coming to America – 1988), o longa mostra Akeem se preparando para assumir o lugar do Rei Jaffe, muito preocupado com o futuro de Zamunda, uma vez que seu herdeiro não teve nenhum filho homem e, no país, nenhuma mulher pode assumir o trono, o que automaticamente tira as três filhas de Akeem e Lisa (Shari Headley) da linha de sucessão. Com isso, resta para Akeem arranjar o casamento de sua filha com o príncipe do reino vizinho, comandado por um tirano, ou voltar à Nova York e encontrar o filho bastardo, Lavelle Junson (Jermaine Fowler), cuja existência desconhecia.
Constantemente referenciando o clássico “O Rei Leão” (The Lion King – 1993), “Um Príncipe em Nova York 2” é uma produção que tem na nostalgia a força motriz de sua trama. Contudo, a preocupação exacerbada em homenagear o original lhe concede atmosfera de cópia, não de sequência, o que prejudica o resultado final, sobretudo pela falta de interação de parte do elenco, algo potencializado por Eddie Murphy (Akeem / Clarence / Saul / Randy Watson) atuando no modo automático e Arsenio Hall (Semmi / Morris / Reverend Brown / Baba) completamente apático. Neste contexto, o único diferencial do novo longa é o diálogo com as atuais demandas da sociedade, principalmente no que tange ao papel da mulher por meio de Meeka (KiKi Layne), jovem que se preparou a vida inteira para suceder o pai, mesmo conhecendo a lei retrógrada de Zamunda, e vê seu futuro ameaçado pela chegada do irmão, precisando provar a todos sua capacidade de liderança.
Apesar dos problemas e da previsibilidade de seu roteiro, “Um Príncipe em Nova York 2” consegue divertir a fatia mais saudosista do público nesta viagem ao passado no qual Eddie Murphy reinava quase absoluto nas comédias made in Hollywood. No entanto, para que esta viagem funcionasse, o filme precisou empregar técnicas de rejuvenescimento em algumas cenas, entre elas, a que mostra como Lavelle foi concebido, fruto de uma armação de Semmi, melhor amigo e conselheiro de Akeem. Tal recurso foi utilizado com esmero pelo longa produzido pela Paramount Pictures e, devido à pandemia de Covid-19, vendido para a Amazon Studios em outubro do ano passado por US$ 125 milhões, de acordo com a Variety à época.