‘Wish – O Poder dos Desejos’: cadê a magia Disney?
Dedicado ao animador Burny Mattinson, Lenda Disney que dedicou quase 70 anos ao estúdio fundado pelos irmãos Walt e Roy Disney em 1923, “Wish – O Poder dos Desejos” (Wish – 2023, EUA), chegou aos cinemas americanos em novembro do ano passado como um dos títulos mais importantes no contexto da celebração do centenário. Prometendo […]
POR Ana Carolina Garcia04/01/2024|3 min de leitura
Dedicado ao animador Burny Mattinson, Lenda Disney que dedicou quase 70 anos ao estúdio fundado pelos irmãos Walt e Roy Disney em 1923, “Wish – O Poder dos Desejos” (Wish – 2023, EUA), chegou aos cinemas americanos em novembro do ano passado como um dos títulos mais importantes no contexto da celebração do centenário. Prometendo homenagear o passado com olhar para o presente e futuro, o longa estreia no Brasil nesta quinta-feira, dia 04, como uma das grandes apostas da Disney Animation.
Dirigido por Chris Buck e Fawn Veerasunthorn, “Wish – O Poder dos Desejos” conta a história da adolescente Asha (voz de Ariana DeBose), adolescente que disputa a vaga de assistente do rei e feiticeiro Magnífico (voz de Chris Pine), responsável por guardar e, posteriormente, realizar os desejos dos habitantes do Reino de Rosas, localizado numa ilha no Mar Mediterrâneo. Ao descobrir as verdadeiras intenções de Magnífico, Asha decide se opor a ele, tornando-se seu alvo principalmente após a queda de uma estrela que a ajuda.
Constante em diversas produções Disney, a luta do bem contra o mal, neste caso específico, em muito remete a outros títulos da Casa do Mickey, dentre eles, “Branca de Neve e os Sete Anões” (Snow White and the Seven Dwarfs – 1937, EUA), a primeira animação em longa-metragem do estúdio, dirigida por William Cottrell, David Hand e Wilfred Jackson. Contudo, não há em “Wish – O Poder dos Desejos” cuidado nem lapidação no que tange ao desenvolvimento da trama proposta, que não consegue sair da superfície em nenhum momento, priorizando longas sequências musicais carentes de conteúdo e densidade.
Obviamente, a falta de cuidado para com o desenvolvimento da história proposta impede a conexão entre público e personagens, o que se torna um problema ainda mais grave pelo fato de o estúdio do Mickey ter inserido questões de representatividade e inclusão objetivando transmitir a mensagem de aceitação, respeito, pacificidade e receptividade numa época de crise migratória em diversas regiões do planeta. Ou seja, a Disney Animation perdeu a oportunidade de levar às telas questões atuais e urgentes que poderiam ser tratadas com a necessária naturalidade para a melhor compreensão por parte das crianças.
Vazio no conteúdo e pasteurizado na forma, “Wish – O Poder dos Desejos” colocou no caldeirão elementos capazes de referenciar o passado do estúdio centenário que construiu seu império sobre a mesa de animação. Mas, no fim das contas, esqueceu de um ingrediente essencial para todos os títulos que, de alguma forma, revolucionaram a vertente animada do cinema: a magia.
Dedicado ao animador Burny Mattinson, Lenda Disney que dedicou quase 70 anos ao estúdio fundado pelos irmãos Walt e Roy Disney em 1923, “Wish – O Poder dos Desejos” (Wish – 2023, EUA), chegou aos cinemas americanos em novembro do ano passado como um dos títulos mais importantes no contexto da celebração do centenário. Prometendo homenagear o passado com olhar para o presente e futuro, o longa estreia no Brasil nesta quinta-feira, dia 04, como uma das grandes apostas da Disney Animation.
Dirigido por Chris Buck e Fawn Veerasunthorn, “Wish – O Poder dos Desejos” conta a história da adolescente Asha (voz de Ariana DeBose), adolescente que disputa a vaga de assistente do rei e feiticeiro Magnífico (voz de Chris Pine), responsável por guardar e, posteriormente, realizar os desejos dos habitantes do Reino de Rosas, localizado numa ilha no Mar Mediterrâneo. Ao descobrir as verdadeiras intenções de Magnífico, Asha decide se opor a ele, tornando-se seu alvo principalmente após a queda de uma estrela que a ajuda.
Constante em diversas produções Disney, a luta do bem contra o mal, neste caso específico, em muito remete a outros títulos da Casa do Mickey, dentre eles, “Branca de Neve e os Sete Anões” (Snow White and the Seven Dwarfs – 1937, EUA), a primeira animação em longa-metragem do estúdio, dirigida por William Cottrell, David Hand e Wilfred Jackson. Contudo, não há em “Wish – O Poder dos Desejos” cuidado nem lapidação no que tange ao desenvolvimento da trama proposta, que não consegue sair da superfície em nenhum momento, priorizando longas sequências musicais carentes de conteúdo e densidade.
Obviamente, a falta de cuidado para com o desenvolvimento da história proposta impede a conexão entre público e personagens, o que se torna um problema ainda mais grave pelo fato de o estúdio do Mickey ter inserido questões de representatividade e inclusão objetivando transmitir a mensagem de aceitação, respeito, pacificidade e receptividade numa época de crise migratória em diversas regiões do planeta. Ou seja, a Disney Animation perdeu a oportunidade de levar às telas questões atuais e urgentes que poderiam ser tratadas com a necessária naturalidade para a melhor compreensão por parte das crianças.
Vazio no conteúdo e pasteurizado na forma, “Wish – O Poder dos Desejos” colocou no caldeirão elementos capazes de referenciar o passado do estúdio centenário que construiu seu império sobre a mesa de animação. Mas, no fim das contas, esqueceu de um ingrediente essencial para todos os títulos que, de alguma forma, revolucionaram a vertente animada do cinema: a magia.