Bolsonaristas criam e repetem versões mentirosas sobre ataques em Brasília, por Sidney Rezende

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A profusão de notícias falsas repetidas nos últimos anos nas redes sociais criaram um caldo de descrença por parte do cidadão que será difícil de ser revertido. A quem devemos acreditar, não é mesmo? O jornalismo profissional se esforça para diferenciar-se de pessoas que se dizem “criadoras de conteúdo”, blogueiros, ativistas, militantes e até “enviados […]

POR Sidney Rezende14/01/2023|4 min de leitura

Bolsonaristas criam e repetem versões mentirosas sobre ataques em Brasília, por Sidney Rezende

Golpistas invadiram Congresso, STF e Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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A profusão de notícias falsas repetidas nos últimos anos nas redes sociais criaram um caldo de descrença por parte do cidadão que será difícil de ser revertido. A quem devemos acreditar, não é mesmo?

O jornalismo profissional se esforça para diferenciar-se de pessoas que se dizem “criadoras de conteúdo”, blogueiros, ativistas, militantes e até “enviados de Deus”, que sustentam histórias fantasiosas. E inocentes úteis aceitam como verdadeiras e, o que é pior, redistribuem aquilo nos grupos da família, brechós e listas de seguidores que talvez queiram mesmo acreditar naquilo.

Circulam nas redes sociais barbaridades como a que Lula morreu e quem está pilotando o Brasil é um sósia. Tem gente que crê piamente – baseados em postagens anônimas, vindas de avatares ou pessoas de carne e osso -, que o general Augusto Heleno retornará em breve para assumir “seu posto” no Palácio do Planalto. Ou que Bolsonaro manda códigos nos seus vídeos para que eles se transformem em linhas de ação golpista.

O último movimento que se querem fazer crer é que os autoproclamados “patriotas” não participaram de nenhum ato de vandalismo. E o que se viu, isto sim, foram “infiltrados da esquerda”. É corrente eles colocarem catarse do dia 8 de janeiro na conta de Blackblocs. Lembra-se deles? São aqueles mascarados que, vestidos de preto, usam táticas de destruição do patrimônio para protestar em manifestações de rua.

A luta do cidadão é buscar fontes diversas, cruzar informações e dar atenção a jornalistas sérios e veículos de comunicação que não se deixem seduzir pela manipulação.

O ex-presidente Jair Bolsonaro é um que propaga a versão dos “infiltrados”. E a prova vem de uma nota redigida pelo advogado Frederick Wassef e distribuída para a imprensa nesta sexta (13). Diz ela: “O presidente Jair Bolsonaro sempre repudiou todos os atos ilegais e criminosos, e sempre falou publicamente ser contra tais condutas ilícitas, assim como sempre foi um defensor da Constituição e da democracia. Em todo o seu governo, sempre atuou dentro das quatro linhas da Constituição. O presidente Jair Bolsonaro repudia veementemente os atos  de vandalismo e depredação do patrimônio público cometidos pelos infiltrados na manifestação. Ele jamais teve qualquer relação ou participação nestes movimentos sociais espontâneos realizados pela população”.

O deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) é outro em busca de uma “narrativa” que se adeque ao seu posicionamento partidário e ideológico. Ele foi à Câmara na terça-feira (10) e fez um vídeo onde pretendia convencer os seus seguidores que o vandalismo mostrado na TV não retrata a realidade. “Praticamente não teve nenhum estrago. Você fica assistindo a internet achando que está tudo quebrado, mas não está. Não é verdade”, afirmou Brunini.

Brunini propagou uma notícia falsa. O ambiente exibido pelo parlamentar é um local que não foi alcançado pelos criminosos.

Outros bolsonaristas não admitem que seja autorizado orçamento para recompor o que foi destruído.  O primeiro levantamento oficial acredita que a cifra a ser despendida ultrapassará R$ 3 milhões, incluindo objetos e equipamentos como computadores, câmeras, vidros, veículos, equipamentos de segurança, obras artísticas e mobiliário.

A luta do cidadão é buscar fontes diversas, cruzar informações e dar atenção a jornalistas sérios e veículos de comunicação que não se deixem seduzir pela manipulação. E muito menos pelo canto da sereia do adesismo ou do justiçamento. Jornalista não é polícia.

A profusão de notícias falsas repetidas nos últimos anos nas redes sociais criaram um caldo de descrença por parte do cidadão que será difícil de ser revertido. A quem devemos acreditar, não é mesmo?

O jornalismo profissional se esforça para diferenciar-se de pessoas que se dizem “criadoras de conteúdo”, blogueiros, ativistas, militantes e até “enviados de Deus”, que sustentam histórias fantasiosas. E inocentes úteis aceitam como verdadeiras e, o que é pior, redistribuem aquilo nos grupos da família, brechós e listas de seguidores que talvez queiram mesmo acreditar naquilo.

Circulam nas redes sociais barbaridades como a que Lula morreu e quem está pilotando o Brasil é um sósia. Tem gente que crê piamente – baseados em postagens anônimas, vindas de avatares ou pessoas de carne e osso -, que o general Augusto Heleno retornará em breve para assumir “seu posto” no Palácio do Planalto. Ou que Bolsonaro manda códigos nos seus vídeos para que eles se transformem em linhas de ação golpista.

O último movimento que se querem fazer crer é que os autoproclamados “patriotas” não participaram de nenhum ato de vandalismo. E o que se viu, isto sim, foram “infiltrados da esquerda”. É corrente eles colocarem catarse do dia 8 de janeiro na conta de Blackblocs. Lembra-se deles? São aqueles mascarados que, vestidos de preto, usam táticas de destruição do patrimônio para protestar em manifestações de rua.

A luta do cidadão é buscar fontes diversas, cruzar informações e dar atenção a jornalistas sérios e veículos de comunicação que não se deixem seduzir pela manipulação.

O ex-presidente Jair Bolsonaro é um que propaga a versão dos “infiltrados”. E a prova vem de uma nota redigida pelo advogado Frederick Wassef e distribuída para a imprensa nesta sexta (13). Diz ela: “O presidente Jair Bolsonaro sempre repudiou todos os atos ilegais e criminosos, e sempre falou publicamente ser contra tais condutas ilícitas, assim como sempre foi um defensor da Constituição e da democracia. Em todo o seu governo, sempre atuou dentro das quatro linhas da Constituição. O presidente Jair Bolsonaro repudia veementemente os atos  de vandalismo e depredação do patrimônio público cometidos pelos infiltrados na manifestação. Ele jamais teve qualquer relação ou participação nestes movimentos sociais espontâneos realizados pela população”.

O deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) é outro em busca de uma “narrativa” que se adeque ao seu posicionamento partidário e ideológico. Ele foi à Câmara na terça-feira (10) e fez um vídeo onde pretendia convencer os seus seguidores que o vandalismo mostrado na TV não retrata a realidade. “Praticamente não teve nenhum estrago. Você fica assistindo a internet achando que está tudo quebrado, mas não está. Não é verdade”, afirmou Brunini.

Brunini propagou uma notícia falsa. O ambiente exibido pelo parlamentar é um local que não foi alcançado pelos criminosos.

Outros bolsonaristas não admitem que seja autorizado orçamento para recompor o que foi destruído.  O primeiro levantamento oficial acredita que a cifra a ser despendida ultrapassará R$ 3 milhões, incluindo objetos e equipamentos como computadores, câmeras, vidros, veículos, equipamentos de segurança, obras artísticas e mobiliário.

A luta do cidadão é buscar fontes diversas, cruzar informações e dar atenção a jornalistas sérios e veículos de comunicação que não se deixem seduzir pela manipulação. E muito menos pelo canto da sereia do adesismo ou do justiçamento. Jornalista não é polícia.

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