‘Twisters’: divertido exemplar do cinema catástrofe
Por Ana Carolina Garcia, crítica de cinema do SRzd Em 1996, Jan de Bont levou para as telas de cinema uma história sobre caçadores de tornados americanos que, movidos por diferentes razões, desafiavam a fúria da natureza. Protagonizado por Helen Hunt (Jo Harding) e Bill Paxton (Bill Harding), “Twister” (Twister – 1996, EUA) se tornou […]
POR Ana Carolina Garcia11/07/2024|4 min de leitura
Por Ana Carolina Garcia, crítica de cinema do SRzd
Em 1996, Jan de Bont levou para as telas de cinema uma história sobre caçadores de tornados americanos que, movidos por diferentes razões, desafiavam a fúria da natureza. Protagonizado por Helen Hunt (Jo Harding) e Bill Paxton (Bill Harding), “Twister” (Twister – 1996, EUA) se tornou grande sucesso comercial à época, sobretudo junto à fatia mais jovem do público, que aprecia o filão conhecido como cinema catástrofe. E um dos experimentos da dupla defendida por Hunt e Paxton, Dorothy, é utilizado como elemento de ligação entre o longa e uma das principais estreias do circuito nesta quinta-feira (11), “Twisters” (Twisters – 2024, EUA), de Lee Isaac Chung.
De certa forma atualizando a trama do filme de Jan de Bont, mantendo a mesma dinâmica e optando por estrutura narrativa similar, “Twisters” conta a história da jovem Kate Cooper (Daisy Edgar-Jones), que cinco anos depois de passar por um evento traumático causado pela fúria de um tornado F5 (categoria mais alta da classificação) é convidada por antigo colega para voltar à estrada. E, uma vez de volta ao jogo, Kate precisa não apenas superar os fantasmas do passado, como também lutar pela própria sobrevivência enquanto tenta entender as motivações de um caçador de tornados famoso e, aparentemente irresponsável, Tyler Owens (Glen Powell).
Se no original os personagens buscavam o F5, no novo longa não há suspense acerca do encontro da equipe com ele, pois isso já é apresentado nos primeiros minutos, como dito acima. Aqui, contudo, o suspense gira em torno da invenção de Kate e do desenrolar de sua relação com Tyler, que baixa a guarda à medida que conhece Kate e sua trajetória. Powell consegue explorar as nuances do personagem com calma, deixando o humor em segundo plano quando o horror imposto pela série de tornados toma conta da tela. E isso funciona graças ao impecável jogo cênico estabelecido com Daisy Edgar-Jones, que, por sua vez, consegue assimilar as características de Kate com facilidade, tanto nas cenas de ação quanto nas de drama.
Com produção executiva de Steven Spielberg e roteiro de Joseph Kosinski e Mark L. Smith, “Twisters” chama a atenção por sua montagem cuidadosa, concedendo agilidade narrativa, e por seus efeitos visuais e sonoros, que mantêm o nível de qualidade em todas as cenas. Apesar de previsível, é um longa sobre os riscos de desafiar a natureza de forma imprudente e, sobretudo, sobre superação e amadurecimento, algo observado respectivamente em Kate e Tyler. No fim das contas, é um divertido exemplar do cinema catástrofe, com grande potencial para brigar por posições de destaque no ranking das bilheterias mundiais.
+ assista ao trailer oficial:
Sobre Ana Carolina Garcia: Formada em Comunicação Social e pós-graduada em Jornalismo Cultural, Ana Carolina Garcia é autora dos livros “A Fantástica Fábrica de Filmes – Como Hollywood se tornou a capital mundial do cinema” (2011), “Cinema no século XXI – Modelo tradicional na Era do Streaming” (2021) e “100 anos do Império Disney: Da Avenida Kingswell à conquista do universo” (2023). É vice-presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ) desde 2021.
Por Ana Carolina Garcia, crítica de cinema do SRzd
Em 1996, Jan de Bont levou para as telas de cinema uma história sobre caçadores de tornados americanos que, movidos por diferentes razões, desafiavam a fúria da natureza. Protagonizado por Helen Hunt (Jo Harding) e Bill Paxton (Bill Harding), “Twister” (Twister – 1996, EUA) se tornou grande sucesso comercial à época, sobretudo junto à fatia mais jovem do público, que aprecia o filão conhecido como cinema catástrofe. E um dos experimentos da dupla defendida por Hunt e Paxton, Dorothy, é utilizado como elemento de ligação entre o longa e uma das principais estreias do circuito nesta quinta-feira (11), “Twisters” (Twisters – 2024, EUA), de Lee Isaac Chung.
De certa forma atualizando a trama do filme de Jan de Bont, mantendo a mesma dinâmica e optando por estrutura narrativa similar, “Twisters” conta a história da jovem Kate Cooper (Daisy Edgar-Jones), que cinco anos depois de passar por um evento traumático causado pela fúria de um tornado F5 (categoria mais alta da classificação) é convidada por antigo colega para voltar à estrada. E, uma vez de volta ao jogo, Kate precisa não apenas superar os fantasmas do passado, como também lutar pela própria sobrevivência enquanto tenta entender as motivações de um caçador de tornados famoso e, aparentemente irresponsável, Tyler Owens (Glen Powell).
Se no original os personagens buscavam o F5, no novo longa não há suspense acerca do encontro da equipe com ele, pois isso já é apresentado nos primeiros minutos, como dito acima. Aqui, contudo, o suspense gira em torno da invenção de Kate e do desenrolar de sua relação com Tyler, que baixa a guarda à medida que conhece Kate e sua trajetória. Powell consegue explorar as nuances do personagem com calma, deixando o humor em segundo plano quando o horror imposto pela série de tornados toma conta da tela. E isso funciona graças ao impecável jogo cênico estabelecido com Daisy Edgar-Jones, que, por sua vez, consegue assimilar as características de Kate com facilidade, tanto nas cenas de ação quanto nas de drama.
Com produção executiva de Steven Spielberg e roteiro de Joseph Kosinski e Mark L. Smith, “Twisters” chama a atenção por sua montagem cuidadosa, concedendo agilidade narrativa, e por seus efeitos visuais e sonoros, que mantêm o nível de qualidade em todas as cenas. Apesar de previsível, é um longa sobre os riscos de desafiar a natureza de forma imprudente e, sobretudo, sobre superação e amadurecimento, algo observado respectivamente em Kate e Tyler. No fim das contas, é um divertido exemplar do cinema catástrofe, com grande potencial para brigar por posições de destaque no ranking das bilheterias mundiais.
+ assista ao trailer oficial:
Sobre Ana Carolina Garcia: Formada em Comunicação Social e pós-graduada em Jornalismo Cultural, Ana Carolina Garcia é autora dos livros “A Fantástica Fábrica de Filmes – Como Hollywood se tornou a capital mundial do cinema” (2011), “Cinema no século XXI – Modelo tradicional na Era do Streaming” (2021) e “100 anos do Império Disney: Da Avenida Kingswell à conquista do universo” (2023). É vice-presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ) desde 2021.