CULTURA: Antes de Setembro

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Novo livro do escritor Ivan Sant’anna mostra o planejamento dos atentados, o treinamento dos terroristas e detalhes do que aconteceu durante os vôos de uma manhã de setembro que o mundo não vai esquecer.

POR Redação SRzd02/09/2006|3 min de leitura

CULTURA: Antes de Setembro
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O final do livro você já conhece. A história termina no dia 11 de setembro, com dois aviões batendo contra as torres do World Trade Center. Mas contar como tudo termina, aqui, não estraga a surpresa. Mesmo sabendo o final, há outros motivos para se ler o novo livro do escritor Ivan Sant’anna.

Durante três anos, o carioca pesquisou minuciosamente o que aconteceu antes e durante os quatro vôos, que terminaram em tragédia, naquela manhã de 2001. “Plano de Ataque” recupera detalhes da elaboração e execução dos ataques por parte dos terroristas. O livro conta como foi feita a escolha dos pilotos kamikases, o período de formação de cada um, nos Estados Unidos, e relata o que aconteceu a bordo dos aviões, desde que decolaram até o momento em que explodiram contra seus alvos ou contra o solo (caso do vôo 93).

Ao contrário de autores que sofrem com a falta de material durante a pesquisa para escrever uma obra, Ivan Sant’anna enfrentou uma situação contrária: o excesso de informações. Apenas na Internet são mais de 900 milhões de sites sobre o 11 de setembro. Foi preciso buscar com cuidado dados importantes, entre uma infinidade de histórias falsas, fantasiosas e teorias conspiratórias.

Entre o material utilizado para a elaboração do livro estão o relatório da comissão que investigou, no Congresso americano, os atentados; jornais; revistas; documentários e entrevistas com sobreviventes e pessoas ligadas às vítimas. “Plano de Ataque” também reúne fotos, mapas com as rotas dos vôos e a reprodução de diálogos entre passageiros dos aviões e familiares, minutos antes dos ataques.

Durante a pesquisa, Ivan Sant’anna se interessou especialmente pela história dos terroristas que, após o assassinato dos pilotos, assumiram os comandos dos vôos. Ziad Jarrah, por exemplo, não preenchia nenhum dos requisitos que se espera de um fanático suícida. Além de não ser religioso (estudou em um colégio católico), era um jovem que aproveitava a vida, apaixonado pela namorada e por aviões.

“Plano de Ataque” traz pouca, ou quase nenhuma, ficção. Apenas alguns diálogos entre integrantes da al-Qaeda foram modificados para explicar melhor determinadas situações. O restante é realidade. E é entre as coisas “de verdade” que o leitor encontra frases como a de Honor Elizabeth Wainio, uma das passageiras do vôo UAL93. Antes de morrer, na queda do avião sobre um bosque da Pensilvânia, a jovem, de 27 anos, conversou pelo celular com a madrasta: “Não sei como isso vai terminar. Mas do lado de fora, o céu está lindo”.

O final do livro você já conhece. A história termina no dia 11 de setembro, com dois aviões batendo contra as torres do World Trade Center. Mas contar como tudo termina, aqui, não estraga a surpresa. Mesmo sabendo o final, há outros motivos para se ler o novo livro do escritor Ivan Sant’anna.

Durante três anos, o carioca pesquisou minuciosamente o que aconteceu antes e durante os quatro vôos, que terminaram em tragédia, naquela manhã de 2001. “Plano de Ataque” recupera detalhes da elaboração e execução dos ataques por parte dos terroristas. O livro conta como foi feita a escolha dos pilotos kamikases, o período de formação de cada um, nos Estados Unidos, e relata o que aconteceu a bordo dos aviões, desde que decolaram até o momento em que explodiram contra seus alvos ou contra o solo (caso do vôo 93).

Ao contrário de autores que sofrem com a falta de material durante a pesquisa para escrever uma obra, Ivan Sant’anna enfrentou uma situação contrária: o excesso de informações. Apenas na Internet são mais de 900 milhões de sites sobre o 11 de setembro. Foi preciso buscar com cuidado dados importantes, entre uma infinidade de histórias falsas, fantasiosas e teorias conspiratórias.

Entre o material utilizado para a elaboração do livro estão o relatório da comissão que investigou, no Congresso americano, os atentados; jornais; revistas; documentários e entrevistas com sobreviventes e pessoas ligadas às vítimas. “Plano de Ataque” também reúne fotos, mapas com as rotas dos vôos e a reprodução de diálogos entre passageiros dos aviões e familiares, minutos antes dos ataques.

Durante a pesquisa, Ivan Sant’anna se interessou especialmente pela história dos terroristas que, após o assassinato dos pilotos, assumiram os comandos dos vôos. Ziad Jarrah, por exemplo, não preenchia nenhum dos requisitos que se espera de um fanático suícida. Além de não ser religioso (estudou em um colégio católico), era um jovem que aproveitava a vida, apaixonado pela namorada e por aviões.

“Plano de Ataque” traz pouca, ou quase nenhuma, ficção. Apenas alguns diálogos entre integrantes da al-Qaeda foram modificados para explicar melhor determinadas situações. O restante é realidade. E é entre as coisas “de verdade” que o leitor encontra frases como a de Honor Elizabeth Wainio, uma das passageiras do vôo UAL93. Antes de morrer, na queda do avião sobre um bosque da Pensilvânia, a jovem, de 27 anos, conversou pelo celular com a madrasta: “Não sei como isso vai terminar. Mas do lado de fora, o céu está lindo”.

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