Artistas simpatizantes ao bolsonarismo, ao longo dos últimos anos, se caracterizaram por críticas à Lei Rouanet. Ao citar músicos, atores ou profissionais de outras áreas do setor que se colocam na oposição ao atual governo, repetem a frase “acabou a mamata”, para justificar o repúdio deles à administração Federal.
Um dos casos mais recentes e de maior repercussão nesse cenário, tem como protagonista o cantor Gusttavo Lima. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, ele teria cobrado um cachê de R$ 800 mil para se apresentar em uma vaquejada em São Luiz, município de cerca de 8 mil habitantes, ao Sul do estado de Roraima.
A cidade tem o segundo menor PIB do estado, atrás somente da cidade de Uiramutã, e o valor cobrado pelo cantor equivale a 266 vezes o teto atual da Lei Rouanet em cachês para artistas, que diminuiu, no governo de Jair Bolsonaro (PL), de R$ 45 mil para R$ 3 mil,.
Com a ampla discussão do caso nas redes sociais o Ministério Público de Roraima informou que investigar a contratação. O órgão pede esclarecimentos para a prefeitura local a respeito da origem do dinheiro e qual seria o retorno do show para os moradores do município.
Em declaração ao G1, James Batista (Solidariedade), prefeito de São Luiz, afirmou que “o evento trará receitas diretas para as contas do município que permitirão o pagamento de todas as despesas, incluindo os cachês dos artistas”.
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