NA LOCADORA: E Deus criou a Mulher

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O homem que inventou Brigitte

POR Redação SRzd13/07/2006|3 min de leitura

NA LOCADORA: E Deus criou a Mulher
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E Deus criou a mulher
(Et Dieu… Créa la Femme)
França,1956
De Roger Vadim
Roteiro de Roger Vadim e Raoul Lévy
Com Brigitte Bardot e Jean-Louis Trintignant

“É difícil ser feliz” Juliette

Fiquei doida quando vi “E Deus criou a mulher”, na estante da locadora. Brigitte Bardot, blablablá. Já tinham me dito que não era bom. E não é mesmo. Roger Vadim sempre gostou de exibir suas mulheres, e é isso que ele faz no filme, que se resume a um book sexy da atriz. Ou “sexchy”, como ela pronunciava. O mar de Saint Tropez; Brigitte pegando sol de bruços, nua, por trás de um varal de lençóis; abraçada ao coelhinho de estimação; sempre descalça ‘ até mesmo vestida de noiva -, andando de bicicleta; deitada com a roupa molhada e a blusa desabotoada na beira do mar; tocando bongô e dançando chá chá chá – realmente esta é pra ser colocada numa cápsula e enviada pra lua.

História não há. Juliette tem 18 anos, libido a todo vapor, beija um, beija outro, e acaba se casando com um jovem apaixonado, irmão do cara que realmente a interessa. Ela trai o marido, óbvio. Praticamente contei o filme todo.

Diz o diretor que a nudez de BB incomodava tanto, que certa vez um censor disse queria cortar uma das cenas onde ela aparecia nua, saindo da cama, na frente do seu cunhado. Na verdade ela usava um pulover até embaixo do joelho. O censor lembrava dela sem roupa, na cabeça dele, na cabeça problemática dos censores. Brigitte não mostrava tudo mas dava mesmo a impressão que sim.

A atriz não queria de jeito nenhum que Trintignant fosse seu par. Alegou que jamais conseguiria fingir que estava apaixonada por “aquele sujeito”. Vadim queria que a mulher expressasse sua alma no filme, aquelas paradas. Ela precisava embaraçar os cabelos antes de cada cena e dispensar a maquiagem. Odiava seus cabelos e abandonou a sala chorando quando os copiões estavam sendo projetados. Truffaut adorou e considerou uma espécie de divisor de águas do cinema francês. A cena que mais chocou os conservadores não contém nudez: recém-casada, Juliette está em lua-de-mel no andar de cima enquanto a família do marido espera os dois para jantar.

BB se apaixonou por Trintignant durante às filmagens. “Devemos ensaiar sozinhos. Para o nosso próprio prazer”, teria dito o ator. Foram morar juntos, mas Vadim não deu a mínima.

Marina W. é jornalista
www.blowg.pixelzine.com

E Deus criou a mulher
(Et Dieu… Créa la Femme)
França,1956
De Roger Vadim
Roteiro de Roger Vadim e Raoul Lévy
Com Brigitte Bardot e Jean-Louis Trintignant

“É difícil ser feliz” Juliette

Fiquei doida quando vi “E Deus criou a mulher”, na estante da locadora. Brigitte Bardot, blablablá. Já tinham me dito que não era bom. E não é mesmo. Roger Vadim sempre gostou de exibir suas mulheres, e é isso que ele faz no filme, que se resume a um book sexy da atriz. Ou “sexchy”, como ela pronunciava. O mar de Saint Tropez; Brigitte pegando sol de bruços, nua, por trás de um varal de lençóis; abraçada ao coelhinho de estimação; sempre descalça ‘ até mesmo vestida de noiva -, andando de bicicleta; deitada com a roupa molhada e a blusa desabotoada na beira do mar; tocando bongô e dançando chá chá chá – realmente esta é pra ser colocada numa cápsula e enviada pra lua.

História não há. Juliette tem 18 anos, libido a todo vapor, beija um, beija outro, e acaba se casando com um jovem apaixonado, irmão do cara que realmente a interessa. Ela trai o marido, óbvio. Praticamente contei o filme todo.

Diz o diretor que a nudez de BB incomodava tanto, que certa vez um censor disse queria cortar uma das cenas onde ela aparecia nua, saindo da cama, na frente do seu cunhado. Na verdade ela usava um pulover até embaixo do joelho. O censor lembrava dela sem roupa, na cabeça dele, na cabeça problemática dos censores. Brigitte não mostrava tudo mas dava mesmo a impressão que sim.

A atriz não queria de jeito nenhum que Trintignant fosse seu par. Alegou que jamais conseguiria fingir que estava apaixonada por “aquele sujeito”. Vadim queria que a mulher expressasse sua alma no filme, aquelas paradas. Ela precisava embaraçar os cabelos antes de cada cena e dispensar a maquiagem. Odiava seus cabelos e abandonou a sala chorando quando os copiões estavam sendo projetados. Truffaut adorou e considerou uma espécie de divisor de águas do cinema francês. A cena que mais chocou os conservadores não contém nudez: recém-casada, Juliette está em lua-de-mel no andar de cima enquanto a família do marido espera os dois para jantar.

BB se apaixonou por Trintignant durante às filmagens. “Devemos ensaiar sozinhos. Para o nosso próprio prazer”, teria dito o ator. Foram morar juntos, mas Vadim não deu a mínima.

Marina W. é jornalista
www.blowg.pixelzine.com

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