Viúvo de Antonio Cicero comenta escolha do poeta por eutanásia

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Abriu o jogo. O figurinista Marcelo Pies deu detalhes sobre a decisão do marido, Antonio Cicero, que morreu nesta quarta-feira (23), de optar pela eutanásia. Os dois estavam juntos desde 1984. O brasileiro escolheu ser submetido ao procedimento em que o paciente pede para morrer de forma indolor. No Brasil, a prática é proibida. Segundo […]

POR Redação SRzd24/10/2024|3 min de leitura

Viúvo de Antonio Cicero comenta escolha do poeta por eutanásia

Antonio Cícero em entrevista à Globo. Foto: Reprodução de vídeo

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Abriu o jogo. O figurinista Marcelo Pies deu detalhes sobre a decisão do marido, Antonio Cicero, que morreu nesta quarta-feira (23), de optar pela eutanásia. Os dois estavam juntos desde 1984.

O brasileiro escolheu ser submetido ao procedimento em que o paciente pede para morrer de forma indolor. No Brasil, a prática é proibida.

Segundo Pies, foi “uma decisão puramente racional”. “Ninguém foi consultado. Antonio não queria. Ele só avisou ontem [terça-feira, 22] a irmã, Marina [Lima], que ficou arrasada, mas entendeu e aceitou sua posição”, revelou ele em entrevista ao jornal “O Globo”.

De acordo com informações já divulgadas, ele viajou ao país em segredo à Europa, onde o procedimento é legalizado, mas seguido por regras rígidas, como comprovação de diagnóstico de doença incurável que cause sofrimento, por exemplo.

Marcelo explicou que o processo foi burocrático e foi necessário vários exames e atestados para que o método fosse aceito.

“Ele sempre, sempre defendeu a liberdade de se cometer eutanásia e suicídio assistido. Nisso, ele foi de uma coerência admirável. Por isso, não reagi com tanta surpresa [à decisão]”, disse o figurinista, que vai retornar ao Brasil com as cinzas do marido nesta quita-feira (24).

“Com toda a certeza, foi uma morte digna. Ele morreu em paz, segurando a minha mão, muito tranquilo e sem nenhuma ansiedade. Depois do medicamento, ele dormiu e, em meia hora ou um pouco mais, morreu”, detalhou. “Admiro imensamente a coragem e a determinação. Ele sempre apoiou todas as formas de liberdade, e essa foi mais uma”, completou.

Quanto as críticas em relação à eutanásia, Pies se posicionou: “Quanto ao preconceito em relação à eutanásia e/ou suicídio assistido, vejo isso ser cada vez mais aceito por diferentes tipos de pessoas. Ele vem diminuindo, me parece. Mas tem que ficar claro que esses recursos só são possíveis nos casos de doenças graves, com sofrimento atestado e sem cura. Tudo só foi feito depois de as autoridades suíças aceitarem o caso mediante os comprovantes. Se mesmo assim as pessoas tiverem preconceito, aí só pode ser por dogmas religiosos. Sobre isso, Cícero fala na declaração que deixou”.

Rodapé - entretenimento

Abriu o jogo. O figurinista Marcelo Pies deu detalhes sobre a decisão do marido, Antonio Cicero, que morreu nesta quarta-feira (23), de optar pela eutanásia. Os dois estavam juntos desde 1984.

O brasileiro escolheu ser submetido ao procedimento em que o paciente pede para morrer de forma indolor. No Brasil, a prática é proibida.

Segundo Pies, foi “uma decisão puramente racional”. “Ninguém foi consultado. Antonio não queria. Ele só avisou ontem [terça-feira, 22] a irmã, Marina [Lima], que ficou arrasada, mas entendeu e aceitou sua posição”, revelou ele em entrevista ao jornal “O Globo”.

De acordo com informações já divulgadas, ele viajou ao país em segredo à Europa, onde o procedimento é legalizado, mas seguido por regras rígidas, como comprovação de diagnóstico de doença incurável que cause sofrimento, por exemplo.

Marcelo explicou que o processo foi burocrático e foi necessário vários exames e atestados para que o método fosse aceito.

“Ele sempre, sempre defendeu a liberdade de se cometer eutanásia e suicídio assistido. Nisso, ele foi de uma coerência admirável. Por isso, não reagi com tanta surpresa [à decisão]”, disse o figurinista, que vai retornar ao Brasil com as cinzas do marido nesta quita-feira (24).

“Com toda a certeza, foi uma morte digna. Ele morreu em paz, segurando a minha mão, muito tranquilo e sem nenhuma ansiedade. Depois do medicamento, ele dormiu e, em meia hora ou um pouco mais, morreu”, detalhou. “Admiro imensamente a coragem e a determinação. Ele sempre apoiou todas as formas de liberdade, e essa foi mais uma”, completou.

Quanto as críticas em relação à eutanásia, Pies se posicionou: “Quanto ao preconceito em relação à eutanásia e/ou suicídio assistido, vejo isso ser cada vez mais aceito por diferentes tipos de pessoas. Ele vem diminuindo, me parece. Mas tem que ficar claro que esses recursos só são possíveis nos casos de doenças graves, com sofrimento atestado e sem cura. Tudo só foi feito depois de as autoridades suíças aceitarem o caso mediante os comprovantes. Se mesmo assim as pessoas tiverem preconceito, aí só pode ser por dogmas religiosos. Sobre isso, Cícero fala na declaração que deixou”.

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