A apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela obstrução completa ou parcial recorrente das vias aéreas superiores durante o sono. É uma doença crônica e as repercussões na saúde física e mental justificam o tratamento, principalmente nos casos moderados e graves.

Hoje são inúmeros os avanços no tratamento da apneia obstrutiva do sono, tanto nas medidas gerais quanto no tratamento específico, bem como a perspectiva de novos tratamentos.

“Medidas comportamentais, como a manutenção de horários regulares de sono, evitar o consumo de bebida alcoólica próximo ao início do sono e o controle do peso são orientações gerais para todo paciente com apneia obstrutiva do sono”, explica a coordenadora da live, Dra. Erika Treptow, especialista em Medicina do Sono e Pesquisadora do Instituto do Sono.

Entretanto, muitas vezes é necessário o tratamento específico que inclui a terapia posicional, o uso do aparelho de avanço mandibular ou dos aparelhos de pressão positiva na via aérea, as cirurgias de via aérea superior, a cirurgia craniomaxilofacial, entre outros.

Ainda segundo Erika Treptow, o tratamento atual é realizado de maneira individualizada e leva em consideração os fatores fisiopatológicos, as preferências do paciente e a experiência do profissional para determinar qual é o melhor tratamento terapêutico. Além disso, o acompanhamento dos pacientes é necessário para o reconhecimento precoce de dificuldades com o uso dos dispositivos, efeitos colaterais e outros fatores que possam impedir uma boa adesão ao tratamento.

Preconiza-se que o tratamento da apneia obstrutiva do sono seja realizado por uma equipe multidisciplinar que pode incluir profissionais de diferentes áreas da saúde como a medicina, odontologia do sono, fisioterapia, fonoaudiologia e psicólogos.