Dia do riso: quando a sabedoria de rir para a vida pode ser considerada um sinal de inteligência emocional

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Você sabia que existe o dia do riso ou dia dos benefícios do riso? Sim, no dia 6 de novembro temos o prazer de lembrar de exercício vital para os seres humanos: Rir. Rir da vida, rir das situações e rir sempre. Neste sentido, podemos levantar uma questão de suma importância para os indivíduos que […]

POR Redação SRzd06/11/2021|7 min de leitura

Dia do riso: quando a sabedoria de rir para a vida pode ser considerada um sinal de inteligência emocional

Sorriso. Foto: Pikist

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Você sabia que existe o dia do riso ou dia dos benefícios do riso? Sim, no dia 6 de novembro temos o prazer de lembrar de exercício vital para os seres humanos: Rir.

Rir da vida, rir das situações e rir sempre. Neste sentido, podemos levantar uma questão de suma importância para os indivíduos que é a forma e condicional de se conseguir rir e ficar bem em momentos desafiadores.

Afinal, rir quando tudo está bem é muito fácil. Mas quando estamos sendo colocados em prova, a coisa fica mais complicada. Neste caso, muitas são as dúvidas sobre algumas características comportamentais que podem ser confundidas com autodesvalorização para uns, ou como excelência em inteligência emocional, para outros. Por exemplo: a capacidade de rir de si mesmo é considera uma desvalorização do indivíduo ou é uma demonstração real dos sinais de equilíbrio mental?

E quais seriam os benefícios do riso? São inúmeros. Principalmente para nossa saúde mental que é uma das grandes beneficiadas quando falamos de bem estar físico e emocional. Entre os tantos benefícios para a saúde que o riso pode trazer, estão: reduzir o stress, promover a queima de calorias, melhorar a qualidade de sono, fortalecer o abdômen, melhorar a circulação sanguínea, a respiração e a digestão, fortalecer o sistema imunológico, estimular a criatividade e induzir a criação de laços com outras pessoas. Favorecendo, portanto, os laços interpessoais, bem como na produção hormonal de forma a auxiliar na redução de doenças e no equilíbrio e bom funcionamento de nosso sistema imunológico.

Porém, uma reflexão precisa ser ressaltada: saber rir de si mesmo (a) é sim, uma habilidade que costuma ser apontada como sinal de inteligência emocional. Poder se perceber falível, entender que todos somos passíveis de escolhas erradas é um sinal de maturidade.

Claro, que tudo dentro de uma medida. Rir de si mesmo e aprender com seus erros, conseguindo perceber que somos todos suscetíveis a enganos e, mais que isso, poder extrair dos tropeços grandes aprendizados, isso sim é caracterizado como indícios de uma boa construção de inteligência emocional.

Apenas rir de si a todo o tempo, banalizando sua condição enquanto um ser humano que comete erros e aprende com eles, simplesmente te faz ser mais um na multidão e o ajuda a se desmerecer perante o outro. Se você não se qualifica, certamente o outro também não o fará por você. Essa é a grande armadilha em não usar corretamente essa qualidade.

Entretanto, o que temos que estar atentos é com a intensidade das atitudes aqui descritas.

Desqualificar-se o tempo todo pode ser um sinal de que, inconscientemente, a pessoa está tentando reduzir os impactos dos problemas em si, por talvez não saber lidar com eles. Isso demonstra insegurança emocional. A acomodação o obriga a permanecer em sua zona de conforto, classificando seus erros com banalidade. Pode até ser, em alguns casos, classificado como auto sabotagem.

O indivíduo cria uma atmosfera de normalidade nas situações com o objetivo de não ter que enfrentá-las, não ter que corrigir e desta forma, exime-se do benefício de aprender e crescer com elas. Neste sentido, até a autoestima elevada demais é um sinal de alerta.

Equivocadamente, temos uma ideia de que falar bem de si mesmo (a) é uma atitude soberba e arrogante. Isso porque a imagem refletida nestes casos é o de que não temos defeitos, somos bons em tudo, não erramos, o que pode dar uma conotação de arrogância e egocentrismo.

Afinal, ninguém é bom o tempo todo. Não somos perfeitos. A questão é que, se você está correto pode sim falar de si, mas não existe a necessidade de exaltação a todo o tempo. O maior cuidado está em não se alimentar um perfil narcisista.

Um outro aspecto fundamental nessa reflexão é que devemos nos atentar para um ponto crucial: quando falamos mal de nós mesmos, damos permissão, ainda que de modo inconsciente, para os outros fazerem o mesmo e nos tratarem mal. Tudo tem um limite. Falar bem ou mal de si a todo o tempo, só irá demonstrar imaturidade emocional.

Somos espelhos para o outro e só fazem conosco o que nós permitimos. Se você não se valoriza ou não oferece subsídios através de atitudes e ações para que te percebam através de suas qualidades, certamente, terá do outro o pior que este possa lhe dar. Portanto, é muito importante observar como eu me mostro ao outro.

Como eu quero ser percebido. Essa será a forma como serei tratado. Sigmund Freud (pai da psicanálise) dizia que “Todo excesso reflete uma falta”, portanto, a análise está em perceber qual a falta você está evidenciando quando se trata mal a todo momento e ter a consciência de que não vai receber nada diferente das outras pessoas, se você mesmo se coloca neste lugar, sem valorizar-se.

Reconhecer falhas, ser honesto, assumir os erros e corrigi-los é uma coisa. Falar mal de si mesmo a todo tempo é, no mínimo, uma exposição desnecessária que traz muitos malefícios para diversos campos da sua vida. Quando você expõe suas fraquezas, tem que ter a consciência de sustentar o que pode vir.

O ser humano é falho e pessoas com um perfil de perversidade, certamente, poderão reverter o processo e usar o seu lado frágil contra você. Além disso, demonstrar isso para o outro sempre, não o fará a melhor pessoa. Importante ser transparente, demonstrando onde errou ou falhou, mas já apresentar uma saída, uma solução ou demonstrar que se tem a percepção do erro e também do acerto.

Desta maneira, você estará deixando claro que adquiriu maturidade e equilíbrio para ser o protagonista de sua vida. Perfeição não nos cabe, mas cabe a cada indivíduo a responsabilidade da busca por suas melhorias pessoais. O segredo está em aprender a impor limites para o seu próprio egocentrismo. Saber dosar as suas ações e suas falas. Não existe necessidade de uma exposição permanente.

Ser transparente e verdadeiro, e não ter medo de admitir suas falhas, é uma coisa. Mas pegar todos os erros e potencializar ou todos os acertos e se expor, é outra coisa.

Por fim, cuide de seus excessos, mas saiba rir das situações e traga leveza para sua vida. Entenda onde você coloca seu prazer. Sentir prazer com a autodesvalorização ou com a auto sabotagem, é um sinal claro de que algo está errado.

Desta forma, trabalhando suas ações conscientemente, você estará agindo dentro de um limite razoável, para compreender que a exposição, seja ela de forma negativa ou positiva, não o faz melhor ou pior. Não agrega valor. Apenas rotula a si mesmo e permite que o outro torne-se um julgador nato de seus atos.

É muito importante que façamos um trabalho de autoconhecimento para identificar onde estão enraizadas as ausências, os excessos e a falta de limites. Assim como também é muito importante valorizar nossos sentimentos positivos e nossa capacidade de sorrir para a vida de forma geral e perpetue o dia do riso em seus 365 dias do ano.

* Artigo de autoria de Andrea Ladislau (doutora e psicanalista)

Você sabia que existe o dia do riso ou dia dos benefícios do riso? Sim, no dia 6 de novembro temos o prazer de lembrar de exercício vital para os seres humanos: Rir.

Rir da vida, rir das situações e rir sempre. Neste sentido, podemos levantar uma questão de suma importância para os indivíduos que é a forma e condicional de se conseguir rir e ficar bem em momentos desafiadores.

Afinal, rir quando tudo está bem é muito fácil. Mas quando estamos sendo colocados em prova, a coisa fica mais complicada. Neste caso, muitas são as dúvidas sobre algumas características comportamentais que podem ser confundidas com autodesvalorização para uns, ou como excelência em inteligência emocional, para outros. Por exemplo: a capacidade de rir de si mesmo é considera uma desvalorização do indivíduo ou é uma demonstração real dos sinais de equilíbrio mental?

E quais seriam os benefícios do riso? São inúmeros. Principalmente para nossa saúde mental que é uma das grandes beneficiadas quando falamos de bem estar físico e emocional. Entre os tantos benefícios para a saúde que o riso pode trazer, estão: reduzir o stress, promover a queima de calorias, melhorar a qualidade de sono, fortalecer o abdômen, melhorar a circulação sanguínea, a respiração e a digestão, fortalecer o sistema imunológico, estimular a criatividade e induzir a criação de laços com outras pessoas. Favorecendo, portanto, os laços interpessoais, bem como na produção hormonal de forma a auxiliar na redução de doenças e no equilíbrio e bom funcionamento de nosso sistema imunológico.

Porém, uma reflexão precisa ser ressaltada: saber rir de si mesmo (a) é sim, uma habilidade que costuma ser apontada como sinal de inteligência emocional. Poder se perceber falível, entender que todos somos passíveis de escolhas erradas é um sinal de maturidade.

Claro, que tudo dentro de uma medida. Rir de si mesmo e aprender com seus erros, conseguindo perceber que somos todos suscetíveis a enganos e, mais que isso, poder extrair dos tropeços grandes aprendizados, isso sim é caracterizado como indícios de uma boa construção de inteligência emocional.

Apenas rir de si a todo o tempo, banalizando sua condição enquanto um ser humano que comete erros e aprende com eles, simplesmente te faz ser mais um na multidão e o ajuda a se desmerecer perante o outro. Se você não se qualifica, certamente o outro também não o fará por você. Essa é a grande armadilha em não usar corretamente essa qualidade.

Entretanto, o que temos que estar atentos é com a intensidade das atitudes aqui descritas.

Desqualificar-se o tempo todo pode ser um sinal de que, inconscientemente, a pessoa está tentando reduzir os impactos dos problemas em si, por talvez não saber lidar com eles. Isso demonstra insegurança emocional. A acomodação o obriga a permanecer em sua zona de conforto, classificando seus erros com banalidade. Pode até ser, em alguns casos, classificado como auto sabotagem.

O indivíduo cria uma atmosfera de normalidade nas situações com o objetivo de não ter que enfrentá-las, não ter que corrigir e desta forma, exime-se do benefício de aprender e crescer com elas. Neste sentido, até a autoestima elevada demais é um sinal de alerta.

Equivocadamente, temos uma ideia de que falar bem de si mesmo (a) é uma atitude soberba e arrogante. Isso porque a imagem refletida nestes casos é o de que não temos defeitos, somos bons em tudo, não erramos, o que pode dar uma conotação de arrogância e egocentrismo.

Afinal, ninguém é bom o tempo todo. Não somos perfeitos. A questão é que, se você está correto pode sim falar de si, mas não existe a necessidade de exaltação a todo o tempo. O maior cuidado está em não se alimentar um perfil narcisista.

Um outro aspecto fundamental nessa reflexão é que devemos nos atentar para um ponto crucial: quando falamos mal de nós mesmos, damos permissão, ainda que de modo inconsciente, para os outros fazerem o mesmo e nos tratarem mal. Tudo tem um limite. Falar bem ou mal de si a todo o tempo, só irá demonstrar imaturidade emocional.

Somos espelhos para o outro e só fazem conosco o que nós permitimos. Se você não se valoriza ou não oferece subsídios através de atitudes e ações para que te percebam através de suas qualidades, certamente, terá do outro o pior que este possa lhe dar. Portanto, é muito importante observar como eu me mostro ao outro.

Como eu quero ser percebido. Essa será a forma como serei tratado. Sigmund Freud (pai da psicanálise) dizia que “Todo excesso reflete uma falta”, portanto, a análise está em perceber qual a falta você está evidenciando quando se trata mal a todo momento e ter a consciência de que não vai receber nada diferente das outras pessoas, se você mesmo se coloca neste lugar, sem valorizar-se.

Reconhecer falhas, ser honesto, assumir os erros e corrigi-los é uma coisa. Falar mal de si mesmo a todo tempo é, no mínimo, uma exposição desnecessária que traz muitos malefícios para diversos campos da sua vida. Quando você expõe suas fraquezas, tem que ter a consciência de sustentar o que pode vir.

O ser humano é falho e pessoas com um perfil de perversidade, certamente, poderão reverter o processo e usar o seu lado frágil contra você. Além disso, demonstrar isso para o outro sempre, não o fará a melhor pessoa. Importante ser transparente, demonstrando onde errou ou falhou, mas já apresentar uma saída, uma solução ou demonstrar que se tem a percepção do erro e também do acerto.

Desta maneira, você estará deixando claro que adquiriu maturidade e equilíbrio para ser o protagonista de sua vida. Perfeição não nos cabe, mas cabe a cada indivíduo a responsabilidade da busca por suas melhorias pessoais. O segredo está em aprender a impor limites para o seu próprio egocentrismo. Saber dosar as suas ações e suas falas. Não existe necessidade de uma exposição permanente.

Ser transparente e verdadeiro, e não ter medo de admitir suas falhas, é uma coisa. Mas pegar todos os erros e potencializar ou todos os acertos e se expor, é outra coisa.

Por fim, cuide de seus excessos, mas saiba rir das situações e traga leveza para sua vida. Entenda onde você coloca seu prazer. Sentir prazer com a autodesvalorização ou com a auto sabotagem, é um sinal claro de que algo está errado.

Desta forma, trabalhando suas ações conscientemente, você estará agindo dentro de um limite razoável, para compreender que a exposição, seja ela de forma negativa ou positiva, não o faz melhor ou pior. Não agrega valor. Apenas rotula a si mesmo e permite que o outro torne-se um julgador nato de seus atos.

É muito importante que façamos um trabalho de autoconhecimento para identificar onde estão enraizadas as ausências, os excessos e a falta de limites. Assim como também é muito importante valorizar nossos sentimentos positivos e nossa capacidade de sorrir para a vida de forma geral e perpetue o dia do riso em seus 365 dias do ano.

* Artigo de autoria de Andrea Ladislau (doutora e psicanalista)

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