A Holanda autorizou que as prostitutas voltem a receber clientes após a diminuição das medidas de prevenção contra a Covid-19, mas recomendou elas a evitar respirar perto ou beijar seus clientes para reduzir os riscos de transmissão da doença.
A Red Light United, que representa as prostitutas de Amsterdã, fez recentemente uma campanha para voltar ao trabalho o mais rápido possível, alegando que algumas profissionais do sexo ainda tinham que pagar aluguel em suas instalações e que o bloqueio as obrigava a trabalhar ilegalmente, expondo-as a riscos maiores.
As prostitutas já são obrigadas a cumprir rígidas normas de segurança sanitária na Holanda, mas o setor compilou uma lista de recomendações do governo, incluindo posições sexuais a serem evitadas.
Mesmo com novas diretrizes, as profissionais do sexo estarão mais expostas aos perigos da Covid-19 do que outras profissões, disse Debbie Mensink, consultora de saúde pública em Amsterdã.
Como o número de novas infecções e mortes pelo novo Coronavírus caiu rapidamente nas últimas semanas, a Holanda suspendeu a maioria das medidas de bloqueio. O país registrou mais de 50 mil infecções e mais de 6 mil mortes desde meados de março.
Apesar da melhora nas estatísticas, as pessoas são aconselhadas a manter 1,5 metro de distância e devem usar máscaras no transporte público. Essas regras não se aplicam a profissionais do sexo e as autoridades de saúde recomendam evitar encontros cara a cara.
Vale lembrar que a legalização da prostituição na Holanda foi sacramentada há 14 anos.