Artigo: O drama das relações humanas

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

Você já observou que as pessoas que “encenam” o papel de vítima recebem afeto e consideração? É claro que a demonstração de compaixão é um ato de humanidade, sempre muito bem-vindo. Por outro lado, há os que buscam no papel de vítima o suprimento dos afetos para superar suas próprias frustrações. A análise que pretendo […]

POR Rosangela Angonese26/08/2024|3 min de leitura

Artigo: O drama das relações humanas

Rosangela Angonese. Foto: Reprodução/Instagram

| Siga-nos Google News

Você já observou que as pessoas que “encenam” o papel de vítima recebem afeto e consideração?

É claro que a demonstração de compaixão é um ato de humanidade, sempre muito bem-vindo.

Por outro lado, há os que buscam no papel de vítima o suprimento dos afetos para superar suas próprias frustrações.

A análise que pretendo fazer aqui, coloca a vítima num contexto em que ela está imbricada num relacionamento em que outras pessoas também são convocadas a assumir papéis necessários para a sua existência.

Na dinâmica dos relacionamento, ao se colocar no papel de vítima, alguém haverá de ser o vilão, o perseguidor, como bem explica o seu criador Stephen Karpman, que foi um aluno Eric Berne, o pai de análise transacional, e é nesse emaranhado das relações que irá surgir um salvador. Aquele que irá manter a vítima dependente e dá a ela permissão para falhar, mas disfarçado de solucionador da situação, buscado argumentos no pêndulo da justiça, da regra ou simplesmente do seu julgamento pessoal, aliás, que sempre é emocional e, no fundo, buscando ele próprio se salvar.

Ocorre que nesse processo, os três papéis se entrelaçam e se tornam co-dependentes, alternando-se entre as pessoas envolvidas. Ou seja, o salvador se torna o perseguidor; a vítima o algoz; este o salvador, e, assim, persistem girando essas funções entre eles. E, com isso, o drama está estabelecido. Numa dinâmica disfuncional e destrutiva de qualquer ambiente de confiança.

É um drama porque não há vencedor, e sim desconforto e até sofrimento dos três: vítima, perseguidor e salvador.

A solução está na identificação dos primeiros sinais do estabelecimento desse triângulo dramático, não permitindo que esses papéis se expressem, buscando com
o diálogo franco, autêntico, afetuoso o entendimento e a construção de relacionamentos maduros e saudáveis.

Lindo na teoria, difícil da prática, mas possível quando há compreensão, maturidade psicológica e boa vontade de todos.

No filme “Anatomia de uma queda” esse drama é o centro da história. Vale a pena conferir pra entender a dinâmica desse papel de vítima.

*Rosangela Angonese é autora do livro “O fim da liderança tóxica nas organizações”, Mestre em Administração, com Pós-graduação em Marketing. Possui formação em: Dinâmica de grupos, Análise Transacional Organizacional, Coaching Executivo, e Educação Empreendedora, pela Fundação Dom Cabral. Atualmente é coordenadora do Polo de Liderança, do SEBRAE/PR.

Você já observou que as pessoas que “encenam” o papel de vítima recebem afeto e consideração?

É claro que a demonstração de compaixão é um ato de humanidade, sempre muito bem-vindo.

Por outro lado, há os que buscam no papel de vítima o suprimento dos afetos para superar suas próprias frustrações.

A análise que pretendo fazer aqui, coloca a vítima num contexto em que ela está imbricada num relacionamento em que outras pessoas também são convocadas a assumir papéis necessários para a sua existência.

Na dinâmica dos relacionamento, ao se colocar no papel de vítima, alguém haverá de ser o vilão, o perseguidor, como bem explica o seu criador Stephen Karpman, que foi um aluno Eric Berne, o pai de análise transacional, e é nesse emaranhado das relações que irá surgir um salvador. Aquele que irá manter a vítima dependente e dá a ela permissão para falhar, mas disfarçado de solucionador da situação, buscado argumentos no pêndulo da justiça, da regra ou simplesmente do seu julgamento pessoal, aliás, que sempre é emocional e, no fundo, buscando ele próprio se salvar.

Ocorre que nesse processo, os três papéis se entrelaçam e se tornam co-dependentes, alternando-se entre as pessoas envolvidas. Ou seja, o salvador se torna o perseguidor; a vítima o algoz; este o salvador, e, assim, persistem girando essas funções entre eles. E, com isso, o drama está estabelecido. Numa dinâmica disfuncional e destrutiva de qualquer ambiente de confiança.

É um drama porque não há vencedor, e sim desconforto e até sofrimento dos três: vítima, perseguidor e salvador.

A solução está na identificação dos primeiros sinais do estabelecimento desse triângulo dramático, não permitindo que esses papéis se expressem, buscando com
o diálogo franco, autêntico, afetuoso o entendimento e a construção de relacionamentos maduros e saudáveis.

Lindo na teoria, difícil da prática, mas possível quando há compreensão, maturidade psicológica e boa vontade de todos.

No filme “Anatomia de uma queda” esse drama é o centro da história. Vale a pena conferir pra entender a dinâmica desse papel de vítima.

*Rosangela Angonese é autora do livro “O fim da liderança tóxica nas organizações”, Mestre em Administração, com Pós-graduação em Marketing. Possui formação em: Dinâmica de grupos, Análise Transacional Organizacional, Coaching Executivo, e Educação Empreendedora, pela Fundação Dom Cabral. Atualmente é coordenadora do Polo de Liderança, do SEBRAE/PR.

Notícias Relacionadas

Ver tudo