Em Portugal, jovem brasileira com nanismo é impedida de viajar sozinha por companhia aérea 

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Aos 18 anos, uma jovem com nanismo foi impedida de embarcar em um voo que saía de Lisboa, capital de Portugal, com destino ao Brasil pela companhia aérea TAP. O caso aconteceu na última segunda-feira (6/2) e foi compartilhado pela jovem por meio do perfil pessoal do Instagram. Brasileira, Milena Magryd Targino Lara tem nanismo, […]

POR Redação SRzd12/02/2023|6 min de leitura

Em Portugal, jovem brasileira com nanismo é impedida de viajar sozinha por companhia aérea 

Milena Magryd Targino Lara. Foto: Divulgação

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Aos 18 anos, uma jovem com nanismo foi impedida de embarcar em um voo que saía de Lisboa, capital de Portugal, com destino ao Brasil pela companhia aérea TAP. O caso aconteceu na última segunda-feira (6/2) e foi compartilhado pela jovem por meio do perfil pessoal do Instagram. Brasileira, Milena Magryd Targino Lara tem nanismo, com 1,19m altura, e se indignou com a situação porque a deficiência não a impede de viajar sem acompanhante. Ela perdeu o voo, não foi ressarcida e também não conseguiu vir ao país visitar a família. Procurada, a TAP não se pronunciou até a publicação desta matéria.

O voo estava marcado para o dia 6 de fevereiro, às 9h55. Ela e a mãe saíram de casa por volta de 5h40 e chegaram ao aeroporto às 6h20 direto para o check-in. Lá, foi informada de que havia algo errado com a sua passagem e foi direcionada para uma loja da TAP. “Entramos e, por sorte, o atendente ao lado era um que tinha atendido meus pais no dia anterior explicando que estava tudo correto para que no dia do meu voo eu tivesse uma assistente para me levar até a aeronave. Ele também estranhou que, àquela altura, minha passagem estivesse suspensa”, recorda.

Foi então que pediram para que  Milena esperasse até as 8h, horário em que o departamento médico da TAP abriria. “Esperamos e o funcionário que trabalha no balcão disse que pela avaliação do médico eu não poderia viajar sozinha. Indignada, minha mãe pediu o telefone do call center, mas eles também não sabiam o porquê da suspensão da minha passagem. A única desculpa apresentada era de que o nanismo me impedia de viajar sem acompanhante”, completou.

Sem viagem ou reembolso  

Milena não embarcou. Não teve direito a reembolso e o call center da companhia aérea ofereceu uma mudança de data para o dia em que ela quisesse. Se aceitasse, deveria pagar o equivalente a mais R$ 2 mil. “Resumindo: não pude viajar por ter nanismo e um médico que nunca me viu e que me avaliou mal. Não tive reembolso sendo que foi a própria empresa aérea que me tirou o direito de viajar, nada disso fez sentido! Conversamos com todos os responsáveis possíveis e nos disseram que depois de suspensa, a passagem tinha sido cancelada”, finalizou.

Presidente do Instituto Nacional de Nanismo (INN), Juliana Yamin explica que hoje são mais de 400 tipos de doenças raras que têm a baixa estatura como característica, mas que infelizmente essas condições são pouco conhecidas. “Muitas pessoas confundem baixa estatura com problemas cognitivos, por exemplo. É por isso que trabalhamos fortemente com a informação pelo fim do preconceito e pela garantia dos direitos da pessoa com nanismo”, completa.

Contato com a TAP 

A jovem brasileira disse que entrou em contato com a TAP, inclusive, para solicitar a gravação da sua ligação para o call center, mas que não recebeu nenhum retorno. O Instituto Nacional de Nanismo (INN) também entrou em contato com a empresa por meio da assessoria de comunicação, pelos e-mails disponibilizados no site, mas não houve resposta.

Associação em Portugal acompanha caso  

Presidente da Direção da Associação Nacional de Displasias Ósseas (Ando Portugal), Inês Alves disse, em entrevista ao INN, que foi contatada pela mãe da jovem que relatou o caso. “É uma situação estranhíssima de recusa do embarque da filha e estou a acompanhar a situação, apoiando com a identificação das instituições onde a reclamação deve ser feita e com os passos a dar junto à companhia aérea”, acrescentou a presidente.

Veja o relato de Milena:

 

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A post shared by ?? ????? ?? ?? (@gi_magryd)

*Reportagem originalmente publicada no site do Instituto Nacional de Nanismo

Aos 18 anos, uma jovem com nanismo foi impedida de embarcar em um voo que saía de Lisboa, capital de Portugal, com destino ao Brasil pela companhia aérea TAP. O caso aconteceu na última segunda-feira (6/2) e foi compartilhado pela jovem por meio do perfil pessoal do Instagram. Brasileira, Milena Magryd Targino Lara tem nanismo, com 1,19m altura, e se indignou com a situação porque a deficiência não a impede de viajar sem acompanhante. Ela perdeu o voo, não foi ressarcida e também não conseguiu vir ao país visitar a família. Procurada, a TAP não se pronunciou até a publicação desta matéria.

O voo estava marcado para o dia 6 de fevereiro, às 9h55. Ela e a mãe saíram de casa por volta de 5h40 e chegaram ao aeroporto às 6h20 direto para o check-in. Lá, foi informada de que havia algo errado com a sua passagem e foi direcionada para uma loja da TAP. “Entramos e, por sorte, o atendente ao lado era um que tinha atendido meus pais no dia anterior explicando que estava tudo correto para que no dia do meu voo eu tivesse uma assistente para me levar até a aeronave. Ele também estranhou que, àquela altura, minha passagem estivesse suspensa”, recorda.

Foi então que pediram para que  Milena esperasse até as 8h, horário em que o departamento médico da TAP abriria. “Esperamos e o funcionário que trabalha no balcão disse que pela avaliação do médico eu não poderia viajar sozinha. Indignada, minha mãe pediu o telefone do call center, mas eles também não sabiam o porquê da suspensão da minha passagem. A única desculpa apresentada era de que o nanismo me impedia de viajar sem acompanhante”, completou.

Sem viagem ou reembolso  

Milena não embarcou. Não teve direito a reembolso e o call center da companhia aérea ofereceu uma mudança de data para o dia em que ela quisesse. Se aceitasse, deveria pagar o equivalente a mais R$ 2 mil. “Resumindo: não pude viajar por ter nanismo e um médico que nunca me viu e que me avaliou mal. Não tive reembolso sendo que foi a própria empresa aérea que me tirou o direito de viajar, nada disso fez sentido! Conversamos com todos os responsáveis possíveis e nos disseram que depois de suspensa, a passagem tinha sido cancelada”, finalizou.

Presidente do Instituto Nacional de Nanismo (INN), Juliana Yamin explica que hoje são mais de 400 tipos de doenças raras que têm a baixa estatura como característica, mas que infelizmente essas condições são pouco conhecidas. “Muitas pessoas confundem baixa estatura com problemas cognitivos, por exemplo. É por isso que trabalhamos fortemente com a informação pelo fim do preconceito e pela garantia dos direitos da pessoa com nanismo”, completa.

Contato com a TAP 

A jovem brasileira disse que entrou em contato com a TAP, inclusive, para solicitar a gravação da sua ligação para o call center, mas que não recebeu nenhum retorno. O Instituto Nacional de Nanismo (INN) também entrou em contato com a empresa por meio da assessoria de comunicação, pelos e-mails disponibilizados no site, mas não houve resposta.

Associação em Portugal acompanha caso  

Presidente da Direção da Associação Nacional de Displasias Ósseas (Ando Portugal), Inês Alves disse, em entrevista ao INN, que foi contatada pela mãe da jovem que relatou o caso. “É uma situação estranhíssima de recusa do embarque da filha e estou a acompanhar a situação, apoiando com a identificação das instituições onde a reclamação deve ser feita e com os passos a dar junto à companhia aérea”, acrescentou a presidente.

Veja o relato de Milena:

 

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*Reportagem originalmente publicada no site do Instituto Nacional de Nanismo

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