Custo é maior que o de qualquer país da Europa e o terceiro mais alto da América Latina.
POR Redação SRzd10/09/2006|3 min de leitura
Custo é maior que o de qualquer país da Europa e o terceiro mais alto da América Latina.
POR Redação SRzd10/09/2006|3 min de leitura
Os prejuízos causados por perdas de cargas em acidentes nas rodovias brasileiras somam R$ 2 bilhões a cada ano e custam três vezes mais do que os roubos, cujas despesas totalizam R$ 700 milhões anualmente. Se consideradas outras variáveis, os valores chegam a mais de R$ 7 bilhões. Os números foram apresentados por Paulo Fernando Fleury, diretor do Centro de Estudos em Logística (CEL), do Instituto Coppead, da UFRJ, durante a abertura do XII Fórum Internacional de Logística.
O levantamento mostra que os R$ 2 bilhões de prejuízo são conseqüência de cerca de 200 mil acidentes, que matam por ano 34 mil pessoas, considerando apenas os acidentes envolvendo veículos de carga. O número é maior que o de qualquer país da Europa e o terceiro mais alto da América Latina. O custo total, considerando prejuízos à vida, que somam R$ 4,75 bilhões, perdas materiais, R$ 2,015 bilhões; e R$ 450 milhões de outras despesas, totaliza mais de R$ 7 bilhões.
‘Fala-se em responsabilidade social o tempo todo, mas o que está sendo feito em relação a essa quantidade de mortes? Nada. São quase cem pessoas por dia. É o equivalente a um Boeing com cem passageiros caindo a cada 36 horas e ninguém faz nada”, disse Paulo Fleury.
Peso para o SUS
A maior parte das perdas contabilizadas recai sobre o governo na forma de gastos do Sistema Énico de Saúde (SUS) e benefícios previdenciários como auxílio-acidente, pensão por morte e aposentadoria por invalidez.
A forma como o governo investe também é um agravante, na avaliação do professor. ‘Não adianta recuperar estrada e não colocar sinalização e nem fiscalização. Em vez de diminuir, o número de acidentes aumentaâ?, declarou. Ele lembrou que, nas pistas esburacadas, o motorista não pode correr e dirige com mais atenção. Quando a estrada é mal sinalizada, a boa pavimentação potencializa o risco, porque a velocidade é superior.
A pesquisa concluiu ainda que 85% dos acidentes ocorrem em estradas com boa pavimentação. A maior causa de acidente é a falha humana (66%), causada pelo cansaço e altas velocidades, a má conservação dos veículos e o excesso de peso.
Responsabilização das empresas
Como uma das soluções, o diretor do CEL irá propor ao Plano Nacional de Logística de Transportes, do Ministério dos Transportes, a responsabilização civil e criminal das empresas que contratam os serviços de transporte de carga. O motivo é justamente um dos principais causadores do alto índice de acidentes: exigências de tempo e preço das empresas contratantes de frete, que têm mais poder de negociação e forçam o motorista a trabalhar com condições de maior risco. Para o professor Paulo Fleury, as empresas fazem pressão para conseguir o frete mais barato possível e não se importam com a segurança dos motoristas. E como a oferta é alta, os caminhoneiros se submetem a jornadas intensas e aceitam carregar mais carga do que o caminhão comporta. Fleury sugere que a regulamentação do setor exija treinamento dos motoristas, um responsável técnico e garantia de manutenção do veículo.
A pesquisa foi realizada pelo CEL com base nos dados da Polícia Rodoviária Federal, nas informações de uma empresa especializada em gerenciamento de riscos e de órgãos internacionais, relativos ao ano de 2005.
Os prejuízos causados por perdas de cargas em acidentes nas rodovias brasileiras somam R$ 2 bilhões a cada ano e custam três vezes mais do que os roubos, cujas despesas totalizam R$ 700 milhões anualmente. Se consideradas outras variáveis, os valores chegam a mais de R$ 7 bilhões. Os números foram apresentados por Paulo Fernando Fleury, diretor do Centro de Estudos em Logística (CEL), do Instituto Coppead, da UFRJ, durante a abertura do XII Fórum Internacional de Logística.
O levantamento mostra que os R$ 2 bilhões de prejuízo são conseqüência de cerca de 200 mil acidentes, que matam por ano 34 mil pessoas, considerando apenas os acidentes envolvendo veículos de carga. O número é maior que o de qualquer país da Europa e o terceiro mais alto da América Latina. O custo total, considerando prejuízos à vida, que somam R$ 4,75 bilhões, perdas materiais, R$ 2,015 bilhões; e R$ 450 milhões de outras despesas, totaliza mais de R$ 7 bilhões.
‘Fala-se em responsabilidade social o tempo todo, mas o que está sendo feito em relação a essa quantidade de mortes? Nada. São quase cem pessoas por dia. É o equivalente a um Boeing com cem passageiros caindo a cada 36 horas e ninguém faz nada”, disse Paulo Fleury.
Peso para o SUS
A maior parte das perdas contabilizadas recai sobre o governo na forma de gastos do Sistema Énico de Saúde (SUS) e benefícios previdenciários como auxílio-acidente, pensão por morte e aposentadoria por invalidez.
A forma como o governo investe também é um agravante, na avaliação do professor. ‘Não adianta recuperar estrada e não colocar sinalização e nem fiscalização. Em vez de diminuir, o número de acidentes aumentaâ?, declarou. Ele lembrou que, nas pistas esburacadas, o motorista não pode correr e dirige com mais atenção. Quando a estrada é mal sinalizada, a boa pavimentação potencializa o risco, porque a velocidade é superior.
A pesquisa concluiu ainda que 85% dos acidentes ocorrem em estradas com boa pavimentação. A maior causa de acidente é a falha humana (66%), causada pelo cansaço e altas velocidades, a má conservação dos veículos e o excesso de peso.
Responsabilização das empresas
Como uma das soluções, o diretor do CEL irá propor ao Plano Nacional de Logística de Transportes, do Ministério dos Transportes, a responsabilização civil e criminal das empresas que contratam os serviços de transporte de carga. O motivo é justamente um dos principais causadores do alto índice de acidentes: exigências de tempo e preço das empresas contratantes de frete, que têm mais poder de negociação e forçam o motorista a trabalhar com condições de maior risco. Para o professor Paulo Fleury, as empresas fazem pressão para conseguir o frete mais barato possível e não se importam com a segurança dos motoristas. E como a oferta é alta, os caminhoneiros se submetem a jornadas intensas e aceitam carregar mais carga do que o caminhão comporta. Fleury sugere que a regulamentação do setor exija treinamento dos motoristas, um responsável técnico e garantia de manutenção do veículo.
A pesquisa foi realizada pelo CEL com base nos dados da Polícia Rodoviária Federal, nas informações de uma empresa especializada em gerenciamento de riscos e de órgãos internacionais, relativos ao ano de 2005.
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