GERAL: Brasileiras com mais escolaridade pensam como européias quando decidem ter filhos

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No lugar das crianças, elas estão priorizando os estudos e a estabilidade profissional.

POR Redação SRzd12/08/2006|3 min de leitura

GERAL: Brasileiras com mais escolaridade pensam como européias quando decidem ter filhos
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A taxa de fecundidade das mulheres brasileiras com maior nível de escolaridade e com maior renda já pode ser comparada com a de países europeus. As brasileiras que concluíram o ensino médio, por exemplo, têm em média 1,4 filho. Número semelhante ao de países como Espanha, França e Alemanha.

No Brasil como um todo, levando em conta todas as classes sociais e níveis de escolaridade, o crescimento populacional ainda é superior ao do velho continente. De acordo com o senso 2000 do IBGE, a atual taxa de fecundidade no Brasil é de 2,3 filhos por mulher. No entanto, boa parte das famílias brasileiras, principalmente as vivem nas grandes metrópoles, está agindo e planejando como fazem as européias. Calculam detalhadamente de quanto tempo, recurso e dinheiro vão precisar para criar sua prole. E, depois disso, acabam decidindo por ter apenas um filho.

“Só resolvi ter meu primeiro filho com 34 anos, por causa do mestrado. Não foi por falta de pedidos do meu marido durante esses quatro anos de casada mas é que eu queria estudar mais para ter um up grade no meu salário. Agora, ganhando mais, posso oferecer uma vida melhor ao meu bebê”, conta, orgulhosa, a engenheira paulistana Fabiana Orcades.

Mais ricas têm menos filhos

Segundo o IBGE, as mulheres que estão entre as 20% mais ricas do país têm, em média, 1,7 filho. Já as que pertencem ao grupo das 20% mais pobres têm 4 filhos. Analisando com outros dados da pesquisa, enquanto uma mãe de classe média que ganha R$ 1.400 têm 1,1 filho, a mulher que recebe apenas um quarto do salário mínimo – que vive em condições miseráveis – tem até 5,3 filhos. A mesma taxa de fecundidade da Namíbia, país no sudoeste da África.

“Nas últimas décadas, o crescimento da população diminuiu em todas as regiões mas o acesso aos métodos contraceptivos ainda é difícil para as mães mais pobres”, explica o demógrafo do IBGE Celso Simões.

Mulheres analfabetas têm, em média, 4 filhos

Na contramão das mulheres que estão priorizando os estudos, que estão focadas na estabilidade profissional e optando por ter um ou nenhum filho, estão as mães que não chegaram a cursar sequer o ensino fundamental. Segundo o IBGE, as sem instrução têm em média 4,12 filhos. “Apesar disso, esta parcela da população que tem muitos filhos é pequena, não reflete o comportamento da maioria”, ressalta o demógrafo do IBGE Celso Simões, que afirma que os atuais problemas sociais do país são provocados por comportamentos do passado, quando a maioria das mulheres tinha muitos filhos.

Para o pesquisador, a tendência é que as taxas de fecundidade das diferentes classes sociais brasileiras se tornem homogêneas, com menos distorções que as que temos atualmente.

A taxa de fecundidade das mulheres brasileiras com maior nível de escolaridade e com maior renda já pode ser comparada com a de países europeus. As brasileiras que concluíram o ensino médio, por exemplo, têm em média 1,4 filho. Número semelhante ao de países como Espanha, França e Alemanha.

No Brasil como um todo, levando em conta todas as classes sociais e níveis de escolaridade, o crescimento populacional ainda é superior ao do velho continente. De acordo com o senso 2000 do IBGE, a atual taxa de fecundidade no Brasil é de 2,3 filhos por mulher. No entanto, boa parte das famílias brasileiras, principalmente as vivem nas grandes metrópoles, está agindo e planejando como fazem as européias. Calculam detalhadamente de quanto tempo, recurso e dinheiro vão precisar para criar sua prole. E, depois disso, acabam decidindo por ter apenas um filho.

“Só resolvi ter meu primeiro filho com 34 anos, por causa do mestrado. Não foi por falta de pedidos do meu marido durante esses quatro anos de casada mas é que eu queria estudar mais para ter um up grade no meu salário. Agora, ganhando mais, posso oferecer uma vida melhor ao meu bebê”, conta, orgulhosa, a engenheira paulistana Fabiana Orcades.

Mais ricas têm menos filhos

Segundo o IBGE, as mulheres que estão entre as 20% mais ricas do país têm, em média, 1,7 filho. Já as que pertencem ao grupo das 20% mais pobres têm 4 filhos. Analisando com outros dados da pesquisa, enquanto uma mãe de classe média que ganha R$ 1.400 têm 1,1 filho, a mulher que recebe apenas um quarto do salário mínimo – que vive em condições miseráveis – tem até 5,3 filhos. A mesma taxa de fecundidade da Namíbia, país no sudoeste da África.

“Nas últimas décadas, o crescimento da população diminuiu em todas as regiões mas o acesso aos métodos contraceptivos ainda é difícil para as mães mais pobres”, explica o demógrafo do IBGE Celso Simões.

Mulheres analfabetas têm, em média, 4 filhos

Na contramão das mulheres que estão priorizando os estudos, que estão focadas na estabilidade profissional e optando por ter um ou nenhum filho, estão as mães que não chegaram a cursar sequer o ensino fundamental. Segundo o IBGE, as sem instrução têm em média 4,12 filhos. “Apesar disso, esta parcela da população que tem muitos filhos é pequena, não reflete o comportamento da maioria”, ressalta o demógrafo do IBGE Celso Simões, que afirma que os atuais problemas sociais do país são provocados por comportamentos do passado, quando a maioria das mulheres tinha muitos filhos.

Para o pesquisador, a tendência é que as taxas de fecundidade das diferentes classes sociais brasileiras se tornem homogêneas, com menos distorções que as que temos atualmente.

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