GUERRA: O último dia dos Caçadores de Notícia

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A ex-correspondente internacional Valéria Sffeir comenta o drama dos jornalistas que dedicam suas vidas ao ofício de informar, mesmo em tempo de guerra. E a morte de dos profissionais de imprensa em Bagdá, Iraque.

POR Redação SRzd30/05/2006|2 min de leitura

GUERRA: O último dia dos Caçadores de Notícia
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Os jorrnalistas da Rede de TV americana CBS, que morreram numa emboscada em Bagdá, eram britânicos e veteranos na cobertura de guerra. Apaixonados pela profissão, o cinegrafista Paul Douglas, 48 anos, e o operador de áudio, James Brolan, 42, sempre prontos a enfrentar, com coragem e seriedade, as missões mais perigosas.

Paul Douglas trabalhou em vários conflitos internacionais desde o início dos anos noventa: Iraque, Afeganistão, Paquistão, Ruanda e Bósnia, onde a vida de um jornalista chegou a ser negociada por US$5OO.

James Brolan trabalhou no Afeganistão e no Iraque, e fez parte da equipe premiada da CBS pela cobertura do terremoto que arrasou o Paquistão.

Esta semana, Paul e Douglas – que tantas imagens e sons documentaram – não sobreviveram à última reportagem, e a mais dramática: a explosão de uma bomba durante um ataque de rebeldes, no centro de Bagdá, que tinha como alvo os dois jornalistas.

Desde 2003, início da guerra no Iraque, 124 jornalistas – incluindo aqueles que dão apoio às equipes de reportagem como tradutores e motoristas – já morreram no conflito. Mas não foi em vão.

Como tantos outros, morreram por uma causa justa:a paixão pela notícia, pela justiça e pela verdade usando, como instrumento de luta, uma arma poderosa, mas inofensiva, e que não mata gente, mas mata a mentira, a covardia, a intolerância, o racismo e preconceitos, as ditaduras, as desigualdades e todas as injustiças do mundo.

O que matou esses fanáticos caçadores de notícia não foi a covardia nem a ousadia, pois é o medo que garante a sobrevivência nos conflitos, segundo o Manual da Federação Internacional de Jornalistas.

E esses heróis da Imprensa – que dedicaram e arriscaram suas vidas em nome da notícia – não morrem apenas em guerra. Morrem também pelas mãos dos ditadores, pelo poder dos políticos corruptos e em tantas outras injustificadas barbáries.
Em homenagem a eles – operários da notícia – nós, jornalistas, nos fortalecemos para levar adiante o sonho de construir um mundo mais justo, menos cruel e mais democrático.

Valéria Sffeir é jornalista e já foi correspondente internacional em Londres, na Inglaterra.

Os jorrnalistas da Rede de TV americana CBS, que morreram numa emboscada em Bagdá, eram britânicos e veteranos na cobertura de guerra. Apaixonados pela profissão, o cinegrafista Paul Douglas, 48 anos, e o operador de áudio, James Brolan, 42, sempre prontos a enfrentar, com coragem e seriedade, as missões mais perigosas.

Paul Douglas trabalhou em vários conflitos internacionais desde o início dos anos noventa: Iraque, Afeganistão, Paquistão, Ruanda e Bósnia, onde a vida de um jornalista chegou a ser negociada por US$5OO.

James Brolan trabalhou no Afeganistão e no Iraque, e fez parte da equipe premiada da CBS pela cobertura do terremoto que arrasou o Paquistão.

Esta semana, Paul e Douglas – que tantas imagens e sons documentaram – não sobreviveram à última reportagem, e a mais dramática: a explosão de uma bomba durante um ataque de rebeldes, no centro de Bagdá, que tinha como alvo os dois jornalistas.

Desde 2003, início da guerra no Iraque, 124 jornalistas – incluindo aqueles que dão apoio às equipes de reportagem como tradutores e motoristas – já morreram no conflito. Mas não foi em vão.

Como tantos outros, morreram por uma causa justa:a paixão pela notícia, pela justiça e pela verdade usando, como instrumento de luta, uma arma poderosa, mas inofensiva, e que não mata gente, mas mata a mentira, a covardia, a intolerância, o racismo e preconceitos, as ditaduras, as desigualdades e todas as injustiças do mundo.

O que matou esses fanáticos caçadores de notícia não foi a covardia nem a ousadia, pois é o medo que garante a sobrevivência nos conflitos, segundo o Manual da Federação Internacional de Jornalistas.

E esses heróis da Imprensa – que dedicaram e arriscaram suas vidas em nome da notícia – não morrem apenas em guerra. Morrem também pelas mãos dos ditadores, pelo poder dos políticos corruptos e em tantas outras injustificadas barbáries.
Em homenagem a eles – operários da notícia – nós, jornalistas, nos fortalecemos para levar adiante o sonho de construir um mundo mais justo, menos cruel e mais democrático.

Valéria Sffeir é jornalista e já foi correspondente internacional em Londres, na Inglaterra.

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