E a profecia do mercado se confirmou: duas das mais importantes companhias de entretenimento se juntaram para revolucionar o mercado. Apple e Disney chegaram a um acordo para vender os filmes da segunda nos iPods da primeira. Mas não em um iPod qualquer, e sim no de 80 gigas de armazenamento e tela maior e mais brilhante (preço estimado no mercado americano: US$ 349), mostrado ontem por Jobs numa mais do que esperada e especulada apresentação para a imprensa especializada.

Os filmes serão vendidos a US$ 12,99 se forem comprados logo que forem postos à venda ‘ ou seja, os lançamentos. Os filmes “de catálogo” serão oferecidos a U$ 9,99. Além dos filmes da Disney, o novo serviço porá nas estantes virtuais títulos de associadas a esse estúdio: Touchstone e Pixar.

Pelo iTunes estarão, num primeiro momento, disponíveis 75 filmes. Para o download serão necessárias meia hora de paciência e conexão banda larga.

Acordos

Os acordos com os grandes estúdios, porém, podem ser o ponto mais frágil neste novo serviço de Steve Jobs e suas chances de repetir o sucesso do iTunes e os downloads de música. Com a Disney, Jobs não tem problemas, porque ele é o maior acionista individual, mas as negociações com os outros poderão ser mais atribuladas. Se Universal, Paramount e Warner Bros não fecharem acordo com a Apple, podem esvaziar as prateleiras da nova loja ‘ e o cinéfilo terá que se contentar com as produções da Disney/Pixar e com filmes de estúdios pequenos, o que não é bem do feitio da marca de Steve Jobs.