Andrea Bocelli repara erro passado e brilha com Maria Rita

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No dia em que Andrea Bocelli encerrava sua turnê pelo Brasil, o céu parecia chorar sobre São Paulo. Chorava torrencialmente a perda da estrela maior da música brasileira, Ângela Maria. A chuva abrandou para a entrada do tenor italiano de maior sucesso na atualidade. Apesar de ingressos que chegavam a custar R$ 1.800, o Estádio […]

POR Nyldo Moreira02/10/2018|5 min de leitura

Andrea Bocelli repara erro passado e brilha com Maria Rita

Maria Rita canta com Andrea Bocelli | Foto: Nyldo Moreira

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No dia em que Andrea Bocelli encerrava sua turnê pelo Brasil, o céu parecia chorar sobre São Paulo. Chorava torrencialmente a perda da estrela maior da música brasileira, Ângela Maria. A chuva abrandou para a entrada do tenor italiano de maior sucesso na atualidade. Apesar de ingressos que chegavam a custar R$ 1.800, o Estádio do Allianz Parque lotou para um dos mais lindos shows que passaram pelo nosso país neste ano. A presença de Maria Rita foi um dos pontos mais altos do espetáculo, que cicatrizou o desastre das apresentações de Anitta e Paula Fernandez nos shows do ano passado do tenor no Brasil.

 

Cerca de 45 mil pessoas aplaudindo cortavam o silêncio que sempre, inacreditavelmente, pairava no decorrer de cada música. Canções que induzem o público às lágrimas e a plena atenção, apesar de um insistente chiado no sistema de som. Pontualmente, o tenor estava no palco cercado da Orquesta Juvenil de Heliópolis e do Coral da Gente, regidos pelo maestro Eugene Kohn. O instrumental de abertura contou com um trecho de “O Guarani”, ópera do brasileiro Carlos Gomes. E dava início o primeiro ato com clássicos de Puccini, Verdi e Ponchielli. “La Donna È Mobile”, impreterivelmente nos espetáculos do italiano e ainda no primeiro ato o deslumbre da soprano Larisa Martinez em “O Soave Fanciulla”.

A soprano Larisa Martinez e Andrea Bocelli | Foto: Nyldo Moreira
A soprano Larisa Martinez e Andrea Bocelli | Foto: Nyldo Moreira

Um medley de bossa nova instrumental abriu o segundo ato, que de cara contava com Maria Rita interpretando “Me Deixas Louca”, sucesso na voz de sua mãe Elis Regina. Já na primeira aparição a cantora brasileira arrebatou o público. Ela mostrava que estava segura, e apesar de muito emocionada não deixou nenhuma falha desbancar sua apresentação. Já era possível notar que o erro do ano passado, quando Bocelli levou ao palco Anitta e Paula Fernandes que com interpretações desastrosas causaram espanto no público, que não perdoou com as críticas. O tenor também cantou ao lado de Maria Rita uma de suas consagradas canções, “Canto Della Terra”, que exige muito da voz de quem canta, e ela superou. Arrancou aplausos e em seguida lágrimas, que também rolavam de seu rosto.

 

A dose brasileira do espetáculo foi aumentando e “Tristeza”, a bossa de Vinícius de Moraes também foi apresentada em dueto, até que por fim “The Prayer”, que fez sucesso junto a Celine Dion, dessa vez no gigantismo de Maria Rita que foi apresentada pelo maestro do show já como parte importante da história da música brasileira. E isso não se dá pelo fato da cantora ser filha de quem é, estava visível sua própria garra e a construção ímpar de sua carreira neste batismo ao lado de um dos mais importantes nomes no cenário mundial artístico. Estava entregue aos braços do público um espetáculo cheio de brilho, ao que já parecia venusto o suficiente.

Projeto Social de Heliópolis acompanhou o tenor com Orquestra e Coro | Foto: Nyldo Moreira
Projeto Social de Heliópolis acompanhou o tenor com Orquestra e Coro | Foto: Nyldo Moreira

O homem tímido e de voz tremenda cumprimentava o público com poucas palavras e apenas com sorrisos que pontuavam o final das canções. Dividindo “Mamma” nos idiomas inglês e italiano, Bocelli dedicou a música a “todas as mães mais velhas”. Um duo de violonistas clássicos, Magdalena Kaltcheva e Carlo Corrieri levaram um tom flamenco, com uma tourada dançada no palco. O entusiasmo italiano de “Funiculì, Funiculà” e da clássica “Granada” não deixavam o repertório perder a nobreza.

 

O estádio era novamente sagrado como um imenso teatro a céu aberto e só Andrea Bocelli consegue transformar isso pelo mundo inteiro. Um dos tenores mais lembrados da história, sem dúvidas, vai deixando um legado irresvalável. Sua superação será narrada em um filme que contará a história de sua vida, que só transborda emoção. A noite chegava ao fim com nada mais nada menos que “Con te Partiró” e “Nessun Dorma”, ária da ópera Turandot, de Puccini. Feita para arrebatar qualquer um! Vida longa a Bocelli.

Andrea Bocelli | Foto: Nyldo Moreira
Andrea Bocelli | Foto: Nyldo Moreira

No dia em que Andrea Bocelli encerrava sua turnê pelo Brasil, o céu parecia chorar sobre São Paulo. Chorava torrencialmente a perda da estrela maior da música brasileira, Ângela Maria. A chuva abrandou para a entrada do tenor italiano de maior sucesso na atualidade. Apesar de ingressos que chegavam a custar R$ 1.800, o Estádio do Allianz Parque lotou para um dos mais lindos shows que passaram pelo nosso país neste ano. A presença de Maria Rita foi um dos pontos mais altos do espetáculo, que cicatrizou o desastre das apresentações de Anitta e Paula Fernandez nos shows do ano passado do tenor no Brasil.

 

Cerca de 45 mil pessoas aplaudindo cortavam o silêncio que sempre, inacreditavelmente, pairava no decorrer de cada música. Canções que induzem o público às lágrimas e a plena atenção, apesar de um insistente chiado no sistema de som. Pontualmente, o tenor estava no palco cercado da Orquesta Juvenil de Heliópolis e do Coral da Gente, regidos pelo maestro Eugene Kohn. O instrumental de abertura contou com um trecho de “O Guarani”, ópera do brasileiro Carlos Gomes. E dava início o primeiro ato com clássicos de Puccini, Verdi e Ponchielli. “La Donna È Mobile”, impreterivelmente nos espetáculos do italiano e ainda no primeiro ato o deslumbre da soprano Larisa Martinez em “O Soave Fanciulla”.

A soprano Larisa Martinez e Andrea Bocelli | Foto: Nyldo Moreira
A soprano Larisa Martinez e Andrea Bocelli | Foto: Nyldo Moreira

Um medley de bossa nova instrumental abriu o segundo ato, que de cara contava com Maria Rita interpretando “Me Deixas Louca”, sucesso na voz de sua mãe Elis Regina. Já na primeira aparição a cantora brasileira arrebatou o público. Ela mostrava que estava segura, e apesar de muito emocionada não deixou nenhuma falha desbancar sua apresentação. Já era possível notar que o erro do ano passado, quando Bocelli levou ao palco Anitta e Paula Fernandes que com interpretações desastrosas causaram espanto no público, que não perdoou com as críticas. O tenor também cantou ao lado de Maria Rita uma de suas consagradas canções, “Canto Della Terra”, que exige muito da voz de quem canta, e ela superou. Arrancou aplausos e em seguida lágrimas, que também rolavam de seu rosto.

 

A dose brasileira do espetáculo foi aumentando e “Tristeza”, a bossa de Vinícius de Moraes também foi apresentada em dueto, até que por fim “The Prayer”, que fez sucesso junto a Celine Dion, dessa vez no gigantismo de Maria Rita que foi apresentada pelo maestro do show já como parte importante da história da música brasileira. E isso não se dá pelo fato da cantora ser filha de quem é, estava visível sua própria garra e a construção ímpar de sua carreira neste batismo ao lado de um dos mais importantes nomes no cenário mundial artístico. Estava entregue aos braços do público um espetáculo cheio de brilho, ao que já parecia venusto o suficiente.

Projeto Social de Heliópolis acompanhou o tenor com Orquestra e Coro | Foto: Nyldo Moreira
Projeto Social de Heliópolis acompanhou o tenor com Orquestra e Coro | Foto: Nyldo Moreira

O homem tímido e de voz tremenda cumprimentava o público com poucas palavras e apenas com sorrisos que pontuavam o final das canções. Dividindo “Mamma” nos idiomas inglês e italiano, Bocelli dedicou a música a “todas as mães mais velhas”. Um duo de violonistas clássicos, Magdalena Kaltcheva e Carlo Corrieri levaram um tom flamenco, com uma tourada dançada no palco. O entusiasmo italiano de “Funiculì, Funiculà” e da clássica “Granada” não deixavam o repertório perder a nobreza.

 

O estádio era novamente sagrado como um imenso teatro a céu aberto e só Andrea Bocelli consegue transformar isso pelo mundo inteiro. Um dos tenores mais lembrados da história, sem dúvidas, vai deixando um legado irresvalável. Sua superação será narrada em um filme que contará a história de sua vida, que só transborda emoção. A noite chegava ao fim com nada mais nada menos que “Con te Partiró” e “Nessun Dorma”, ária da ópera Turandot, de Puccini. Feita para arrebatar qualquer um! Vida longa a Bocelli.

Andrea Bocelli | Foto: Nyldo Moreira
Andrea Bocelli | Foto: Nyldo Moreira

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